Políticas públicas

Estado e migrações no Brasil: anotações para uma história das políticas migratórias

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Vainer, Carlos Bernardo
Sexo
Homem
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
13
Ano de Publicação
2000
Local da Publicação
São Paulo
Página Inicial
15
Página Final
32
Idioma
Português
Palavras chave
migração interna
Estado
políticas migratórias
história
Resumo

Qualquer olhar medianamente atento lançado sobre a história pátria bastará para evidenciar a importância das políticas mi­gratórias . Não seria exagero afirmar que a história da constituição e evolução do Estado brasileiro tem sido, também , em boa medida, a história de conceitos, insti­tuições e práticas voltadas para equacionar e administrar a mobilização e localização de populações.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
Século XIX-XX
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/741

Implementando a participação: interações estatais e socioestatais no Programa Córrego Limpo da Sabesp

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Rodrigues, Maira
Sexo
Mulher
Orientador
Lavalle, Adrian Gurza
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciência Política
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Implementação de política pública
Interações socioestatais
Participação social
Programa Córrego limpo
Sabesp
Resumo

O objetivo geral da presente tese é entender os desafios para a institucionalização da participação social no processo de implementação de uma política pública. Para se fazer esse estudo, acompanhou-se a implementação da participação social no Programa Córrego Limpo da Sabesp, de 2009 a 2015. Nesse período, a Sabesp estabeleceu parcerias com a Prefeitura Municipal de São Paulo e Organizações Não Governamentais para a implementação do seu programa, bem como o desenvolvimento de estratégias de envolvimento da população, definidas como Governança Colaborativa. No estudo da implementação da Governança Colaborativa pela Sabesp levaram-se em consideração dois pressupostos: que a implementação é uma fase de redefinição da política pública e que é um processo de interação entre os diversos atores envolvidos nela. A incorporação desses pressupostos da análise de políticas públicas como argumentos para o estudo de experiências participativas traz ganhos analíticos para compreender as características que impactam o exercício da participação social para além da avaliação dos resultados considerando apenas o desenho da política. Como metodologia, acompanhou-se as várias formas de implementação em diferentes áreas de córregos na cidade de São Paulo, correspondentes às cinco Unidades de Negócios da Sabesp. As interações estabelecidas pelos atores sociais e estatais conformam referências pessoais, relacionais e institucionais com as quais eles vão exercer suas atividades: seja na formulação e tomada de decisões, seja na implementação cotidiana da política. Esta tese apresenta três principais contribuições. A verificação de que a criação de uma instituição participativa por si só não garante a participação e que os formatos da participação podem variar ao longo do processo de implementação da política. Relacionada a esses dois pontos, também se formula que a participação social sem institucionalidade própria não deixa de ser uma participação social institucionalizada, uma vez que seja incorporada como parte da política pública.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2009-2015
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-02122016-120736/pt-br.php

Ferramentas de governo: instrumentação e governança urbana nos serviços de ônibus em São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Campos, Marcos Vinicius Lopes
Sexo
Homem
Orientador
Marques, Eduardo Cesar Leão
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciência Política
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Capacidades estatais
Economia política urbana dos serviços de transportes por ônibus
Governança urbana
Instrumentação das políticas públicas
Legibilidade
Resumo

O que é governar os serviços de transportes por ônibus? Este trabalho propõe uma abordagem própria capaz de especificar as particularidades do governo da provisão dos serviços de ônibus, da lucratividade na economia política urbana, das políticas públicas de transportes e suas principais transformações nas últimas quatro décadas no município de São Paulo, denominada aqui de circuitos da provisão. Argumento que estes são caracterizados pelo governo e legibilidade de três coisas amplamente interconectadas politicamente e sobrepostas no espaço: receita tarifária, veículos e dados operacionais referentes à coleta de passageiros. A partir destas considerações, defendo a centralidade da compreensão dos efeitos das ferramentas e tecnologias eletrônicas na estruturação de relações de poder, da lucratividade e do controle estatal sobre a prestação do serviços de ônibus. Por decorrência de seus modos de operação e suas passagens obrigatórias, instrumentos de políticas públicas tem organizado relações principal-agente entre Estado, empresas privadas e burocracias do nível de rua e um tipo particular de política da mensuração central na provisão. Estudando as últimas quatro décadas, este trabalho argumenta que este período pode ser caracterizado como um processo histórico de longo prazo da transição do padrão de governança analógica para o eletrônico. Por meio da reinstrumentação das políticas públicas, levadas a cabo, sobretudo, por governos de centro-esquerda, esta transição teve como principal resultado a expansão substantiva das capacidades estatais regulatórias e, em um caso que vai na contramão das teorias sobre o capitalismo regulatório, até mesmo da capacidade estatal de provisão. O que surge deste quadro é que não é possível sugerir relações de captura entre Estado e empresas privadas no município de São Paulo, mas sim de construção mútua. Isto é, de simbiose.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1980-2016
Localização Eletrônica
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-20122016-141805/pt-br.php

"Não cause, concilie" [recurso eletrônico] : os sentidos da política de conciliação em um Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania em Campinas-SP

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Garcia, Elizabete Pellegrini
Sexo
Mulher
Orientador
Almeida, Frederico Normanha Ribeiro De
Ano de Publicação
2018
Programa
Ciência Política
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Acesso à justiça
Conciliação
Resolução alternativa de disputas
Reforma do judiciário
Ritual judicial
Resumo

Essa pesquisa teve como objetivo analisar como uma política judicial que prometeu criar um “novo acesso à justiça” - a política nacional de conciliação - tem afetado as práticas e o atendimento aos cidadãos dentro dos tribunais. Partindo de uma abordagem etnográfica, acompanhei as atividades de um Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania localizado na cidade de Campinas-SP para entender como as diretrizes da política constroem e ganham significados nas práticas locais. A primeira hipótese, de que a conciliação judicial tem sido utilizada no Brasil como forma de reagir a problemas de gestão estatal de recursos, encontrou fortes indícios que confirmaram sua eloquência. As diretrizes da política valorizam o encerramento de processos por meio de acordos e o controle de estatísticas, além de organizar premiações para incentivar os tribunais a serem mais “eficientes”. A segunda hipótese, de que a política estaria criando lógicas coercivas que forçam o acordo em nome do “bem comum”, também demonstrou ser convincente. Tal como observado nas primeiras iniciativas de tornar a conciliação uma prática judicial nos Estados Unidos, o Judiciário brasileiro estaria transformando o “acordo” em um ideal a ser alcançado, convertendo a audiência de conciliação num ritual judicial propício para práticas de harmonia coerciva. Enquanto a “pacificação” dos burocratas do Judiciário se resume a “acordos forçados”, a “pacificação” dos métodos que buscam o diálogo ou, nos casos em que o diálogo não é possível, encaminham para a “porta” do processo judicial, é desvirtuada. Este deslocamento de sentidos retrata um Judiciário que se apropria de “boas ideias” para convencer a todos sobre as vantagens da sua autorreforma, sem garantir condições para que assimetrias, desigualdades e relações de poder inerentes ao sistema de justiça sejam eliminados. Evitando o conflito e aceitando que assinar um acordo é pacificar, o Judiciário negligencia seu papel de garantidor de direitos e adota critérios de um modelo de justiça neoliberal.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Campinas-SP
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira-legado.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6351001

Emendas parlamentares e processo legislativo orçamentário : uma análise comparada dos estados do RS, PR, MG, SP, ES e BA

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Miranda, Eduardo Soncini
Sexo
Homem
Orientador
Tomio, Fabricio Ricardo De Limas
Ano de Publicação
2018
Programa
Ciência Política
Instituição
UFPR
Idioma
Português
Palavras chave
Emendas Parlamentares
Orçamento Público
Conexão Eleitoral
Legislativo Estadual
Resumo

O presente trabalho analisa as estratégias adotadas pelos parlamentares estaduais dentro das regras do jogo locais (determinantes institucionais), na tentativa de alocar recursos, maximizar a atuação política/eleitoral e modificar o orçamento público estadual. Abordamos a tramitação, os atores e as regras envolvidas no processo Legislativo orçamentário em diferentes estados do Brasil: Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espirito Santo e Bahia. Foram levantados dados sobre a votação e atuação de cerca de 400 deputados estaduais entre os anos de 2010 a 2014 em seis estados da federação: (RS, PR, SP, MG, ES e BA). Respectivamente, estudamos as Leis Orçamentárias Anuais (LOA) de cada ano/estado. Por conseguinte, analisamos cerca de 350 mil emendas a essas leis e as localizamos geograficamente dentro dos mais de 2.800 municípios de cada estado selecionado. Dialogamos com três hipóteses da literatura: 1) a distribuição de recursos geograficamente localizados está relacionada ao desempenho eleitoral passado (conexão eleitoral) e, 2) a apresentação de emendas não executadas atendem à expectativa de novos nichos eleitorais (conexão simbólica), 3) a variação estadual das regras de emendamento/execução determinam a variação de estratégias/quantidade de emendas propostas. A verificação das hipóteses será investigada a partir da análise comparativa das emendas estaduais através das seguintes variáveis/indicadores: desempenho eleitoral no município (índice de dominância eleitoral no município / índice de relevância eleitoral do município), valor/quantidade das emendas alocadas pelos parlamentares nos municípios. Concluímos que são distintas as estratégias dos parlamentares estaduais quando da apresentação de emendas ao orçamento nos seis estados selecionados. Verificamos padrões diferentes em dois blocos: 1) Bahia e São Paulo padrões mais ligados a uma lógica simbólica do expediente emendas parlamentares (conexão simbólica) e 2) Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Espirito Santo uma lógica mais clássica de retorno as bases eleitorais (conexão eleitoral). Concluímos ainda que na execução das emendas, as lógicas antes mais voltadas a conexão simbólica quando da apresentação de emendas (em especial SP e BA) voltam a um padrão mais ligado a conexão eleitoral. Por fim apresentamos a tese da conexão simbólica.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Bahia
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Rio Grande do Sul
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Paraná
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Minas Gerais
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Espírito Santo
Referência Temporal
2010-2014
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7197943

Reconhecimento, representação e legitimidade democrática: uma análise da experiência das Comissões da Verdade no Brasil

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Castro, Madalena Goncalves
Sexo
Mulher
Orientador
Hollanda, Cristina Buarque De
Ano de Publicação
2018
Programa
Ciência Política
Instituição
UERJ
Idioma
Português
Palavras chave
Comissões da Verdade
Luta por reconhecimento
Representação política
Legitimidade democrática
Resumo

 

O presente trabalho tem por objetivo realizar uma análise qualitativa e histórico-descritiva de mecanismos de memória e verdade no Brasil, quase duas décadas após a transição política para a democracia. Para tanto, busca-se mostrar os empecilhos apontados por autores e por vítimas da ditadura militar brasileira (4-1919685) para a efetivação de demandas por memória, verdade e justiça, com destaque para a interpretação sobre a Lei de Anistia de 1979 e a tardia instauração da primeira experiência de uma Comissão Nacional da Verdade (CNV) no país, em 2012. Nesse sentido, o trabalho abordará a institucionalização desse mecanismo transicional, a partir da luta de longos anos das vítimas e de movimento sociais organizados ligados a elas, pelo reconhecimento público e oficial das graves violações dos direitos humanos e também pela responsabilização dos agentes que as praticaram. Se, por um lado, essa primeira experiência se expandiu de forma inovadora pelo país por meio de comissões não-nacionais da verdade, revelando um projeto político comum ao Estado e aos grupos dos direitos humanos em torno da apuração dos fatos, por outro, ela foi permeada por alguns conflitos e controvérsias que versam tanto sobre a sua composição, quanto sobre a abordagem das violações ocorridas no referido período. Por conseguinte, o intuito é analisar as principais dissidências internas e externas relativas a essas arenas de participação social, e inerentes a questões de representação política e legitimidade democrática. Pretende-se mostrá-las, por sua vez, a partir dos discursos de justificação mobilizados pelos atores socioestatais envolvidos na implementação e membros das comissões da verdade brasileiras, tendo como objeto de análise a CNV e a Comissão Estadual da Verdade de São Paulo (CEV “Rubens Paiva”), ressaltando a importância desses espaços para a revisão histórica e o resgate da memória sobre um passado sombrio do Brasil.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1964-1985
Localização Eletrônica
https://sucupira-legado.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5601745

Teoria e prática em Fernando Henrique Cardoso: da nacionalização do marxismo ao pragmatismo político (1958-1994)

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Goncalves, Rodrigo Santaella
Sexo
Homem
Ano de Publicação
2018
Programa
Ciência Política
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Fernando Henrique Cardoso
Teoria e Prática
Nacionalização do Marxismo
Dependência
Resumo

O presente trabalho busca elucidar aspectos da relação entre teoria e prática em Fernando Henrique Cardoso, desde o início de sua produção teórica até sua primeira candidatura presidencial, em 1994. Neste sentido, trabalha também com uma problemática mais ampla, a da relação entre teoria e prática em intelectuais que se querem transformadores da realidade. Esta análise contrasta com as interpretações que encontram nas formulações sobre dependência a origem determinada da trajetória política de Cardoso – seja com um viés de continuidade, como se a teoria prévia houvesse determinado a prática, seja de ruptura, como se a prática fosse fruto de uma corte com a teoria original. Buscamos demonstrar o processo através do qual Fernando Henrique Cardoso caminhou, sem grandes rupturas, de um momento que chamamos de “nacionalização do marxismo sui generis” para um pragmatismo político que era marca de sua atuação em 1994. Encontraremos na confluência entre sua origem de classe, as características de sua produção teórica mais importante e os elementos do contexto histórico, social e político do país durante a transição, as bases para as opções políticas seguidas por Cardoso. Mostraremos a existência de uma tensão em sua produção teórica, para explicar como esta foi se resolvendo na prática política, em especial entre sua candidatura ao Senado, apoiada pelo novo sindicalismo brasileiro, em 1978, e sua candidatura a prefeito de São Paulo em 1985, já desconectada de uma perspectiva de esquerda. Por fim, buscaremos mostrar como a definição de uma nova hegemonia no país no final dos anos 1980 criou as condições para a consolidação desse pragmatismo em Cardoso, que passa a justificar “teoricamente” suas ações a partir do retorno a uma dicotomia moderno versus arcaico que ele próprio ajudara a superar com a teoria da dependência.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
1958-1994
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7548663

Mobilizando redes e construindo arenas participativas: o trabalho social nas políticas de urbanização de favelas da CDHU

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silveira, Mariana Costa
Sexo
Mulher
Orientador
Marques, Eduardo Cesar Leao
Ano de Publicação
2018
Programa
Ciência Política
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Implementação de políticas públicas
Burocracia - Ativismo Institucional
Urbanização de favelas
Trabalho Social
Resumo

De que forma burocracias e atores não-estatais influenciam o processo de implementação de políticas públicas? No contexto da política em estudo, ou seja, no âmbito do trabalho social em políticas de urbanização de favelas da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), a pergunta de fundo é: como a agência situada de atores implementadores influenciou a criação de arenas participativas, num contexto organizacional-institucional adverso? Partindo desta pergunta, este trabalho analisa os diferentes perfis da burocracia implementadora, considerando suas trajetórias, valores, padrões relacionais e formas de atuação heterogêneas em três territórios urbanizados pela CDHU ao longo dos anos: Projeto Pantanal em São Paulo, Programa Serra do Mar em Cubatão e Projeto Pimentas em Guarulhos. Cada um destes três casos analisados conformou distintos cenários à implementação da política, com seus arranjos organizacionais-institucionais específicos. Os principais achados da pesquisa mostram que a construção de arenas participativas e a concretização de práticas do trabalho social se deram de forma gradual e experimental, a partir da atuação ativista dos diferentes agentes implementadores. Foram identificados quatro padrões de atuação engajada ou ativista da burocracia e oito distintos perfis ou papéis dos burocratas entrevistados. Os resultados também sugerem que a atuação criativa destes agentes é influenciada pelos variados cenários organizacionais-institucionais onde estão inseridos, pois conformam distintas estruturas de oportunidades ou constrangimentos à sua ação. Ainda assim, o que se percebe é que, a despeito do contexto conservador das administrações da CDHU, a burocracia implementadora, junto com atores não-estatais envolvidos na implementação da política, lançou mão de diversas estratégias de atuação no sentido de (i) criar e concretizar arenas participativas funcionais no âmbito da política e de (ii) influenciar a construção de um método de trabalho nas políticas de urbanização de favelas da Companhia, entre as diferentes áreas técnicas da CDHU.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Cubatão
Guarulhos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira-legado.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7589589

Difusão do Plano Estadual de Segurança Pública de 2003 a 2014

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Amorim, Alice Shama
Sexo
Mulher
Orientador
Tarouco, Gabriela Da Silva
Ano de Publicação
2018
Programa
Ciência Política
Instituição
UFPE
Idioma
Português
Palavras chave
Ciência Política
Políticas Públicas
Difusão de Políticas Públicas
Segurança Pública
Resumo

Essa dissertação examina a adoção do Plano Estadual de Segurança Pública (PESP) no Brasil. A pergunta a que se pretende responder é: O que explica o tempo de adoção do PESP pelos estados? Por busca entender o porquê de unidades políticas adotarem novos programas, o arcabouço teórico do trabalho baseia-se no estudo de difusão de inovações. São mobilizados determinantes internos dos estados, que englobam suas características econômicas, sociais e políticas; e determinantes externos, que indicam a existência de difusão vertical e horizontal. Argumenta-se que dois determinantes têm maior peso para explicar o tempo de adoção da política pelos estados: a severidade do problema da violência e a influência horizontal de estados vizinhos que adotaram previamente o plano. Para testar os efeitos dos determinantes, analisa-se as adoções que ocorreram entre os anos de 2003 e 2014 através do Event History Analysis. A regressão linear com função link Log-log permite que essa análise seja feita com intervalos de tempo discreto. Os resultados confirmam as hipóteses levantadas.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
2003-2014
Localização Eletrônica
https://sucupira-legado.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7114499

O Programa nota piauiense: uma análise da construção da política fiscal

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Beserra, Thomson Esmeraldo Albuquerque
Sexo
Homem
Orientador
Ribeiro, Ricardo Alaggio
Ano de Publicação
2018
Programa
Ciência Política
Instituição
UFPI
Idioma
Português
Palavras chave
ICMS
Programa Nota Piauiense
Cidadania Fiscal
Sociologia Fiscal
Estudo de caso
Resumo

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por ser um imposto indireto, tem a sua incidência mascarada pelo valor total da compra ou serviço, provocando um efeito de anestesia no contribuinte. Neste ponto, programas de estímulo premial, como o Nota Piauiense, podem representar uma mudança na relação entre o Fisco e o contribuinte. Através da adoção de ferramentas de promoção e valorização do contribuinte adimplente com suas obrigações tributárias, em grande parte propiciada pelas novas ferramentas de governança eletrônica, que ajudam a estimular a promoção da cidadania fiscal e a participação do contribuinte no processo de fiscalização e arrecadação do imposto, que se sobressai como a maior fonte de receitas tributárias do Estado. O caso piauiense foi escolhido como base, pois após a análise de levantamentos de dados de arrecadação de ICMS no ano de 2014, um ano antes da criação do programa, fornecidos pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), constatou-se que, dentre os estados do nordeste, as menores receitas eram as dos estados do Piauí (R$ 2.979.359), Alagoas (R$ 2.927.851) e Sergipe (R$ 2.731.999). Assim, pergunta-se: como e por que o programa foi implantado no Piauí? Levanta-se a hipótese de que a política fiscal local foi criada com base em experiências de outros estados, em especial, no modelo da Nota Paulista, em razão do pioneirismo nacional do programa instituído em 2007. Quanto ao motivo para a implantação do Nota Piauiense, acredita-se que a busca por aumento na arrecadação de ICMS foi o objetivo primordial dos propositores da política. Para isso, a pesquisa adota a forma de estudo de caso exploratório, de abordagem descritiva, para poder traçar o percurso de criação da política fiscal, através da investigação de como o programa foi desenhado e por que ele foi implantado no Estado. Para isso, foram conduzidas entrevistas semiestruturadas com os Deputados Estaduais autores das 3 iniciativas legislativas que tramitaram na Assembleia nos anos de 2011, 2013 e 2014, bem como com os gestores envolvidos na formulação da proposta que foi enviada pelo Executivo no ano de 2015, e, posteriormente, transformada em lei nº 6.661/15. Também foi realizada uma pesquisa bibliográfica com autores representantes da Sociologia Fiscal, como Goldsheid (1917), Shumpeter (1918), Buchanan e Tullock (1962), Mann (1947), entre outros. Além de estudos sobre o dever fundamental de pagar impostos, conforme os ensinamentos de Nabais (2012). Também foram levantados dados quantitativos acerca do funcionamento do Programa da Nota Piauiense. Buscou-se, dessa forma, investigar os motivos que levaram os propositores da política à sua formulação, bem como apresentar o percurso da sua criação, seu desenho institucional e os dados sobre o seu funcionamento. Concluindo-se que a implantação do programa premial piauiense ocorreu em um contexto em que a iniciativa partiu, em três momentos distintos, da casa legislativa estadual, para apenas posteriormente ser proposta pelo Executivo local. De forma que as ideias basicamente orbitaram em torno da necessidade de incremento de receita de ICMS, do combate à sonegação fiscal e do estímulo ao hábito de exigir o cupom fiscal. As experiências de outros estados, especialmente São Paulo, embasaram as ideias apresentadas, muito embora cada uma tenha as suas peculiaridades.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Piauí
Referência Temporal
2011-2015
Localização Eletrônica
https://sucupira-legado.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6621492