Evolução urbana

Imigração e colonização: conflitos pela terra no Paraná e São Paulo entre os séculos XIX e XX

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Dornelas, Sidnei Marco
Sexo
Homem
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.48213/travessia.i78.359
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
1
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Migrações
mobilidade humana
fluxos migratórios
Resumo

O estudo das migrações nos centros universitários de diversas regiões de nosso país tem a possibilidade de oferecer novos olhares para fatos relevantes sobre a história das migrações e a atualidade da mobilidade humana. Num país continental como o Brasil, a migração tem diversas facetas, cujos contornosparticulares devem-se à história regional e sua inserção no processo de formação sócio-econômica nacional. Nesse sentido, resgatar a história das migrações por regiões, como é o caso dos estados de São Paulo e Paraná e, em particular, a articulação entre projetos de colonização, fluxos migratórios e disputa pela terra, tem importância fundamental para conhecer as dinâmicas sociais e econômicas que configuraram tanto essa região como sua inserção no restante do país.

Disciplina
Referência Espacial
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Paraná
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Século XIX - XX
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/359

As organizações internacionais de apoio e a imigração dos países do leste europeu no pós-Segunda Guerra Mundial: As possibilidades do recomeço

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Cunha, Alisson Henrique Melo da
Sexo
Homem
Autor(es) Secundário(s)
Salles, Maria do Rosário Rolfsen
Bastos, Sênia Regina
Sexo:
Mulher
Sexo:
Mulher
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.48213/travessia.i82.371
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
1
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Organismos internacionais
Pós-guerra
relatos
São Paulo
Resumo

O artigo objetiva refletir sobre a atuação da Organização Internacional para Refugiados-1947-51 e demais organismos, no contexto internacional do pós-2ª-guerra, confrontando-os com relatos e trajetórias de imigrantes que evidenciam as experiências individuais da imigração, colhidos junto ao Memorial do Imigrante, SP, e Projeto Memória do Arquivo Histórico Judaico Brasileiro (AHJB). Resultados apontam que a maior parte dos apoios se deveu às comunidades aqui residentes

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Pós segunda-guerra mundial
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/371

A viola e o caipira no século XXI: O instrumento musical e sua relação nos processos de subjetivação caipira

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Rocha Salgado, Lucas
Sexo
Homem
Orientador
Oliven, Ruben George
Ano de Publicação
2020
Programa
Antropologia
Instituição
UFRGS
Idioma
Português
Palavras chave
Caipira
Cultura Caipira
Globalização
Modas De Viola
Música Brasileira
Resumo

A viola caipira é um instrumento com forte identificação com a cultura caipira e com sua sonoridade. As músicas caipiras tocadas com viola são conhecidas como modas de violas. O interior do estado de São Paulo (Brasil) possui ligação histórica com a cultura caipira, fruto da integração de variadas culturas em contato com a população nativa tupi. Uma cultura relacionada a modos de vida no campo, com um dialeto característico e uma sonoridade musical própria. Ao longo do século XXI com as transformações da vida e do trabalho no campo e com a urbanização do estado de São Paulo, imaginou-se a crise das bases da cultura caipira frente à cidade. Ao mesmo tempo, com o desenvolvimento da indústria fonográfica e do rádio a partir do início daquele século, as modas de viola e o gênero de música caipira se tornaram muito populares por todo o país. Em um cenário hoje em que o estado é quase todo urbanizado, com as transformações da vida no campo e com os fluxos globais de comunicação via smartphones, há a continuidade da cultura caipira como referência aos sujeitos e seus processos de subjetivação. Para pensar esses processos, neste trabalho abordo as emoções e imaginários mobilizados nas modas de viola entoadas pelo grupo de viola morena da fronteira, da cidade de Socorro, SP, com quem tive contato entre 2018 e 2020 - explicitando a materialidade da cultura caipira na relação criada entre violas, violeiros e suas modas. 

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Socorro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9720640

Experimentações baldias & paixões de retomada: vida e luta na cidade - acampamento

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Moraes De Souza, Alana
Sexo
Mulher
Orientador
Leite Lopes, Jose Sergio
Ano de Publicação
2020
Programa
Antropologia
Instituição
UFRJ
Idioma
Português
Palavras chave
Lutas sociais
antropologia política
gênero
corporalidades
Resumo

Fruto de uma etnografia entre acampamentos sem-teto nas periferias metropolitanas de São Paulo, esta tese percorre algumas questões que hoje atravessam os sentidos das lutas sociais, novas conflitualidades e formas de vida que se abrem como experimentação nos acampamentos de terrenos baldios e seu emaranhado de corpos, relações, curas e histórias. Instituído em grandes terrenos não edificados de mata tanto persistente quanto exuberante, o regime baldio instaurado pelas ocupações sem-teto surge como zona de interstício entre o ritmo desenfreado das novas formas de metropolização financeirizada e vigiada da "cidade global" e as ruínas de uma antiga metropolização fabril, nos oferecendo sugestivas proposições de uma política por vir. Ao intuir, uma vez mais, a luta política que se faz com os pés na terra, os acampamentos interrogam a "cidade do progresso" (e seu colapso) pelo seu avesso, em um arranjo deliberadamente precário, impermanente e aberto ao mundo vivo, nos apresenta pistas para pensar a transição da cidade-fábrica para a cidade-acampamento. Trata-se de uma ação coletiva que começa pela denúncia do regime proprietário e rentista produtor de desigualdades, mas que de forma imprevista acaba por investigar uma uma inédita aliança entre o baldio e a classe endividada, a classe "nômade do trabalho", como denomina Mbembe (2018), uma aliança entre o combate a cozinha coletiva, a festa e a guerra. O regime baldio, tecido por suas tramas relacionais, além de fazer emergir a própria coletividade que o sustenta - os sem-teto - também torna possível o tempo livre e outras proposições sobre viver junto. Por não se constituírem, na maior parte das vezes, como espaços de moradia, os acampamentos organizados pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) possibilitam uma emergente espacialidade que não é a da casa, nem é a do trabalho, mas uma experiência de travessia na qual no qual se vive a vida através da vida dos outros, como na definição ampla de parentesco feita por Sahlins (2013). Diferente de toda a gramática que constitui a "política habitacional" e suas tecnologias generificadas, proprietárias e bio-produtivas, nos acampamentos é possível experimentar a confusão de fronteiras entre cozinhas coletivas, festas, zonas de cumplicidade e prazer que abre hipóteses intensamente relacionais para as transações entre corpos e papéis. Na pesquisa, tratamos de pensar com os sem-teto sobre a retomada de um tempo da cura nas bifurcações em relação às inscrições dos trampos, virações, ao desemprego ativo e à socialidade doméstica, bifurcações capazes de produzir experimentações de "voltar à vida"; de sentir a "luta entrar no sangue" e "virar outra", como muito escutei nos acampamentos. Trata-se também de pensar em como a forma-acampamento interroga os modos de subjetivação neoliberal constituídos pela concorrência, desempenho, sacrifício encarnando assim uma guerra contra todos aqueles que, de certa forma, ameaçam o pacto da cidadania sacrificial - os vagabundos e vagabundas. Por fim, a tese apresenta algumas reflexões sobre como a política e o conhecimento sem-teto produzidos nos acampamentos interpelam alguns dos consensos progressistas e suas formas democráticas, também percorre algumas proposições sobre tecnologias de gênero e políticas de cuidado em uma conversa entre mulheres sem-teto e uma ciência feminista.

Disciplina
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9753643

Conexões da interculturalidade: cidades, educação, política e festas entre Sateré-Mawé do Baixo Amazonas.

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Fiori, Ana Leticia de
Sexo
Mulher
Orientador
Magnani, Jose Guilherme Cantor
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Antropologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Educação indígena
Ensino Superior indígena
Etnologia urbana
Interculturalidade
Política indígena
Resumo

Esta tese, desenvolvida no âmbito do Grupo de Etnologia Urbana do Núcleo de Antropologia Urbana da USP discute os enredamentos entre educação, cidade e política a partir das experiências sateré-mawé com Ensino Superior. O trabalho é desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica, documental, entrevistas e, principalmente, da etnografia desenvolvida individualmente e junto a outros pesquisadores do GEU, cuja coparticipação deu-se em campo e na produção de cadernos de campo coletivos. Esta etnografia centra-se na cidade de Parintins-AM (médio-baixo Amazonas), na turma de Parintins do curso de Pedagogia Intercultural (2009 e 2014) oferecido pela Universidade do Estado do Amazonas UEA, e nas circulações dos acadêmicos indígenas Sateré-Mawé e suas práticas por entre as cidades e as aldeias da Terra Indígena Andirá-Marau, sobretudo a aldeia Ponta Alegre. Ao longo dos cinco capítulos, a etnografia desenvolvida entre os Sateré-Mawé é apresentada face a discussões sobre modelos analíticos da antropologia acerca de objetos como cidade, cultura e interculturalidade, redes de saberes, ensino superior indígena, estado, política dos e para indígenas e festas. Exploro as conexões parciais engendradas pela presença de acadêmicos sateré-mawé na universidade e sua circulação por instituições (escolas, secretarias, etc.), práticas (ensino, política, lazer), eventos (feiras escolares, eventos acadêmicos, rituais, futebol) e modos de conhecimento e enunciação. Apresento reflexões que emergiram na interlocução com os Sateré-Mawé acerca das relações engendradas pelo dispositivo da interculturalidade, como suas interpretações do Festival Folclórico do Boi Bumbá, principal atividade econômica de Parintins; e da proposta de uma Livre Academia do Wará, a universidade indígena proposta pelo Consórcio de Produtores Sateré-Mawé. Discuto como enquadram seus intuitos de ter uma "educação dos brancos" em suas cosmopolíticas face ao mito do Imperador, o sistema de conhecimento do guaraná e a Festa da Tucandeira. O Imperador é um demiurgo relacionado a eventos históricos e à habilidade sateré-mawé de pacificar e canalizar potências dos brancos, agora situadas nos currículos e diplomas universitários. Os Sateré-Mawé são "filhos do Guaraná", uma planta professora que transforma o ethos guerreiro no uso diplomático de "boas palavras", necessárias à formação do bom professor. Os cantos da Tucandeira, festa mais conhecida dos Sateré-Mawé, trazem as Sehay Pooti (boas palavras) ensinando os jovens que dançam suportando a dor da luva de formigas. Mais do que diacríticos de uma identidade indígena, estes mitos e ritos formam um complexo sistema de saberes que delineiam as compreensões Sateré-Mawé sobre suas agências na contemporaneidade.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Região
Médio-baixo Amazonas
Cidade/Município
Parintins
Macrorregião
Norte
Brasil
Habilitado
UF
Amazonas
Referência Temporal
2009 - 2014
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-13122018-163358/pt-br.php

A ferrovia é uma cachaça: a construção social de valores morais e o saber de ofício dos trabalhadores ferroviários de Barra do Piraí-RJ

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Barbosa, Gabriel Ferreira
Sexo
Homem
Orientador
Neves, Delma Pessanha
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Antropologia
Instituição
UFF
Idioma
Português
Palavras chave
Ferrovia
Saber de Ofício
Trabalhadores
Ferroviários
Barra do Piraí-RJ
Resumo

A partir de trabalho de campo realizado com ferroviários e ex-ferroviários na cidade de Barra do Piraí-RJ, o presente trabalho busca compreender as formas através das quais o trabalhador ferroviário constitui relações baseadas em um sistema de representações e categorias forjadas no ofício ferroviário. Situada no médio Vale Paraíba Fluminense e convergência ferroviária entre os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, Barra do Piraí desenvolveu-se a partir de um empreendimento empresarial de grande vulto de meados do século XIX. Esta cidade ferroviária torna-se lugar de residência para parte dos trabalhadores ferroviários, relativamente imobilizados pelas associação de princípios de pertencimento social referenciados à relação casa e trabalho. Este texto também busca apresentar as formas através das quais esse sistema de representações é baseado em conflitos e hierarquizações construídas no âmbito das relações entre as diversas funções do trabalho ferroviário. Tais representações constituem um universo de significados e valores morais comum àqueles que ingressam no ferrovia . A construção do prestígio e do respeito derivados da atribuição de certas atitudes no ambiente de trabalho instauram um ciclo de trocas que podem ser interpretados pela perspectiva metodológica do fato social total. 

Disciplina
Referência Espacial
Região
Zona Sul
Cidade/Município
Barra do Piraí
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Minas Gerais
Referência Temporal
Meados do século XIX
Localização Eletrônica
http://ppgantropologia.sites.uff.br/?page_id=4235

Cosmopolíticas de crise: resistir, criar e compor mundos com as ruínas da democracia

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silva, Thiago Timoteo da
Sexo
Homem
Orientador
Marques, Ana Claudia Duarte Rocha
Código de Publicação (DOI)
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-21022020-170709/pt-br.php
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Antropologia Social
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Antropologia da política
Antropologia do digital
Conflito
Partidos-movimento
Movimentos sociais
Resumo

A presente dissertação consiste em uma etnografia do movimento político Raiz Movimento Cidadanista, com o foco em sua atuação na cidade de São Paulo. Essa associação surgiu em resposta a uma dupla percepção dos seus integrantes: a primeira é a de que o desenvolvimento do capitalismo levou a um cenário de crise (ambiental, econômica e social) de proporções catastróficas, que tem se revelado uma ameaça à própria existência da humanidade e de inúmeras outras formas de vida; a segunda é a de que as instituições políticas que marcaram o século passado não têm sido capazes de responderem a este cenário e às insatisfações dos povos e que é, portanto, preciso transformá-las. O foco desta pesquisa centrou-se no modo como os sujeitos investigados criavam formas de fazer política a partir do universo sociossimbólico que habitavam e de modelos de vida e resistência nos quais se inspiravam. A análise desse processo implicou indagar como os agentes entendiam a política e a democracia e quais eram as estratégias, os significados e os conflitos existentes na construção desse movimento político. Um aspecto que sobressaiu no exame das práticas da Raiz e que as aproximou dos levantes que surgiram no início desta década, foi o papel das tecnologias digitais na ampliação e conformação das ações de mobilização e participação social. No decurso da pesquisa, o digital passou a ocupar um lugar proeminente na compreensão dessas formas de existência política, na medida em que, visto, a priori, como mero mediador neutro da práxis política, comecei a entendê-lo como uma agência que se conecta e compõe com os sujeitos transformando decisivamente a configuração de suas práticas. Por último, este relato etnográfico é, em vários momentos, permeado por reflexões acerca das condições de realização da pesquisa antropológica e sobre o modo como relacionamento entre pesquisador e sujeitos pesquisados incide nos caminhos e resultados analíticos.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-21022020-170709/pt-br.php

Trama de sentidos: experiências etnográficas em contexto de consultas públicas (projetos de intervenção político urbanística na Av. São João)

Tipo de material
Livro Eletrônico
Autor Principal
Andrade, Jéssica de Souza
Sexo
Mulher
Autor Organizador
Andrade, Jéssica de Souza
Código de Publicação (ISBN)
978-9915-9643-2-4
Ano de Publicação
2024
Página Inicial
1
Página Final
25
Idioma
Português
Palavras chave
Centro Cultural Olido
Antropologia Urbana
Etnografia Urbana
Sentidos
Espaço Público
Resumo

O presente trabalho é um desdobramento da pesquisa de mestrado em curso intitulada: Os sentidos do Olido:
dinâmicas culturais e transformações urbanas numa centralidade paulistana. A partir do interesse inicial no
equipamento cultural, nomeado de Centro Cultural Olido, situado na av. São João, via que integra um perímetro
na região central e histórica de São Paulo identificada como Centro Novo, tal avenida ganha importância neste
percurso de investigação e torna-se também, área de interesse complementar. A gestão atual do município
desenvolveu um comitê intersecretarial cujo nome é: #todospelocentro, que tem por objetivo coordenar diversas
ações municipais para a requalificação do centro da cidade. Dentre estas ações identificam-se dois projetos em
curso: Diálogos Ruas Abertas av. São João e Diálogos Turismo no Centro de São Paulo os quais expressam,
mobilizam e atribuem sentidos para esta avenida icônica no imaginário paulistano. Imortalizada em canções,
permeada com elementos de relevância arquitetônica e artística, trata-se de uma espacialidade na qual se
articulam as mais variadas táticas, práticas e dinâmicas de diferentes atores sociais. Por meio de etnografias
realizadas até o momento e registradas em relatos de campo decorrentes da inserção e participação da
pesquisadora em consultas e audiências públicas, notou-se o modo como a av. São João – via discurso dos
dirigentes políticos – é considerada, ora como uma avenida linear e que, devido a esta característica, possibilita
um lugar de "estar", "caminhar" e "apreciar" ora como ambiência para a "vocação natural do centro, o turismo”,
leia-se turismo como negócio. Ademais de ser possível identificar, nestas ocasiões, leituras e aproximações que
traduzem o olhar institucionalizado da instância municipal perante esta centralidade em seus arranjos na contemporaneidade. Outro aspecto que transparece é a maneira como se organizam estes encontros (consultas e
audiências públicas), cuja finalidade é intermediar a interlocução entre sociedade civil e municipalidade, e assim
construir uma relação participativa nas etapas de formulação de projetos. O acompanhamento dos diálogos abre
pistas para a compreensão das dinâmicas e ações mobilizadas para a "requalificação" do Centro Novo e para o
projeto de cidade que se está construindo. A contribuição que se pretende não é a exposição de respostas e
posicionamentos totalizantes, mas a reflexão crítica dos formatos institucionais de diálogo entre uma visão de
perto e a de longe e o acercamento das narrativas empregadas nos debates públicos em prol de projetos que
induzem o "fazer cidade" em contexto latinoamericano.

Autor do Resumo
Jéssica de Souza Andrade
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Região
Região Central de São Paulo
Zona
Centro
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
República
Logradouro
Av. São João
Localidade
Centro Cultural Olido
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2023-2024
Localização Eletrônica
https://sistema-alacongresos.net/ver/ponencia-completa.php?id=321

Os sentidos do Olido: dinâmicas culturais e transformações urbanas numa centralidade paulistana

Tipo de Material
Trabalho de Eventos-Anais
Autor Principal
Andrade, Jéssica de Souza
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Magnani, José Guilherme Cantor
Sexo:
Homem
Título do periódico
XIV Reunião de Antropologia do Mercosul: reconexões e desafios a partir do sul global [livro eletrônico] : anais eletrônicos /
Ano de Publicação
2023
Página Inicial
1
Página Final
23
Idioma
Português
Palavras chave
Centro Cultural Olido
Centralidade
Etnografia Urbana
Espaço Público
Sentidos
Resumo

O trabalho parte de uma pesquisa de mestrado que está em seu início e que se propõe a apresentar, com base em etnografias realizadas até o momento, relatos de campo decorrentes da inserção e participação da pesquisadora em situações no Centro Cultural Olido. Tais observações mobilizam diferentes interpretações sobre como situar e compreender os sentidos atribuídos a este equipamento cultural em uma centralidade paulistana identificada como Centro Novo. Aqui são aproximadas as dimensões políticas e urbanísticas, via discurso dos agentes do poder público e das estratégias das governanças municipais com as dinâmicas cotidianas, considerando a produção de experiências e modos de usar dos múltiplos usuários. As dimensões apresentadas por estes diferentes interlocutores produzem sentidos para a espacialidade do Olido e para o território do seu entorno - um palimpsesto adensado de tensões, memórias e temporalidades. À vista disso, aproximar estes discursos, a fim de ordenar as pistas presentes nas ações e enunciações, podem revelar aspectos importantes da negociação articulada entre citadino, equipamento cultural e projeto de cidade. Também permite estabelecer a gênese da questão: os múltiplos sentidos em jogo neste local se coadunam numa única direção ou constituem uma disputa quando interpelados? Além das questões da vida urbana contemporânea do Olido, é possível encontrar vestígios de "modos de usar", reminiscências de outros tempos ainda vigentes em suas dinâmicas culturais?

Autor do Resumo
Jéssica de Souza Andrade
Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Referência Espacial
Região
Região Central de São Paulo
Zona
Centro
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
República
Logradouro
Av. São João
Localidade
Centro Cultural Olido
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1957-2023
Localização Eletrônica
(N/I)

Transformações de uso e ocupação do bairro ipiranga em são paulo: uma análise da tendência da substituição de áreas industriais ociosas pela verticalização de condomínios residenciais

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Giovannoni, Raphael
Sexo
Homem
Orientador
Veras, Maura Pardini Bicudo
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC
Idioma
Português
Palavras chave
Gentrificação
Ipiranga
Industrialização
Urbanização
Resumo

A influência da burguesia, em especial no que tange ao capital financeiro e imobiliário, nas ações de Estado, são algo determinante nos desequilíbrios de uma cidade. Tais influências, são capazes de determinar como a cidade utilizará seus espaços com propósito de atender todas as demandas e interesses econômicos, portanto, o objetivo da pesquisa foi identificar historicamente, como a cidade de São Paulo fez uso dos espaços no momento de transição econômica – cafeicultura – indústria capitalista – no crescimento da cidade e nos investimentos em infraestrutura urbana. O bairro Ipiranga conhecido pelo lugar onde o “grito de independência” foi proclamado, traz em sua história, as intensas transições socioeconômicas, ocupação e revalorização do solo, seja no momento da expansão industrial como no crescimento significativo do mercado imobiliário se comparado os indicadores das últimas décadas. A pesquisa identificou que, os espaços utilizados por antigas fábricas do século XX, foram transformadas em condomínios de moradia vertical, tendo como premissa, atender uma parcela da população de renda média alta, desprezando assim, qualquer indicador que aponta o déficit de moradias para população de baixa renda. Portanto, foi possível observar os aspectos gentrificativos no bairro, com forte tendência de aumentar nos próximos anos, considerando principalmente o fato que, no bairro há um grande investimento naquilo que mais atrai as pessoas interessadas em adquirir um novo imóvel – transporte urbano de qualidade - e na cidade de São Paulo, o metrô traz um diferencial e intervém de forma significativa nos investimentos do mercado imobiliário carregando consigo todas as transformações de uso e ocupação dos espaços da cidade. Assim, foram realizadas pesquisas com moradores do bairro e utilizados indicadores sociais e bibliografia que pudessem auxiliar na compreensão dos fenômenos socioeconômicos e dos fatores que promovem a gentrificação 

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Ipiranga
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoconclusao/viewtrabalhoconclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5516651