Relações étnico-raciais

A fratria órfã: o esforço civilizatório do rap na periferia de São Paulo

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Kehl, Maria Rita
Sexo
Mulher
Título do periódico
Sociedade e Estado
Volume
15
Ano de Publicação
2000
Local da Publicação
Brasília
Página Inicial
145
Página Final
164
Idioma
Português
Palavras chave
Racionais MC's
rap
pobreza urbana
periferia
jovens
Resumo

Meu interesse a respeito do trabalho dos Racionais MC's, um dos mais importantes grupos de rap brasileiros, além da fascinação que o efeito poético das letras do rap produz em mim, refere-se ao que considero como o esforço civilizatório deste grupo em relação às condições de vida e ao apelo ao gozo entre jovens da periferia de São Paulo. Este esforço civilizatório é característica do rap em geral, e mais particularmente do que se produz nos bolsões de pobreza urbana no Brasil - a origem do rap, como se sabe, está nos jovens moradores dos guetos típicos da segregação racial e social da sociedade norte-americana. Os Racionais são, a meu ver, o mais expressivo dentre os grupos que se proliferam, há mais de dez anos, no Brasil.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1990-2000
Localização Eletrônica
https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/44578

Entre garotos e suas equipes: consumo tecnocultural e dinamicidade ético-estética na cena black brasiliense

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Araújo, Saulo Nepomuceno Furtado de
Sexo
Homem
Orientador
Farias, Edson Silva de
Ano de Publicação
2012
Local da Publicação
Brasília
Programa
Pós Graduação em Sociologia
Instituição
UNB
Idioma
Português
Palavras chave
Consumo Tecnocultural
Black Music
Tecnicidade
Cena Black Brasiliense
Processo Narrativo
Resumo

Este trabalho tem por objetivo a compreensão de específicos processos transitados entre os anos 1970, 1980 e 1990, relativos às manifestações culturais identificadas à música popular negra norte-americana, ou black music, no contexto da cidade de Brasília. Tomando por base metodológica um modelo de análise configuracional, interes-sa-nos a articulação interdependente entre dinâmicas de caráter técnico e rede-finições nos protocolos éticos de consumo de bens tecnoculturais, produção e participações de eventos black, redefinições estas tomadas enquanto indisso-ciáveis de outro conjunto de transformações no que diz respeito ao plano das estéticas black, sobretudo as musicais, em circulação no contexto investigado.Com base nos recursos técnicos da observação participante e da entrevista não estruturada, foi dada especial atenção, neste processo de pesquisa, à interlocu-ção com os produtores culturais, disc jockeys (DJs) e donos de equipes de sono-rização participantes de diferentes momentos do conjunto de expressões que dão corpo às tramas sociais às quais nos referimos por cena black brasiliense ou candanga, na exata medida em que esses interlocutores dispõem de posições e saberes privilegiados relativos às distintas formas de articulação entre dinâmi-cas de caráter técnico e novas possibilidades de vivências, ou expressões ético-estéticas relacionadas à black music.Busca-se assim, construir um processo narrativo em que se articulem as falas de diferentes interlocutores, autores e do próprio pesquisador na compreensão de alguns dos processos que levariam a região metropolitana do Distrito Federal a constituir, no plano nacional, um dos principais mercados de produção e consu-mo de estéticas black, tais como o rap e o funk.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Brasília
Macrorregião
Centro-Oeste
Brasil
Habilitado
UF
Distrito Federal
Referência Temporal
1970-1990
Localização Eletrônica
https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/5700

Prisões em flagrante por crimes de drogas: análise da questão racial em duas metrópoles brasileiras

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Sinhoretto, Jacqueline
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Zilli, Luís Felipe
Couto, Vinícius Assis
Sexo:
Homem
Sexo:
Homem
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.1590/s0102-6992-20243902e48073
Título do periódico
Sociedade e Estado
Volume
39
Ano de Publicação
2024
Local da Publicação
Brasília
Página Inicial
1
Página Final
28
Idioma
Português
Palavras chave
Segurança pública
Polícia
Drogas
Política de Drogas
Racismo Institucional
Resumo

Este artigo discute a atuação das organizações policiais nos chamados “crimes de drogas”. A partir de análise de dados sobre prisões em flagrante nas cidades de São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG), buscou-se mensurar o quanto dimensões socioespaciais (território onde ocorreram as prisões, bem como sexo, idade e raça/cor das pessoas presas) afetam a decisão policial de classificar os casos como “porte de drogas para uso pessoal” ou “tráfico de drogas”. Por serem o que a legislação define como “crimes sem vítimas”, as “ocorrências de drogas” evidenciam processos de suspeição racializada e territorializada que orientam o policiamento ostensivo no Brasil. Em São Paulo, parece haver uma diretriz institucional para que quase todos os casos sejam classificados como “tráfico”. Já em Belo Horizonte, prisões feitas em favelas possuem chances desproporcionalmente mais altas de receber a tipificação mais gravosa. Em ambas as capitais, o perfil racial das pessoas presas influencia a tipificação criminal.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Belo Horizonte
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Minas Gerais
Referência Temporal
2013-2017
Localização Eletrônica
https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/48073

As narrativas sobre as facções criminosas em Alagoas: polícias, juventudes, territorialidades, criminalidades e racismo institucional

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Santos, Sérgio da Silva
Sexo
Homem
Orientador
Caruso, Haydée Glória Cruz
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Brasília
Programa
Sociologia
Instituição
UNB
Idioma
Português
Palavras chave
Facções criminosas
Juventudes
Violências
Resumo

Os processos que orientaram a formação social, política e cultural de Alagoas são marcados pelas violências. É a partir da integração e interação desses processos que a violência se torna uma importante narrativa comum e institucional para explicar problemas relacionados aos conflitos sociais. Na vida urbana alagoana, especificamente maceioense, se refletiu processos históricos de orientação colonial. É por isso que as desigualdades sociais e raciais são latentes, expondo feridas e reproduzindo dinâmicas de exclusão. As narrativas captadas através das experiências sociais de atores e atrizes da vida cotidiana apresentam inúmeras questões que tornam pertinentes as reflexões sobre as violências. Dentre essas narrativas as Facções Criminosas se apresentam de forma central. Seus modos de operar na vida cotidiana, sua presença no contexto institucional e sua influência nos processos de mediação em torno das territorialidades, políticas públicas e no comportamento juvenil, seja nos seus bairros, ou nos ambientes virtuais, são destacados. Os papéis das Facções Criminosas nas narrativas da violência reverberam e legitimam políticas de segurança pública e do racismo institucional. Esse último torna-se mola mestra desse cenário de mortes e encarceramento.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Maceió
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Alagoas
Referência Temporal
2016-2019
Localização Eletrônica
http://repositorio2.unb.br/handle/10482/44588

Morro da Providência: da negligência e apagamento histórico à resistências e reexistência social

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Oliveira, Hugo Silva de
Sexo
Homem
Orientador
Fernandes, Cíntia Sanmartin
Ano de Publicação
2024
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Comunicação
Instituição
UERJ
Página Inicial
1
Página Final
356
Idioma
Português
Palavras chave
Morro da Providência
Favela
Pequena África
Memória
Patrimônio
Resumo

Este trabalho analisa os processos históricos e contemporâneos de invisibilidade e apagamento na Região Portuária, com ênfase nas transformações provocadas pelo projeto Porto Maravilha. A pesquisa revela como intervenções históricas negligenciam e apagam as territorialidades locais, soterrando práticas culturais e memórias associadas ao circuito histórico da herança africana. A partir de uma metodologia cartográfica, que inclui pesquisa documental, teórica e imagética, o estudo explora as estratégias de resistência, disputa e reexistencia empregadas por projetos locais. Um foco especial é dado a Galeria Providência e a outros projetos realizados por Hugo Oliveira em coletividade, para mostrar como essas iniciativas colaboram para o resgate e a construção de novos imaginários na área, que apontam para criação do Museu de Arte e História do Morro da Providência (MUAHP), liderado pelos próprios moradores, como expressão de um afrofuturismo emergente no território.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Zona
Centro
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Morro da Providência
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
2001-2022
Localização Eletrônica
https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/24203

Riqueza e status entre mulheres negras no Brasil

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Rocha, Emerson Ferreira
Sexo
Homem
Título do periódico
Sociedade e Estado
Volume
32
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Brasília
Página Inicial
217
Página Final
244
Idioma
Português
Palavras chave
Desigualdade racial
Desigualdade de gênero
Riqueza
Status
Endogamia racial
Resumo

Este artigo estuda a participação das mulheres negras no grupo dos ricos no Brasil. São definidos como ricos aqueles que integram o conjunto de 1% com maiores rendimentos advindos do trabalho principal. Através de modelos logísticos, estima-se em que medida a escolaridade, incluindo a segmentação por áreas de formação superior, contribui para as desvantagens desse grupo de mulheres quanto a participação entre os ricos. Estima-se também a contribuição relativa da remuneração discriminatória dos níveis educacionais. O estudo aborda também como a condição racial afeta a condição de status das mulheres negras ricas, sendo o conceito de status operacionalizado a partir das dinâmicas conjugais. O que se observa é que mulheres negras ricas, além de tenderem a não contar com um cônjuge, experimentam maiores probabilidades de estarem unidas a cônjuges não ricos, em comparação com as mulheres brancas. Isso indica que a condição racial deprecia suas possibilidades de conversão da afluência econômica em status social. A análise da dinâmica matrimonial é realizada com base em modelos logísticos multinominais. Os dados são provenientes do Censo Demográfico de 2010.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
2010
Localização Eletrônica
https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/6259

Racismo e sexismo em instituições de saúde do DF: pré-natal, parto e pós-parto de mulheres negras

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Ferreira, Kauara Rodrigues Dias
Sexo
Mulher
Orientador
Almeida, Tânia Mara Campos de
Código de Publicação (DOI)
http://dx.doi.org/10.26512/2015.10.D.21201
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
Brasília
Programa
Sociologia
Instituição
UNB
Idioma
Português
Palavras chave
Pré-natal
Pós-parto
Mulheres negras - saúde
Sexismo
Mulheres - saúde e higiene
Resumo

A presente dissertação traz como tema as experiências de mulheres negras durante o pré-natal, parto e pós-parto/puerpério na relação com serviços e profissionais de saúde do Distrito Federal/DF. O objetivo central foi investigar e analisar como a cor/raça, em sua articulação com o gênero, participa das interações das mulheres negras com instituições e profissionais de saúde durante o pré-natal, parto e pós-parto/puerpério, gerando discriminações e violências sobre elas. Entrevistas semiestruturadas foram realizadas com quinze mulheres, que fizeram pré-natal e pariram no DF. A partir, então, da articulação e diálogo entre diferentes pesquisas teóricas e empíricas, dados oficiais do governo brasileiro e os relatos das entrevistadas, foi possível ampliar o entendimento sobre como as mulheres negras vivenciam e elaboram suas experiências acerca desses três importantes momentos relacionados à saúde reprodutiva, bem como obter elementos sobre o racismo e o sexismo institucional. Constatou-se que os tratamentos recebidos, somados aos entraves à garantia de seus direitos, se manifestam em uma dinâmica relacional que envolve discriminação racial interconectada com a reprodução das desigualdades de gênero, associadas a diferentes marcadores sociais, que reforçam ou amenizam os efeitos do racismo e do sexismo. Foram também encontradas aproximações com representações sociais racistas e sexistas acerca dos corpos e papéis sociais das mulheres negras por meio de sua interação com serviços e profissionais de saúde.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Centro-Oeste
Brasil
Habilitado
UF
Distrito Federal
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://repositorio.unb.br/handle/10482/21201?locale=pt_BR

Ressignificando identidades: um estudo antropológico sobre experiências migratórias dos estudantes africanos no Brasil

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Mungoi, Dulce Maria Domingos Chale João
Sexo
Mulher
Título do periódico
Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana - REMHU
Volume
20
Ano de Publicação
2012
Local da Publicação
Brasília
Idioma
Português
Palavras chave
Identidade africana
Identidade étnica
Imigração estudantil
Resumo

Partindo do pressuposto de que alteridade é um fenômeno universal e de que todos os grupos constroem categorias para classificar a si e ao outro, no presente artigo faz-se uma reflexão sobre a experiência singular de imigração estudantil no Brasil, a partir de uma perspectiva relacional que busca analisar as percepções e as configurações identitárias desses estudantes na sua relação com a população local que os classifica como africanos. Os dados analisados neste trabalho permitem refletir sobre a presença dos universitários africanos no Brasil, em geral, e em Porto Alegre, em particular, a partir de uma tríplice identidade: identidade nacional, identidade continental e identidade racial.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Porto Alegre
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Rio Grande do Sul
Referência Temporal
2004-2005
Localização Eletrônica
https://remhu.csem.org.br/index.php/remhu/article/view/303

Migração como indicador de democracia, sobrevivência econômica e necessidades básicas especiais

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Matos, Ralfo
Sexo
Homem
Autor(es) Secundário(s)
Lobo, Carlos
Sexo:
Homem
Título do periódico
Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana - REMHU
Volume
20
Ano de Publicação
2012
Local da Publicação
Brasília
Idioma
Português
Palavras chave
Migração
Democracia territorial
Tolerância étnica
Resumo

Este trabalho apresenta considerações e evidências sobre a inclusão de populações de estrangeiros em espaços metropolitanos. Parte-se do suposto que a alteridade seja um indicador de “democracia territorial”. No Brasil, o Censo 2000 permite identificar certa tolerância étnica em relação ao migrante estrangeiro, como apontado por Mehta para Nova York. São Paulo e Rio de Janeiro, em função do próprio tamanho, abrigam uma grande diversidade de origens nacionais na migração internacional, ainda que exista uma elevada variação nos níveis de renda e no tipo de ocupação.

Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Região
Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Cidade/Município
Nova Iorque
Brasil
Habilitado
País estrangeiro
Estados Unidos
Referência Temporal
2000-2012
Localização Eletrônica
https://remhu.csem.org.br/index.php/remhu/article/view/308/283

"Tem que estar bonito pra vender": A produção senegalesa de espaços de venda em Santa Maria (Rio Grande do Sul, Brasil)

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Césaro, Filipe Seefeldt de
Sexo
Homem
Autor(es) Secundário(s)
Zanini, Maria Catarina Chitolina
Sexo:
Mulher
Título do periódico
Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana - REMHU
Volume
26
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Brasília
Idioma
Português
Palavras chave
migração senegalesa
venda de rua
espaço
Resumo

Este artigo trata da venda de rua senegalesa na cidade de Santa Maria (Rio Grande do Sul, Brasil), procurando responder à seguinte questão: “como a produção de espaços de venda pelos senegaleses de Santa Maria contribui para a sua inserção no comércio de rua da cidade?”. Por meio de uma etnografia desenvolvida entre 2016 e 2017, propomos que a produção de espaços de venda por esses imigrantes constitui de uma prática cotidiana que os representa positivamente nas interações com a clientela e os diferencia etnicamente de outros vendedores de rua que ocupam o mesmo espaço social.

 
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Santa Maria
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Rio Grande do Sul
Referência Temporal
2016-2017
Localização Eletrônica
https://www.scielo.br/j/remhu/a/wJMtSYnJpPkGRTfrbWdDqvG/?format=pdf&lang=pt