Evolução urbana

Trama de sentidos: experiências etnográficas em contexto de consultas públicas (projetos de intervenção político urbanística na Av. São João)

Tipo de material
Livro Eletrônico
Autor Principal
Andrade, Jéssica de Souza
Sexo
Mulher
Autor Organizador
Andrade, Jéssica de Souza
Código de Publicação (ISBN)
978-9915-9643-2-4
Ano de Publicação
2024
Página Inicial
1
Página Final
25
Idioma
Português
Palavras chave
Centro Cultural Olido
Antropologia Urbana
Etnografia Urbana
Sentidos
Espaço Público
Resumo

O presente trabalho é um desdobramento da pesquisa de mestrado em curso intitulada: Os sentidos do Olido:
dinâmicas culturais e transformações urbanas numa centralidade paulistana. A partir do interesse inicial no
equipamento cultural, nomeado de Centro Cultural Olido, situado na av. São João, via que integra um perímetro
na região central e histórica de São Paulo identificada como Centro Novo, tal avenida ganha importância neste
percurso de investigação e torna-se também, área de interesse complementar. A gestão atual do município
desenvolveu um comitê intersecretarial cujo nome é: #todospelocentro, que tem por objetivo coordenar diversas
ações municipais para a requalificação do centro da cidade. Dentre estas ações identificam-se dois projetos em
curso: Diálogos Ruas Abertas av. São João e Diálogos Turismo no Centro de São Paulo os quais expressam,
mobilizam e atribuem sentidos para esta avenida icônica no imaginário paulistano. Imortalizada em canções,
permeada com elementos de relevância arquitetônica e artística, trata-se de uma espacialidade na qual se
articulam as mais variadas táticas, práticas e dinâmicas de diferentes atores sociais. Por meio de etnografias
realizadas até o momento e registradas em relatos de campo decorrentes da inserção e participação da
pesquisadora em consultas e audiências públicas, notou-se o modo como a av. São João – via discurso dos
dirigentes políticos – é considerada, ora como uma avenida linear e que, devido a esta característica, possibilita
um lugar de "estar", "caminhar" e "apreciar" ora como ambiência para a "vocação natural do centro, o turismo”,
leia-se turismo como negócio. Ademais de ser possível identificar, nestas ocasiões, leituras e aproximações que
traduzem o olhar institucionalizado da instância municipal perante esta centralidade em seus arranjos na contemporaneidade. Outro aspecto que transparece é a maneira como se organizam estes encontros (consultas e
audiências públicas), cuja finalidade é intermediar a interlocução entre sociedade civil e municipalidade, e assim
construir uma relação participativa nas etapas de formulação de projetos. O acompanhamento dos diálogos abre
pistas para a compreensão das dinâmicas e ações mobilizadas para a "requalificação" do Centro Novo e para o
projeto de cidade que se está construindo. A contribuição que se pretende não é a exposição de respostas e
posicionamentos totalizantes, mas a reflexão crítica dos formatos institucionais de diálogo entre uma visão de
perto e a de longe e o acercamento das narrativas empregadas nos debates públicos em prol de projetos que
induzem o "fazer cidade" em contexto latinoamericano.

Autor do Resumo
Jéssica de Souza Andrade
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Região
Região Central de São Paulo
Zona
Centro
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
República
Logradouro
Av. São João
Localidade
Centro Cultural Olido
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2023-2024
Localização Eletrônica
https://sistema-alacongresos.net/ver/ponencia-completa.php?id=321

Os sentidos do Olido: dinâmicas culturais e transformações urbanas numa centralidade paulistana

Tipo de Material
Trabalho de Eventos-Anais
Autor Principal
Andrade, Jéssica de Souza
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Magnani, José Guilherme Cantor
Sexo:
Homem
Título do periódico
XIV Reunião de Antropologia do Mercosul: reconexões e desafios a partir do sul global [livro eletrônico] : anais eletrônicos /
Ano de Publicação
2023
Página Inicial
1
Página Final
23
Idioma
Português
Palavras chave
Centro Cultural Olido
Centralidade
Etnografia Urbana
Espaço Público
Sentidos
Resumo

O trabalho parte de uma pesquisa de mestrado que está em seu início e que se propõe a apresentar, com base em etnografias realizadas até o momento, relatos de campo decorrentes da inserção e participação da pesquisadora em situações no Centro Cultural Olido. Tais observações mobilizam diferentes interpretações sobre como situar e compreender os sentidos atribuídos a este equipamento cultural em uma centralidade paulistana identificada como Centro Novo. Aqui são aproximadas as dimensões políticas e urbanísticas, via discurso dos agentes do poder público e das estratégias das governanças municipais com as dinâmicas cotidianas, considerando a produção de experiências e modos de usar dos múltiplos usuários. As dimensões apresentadas por estes diferentes interlocutores produzem sentidos para a espacialidade do Olido e para o território do seu entorno - um palimpsesto adensado de tensões, memórias e temporalidades. À vista disso, aproximar estes discursos, a fim de ordenar as pistas presentes nas ações e enunciações, podem revelar aspectos importantes da negociação articulada entre citadino, equipamento cultural e projeto de cidade. Também permite estabelecer a gênese da questão: os múltiplos sentidos em jogo neste local se coadunam numa única direção ou constituem uma disputa quando interpelados? Além das questões da vida urbana contemporânea do Olido, é possível encontrar vestígios de "modos de usar", reminiscências de outros tempos ainda vigentes em suas dinâmicas culturais?

Autor do Resumo
Jéssica de Souza Andrade
Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Referência Espacial
Região
Região Central de São Paulo
Zona
Centro
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
República
Logradouro
Av. São João
Localidade
Centro Cultural Olido
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1957-2023
Localização Eletrônica
(N/I)

Transformações de uso e ocupação do bairro ipiranga em são paulo: uma análise da tendência da substituição de áreas industriais ociosas pela verticalização de condomínios residenciais

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Giovannoni, Raphael
Sexo
Homem
Orientador
Veras, Maura Pardini Bicudo
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC
Idioma
Português
Palavras chave
Gentrificação
Ipiranga
Industrialização
Urbanização
Resumo

A influência da burguesia, em especial no que tange ao capital financeiro e imobiliário, nas ações de Estado, são algo determinante nos desequilíbrios de uma cidade. Tais influências, são capazes de determinar como a cidade utilizará seus espaços com propósito de atender todas as demandas e interesses econômicos, portanto, o objetivo da pesquisa foi identificar historicamente, como a cidade de São Paulo fez uso dos espaços no momento de transição econômica – cafeicultura – indústria capitalista – no crescimento da cidade e nos investimentos em infraestrutura urbana. O bairro Ipiranga conhecido pelo lugar onde o “grito de independência” foi proclamado, traz em sua história, as intensas transições socioeconômicas, ocupação e revalorização do solo, seja no momento da expansão industrial como no crescimento significativo do mercado imobiliário se comparado os indicadores das últimas décadas. A pesquisa identificou que, os espaços utilizados por antigas fábricas do século XX, foram transformadas em condomínios de moradia vertical, tendo como premissa, atender uma parcela da população de renda média alta, desprezando assim, qualquer indicador que aponta o déficit de moradias para população de baixa renda. Portanto, foi possível observar os aspectos gentrificativos no bairro, com forte tendência de aumentar nos próximos anos, considerando principalmente o fato que, no bairro há um grande investimento naquilo que mais atrai as pessoas interessadas em adquirir um novo imóvel – transporte urbano de qualidade - e na cidade de São Paulo, o metrô traz um diferencial e intervém de forma significativa nos investimentos do mercado imobiliário carregando consigo todas as transformações de uso e ocupação dos espaços da cidade. Assim, foram realizadas pesquisas com moradores do bairro e utilizados indicadores sociais e bibliografia que pudessem auxiliar na compreensão dos fenômenos socioeconômicos e dos fatores que promovem a gentrificação 

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Ipiranga
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoconclusao/viewtrabalhoconclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5516651

O lugar dos sacoleiros na construção de referências urbanas: um estudo na região da rua 25 de março em São Paulo

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Oliveira, Lineu Francisco de
Sexo
Homem
Orientador
Veras, Maura Pardini Bicudo
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Rua 25 De Março
Vendedores Ambulantes
Sacoleiros
Espaços Públicos
Resumo

O presente trabalho de pesquisa tem como objetivo analisar as contribuições bem como o desenvolvimento e ocupação do espaço urbano de uma categoria ocupacional, hoje conhecida como sacoleiro. Essa categoria, antes conhecida como mascate, participou ativamente na criação, construção e desenvolvimento de uma região que se tornou representativa e tão grande quanto a grande metrópole, que é a cidade de São Paulo. Constatam-se práticas e ações que resultaram na apresentação de alternativas criadas à margem das dificuldades estruturais de uma etnia “árabes”, que foi expulsa de seu território de origem, e buscou um lugar para viver em paz com seus familiares. A região objeto desse estudo, que é a região da Rua 25 de Março hoje centro da capital paulista, mas que na sua origem, era uma região de beira de rio e, portanto, sem importância, foi o lugar de refúgio escolhido. Assim busca-se analisar os grupos sociais delimitados na região de estudo, com base na evolução histórica do lugar, além de uma analise segundo os conceitos e diretrizes da globalização, do espaço e do lugar utilizado como espaço de interação social, bem como analisar as características desses atores sociais que alimentam a economia informal e que na busca por espaço, criaram um lugar de referência social urbana.

Disciplina
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Zona
Centro
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Logradouro
Rua 25 de Março
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1865-2016
Localização Eletrônica
https://tede2.pucsp.br/handle/handle/19996

O Cosmopolitismo-Caipira de Cornélio Pires: Rebatidas de um intelectual genuinamente paulista

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Correa, Lays Matias Mazoti
Sexo
Mulher
Orientador
Teixeira, Paulo Eduardo
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Marília
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Cornélio Pires
Indivíduo-Sociedade
Cultura Caipira
Cosmopolitismo
Processo Civilizador
Resumo

A presente pesquisa resulta-se da investigação estabelecida acerca da trajetória social de Cornélio Pires (1884-1958). Escritor, músico, conferencista, folclorista, diretor, poeta, jornalista, Cornélio Pires foi um artista múltiplo e buscou tratar a cultura caipira em sua diversidade. Suas principais obras nos mais diferentes suportes em que atuou trabalharam sob a ótica de uma regionalidade-nacional militante acerca do rural e das comunidades caipiras. A partir da análise da imaginação criativa do indivíduo na constituição de suas estratégias de subjetivação, isto é, dos elementos que compuseram seu processo de individuação e socialização, objetiva-se compreender as ligações indissolúveis entre indivíduo e sociedade. Ao empregar a perspectiva biográfica articulada ao procedimento etnográfico, mais do que conhecer a vida de Cornélio Pires, este estudo busca desvelar as tramas, os enredos, as interações com pessoas, políticas, culturas, instituições expressas em sua trajetória social, compreendendo, assim, suas aspirações, comportamentos e atitudes no processo civilizador da modernidade paulista. A cronologia é uma aliada, mas não o fim último da pesquisa, já que a atenção se centra na compreensão do processo, os sentidos e significados apreendidos durante a experiência de uma pesquisa científica sobre um indivíduo ordinário. Grande parte da vida de Cornélio Pires se deu numa temporalidade engendrada a partir de antinomias como campo e cidade, atrasado e moderno, rural e urbano, primitivo e civilizado, caipira e cosmopolita. Seu posicionamento diante dessa realidade em convulsão apresentou-se, justamente, no entre-lugar da modernidade, isto é, o lugar social ocupado por Cornélio Pires foi, justamente, os interstícios do processo civilizacional, no qual articulou a transposição de diferentes temporalidades, realidades e identidades que, mesmo contrapostas nos discursos dominantes, se faziam imbricadas e visíveis no meio social. A partir desse estudo, será possível perceber que nem indivíduo, tampouco sociedade apresentam-se enquanto totalidades coerentes e organizadas, pelo contrário, expressam-se em constante configuração, experiências intercambiáveis, elementos processuais entre o vivido e o pensado (ou imaginado).

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1884-1958
Localização Eletrônica
https://repositorio.unesp.br/items/575a1112-7015-47bd-b7d9-a6439bc2ec6f

São José dos Campos e das vocações: uma análise do ideário empreendedor como projeto de competitividade urbana a partir da década de 1990

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Machado, Pedro Henrique Faria
Sexo
Homem
Orientador
Veras, Maura Pardini Bicudo
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Competitividade urbana
Planejamento urbano
São José dos Campos
Empreendedorismo
Resumo

A presente pesquisa investiga os alcances e limites do ideário empreendedor na cidade de São José dos Campos, enquanto projeto de competitividade urbana voltada a atrair melhores investimentos para a cidade. A partir de um recorte entre 1990 e 2010, buscou-se em fontes documentais e bibliográficas, em especial nos cadernos especiais de aniversário da cidade de São José dos Campos, produzidos pelo jornal de maior circulação da região, o Vale Paraibano, ações e estratégias discursivas da governança da cidade no sentido de aumentar o quociente de capital simbólico coletivo em torno de uma marca distintiva para a cidade a partir de uma suposta “vocação empreendedora”.

Tais esforços, sob forte influência do planejamento estratégico urbano de origem catalã, se deram em um contexto de desdobramentos da crise econômica vivida no país na década de 1980, refletindo em alto desemprego do setor industrial da cidade. Não se trata, porém, da primeira vocação alegada à cidade com vistas a encontrar alternativas econômicas ou superar crises financeiras. Na primeira metade do século XX, apesar da falta de consenso com relação ao clima e a sabida impureza de suas águas, por meio do esforço dos médicos locais em divulgar as “boas qualidades” da cidade, São José dos Campos torna-se estância climática hidromineral, consolidando a “vocação sanatorial” da cidade, enquanto alternativa para desenvolvimento econômico local.

Já na segunda metade do século XX, com o advento da penicilina e o tratamento da tuberculose passando a ser ambulatorial, a instalação do Centro Técnico de Aeronáutica (CTA), a inauguração da rodovia Presidente Dutra e, posteriormente, a instalação da Empresa Brasileira de Aeronáutica S/A (Embraer) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), há um esforço da governança local em divulgar a “vocação industrial” da cidade, aumentando consideravelmente seu parque industrial.

A reestruturação produtiva ocorrida a partir da década de 1990, sentida principalmente no setor bélico e aeronáutico da cidade, resulta em um alto número de demissões do setor industrial, inclusive da Embraer, que tem em seus aviões um dos principais símbolos da “vocação industrial”. Argumentamos que o esforço da governança local em criar uma “vocação empreendedora” para a cidade se deu a partir de duas ideias centrais e articuladas: a de que “a cidade é empreendedora” e a de que “o joseense é empreendedor”, buscando não apenas aumentar a competitividade urbana, mas fazer do empreendedorismo uma marca reconhecida da cidade em um “mercado das cidades”.

Se as diversas ações realizadas na cidade corroboram com a primeira ideia, o mesmo não se pode dizer com a segunda. Neste sentido, São José dos Campos apresenta taxas de empreendedorismo inferiores às do estado de São Paulo, da região metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte e, a depender da métrica, do Brasil. Tal argumento, que valoriza o auto-iniciativa e coloca os sujeitos como principais responsáveis pelo seu emprego, por sua vez, tem papel fundamental enquanto elemento de coesão em torno de um mesmo projeto de cidade e seus desdobramentos.

Disciplina
Referência Espacial
Região
Vale do Paraíba
Cidade/Município
São José dos Campos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1990-2010
Localização Eletrônica
https://oasisbr.ibict.br/vufind/Record/PUC_SP-1_425ec010447ad141ceb203877fb123c8

Mobilidade espacial da população e urbanização dispersa: regionalização do cotidiano na aglomeração urbana de Piracicaba-SP

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Alves, Jose Diego Gobbo
Sexo
Homem
Orientador
D'Antona, Álvaro de Oliveira
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Limeira
Programa
Interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Urbanização dispersa
Dispersão urbana
Mobilidade espacial
Regionalização do cotidiano
Aglomeração urbana de Piracicaba
Resumo

As diferentes formas de mobilidades (espacial, virtual e imaginária) se relacionam com processos de dispersão urbana em curso em diversos países. O dia a dia das pessoas acaba por transbordar os limites político-administrativos do município de residência e o cotidiano se regionaliza. O objetivo desta dissertação foi analisar a mobilidade espacial da população e a dispersão urbana, discutindo seu papel para a regionalização. O recorte geográfico de análise é a Aglomeração Urbana de Piracicaba. Localizada no interior paulista, a AUP conta com 23 municípios e foi institucionalizada pelo governo do Estado de São Paulo em 2012. A AUP foi discutida a partir da ideia de arte-fato, ou seja, um artifício analítico e um fato regional. Para análise de mobilidade foram utilizados dados secundários de pendularidade e migração dos Censos Demográficos de 2000 e 2010, por municípios. Métricas espaciais aplicadas à grade estatística foram utilizadas para a mensuração da distribuição da população em um período de urbanização dispersa, enquanto modo de vida e dispersão urbana, enquanto a forma das cidades. Elementos importantes constituintes dos fenômenos da dispersão urbana e da regionalização do cotidiano foram encontrados, tais como um aumento na pendularidade – a qual aumentou cerca de 250%. Tais fluxos apresentam uma lógica de agrupamento, sobretudo entre municípios próximos espacialmente. As métricas espaciais e de análise da paisagem utilizadas indicaram diferentes intensidades do processo de dispersão urbana nos municípios pertencentes à AUP, sobretudo as cidades de médio porte como Piracicaba, Limeira e Araras, tendo as rodovias um papel importante como vetor e produto da dispersão. O New Mobilities paradigm apresentou-se como um importante conjunto teórico para pensar a dispersão urbana como um modo de vida da sociedade contemporânea aliado às diferentes formas de mobilidade.

Referência Espacial
Cidade/Município
Piracicaba
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Década de 2010
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoconclusao/viewtrabalhoconclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9010278

Os Kambeba do Rio Jandiatuba: Território, Garimpo e Conflitos Socioambientais

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Basso, Aline Radaelli
Sexo
Mulher
Orientador
Witkoski, Antonio Carlos
Ano de Publicação
2018
Programa
Sociologia
Instituição
UFAM
Idioma
Português
Palavras chave
Amazônia
Conflitos Socioambientais
Garimpo
Territórios
Kambeba
Resumo

Este trabalho tem como objetivo visibilizar acontecimentos e situações de conflitos ocorridos ao longo de situações históricas de invisibilização do povo Omágua-Kambeba influenciada pela ausência e/ou presença do estado, tendo como pano de fundo, inicialmente, os processos de conquista e colonização do território amazônico e, mais atualmente, as políticas desenvolvimentistas impostas para a Amazônia brasileira e a inerente (ir)racionabilidade de exploração de seus bens naturais. Para tanto, lançamos mão do uso de ferramentas etnográficas com base na dialogicidade e polifonia necessárias à abordagem por meio de pesquisas de campo realizadas nas comunidades Kambeba do Rio Jandiatuba, em São Paulo de Olivença, Amazonas, Brasil. A etnia se encontra em processo de resistência e rexistência pelo direito da demarcação de seus territórios em face da presença de garimpeiros que exploram o ouro no referido rio. Os Kambeba têm, ainda, uma história singular no projeto de colonização operado pelo estado ibérico nos séculos XVII e XVIII, tendo sido fortemente perseguida e invisibilizada. Um dos reflexos disto é a inexistência de territórios indígenas Kambeba demarcados na região de fronteira do Alto Solimões, “berço” de sua origem, o que impulsiona sua atual luta como garantia de reconhecimento e segurança étnico-territorial frente aos outsiders do garimpo.

Disciplina
Referência Espacial
Macrorregião
Norte
Brasil
Habilitado
UF
Amazonas
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7580682

Por uma teoria social on the move

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Freire-Medeiros, Bianca
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Telles, Vera da Silva
Allis, Thiago
Sexo:
Mulher
Sexo:
Homem
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2018.142654
Título do periódico
Tempo Social
Volume
30
Ano de Publicação
2018
Idioma
Português
Palavras chave
Giro móvel
Mobilidade
Paradigma das mobilidades
Resumo

Parece haver consenso em torno da ideia de que os tempos atuais são caracterizados tan-to pela intensificação dos deslocamentos humanos, quanto pela aceleração dos fluxos digitais. Os contínuos investimentos em tecnologias de comunicação e de transporte que precipitam as distâncias trazem, como efeito colateral e tangível, os gigantescos congestionamentos nas rodovias, ferrovias e aeroportos das grandes cidades nos dois hemisférios. O aquecimento global e as mudanças climáticas constituem efeitos igual-mente perversos, porém menos evidentes para alguns, dessa que tem sido chamada de civilização do carbono. Enquanto as práticas de offshoring operam num mundo em que os grandes capitais e os poderosos se movimentam por rotas ocultas, sob os auspícios de sigilosas jurisdições, dispositivos cada vez mais intrusivos, arbitrários e letais controlam os fluxos de corpos ordinários, mensagens e coisas. É desse mundo de mobilidades e imobilidades, das condições de possibilidade de sua emergência, dos princípios normativos profundamente desiguais que o sustentam e dos deslocamentos epistêmicos por ele provocados, que tratam os artigos reunidos neste Dossiê. 

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/142654

A virada das mobilidades: fluxos, fixos e fricções

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Freire-Medeiros, Bianca
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Lages, Mauricio Piatti
Sexo:
Homem
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.4000/rccs.11193
Título do periódico
Revista Crítica de Ciências Sociais
Volume
123
Ano de Publicação
2020
Página Inicial
121
Página Final
142
Idioma
Português
Palavras chave
teoria social
epistemologia das ciências sociais
mudança epistémica
Resumo

Pelo menos desde os anos 2000, testemunhamos o esforço, em diferentes campos disciplinares e a partir de realidades empíricas diversas, para compreender a complexidade do movimento interdependente de pessoas e capitais, bens e imagens. Mas como evitar, na negação de categorias estáticas e metodologias sedentárias, a substituição do que é próprio do Estado-nação pela imprecisão conceitual dos “líquidos” ou pela romantização do nomadismo? Como incorporar, à discussão sobre a mobilidade, as práticas regulatórias e as desigualdades que a estruturam? Qual seria, em resumo, o estatuto teórico das mobilidades – e imobilidades – na teoria social? Este artigo descreve algumas das soluções analíticas propostas pela “virada das mobilidades”, tomando como fio condutor as contribuições daquele que é reconhecido como seu principal articulador, o sociólogo britânico John Urry.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
1980-2020
Localização Eletrônica
https://journals.openedition.org/rccs/11193