Artes

Fotografias poderão dar testemunho do trauma de refugiados no Brasil?

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Oliveira, Tânia Biazioli de
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Muniz, Polyana Stocco
Endo, Paulo César
Sexo:
Mulher
Sexo:
Homem
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
1
Ano de Publicação
2011
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Refugiados
Fotografias
Traumas e testemunho
Resumo

Partindo das fotografias de refugiados, contidas nos folhetos da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo, buscamos verificar se as imagens possibilitam uma experiência de crise que possa testemunhar sobre o passado imerso no trauma dos refugiados no Brasil. Analisamos o conteúdo e a forma das fotografias, destacando os retratos dos refugiados de diferentes idades, ambos os sexos e diversas regiões do mundo, bem como os cenários do refúgio. Descobrimos que as imagens seguem o princípio estético da estilização e não impedem que o horror se repita.

 
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/497

Cidade: modos de ler, usar e se apropriar - uma etnografia das práticas de graffiti de São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Pereira De Oliveira Leal, Gabriela
Sexo
Mulher
Orientador
Frugoli Junior, Heitor
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.11606/D.8.2019.tde-02052019-140447
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Antropologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Antropologia urbana
Arte urbana
Cidade
Graffiti
Espaço urbano
Resumo

Nesta etnografia, as práticas de graffiti de São Paulo, ao mesmo tempo em que ocuparam um lugar central enquanto foco de análise e reflexões, foram tomadas como uma janela para pensar e produzir conhecimento sobre a cidade. Partiu-se de dois objetivos centrais: investigar os usos da rua destas práticas e as possibilidades de cidades que emergem nesta interação. O trabalho de campo voltou-se, principalmente, aos processos de pintura na rua, o que colocou a pesquisa em movimento pelo espaço urbano e configurou uma etnografia multi-sited. Na escrita da dissertação, os dados etnográficos e as análises foram organizados em duas partes complementares. Na primeira, a trajetória das práticas de graffiti na cidade de São Paulo conduz as reflexões, mas sem perder de vista a relação estabelecida com outros contextos, as trocas com outras práticas de pintura na rua, as narrativas que elaboram representações distintas deste fazer e a interação complexa estabelecida com diferentes agentes e esferas do poder público. Na segunda parte, a partir da análise situacional de três processos de pintura, são apresentados modos de ler, usar e se apropriar da cidade, que são ao mesmo tempo condição e consequência de fazer graffiti, bem como produzem efeitos nos sujeitos e nos espaços urbanos. A partir desta aproximação é possível apreender as práticas de graffiti enquanto um fazer que não apenas modifica esteticamente as superfícies construídas, como também coloca em questão a eficácia de certos postulados urbanísticos e jurídicos. Esta investigação identificou uma forma de citadinidade, constituída pelas experiências de pintar na rua, que nos lembra da condição de possibilidade de fazer e praticar a cidade.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-02052019-140447/pt-br.php

O japonês da gravata borboleta trajetória, arquivo e imagem: a experiência de pesquisa no e com o arquivo Miyasaka

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Bezzon, Rafael Franklin Almeida
Sexo
Homem
Orientador
Cunha, Edgar Teodoro da
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Araraquara
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Arquivo
Antropologia Visual
Etnografia
Fotografia
Miyasaka
Resumo
A pesquisa se propõe a realizar uma etnografia no e com Arquivo Miyasaka, ou seja, em seu espaço e a lógica que o orienta e com as imagens e pessoas emaranhadas com o arquivo, entendido como um objeto cultural em si mesmo. O arquivo fotográfico, com aproximadamente 14 mil imagens, localizado na cidade de Ribeirão Preto no interior do estado de São Paulo, compreende a produção do fotógrafo Tony Miyasaka, e dessa prolífica produção somente o conjunto “Jovem Miyasaka”, produzido entre os anos de 1950 e 1960, é analisado ao longo a pesquisa. Partindo do encontro e do estabelecimento das relações com as(os) interlocutoras(es), as fotografias e o arquivo é que se constituiu o campo etnográfico. As fotografias, conforme a pesquisa se desenrolava, começaram a adquirir um papel importante agenciando o estabelecimento das relações entre o pesquisador, os interlocutores e as narrativas evocadas por eles que envolvem o arquivo, as fotografias e a trajetória do fotógrafo ribeirão-pretano. Dessa forma, as fotos se apresentaram como interlocutoras da pesquisa, são objetos-agentes, que estão emaranhados na vida social. Seguindo a linha teórica de autores que se filiam à chamada “virada fenomenológica” no estudo com fotografias, como Elizabeth Edwards, Susan Sontag e Roland Barthes, valorizando a experiência que envolvem as fotos ao invés de análises que refletem, apenas, seus conteúdos semióticos. Assim, as fotografias foram compreendidas a partir de sua significância na vida das pessoas e no atos de fazer da pesquisa através da experiência compartilhada entre pesquisador e interlocutores com as imagens - ver fotos em conjunto -, dessa forma elas foram analisadas e pensadas a partir de seus efeitos e afetos, nos observadores entre eles o pesquisador e na trajetória de pesquisa, que ajudaram a determinar os caminhos percorridos e as relações estabelecidas. Investigar o Arquivo Miyasaka, portanto, permite (re)conhecer a trajetória do fotógrafo e seu arquivo, e assim (re)encontrá-lo como um dos expoentes da produção de imagens, fotográficas e em movimento, da cidade de Ribeirão Preto durante a segunda metade do século XX.
Disciplina
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de Ribeirão Preto
Cidade/Município
Ribeirão Preto
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1950 e 1960
Localização Eletrônica
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UNSP_eefdfeb5ac6745b889e0c59439432353

O Cosmopolitismo-Caipira de Cornélio Pires: Rebatidas de um intelectual genuinamente paulista

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Correa, Lays Matias Mazoti
Sexo
Mulher
Orientador
Teixeira, Paulo Eduardo
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Marília
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Cornélio Pires
Indivíduo-Sociedade
Cultura Caipira
Cosmopolitismo
Processo Civilizador
Resumo

A presente pesquisa resulta-se da investigação estabelecida acerca da trajetória social de Cornélio Pires (1884-1958). Escritor, músico, conferencista, folclorista, diretor, poeta, jornalista, Cornélio Pires foi um artista múltiplo e buscou tratar a cultura caipira em sua diversidade. Suas principais obras nos mais diferentes suportes em que atuou trabalharam sob a ótica de uma regionalidade-nacional militante acerca do rural e das comunidades caipiras. A partir da análise da imaginação criativa do indivíduo na constituição de suas estratégias de subjetivação, isto é, dos elementos que compuseram seu processo de individuação e socialização, objetiva-se compreender as ligações indissolúveis entre indivíduo e sociedade. Ao empregar a perspectiva biográfica articulada ao procedimento etnográfico, mais do que conhecer a vida de Cornélio Pires, este estudo busca desvelar as tramas, os enredos, as interações com pessoas, políticas, culturas, instituições expressas em sua trajetória social, compreendendo, assim, suas aspirações, comportamentos e atitudes no processo civilizador da modernidade paulista. A cronologia é uma aliada, mas não o fim último da pesquisa, já que a atenção se centra na compreensão do processo, os sentidos e significados apreendidos durante a experiência de uma pesquisa científica sobre um indivíduo ordinário. Grande parte da vida de Cornélio Pires se deu numa temporalidade engendrada a partir de antinomias como campo e cidade, atrasado e moderno, rural e urbano, primitivo e civilizado, caipira e cosmopolita. Seu posicionamento diante dessa realidade em convulsão apresentou-se, justamente, no entre-lugar da modernidade, isto é, o lugar social ocupado por Cornélio Pires foi, justamente, os interstícios do processo civilizacional, no qual articulou a transposição de diferentes temporalidades, realidades e identidades que, mesmo contrapostas nos discursos dominantes, se faziam imbricadas e visíveis no meio social. A partir desse estudo, será possível perceber que nem indivíduo, tampouco sociedade apresentam-se enquanto totalidades coerentes e organizadas, pelo contrário, expressam-se em constante configuração, experiências intercambiáveis, elementos processuais entre o vivido e o pensado (ou imaginado).

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1884-1958
Localização Eletrônica
https://repositorio.unesp.br/items/575a1112-7015-47bd-b7d9-a6439bc2ec6f

Uma Cinecidade Latino-Americana: Um Olhar Distópico Sobre o Espaço Urbano

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Souza, Alisson Gutenberg da Silva
Sexo
Mulher
Orientador
Silva, Josimey Costa
Ano de Publicação
2020
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UFRN
Idioma
Português
Palavras chave
Cinecidade
Cinema latino-americano
América Latina
Imaginário latino-americano
Resumo

Este estudo busca elucidar como representações de metrópoles latino-americanas chegam a formar uma paisagem simbólica contínua e um único ambiente imaginário, que se refere à significação resultante da produção de um sentido cultural próprio e comum para as cidades tematizadas cinematograficamente. Denomino esse equivalente cinematográfico do espaço urbano como cinecidade. No caso latino-americano, em específico, trata-se de uma abordagem em que as representações urbanas são predominantemente distópicas e marcadas por problemas sociais como desemprego, desigualdade estrutural e violência urbana, compondo assim uma cidade simbólica comum em crise.

O estudo resulta da articulação de alguns pressupostos teóricos construídos para se pensar a relação entre a metrópole e o cinema (Costa, 2002, 2005, 2008; Prysthon, 2006; Kracauer, 1960; Morin, 2005), em conjunto com a ideia de cidades contínuas desenvolvida por Ítalo Calvino (1990). Esta articulação é aplicada aqui à reflexão sobre a imagem de seis metrópoles: São Paulo, Buenos Aires, Caracas, Bogotá, Cidade do México e Manágua. Para tal, são analisados os filmes Linha de Passe (Walter Salles e Daniela Thomas, 2008), Hermano: Uma Fábula Sobre o Futebol (Marcel Rasquin, 2010), Las Tetas de Mi Madre (Carlos Zapata, 2015), Elefante Branco (Pablo Trapero, 2009), La Yuma (Florence Jaugey, 2009) e Dias de Graça (Everardo Valerio Gout, 2011), onde cada um representa uma das cidades tematizadas.

A análise dessas representações urbanas evidenciou que, no contexto contemporâneo, há uma parcela significativa de produções cinematográficas, no âmbito da América Latina, que olha para a cidade sob um mesmo viés: a metrópole como o espaço da degradação social marcado por problemas estruturais. A origem desse universo comum, segundo minha pesquisa, se encontra no subdesenvolvimento e na dependência da América Latina. Herança, nesse caso, de um passado colonial, de uma modernidade periférica (Souza, 2009) e do aprofundamento de uma agenda neoliberal.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
País estrangeiro
Argentina
Especificação da Referência Espacial
Buenos Aires
Brasil
Habilitado
País estrangeiro
Venezuela
Especificação da Referência Espacial
Caracas
Brasil
Habilitado
País estrangeiro
Colômbia
Especificação da Referência Espacial
Bogotá
Brasil
Habilitado
País estrangeiro
México
Especificação da Referência Espacial
Cidade do México
Brasil
Habilitado
País estrangeiro
Nicarágua
Especificação da Referência Espacial
Manágua
Referência Temporal
2008-2015
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/29662

A imagem do caipira na obra de Monteiro Lobato

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Santos Junior, Rodolfo Araújo dos
Sexo
Homem
Orientador
Gusmão, Luis Augusto Sarmento Cavalcanti de
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Brasília
Programa
Sociologia
Instituição
UNB
Idioma
Português
Palavras chave
Caipira
Monteiro Lobato
Mundo rural
Jeca Tatu
Primeira República
Resumo

Este trabalho busca analisar e compreender os motivos econômicos, sociais e culturais que permitiram que o personagem Jeca Tatu, de Monteiro Lobato tivesse tamanha receptividade no meio intelectual e urbano da Primeira República. Fixando-se, posteriormente, na memória social brasileira como um tipo social representativo e imprescindível na composição da identidade nacional. A consolidação da produção cafeeira no Oeste Paulista permitiu um desenvolvimento econômico suficiente para que o Estado de São Paulo despontasse como a região mais rica e influente do país. Tal riqueza proporcionou o desenvolvimento material e cultural da capital São Paulo, tornando-se esta, a mais moderna e desenvolvida cidade brasileira. E nesse contexto emerge uma elite intelectual urbana, que passa a refletir sobre as questões nacionais com base na experiência positiva de seu Estado. Procuramos apresentar também como o mundo rural paulista ecoava nas produções culturais da época, posto que a estrutura econômica da empresa do café produzira modos de agir, sentir e pensar característicos do homem interiorano de São Paulo, especificamente, o caipira paulista. Por fim, entendemos que acompanhar a formação intelectual de Monteiro Lobato tornou-se essencial, pois, como representante social da região do Vale do Paraíba, não deixa desse modo, de expressar os valores do mundo rural brasileiro na composição, caracterização e explicação do contexto social e econômico que seu personagem, Jeca Tatu, representa. Como também, sua experiência com a prática jornalística o municiaram com repertório cultural suficiente para ocupar uma posição privilegiada no campo literário brasileiro. Bem como a vida de fazendeiro do interior paulista, que possibilitou a ele um contato direto com a realidade do caboclo brasileiro, de modo a confrontar a realidade com as idealizações produzidas pelos intelectuais urbanos sobre o mundo rural brasileiro. Com, essa pesquisa concluímos que Lobato conseguiu condensar em seu personagem Jeca Tatu hábitos e práticas sociais que representavam as principais características do homem interiorano paulista. Refletindo particularidades profundas da realidade social brasileira Lobato sintetiza, de forma caricatural e descritiva, aspectos da realidade rural do país que, naquele tempo, eram desconhecidos da elite intelectual do Brasil.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Região
Vale do Paraíba
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1882-1948
Localização Eletrônica
https://educapes.capes.gov.br/handle/capes/632585?mode=full

Tornar-se compositor: a construção do modernismo musical e o processo de institucionalização da música de concerto em São Paulo (1920-1950)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Brancalion, Flavia
Sexo
Mulher
Orientador
Pinheiro Filho, Fernando Antonio
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Sociologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Compositores paulistas
Música de concerto brasileira
Modernismo
Música Nacionalista
Sociologia da Cultura
Resumo

Esta trabalho trata do processo de institucionalização da música de concerto em São Paulo entre 1920 e 1950, tendo por fio condutor as trajetórias cruzadas de compositores que se engajaram no projeto modernista, com mais ou menos intensidade, e colhendo dele mais ou menos frutos. Parte-se do estabelecimento dos perfis morfológicos concernentes às origens sociais desses agentes a fim de compreender as condições de possibilidade de carreiras voltadas à criação musical. Em seguida, redesenha-se o estabelecimento de interdependências que se desenrolaram em certos círculos de sociabilidade nos quais as experiências modernistas se forjaram. Por fim, esboça-se os rendimentos do modernismo musical na fatura das gerações seguintes de compositores.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1920-1950
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3842800

Herança de resistência: terreiros e comunas na pauliceia desvairada... E o samba continua

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Jesus, Edson Roberto de
Sexo
Homem
Orientador
Consorte, Josildeth Gomes
Ano de Publicação
2017
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Identidade
Comunidades
Resistência cultural
Resumo

A Cidade de São Paulo tem assistido, principalmente a partir da última década do século XX, ao surgimento de uma diversidade de agrupamentos – terreiros e comunidades -, que tem o samba e a roda de samba – expressão cultural negra e popular - como elementos centrais às suas atividades e existência. Essa pesquisa tem por objeto compreender como esses lugares de uma prática cultural que propicia situações e momentos de lazer e entretenimento, mas também momentos de reflexão sobre a realidade na qual essa prática cultural e seus praticantes, adeptos e apreciadores estão inseridos, se constituem como lugares de resgate e promoção da memória e tradição do samba, de ressignificação do espaço, constituição de laços comunitários e identitários, num exercício pleno de cidadania e numa ação continua de resistência cultural e de continuação de práticas culturais cujos denominadores culturais comuns remetem as ações empreendida pela população negra nos primórdios do século XX.

Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1990
Localização Eletrônica
https://tede2.pucsp.br/handle/handle/20063

Existência e resistência: o teatro militante paulistano

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Aoki, Thiago Barbosa
Sexo
Homem
Orientador
Netto, Michel Nicolau
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Campinas
Programa
Sociologia
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Teatro Militante de São Paulo (grupos teatrais Engenho teatral, Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes, Buraco d’Oráculo e Brava Companhia)
Teatro de grupo
Arte na periferia
Teatro periférico
Arte engajada
Resumo

O projeto investiga o florescimento do teatro militante e as novas configurações do artista engajado na Cidade de São Paulo nas duas últimas décadas, tendo como referência a atuação e organização dos grupos teatrais Engenho teatral, Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes, Buraco d’Oráculo e Brava Companhia. Deste modo, essas companhias e seus integrantes são entendidos como agentes que compartilham de determinados discursos e opções políticas que os colocam como parte de uma série de grupos teatrais militantes que estão em posições semelhantes na cena teatral brasileira, aliando a dramaturgia contestadora ao questionamento acerca do modo pelo qual a produção teatral está estruturada. O desafio do projeto, portanto, é compreender como as condições estruturais (objetivas e simbólicas) desse contexto de produção, por um lado, e a organização, posicionamento e discurso político das companhias, por outro, se articulam de maneira a criar um contexto de possibilidade de existência e difusão dessas companhias, bem como esboçar os traços desse artista engajado.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Anos 2000
Localização Eletrônica
https://repositorio.unicamp.br/Busca/Download?codigoArquivo=496501

1958, o ano que não terminou memória e performance na cena do Baile Black Nostalgia paulistano

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Allevedo, Pedro Tadeu Faria d
Sexo
Homem
Orientador
Gutierrez, Monica Lourdes Franch
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
João Pessoa
Programa
Sociologia
Instituição
UFPB
Idioma
Português
Palavras chave
Baile Nostalgia
Baile Black
Samba-Rock
Cena
Performance
Resumo

A investigação versa sobre o Baile Black do gênero Nostalgia que se realiza na cidade de São Paulo. Busca compreender o modo de estruturação desse tipo evento como movimento cultural, disseminado viralmente pelo espaço urbano da cidade. Este estudo traça uma análise sociológica da cena musical-cultural por ele configurada. Tal festejo é um tipo de reunião ano de 1958. Outrora era tratado apenas por baile. No início da década de 1980 recebeu a denominação atual. Essa forma de festejo dançante, com forma e conteúdos próprios, é um fenômeno produzido e fruído pelos afrodescendentes paulistanos. Estrutura-se sob a égide do lazer dançante e propaga um consumo musical híbrido, com ênfase na difusão de gêneros musicais e ritmos do passado. Combina lazer com atividade econômica. Grande parte das sonoridades provém da cultura musical norte-americana. São ritmos que incitam o dançar em casal, solto ou em grupo, dependendo do momento da festa. O repertório musical difunde jazz swing, samba e o sambalanço, funk, soul, rap e rhythmn blues. Em suas adjacências foi inventada uma dança específica e resultante da mescla de ritmos, peculiar da cena: o sambarock. Nos anos 1970 cedeu espaço para o baile de funk-soul. Contudo, coexistiu na cena paralelamente a ele. É frequentado pelos adultos do aludido grupo social, sendo bastante apreciado. Tais sujeitos formam um coletivo de base afetiva que nutre um gosto por musicalidades e danças de outrora. A cena refluiu nos anos 1990, ganhando fôlego novo no início dos anos 2000 devido ao renovado interesse pelo samba-rock, dinamizando a cena novamente. Esta celebração adota um padrão estético e um modo de comportamento peculiar, forjado na origem. É uma reunião dançante recorrente no tempo e inerente à comunidade afropaulistana. Objetiva-se analisar as práticas socioculturais acionadas nas festas, pois estas são acontecimentos densos de significado que servem não só para afirmação da negritude, mas para a soldagem da identidade coletiva por elaborar e exibir símbolos de etnicidade, marcadores das diferenças entre o -se através de procedimentos etnográficos, pois a observação participante possibilita um ponto de vista de perto e de dentro, cristalizado na relação dialógica com os interlocutores. Intenta elaborar uma análise transversalizada do fenômeno, possibilitada por intermédio do entrelaçamento de quatro conceitos reflexivos: performance, cena, geração e memória.

Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1958-2000
Localização Eletrônica
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