Setor informal/Informalidade
A alienação do político no Brasil urbano: uma avaliação do movimento atual
Discute a questão da crise urbana brasileira. Demonstra existir um intenso processo de desmodernização tanto política quanto econômica, que se revela no crescente desaparelhamento dos órgãos do Estado e no flagrante insucesso da ideologia participativa. Enfoca, ainda, a questão do crime organizado, citando-o como exemplo concreto dos efeitos da desmodernização.
Vida e Morte da Teoria da Marginalidade
Notas para uma Discussão sobre Movimentos Sociais Urbanos
Descreve o surgimento, a evolução e o efeito dos movimentos sociais urbanos, discutindo as possibilidades e as limitações apresentadas por estas formas de organização dentro dos processos de mudança social. O artigo também faz uma explanação sobre a teoria da marginalidade, surgida durante o período desenvolvimentista nas décadas de 60 e 70.
Notas Sobre os Pequenos Estabelecimentos Comerciais
Estratos Ocupacionais de Baixa Renda
O controle do crime violento no Rio de Janeiro
O artigo de Machado da Silva avalia que a compreensão coletiva dos conflitos sociais ficou cada vez mais reduzida à esfera cotidiana imediata, e os alvos das atividades de manutenção da ordem pública tornaram-se cada vez mais territorializados: não se trata mais de coibir atividades proibidas, mas de controlar áreas tidas como perigosas. Assim, o autor investiga essa hipótese difundida em torno de um debate sobre os crimes violentos no Rio de Janeiro.
Polícia e violência urbana em uma cidade brasileira
O trabalho discute questões relacionadas à expansão da violência criminal no Rio de Janeiro. Parte-se da hipótese de que a noção prática de “violência urbana” é o centro de uma “província de significado” embutida na linguagem de senso comum, que capta e confere sentido a uma forma de vida autônoma, a sociabilidade violenta. A “violência urbana” tematiza as ameaças à continuidade das rotinas cotidianas, alterando a compreensão do significado do controle social e delegando na polícia a preservação das rotinas a qualquer custo. Dessa maneira, favorece a manutenção da polícia como uma instituição pré-moderna, talvez a única com esta característica no Brasil de hoje, e torna inócuas as inúmeras propostas de intervenção técnico-administrativa e moral que visam “refundá-la”.
Da informalidade à empregabilidade (reorganizando a dominação no mundo do trabalho)
O texto discute os limites do conceito de informalidade à luz do seu desenvolvimento na atualidade brasileira. Retoma a história das diferentes nações desde as suas origens até o momento atual, tendo por objetivo confrontar a ambiguidade dos conceitos frente às realidade de cada momento. A tese principal é a de que, nas últimas décadas, em decorrência dos processos de reestruturação produtiva, terciarização, globalização, etc, ocorre um esvaziamento de conteúdo da informalidade, que perde força analítica e se transforma em uma denominação de uso trivial ou "universal" para indicar processos mais gerais como a flexibilização ou a desregulamentação. Torna-se assim um conceito esgotado e que está sendo substituído por outro: empregabilidade/empreendedorismo, como um novo modo de exploração capitalista e de dominação no mundo do trabalho, que busca reconstruir uma cultura do trabalho adaptada ao desemprego, ao risco e à insegurança.
Criminalité, Violence et Ordre Publique au Brésil
Neste artigo em francês, Luiz Antonio Machado da Silva debate o crescimento da violência no Brasil, enfatizando o caso do Rio de Janeiro. Considerando a violência um dos maiores problemas urbanos, épara o sociólogo é importante avaliar desde as tramas do tráfico de drogas até as manifestações cotidianas desse aspecto das cidades.