Sociologia

Entre visibilidade e invisibilidade: as redes de profissionais transnacionais

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Clemente, Claudelir Corrêa
Sexo
Homem
Título do periódico
Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana - REMHU
Volume
17
Ano de Publicação
2009
Local da Publicação
Brasília
Idioma
Português
Palavras chave
Profissional transnacional
Expatriados
Migração internacional
Redes sociais
Resumo

O presente artigo busca evidenciar redes sociais formadas por profissionais transnacionais, trabalhadores de empresas transnacionais que circulam pelas cidades do mundo, instalando-se nestes locais por períodos que podem ir de semanas a anos. Suas vidas encarnam uma intensa mobilidade e, dia a dia, criam e recriam formas de sociabilidade no e pelo movimento. Apesar da importância desta atividade em tempos de globalização, observaremos que são praticamente invisíveis nas estatísticas de migração devido aos próprios interesses das empresas pelas quais trabalham, ou seja, sigilo e discrição são imprescindíveis no mundo dos negócios milionários. Com base em dados etnográficos observados nas cidades de São Paulo, Paris e Londres acrescidos de entrevistas com este tipo de profissional, buscaremos neste artigo dar visibilidade a esta rede social.
 

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Brasil
Habilitado
País estrangeiro
França
Cidade/Município
Londres
Brasil
Habilitado
País estrangeiro
Reino Unido
Referência Temporal
2001-2008
Localização Eletrônica
https://remhu.csem.org.br/index.php/remhu/article/view/150

Ruínas olímpicas e a destruição infraestrutural como modo de produção da cidade: uma etnografia da vida social do teleférico da Providência

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Duarte, Ana Clara Chequetti da Rocha
Sexo
Mulher
Orientador
Santos, Mariana Cavalcanti Rocha dos
Ano de Publicação
2024
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Sociologia
Instituição
UERJ
Página Inicial
1
Página Final
287
Idioma
Português
Palavras chave
Infraestruturas urbanas
Megaprojetos
Ruínas
Resumo

Inaugurado durante a Copa do Mundo 2014 e abandonado após os Jogos Olímpicos 2016, um gigantesco teleférico erguido na favela da Providência, no centro da cidade do Rio de Janeiro, definha com a deterioração de seus cabos de aço, torres metálicas e três enormes estações, que conectariam esta que é conhecida como "a primeira favela" à um circuito turístico, ligando à Central de transportes metropolitanos, de um lado, e à Zona Portuária, alvo da revitalização Porto Maravilha, de outro. O Teleférico da Providência participa de uma constelação de ruínas de projetos de urbanização de favelas inacabados ou abandonados, onde a mobilidade monumental simbolizava a integração das favelas e também as inseria em novos regimes de visibilidade, explorando seu potencial turístico e o valor que poderiam agregar ao marketing urbano da "Cidade Olímpica". Desde 2016, no entanto, o Rio de Janeiro passou a conviver com as diversas "carcaças" dos megaprojetos do urbanismo olímpico, muitos que, como na Providência, já eram considerados abandonados antes mesmo de estarem completos. Essa tese busca realizar uma etnografia da trajetória da vida social do Teleférico do Morro da Providência utilizando a abordagem da antropologia das infraestruturas como instrumento conceitual e metodológico para compreender seus efeitos sociopolíticos. Seguindo os escombros materiais e simbólicos gerados pelo plano de urbanização, analisam-se as racionalidades políticas que constituíram a prática do urbanismo olímpico, e sobretudo dos processos de arruinamento que as acompanham, a fim de compreender as produtividades sociais, políticas e econômicas das ruínas. Assim, essa tese pensa as ruínas não como fragilidade do poder, mas como dispositivo que constrói e gere o espaço urbano, defendendo então que a destruição infraestrutural configura um modo de produção da cidade.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Zona
Centro
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Morro da Providência
Localidade
Teleférico da Providência
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
2009-2016
Localização Eletrônica
https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/22772

Cidadania, corpo e punição: expansão e violação de direitos civis de adolescentes internados na antiga Febem-SP

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
De Paula, Liana
Sexo
Mulher
Título do periódico
Sociedade e Estado
Volume
34
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Brasília
Idioma
Português
Palavras chave
Cidadania
Direitos civis
Adolescentes em conflito com a lei
Medida de internação
Agressões físicas
Resumo

Este artigo discute a garantia de direitos civis e a proteção contra agressões físicas para adolescentes em cumprimento de medida de internação. A relação entre direitos civis e proteção do corpo dos adolescentes é aqui entendida a partir do conceito de cidadania disjuntiva e da noção de corpo incircunscrito, que remetem aos processos contraditórios de constituição da cidadania no Brasil. Com base em pesquisa qualitativa realizada em prontuários e pastas de adolescentes que deram entrada na antiga Febem de São Paulo, entre 1990 e 2006, e focando o que esses documentos permitem dizer sobre a violência física nas unidades de internação, o artigo apresenta como essa violência revela um paradoxo entre expansão e violação de direitos civis, tornando possível que investimentos na garantia desses direitos ocorram ao mesmo tempo em que sua violação permaneça na forma de castigos físicos.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1990-2006
Localização Eletrônica
https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/24147

Escalas infantis na cidade modernista: como crianças vivem e exploram Brasília

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Naiade Pael Farias, Rhaisa
Sexo
Mulher
Sexo:
Mulher
Código de Publicação (ISSN)
0102-6992-202237010008
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.1590/s0102-6992-202237010008
Título do periódico
Sociedade e Estado
Volume
37
Ano de Publicação
2022
Local da Publicação
Brasília
Idioma
Português
Palavras chave
Criança
Infância
Cidade
Sociabilidade
Brasília
Resumo

O presente artigo analisa formas de sociabilidade de crianças em espaços públicos de Brasília. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa de cunho etnográfico com referência nos estudos sociológicos da infância. Nesse estudo, as crianças são consideradas agentes ativos e reconhecidas como participantes centrais do mesmo. As análises foram elaboradas por meio da codificação de dados, com base na teoria fundamentada. Os resultados evidenciam que a sociabilidade ocorre por meio de distintos usos que as crianças fazem dos espaços públicos, significando-os como lugares onde podem conviver entre pares, sem a necessidade da presença do seu responsável direto. Essa sociabilidade está intrinsecamente relacionada às suas ações na superquadra, como brincar, fazer amizade e criar regras próprias de convívio. As discussões apresentadas apontam o reconhecimento da criança como cidadã e agente social, que tem direito à vida em comunidade.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Brasília
Macrorregião
Centro-Oeste
Brasil
Habilitado
UF
Distrito Federal
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/36167

Covid-19 e imigração internacional na Região Metropolitana de São Paulo

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Magalhães, Luís Felipe Aires
Sexo
Homem
Autor(es) Secundário(s)
Bógus, Lucia
Baeninger, Rosana
Sexo:
Mulher
Sexo:
Mulher
Título do periódico
Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana - REMHU
Volume
29
Ano de Publicação
2021
Local da Publicação
Brasília
Idioma
Português
Palavras chave
Covid-19
Imigração Internacional
Região Metropolitana de São Paulo
Trabalho
Direitos Sociais
Resumo

A pandemia da Covid-19 tem evidenciado o efeito das múltiplas formas de desigualdades sobre as condições de vida da população. Seu padrão de disseminação demonstra que a metropolização, produto e produtora da mobilidade humana, constitui fator central da expansão do número de casos e de óbitos. O Brasil, país estruturalmente desigual, apresenta dificuldades importantes para entendermos a forma específica com que a Covid-19 afeta os imigrantes, pois a nacionalidade não é um quesito dos registros médico-hospitalares. Este artigo tem como objetivo analisar os impactos da Covid-19 entre imigrantes internacionais na Região Metropolitana de São Paulo, utilizando dados da pesquisa “Impactos da Pandemia de Covid nas Migrações Internacionais” (PUC-MG, UNICAMP, 2020). Abordaremos, especialmente, o perfil sócio-demográfico dos respondentes e os impactos da pandemia nas condições de trabalho e acesso à direitos. Parte de estudo mais amplo em andamento, este artigo visa ainda explicitar as relações entre epidemiologia e mobilidade humana.

 
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2020
Localização Eletrônica
https://www.scielo.br/j/remhu/a/NtCHFM96HG7pnnGPYcYJSWp/?lang=pt

Contrate quem luta: movimento dos trabalhadores sem-teto, tecnologias e economia digital solidária

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Salvagni, Julice
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Grohmann, Rafael
Silva, Victória Mendonça da
Sexo:
Homem
Sexo:
Mulher
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.1590/s0102-6992-20243903e50567
Título do periódico
Sociedade e Estado
Volume
39
Ano de Publicação
2024
Local da Publicação
Brasília
Idioma
Português
Palavras chave
Movimentos Sociais
Economia digital solidária
MTST
Tecnologia
Trabalho
Resumo

Este artigo tem o objetivo de analisar elementos de organização da iniciativa Contrate Quem Luta, do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), enquanto experiência de tecnologia e trabalho em contexto de economia digital solidária. A partir de entrevistas com trabalhadores do projeto, reflete-se sobre a organização do trabalho e a perspectiva da economia digital solidária; a práxis do movimento social; e a organização da política de base. O MTST se organiza a partir do território, que precede a construção de tecnologias, e da práxis, articulada à construção de conceitos como o de soberania digital popular. Diante disso, pode-se argumentar que o Contrate Quem Luta tem a vantagem do estofo institucional do movimento social para se estabelecer, o que possibilita um fortalecimento da luta e da organização. Os trabalhadores não são apenas prestadores de serviço, eles auxiliam, também, na circulação das palavras e das lutas dos sem-teto.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/50567

Oração e ativismo social: narrativas das mulheres negras em igrejas evangélicas progressistas no DF, em período pandêmico e pós-pandêmico

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Cardoso, Elna Dias
Sexo
Mulher
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.1590/s0102-6992-20243903e53574
Título do periódico
Sociedade e Estado
Volume
39
Ano de Publicação
2024
Local da Publicação
Brasília
Idioma
Português
Palavras chave
Mulheres Negras
Movimentos Sociais
Movimento Evangélico
Processos de Aprendizagem não formais
Igrejas Progressistas
Resumo

Este artigo analisa as narrativas das mulheres negras evangélicas ativistas dos movimentos sociais a respeito do processo de composição e ordenamento das igrejas progressistas no Distrito Federal, no contexto da pandemia e pós-pandemia, apresentando dados empíricos para uma análise sociológica desses movimentos e suas intersecções entre gênero, raça e processos de aprendizagem não formais, mediante a realização de análise de jornais impressos, mídias sociais (2020-2022) e de narrativas de mulheres que integram esses movimentos. Nos repertórios analisados, observou-se que o contexto pandêmico suscitou mudanças nas atividades pastorais, seja na forma de olhar as necessidades emocionais e de sobrevivência material das pessoas naquele momento, assim como de propagar o Evangelho ao mundo. Essa anunciação vem acompanhada de demandas sociopolíticas e rupturas às práticas conservadoras das igrejas, iniciando-se assim a construção de novos modos e lugares de enunciação das mulheres negras no campo religioso.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Centro-Oeste
Brasil
Habilitado
UF
Distrito Federal
Referência Temporal
2020-2022
Localização Eletrônica
https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/53574

A criminalização do baile funk e do rap e o genocídio negro nas cidades do Rio de Janeiro e de Lisboa

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Araujo, Danielle Pereira de
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Muniz, Bruno
Sexo:
Homem
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.1590/s0102-6992-20243902e48167
Título do periódico
Sociedade e Estado
Volume
39
Ano de Publicação
2024
Local da Publicação
Brasília
Idioma
Português
Palavras chave
Rap
Baile funk
Juventude negra
Criminalização
Resumo

Este trabalho reflete sobre a criminalização do baile funk e do rap no contexto brasileiro e português. Estamos interessados em refletir sobre as condições históricas, políticas e institucionais que normalizam um regime de exceção permanente ao qual a polícia e o sistema de justiça sujeitam as pessoas racializadas e suas formas de expressão artística. A criminalização da arte produzida pela comunidade negra tem servido para associar raça, território e perigo e para deslegitimar as manifestações artísticas que denunciam as práticas de racismo cotidiano vividas por essa comunidade. A criminalização do baile funk e do rap nos leva a problematizar os termos em que os estudiosos brancos discutem as políticas de segurança para a juventude negra e as favelas. Além disso, torna-se imperativo qualificar o debate sobre cidadania. O movimento negro desafia esta gramática e coloca a existência do racismo institucional no centro da discussão sobre a criminalização da juventude negra.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
País estrangeiro
Portugal
Especificação da Referência Espacial
Lisboa
Referência Temporal
2013-2019
Localização Eletrônica
https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/48167

Prisões em flagrante por crimes de drogas: análise da questão racial em duas metrópoles brasileiras

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Sinhoretto, Jacqueline
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Zilli, Luís Felipe
Couto, Vinícius Assis
Sexo:
Homem
Sexo:
Homem
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.1590/s0102-6992-20243902e48073
Título do periódico
Sociedade e Estado
Volume
39
Ano de Publicação
2024
Local da Publicação
Brasília
Idioma
Português
Palavras chave
Segurança pública
Polícia
Drogas
Política de Drogas
Racismo Institucional
Resumo

Este artigo discute a atuação das organizações policiais nos chamados “crimes de drogas”. A partir de análise de dados sobre prisões em flagrante nas cidades de São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG), buscou-se mensurar o quanto dimensões socioespaciais (território onde ocorreram as prisões, bem como sexo, idade e raça/cor das pessoas presas) afetam a decisão policial de classificar os casos como “porte de drogas para uso pessoal” ou “tráfico de drogas”. Por serem o que a legislação define como “crimes sem vítimas”, as “ocorrências de drogas” evidenciam processos de suspeição racializada e territorializada que orientam o policiamento ostensivo no Brasil. Em São Paulo, parece haver uma diretriz institucional para que quase todos os casos sejam classificados como “tráfico”. Já em Belo Horizonte, prisões feitas em favelas possuem chances desproporcionalmente mais altas de receber a tipificação mais gravosa. Em ambas as capitais, o perfil racial das pessoas presas influencia a tipificação criminal.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Belo Horizonte
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Minas Gerais
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/48073

Letalidade Policial e viés Racial em São Paulo e Minas Gerais

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Macedo, Henrique de Linica dos Santos
Sexo
Homem
Autor(es) Secundário(s)
Cedro, André Sales dos Santos
Batitucci, Eduardo Cerqueira
Sexo:
Homem
Sexo:
Homem
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.1590/s0102-6992-20243902e47967
Título do periódico
Sociedade e Estado
Volume
39
Ano de Publicação
2024
Local da Publicação
Brasília
Idioma
Português
Palavras chave
Policiamento Ostensivo
Desigualdade Racial
Discricionaridade Policial
Minas Gerais
São Paulo
Resumo

Este trabalho é uma análise comparada de investigações realizadas nos estados de Minas Gerais (MG) e São Paulo (SP) sobre o policiamento ostensivo militarizado extraído do livro Policiamento Ostensivo e Relações Raciais: Estudo comparado sobre formas contemporâneas do controle do crime (SINHORETTO et al. 2021). A intenção foi apresentar um contraste dos resultados observados, com foco especial na questão racial, sobre a atuação da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG) e da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP). Com o uso de metodologias mistas, através da análise de estatísticas policiais registradas e de entrevistas com policiais em MG e SP, observou-se que há clara filtragem racial agindo nas ocorrências que geram prisões em flagrante, bem como nas ocorrências de letalidade policial em ambos os estados. Os dados qualitativos para ambos os estados evidenciam que este impulso institucional é consubstanciado a partir da discricionariedade do policial de linha, do seu conhecimento e experiência informais, em diálogo com o aparato formal de protocolos e tecnologias institucionais. Neste caso, reina a lógica da suspeição, desigualmente distribuída entre práticas e valores sociais percebidos como marginais e perigosos, e direcionados às populações vulneráveis, especialmente aquelas identificadas com as práticas sociais e culturais da juventude negra.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Minas Gerais
Referência Temporal
2013-2024
Localização Eletrônica
https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/47967