Cosmopolíticas de crise: resistir, criar e compor mundos com as ruínas da democracia

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silva, Thiago Timoteo da
Sexo
Homem
Orientador
Marques, Ana Claudia Duarte Rocha
Código de Publicação (DOI)
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-21022020-170709/pt-br.php
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Antropologia Social
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Antropologia da política
Antropologia do digital
Conflito
Partidos-movimento
Movimentos sociais
Resumo

A presente dissertação consiste em uma etnografia do movimento político Raiz Movimento Cidadanista, com o foco em sua atuação na cidade de São Paulo. Essa associação surgiu em resposta a uma dupla percepção dos seus integrantes: a primeira é a de que o desenvolvimento do capitalismo levou a um cenário de crise (ambiental, econômica e social) de proporções catastróficas, que tem se revelado uma ameaça à própria existência da humanidade e de inúmeras outras formas de vida; a segunda é a de que as instituições políticas que marcaram o século passado não têm sido capazes de responderem a este cenário e às insatisfações dos povos e que é, portanto, preciso transformá-las. O foco desta pesquisa centrou-se no modo como os sujeitos investigados criavam formas de fazer política a partir do universo sociossimbólico que habitavam e de modelos de vida e resistência nos quais se inspiravam. A análise desse processo implicou indagar como os agentes entendiam a política e a democracia e quais eram as estratégias, os significados e os conflitos existentes na construção desse movimento político. Um aspecto que sobressaiu no exame das práticas da Raiz e que as aproximou dos levantes que surgiram no início desta década, foi o papel das tecnologias digitais na ampliação e conformação das ações de mobilização e participação social. No decurso da pesquisa, o digital passou a ocupar um lugar proeminente na compreensão dessas formas de existência política, na medida em que, visto, a priori, como mero mediador neutro da práxis política, comecei a entendê-lo como uma agência que se conecta e compõe com os sujeitos transformando decisivamente a configuração de suas práticas. Por último, este relato etnográfico é, em vários momentos, permeado por reflexões acerca das condições de realização da pesquisa antropológica e sobre o modo como relacionamento entre pesquisador e sujeitos pesquisados incide nos caminhos e resultados analíticos.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-21022020-170709/pt-br.php