Administração e finanças públicas

Diferentes padrões de coordenação estadual os fatores explicativos da atuação coordenadora nos estados brasileiros

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Segatto, Catarina Ianni
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Lima-Silva, Fernanda
Silva, André Luis Nogueira da
Sexo:
Mulher
Sexo:
Homem
Código de Publicação (ISSN)
2318-8499
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.14244/agenda.2023.2.1
Título do periódico
Agenda Política
Volume
11
Ano de Publicação
2024
Local da Publicação
São Carlos
Página Inicial
15
Página Final
34
Idioma
Português
Palavras chave
Coordenação federativa
Relações intergovernamentais
Governos estaduais
Coordenação estadual
Resumo

O fortalecimento da coordenação nacional, que ocorreu nas últimas décadas no Brasil, resultou na indução  à  implementação  de  diversas  políticas  públicas  por governos  subnacionais,  incluindo  aquelas  cuja execução envolvia a coordenação entre estados e municípios. No entanto, isso variou entre as políticas. Naquelas com maior coordenação nacional, os governos estaduais assumiram um papel de coordenação regional junto a seus  municípios,  mas,  naquelas  com  menor  indução nacional,  prevaleceu  uma  maior  heterogeneidade.  Este estudo  aprofundará  a  compreensão  sobre  a  coordenação dos  governos  estaduais  em  três  políticas -Educação, Saúde  e  Proteção  e  Defesa  Civil -a  partir  da  análise  da  influência  da  coordenação  nacional  e  de  fatores  dos contextos e dinâmicas subnacionais no desenvolvimento de padrões distintos de coordenação estadual. Os casos escolhidos -Educação (alfabetização) no Ceará, Saúde (AIDS) em São Paulo e Proteção e Defesa Civil (gestão de risco de desastres) no Acre -representam políticas com diferentes graus de coordenação federativa e padrões de  coordenação  estadual.  A  análise  exploratória  e  qualitativa  de  estudos já  realizados,  de  documentos  e  de entrevistas  semi-estruturadas  mostra  que  os  padrões  de  coordenação  estadual  resultaram  das  capacidades  e legados prévios e da atuação de determinados atores. No entanto, a coordenação nacional foi relevante no caso de São Paulo para a continuidade dessa política ao longo do tempo.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
2000-2024
Localização Eletrônica
https://www.agendapolitica.ufscar.br/index.php/agendapolitica/article/view/900

Entre o formal e o informal: as ZEIS como instrumento do planejamento urbano na Subprefeitura de Itaquera

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silva, Sara Uchoa Araújo
Sexo
Mulher
Orientador
Bogus, Lucia Maria Machado
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Informalidade urbana
Planejamento urbano
Zonas especiais de interesse social
Resumo

A ideia do informal é comumente assimilada ao seu aspecto de negação. A informalidade tem sido entendida como diametralmente oposta ao que é formal e, no campo dos estudos urbanos, esse antagonismo é utilizado como estratégia discursiva para medidas práticas no território. Entendendo as regulações urbanas como o elemento a cindir a membrana porosa entre o formal e o informal no espaço, as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) surgem, então, como fruto da luta popular pela legitimidade dos assentamentos informais dentro do planejamento urbano formal. A partir da análise das ZEIS, da sua efetividade enquanto instrumento jurídico e espacial, foi possível vislumbrar como o poder público pensa a informalidade urbana articulada ao planejamento da cidade. Em São Paulo, inserida no contexto do capitalismo periférico, a utilização da Subprefeitura de Itaquera, como estudo de caso, se deu por ilustrar, por um lado, as transformações recentes na lógica de estruturação da cidade e, por outro, de um modelo de produção do espaço onde a informalidade urbana se apresenta mais como regra do que exceção.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Itaquera
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Século XXI
Localização Eletrônica
https://www.seer.ufal.br/index.php/latitude/article/view/9135

Transformações de uso e ocupação do bairro ipiranga em são paulo: uma análise da tendência da substituição de áreas industriais ociosas pela verticalização de condomínios residenciais

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Giovannoni, Raphael
Sexo
Homem
Orientador
Veras, Maura Pardini Bicudo
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC
Idioma
Português
Palavras chave
Gentrificação
Ipiranga
Industrialização
Urbanização
Resumo

A influência da burguesia, em especial no que tange ao capital financeiro e imobiliário, nas ações de Estado, são algo determinante nos desequilíbrios de uma cidade. Tais influências, são capazes de determinar como a cidade utilizará seus espaços com propósito de atender todas as demandas e interesses econômicos, portanto, o objetivo da pesquisa foi identificar historicamente, como a cidade de São Paulo fez uso dos espaços no momento de transição econômica – cafeicultura – indústria capitalista – no crescimento da cidade e nos investimentos em infraestrutura urbana. O bairro Ipiranga conhecido pelo lugar onde o “grito de independência” foi proclamado, traz em sua história, as intensas transições socioeconômicas, ocupação e revalorização do solo, seja no momento da expansão industrial como no crescimento significativo do mercado imobiliário se comparado os indicadores das últimas décadas. A pesquisa identificou que, os espaços utilizados por antigas fábricas do século XX, foram transformadas em condomínios de moradia vertical, tendo como premissa, atender uma parcela da população de renda média alta, desprezando assim, qualquer indicador que aponta o déficit de moradias para população de baixa renda. Portanto, foi possível observar os aspectos gentrificativos no bairro, com forte tendência de aumentar nos próximos anos, considerando principalmente o fato que, no bairro há um grande investimento naquilo que mais atrai as pessoas interessadas em adquirir um novo imóvel – transporte urbano de qualidade - e na cidade de São Paulo, o metrô traz um diferencial e intervém de forma significativa nos investimentos do mercado imobiliário carregando consigo todas as transformações de uso e ocupação dos espaços da cidade. Assim, foram realizadas pesquisas com moradores do bairro e utilizados indicadores sociais e bibliografia que pudessem auxiliar na compreensão dos fenômenos socioeconômicos e dos fatores que promovem a gentrificação 

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Ipiranga
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoconclusao/viewtrabalhoconclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5516651

Trabalho e pobreza no Brasil entre narrativas governamentais e experiências individuais

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Vieira, Priscila Pereira Faria
Sexo
Mulher
Orientador
Guimaraes, Nadya Araujo
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Sociologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Trabalho
Políticas Sociais
Pobreza
Brasil
Resumo

Esta tese objetiva compreender as transformações, deslocamentos, tensões e disputas em torno das articulações das categorias “trabalho” e “pobreza”, analisando-as sob duas óticas diferentes, conquanto conectadas, a governamental e a individual. Por isso, a investigação empírica se processa em dois âmbitos: o do Estado brasileiro, que, com suas políticas, classifica alguns dos seus cidadãos como “pobres”, e o dos indivíduos por ele assim classificados. Analisamos as ações governamentais e as formulações institucionais que pautaram as políticas sociais brasileiras nos anos 2000 e 2010, revelando as estratégias e narrativas que sustentaram as ações governamentais voltadas para o problema da inserção dos indivíduos “pobres” no mundo produtivo. Esse processo foi reconstituído a partir da consulta a materiais institucionais e de entrevistas com agentes governamentais nos níveis federal e municipal. Documentamos que, conforme a conjuntura brasileira se transformava e as políticas sociais se desenvolviam, os discursos governamentais produziam novas formas simbólicas de enlaçar pobreza e trabalho. A temática foi igualmente investigada pela ótica das experiências cotidianas de um grupo de indivíduos e famílias beneficiárias dos programas de superação da pobreza. Com base em uma pesquisa etnográfica em um bairro periférico do município de São Paulo, analisamos as trajetórias de famílias institucionalmente categorizadas como “pobres”, evidenciando tanto a multiplicidade de arranjos de sobrevivência e garantia de renda e bem-estar, quanto a diversidade de formas nativas de descrevê-las e representá-las. Composição e dinâmica familiar, origem, gênero e geração mostraram-se dimensões cruciais no curso da análise. Esta revelou a intensidade com que diferentes significados de trabalho eram construídos, manipulados e disputados no cotidiano dos indivíduos em contextos de pobreza. Observamos que se transformavam as narrativas, as estratégias e as dinâmicas de relações dos pobres com os circuitos estruturantes da sua sobrevivência: os mercados, o estado, a família e as redes de amizade e vizinhança. Essa trama complexa de atividades que os indivíduos desempenham para ganhar a vida - formais e informais, legais e ilegais, morais e imorais, visíveis e invisíveis -, desafiam tanto os discursos e práticas governamentais, quanto a compreensão da sociologia do trabalho.
 

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
2000 - 2010
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoconclusao/viewtrabalhoconclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5063871

Representação Funcional e Defensoria Pública: um estudo das ações civis públicas propostas pelas Defensorias Públicas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Vilardi, Leonardo Ostwald
Sexo
Homem
Orientador
Vianna, Luiz Jorge Werneck
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/RJ
Idioma
Português
Palavras chave
Defensoria Pública
Representação Funcional
Judicialização da Política
Ação Civil Pública
Resumo

A Constituição da República de 1988 consolidou uma ampla gama de direitos fundamentais, juntamente com uma arquitetura institucional que buscou dar concretude a esses direitos, através de instrumentos jurídicos processuais que legitimaram a propositura de demandas sobre direitos difusos e coletivos, fortalecendo o poder judiciário e a representação funcional. Destaca-se nessa arquitetura o papel das Ações Civis Públicas (ACPs), com a legitimação da sociedade civil para realizar a propositura de tal ação. Entretanto, junto à sociedade instituiu-se outro ator capaz de mobilizar tais instrumentos em defesa da sociedade e dos princípios democráticos, o Ministério Público (MP). Neste cenário, é que a Defensoria Pública, instituição inicialmente integrante do poder executivo e com atribuição de representar em juízo parcelas subalternas da população, conseguiu adquirir autonomia funcional e administrativa. A mobilização da Defensoria promoveu desdobramentos no âmbito interno e externo de tal instituição. No âmbito externo, destaca-se a possibilidade de propor Ação Civil Pública. Dessa forma, a questão-problema que se coloca para a pesquisa é: Como a Defensoria Pública vem exercendo a prerrogativa de tutelar direitos difusos e coletivos? Frente a isso, assumese como objetivo geral mapear todas as ACPs propostas pelas Defensorias Públicas de Minas Gerias (DPMG), Rio de Janeiro (DPRJ) e São Paulo (DPESP) nos últimos 5 anos. Desdobram-se como objetivos específicos: mapear as ACPs propostas nos últimos cincos anos nos estados pesquisados; descrever a ‘evolução’ institucional dos órgão estudados; compreender a opção da CF/88 pelo acesso à justiça pela ‘mão do estado’; e realizar uma análise crítica do conceito de representação funcional. Tal caminho possibilitou uma reflexão crítica acerca da expansão da representação funcional e da judiciliazação em nosso país que, até o momento, não conheceu limites.

Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Minas Gerais
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2013-2017
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoconclusao/viewtrabalhoconclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5416207

Organização e ação política do empresariado na região metropolitana de Florianópolis.

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Marmitt, Rogeli Lucia
Sexo
Mulher
Orientador
Minella, Ary Cesar
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Santa Catarina
Programa
Sociologia Política
Instituição
UFSC
Idioma
Português
Palavras chave
Empresariado
Associações Empresariais
Participação Política
Resumo

O trabalho apresenta uma análise comparativa de quatro associações empresariais - associação comercial e industrial de Florianópolis (ACIF), câmara dos dirigentes lojistas de Florianópolis (CDL/FPOLIS), associação empresarial da região metropolitana de Florianópolis (AEMFLO) e câmara dos dirigentes lojistas de são José (CDL/SJ) – considerando a organização interna e articulação política no período de 2004 a 2014. A pesquisa considerou seis parâmetros: 1) estrutura e hierarquia das associações; 2) filiação partidária dos presidentes e diretores; 3) financiamento de campanhas eleitorais das empresas e/ou presidentes e diretores das associações; 4) participação no processo político concorrendo a cargos do legislativo ou executivo municipal, estadual e federal; 5) ocupação de cargos públicos ou de administração pública por parte dos presidentes e diretores; 6) rede de relações sociais da diretoria das quatro associações. Os procedimentos metodológicos incluíram a pesquisa bibliográfica, pesquisa documental (principais fontes: tribunal regional eleitoral, tribunal superior eleitoral, por meio do portal às claras, portal e documentos das associações), publicações da mídia local e entrevistas (seis) com membros da direção das associações. Os dados foram organizados em tabelas e analisados com o programa UCINET 6 e NETDRAW para visualização (sociogramas). Inspirados na discussão de Gramsci da relação entre sociedade civil e sociedade política para a construção da hegemonia, observamos a forma de organização e atuação do empresariado de Florianópolis e são José. Considerou-se a composição das diretorias totalizando 165 empresários. Verificou-se semelhança na estrutura interna, como a formação de núcleos formados por tipo de atividade econômica, por identidade geracional (jovem empresário) ou de gênero (mulher empresária). Há semelhanças quanto ao grau de rotatividade da direção, com a existência de empresários que ocupam cargos na direção em três ou mais gestões. Enquanto a CDL/SJ possui sua estrutura e direção integrada com a AEMFLO, tal não ocorre com a CDL/FPOLIS em relação à ACIF. Constatou-se que há empresários filiados a partidos nas quatro entidades mas a ACIF se destaca pelo número de filiados com predomínio do democratas (DEM) especialmente de membros do diretório municipal do partido em Florianópolis; e que a participação política por meio de vínculo partidário não é consensual entre as entidades empresariais. Constatou-se que o financiamento de campanhas eleitorais é concentrado por poucas empresas de porte médio e grande, especialmente vinculadas à AEMFLO e CDL/SJ. Os diretores e ex-presidentes da ACIF participam de disputas eleitorais municipais, e os empresários da AEMFLO e cdl/sj vislumbram uma estratégia para lançar candidatos nas próximas eleições, apesar da preocupação que destacam que a associação precisa ser apartidária., Reconhecem a importância para atuação política da inserção partidária. ACIF e CDL/FPOLIS se destacam pela participação em conselhos consultivos no âmbito municipal e estadual. Concluiu-se que as associações procuram diferentes formas de atuação e participação política, e tratam de estabelecer sua hegemonia no espaço político regional especialmente pela articulação com outras entidades de representação empresarial, conselhos profissionais de classe e outras associações, como é o caso do conselho metropolitano para o desenvolvimento da grande Florianópolis (COMDES). Nesta perspectiva busca agregar diferentes frações de classe e categorias sociais, buscando legitimidade para construir a hegemonia política local.

Disciplina
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de Florianópolis
Brasil
Habilitado
UF
Santa Catarina
Referência Temporal
2004 a 2014
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoconclusao/viewtrabalhoconclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5006836

Sustentabilidade na gestão dos recursos hídricos: representações sociais dos gestores em uma indústria automotiva no ABC Paulista

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Almeida, Fabiana Carlos Pinto de
Sexo
Mulher
Orientador
Menezes, Marilda Aparecida de
Ano de Publicação
2020
Programa
Ciências humanas e sociais
Instituição
UFABC
Idioma
Português
Palavras chave
Sustentabilidade
Gestão dos Recursos Hídricos na Indústria
Representação Social
Reuso de Águas para Fins Industriais
Indústria Automotiva
Resumo

A água, que é universalmente considerada essencial à manutenção da vida, atualmente tem sido muito discutida pela comunidade acadêmica que busca mobilizar os setores políticos e empresariais, pois um dos grandes desafios para a humanidade diz respeito à manutenção deste recurso. “O pensar” sobre a questão de sustentabilidade na gestão dos recursos hídricos é muito recente. Somente no início deste século, os aspectos de sustentabilidade se tornaram características compreendidas como diferenciais para o mercado. Contudo, existem várias dúvidas quanto à apropriação deste termo para a indústria, que é apontado por alguns autores como discursos de natureza empresarial para um novo padrão de qualidade e diferenciação para continuar no mercado. A preocupação central desta pesquisa busca compreender como o tema da gestão dos recursos hídricos é tratado na perspectiva de compreensão do conceito de sustentabilidade. A empresa investigada é uma indústria automobilística que está localizada no ABC Paulista, que faz parte da macrometrópole paulista, que abriga uma alta concentração das indústrias e empresas de grande porte, que estão inseridas dentro do sistema de abastecimento público e possuem tarifas diferenciadas. O problema de pesquisa investiga quais as representações sociais dos gestores da empresa no Brasil em relação aos recursos hídricos, para compreender como os usos e aplicações das águas pela indústria automobilística representam a sustentabilidade. Construímos uma narrativa com a apresentação dos conceitos-chaves sobre a sustentabilidade na gestão dos recursos hídricos, identificados a partir das entrevistas com os atores envolvidos na gestão da empresa. Observamos que para a maioria dos gestores e equipe técnica, o termo aparece relacionado aos aspectos econômicos. Contextualizada a partir dos dados obtidos no desenvolvimento da pesquisa durante o período de trabalho de campo na empresa, apresentamos uma análise sobre o aproveitamento de água de chuva identificado e a representação social pelos atores envolvidos sobre o tema, que foi apontado como uma das principais ideias associadas à sustentabilidade na gestão dos recursos hídricos na indústria.

Disciplina
Referência Espacial
Região
ABC Paulista
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://biblioteca.ufabc.edu.br/index.html

A ACESC e a humanização do mercado da morte em Cascavel - PR

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Machado, Marilana Aparecida
Sexo
Mulher
Orientador
Silva, Andreia Vicente da
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Paraná
Programa
Sociologia
Instituição
UNIOESTE
Idioma
Português
Palavras chave
Mercado da morte
Consumo Fúnebre
Humanização da morte
Resumo
Esta dissertação discute o mercado da morte na cidade de Cascavel, no Paraná. A pesquisa foi realizada na ACESC - Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Cascavel - autarquia municipal criada em 1989, cuja principal finalidade é administrar o sistema funerário do município. Busca-se verificar, ao longo do trabalho, se a filosofia de humanização da morte, proposta como inovadora diante do modelo de mercado funerário existente à época da fundação, continua sendo aplicada no atendimento prestado aos familiares enlutados e ao morto. Desenvolvida em forma de etnografia, a pesquisa foi realizada na referida instituição, através do acompanhamento de todo o processo post mortem, que se inicia no atendimento aos enlutados e tem seu término no sepultamento. O objetivo principal foi analisar o mercado da morte com ênfase no consumo dos artigos e serviços utilizados nos funerais. A partir da realização de trabalho de campo, de entrevistas e de revisões bibliográfica e documental, foi possível compreender que a gestão do mercado da morte realizada pela ACESC continua baseando-se nos seus princípios fundadores, mesmo que recentemente seja possível verificar que há uma abertura para a participação de empresas privadas na oferta de itens utilizados nos ritos de morte praticados atualmente.
Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Cascavel
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Paraná
Referência Temporal
1989-2017
Localização Eletrônica
https://tede.unioeste.br/handle/tede/3810

Gestão metropolitana e atores não estatais: a permeabilidade dos arranjos institucionais metropolitanos às organizações societárias e aos grupos de interesse econômico no Brasil: uma perspectiva comparada: estudo de caso da Região metropolitana de Belo Ho

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Faria, Carlos Aurelio Pimenta de
Sexo
Homem
Orientador
Nunes, Lucia Helena Ciccarini
Ano de Publicação
2017
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUG/MG
Idioma
Português
Palavras chave
Região metropolitana
Arranjos Institucionais
Cooperação
Permeabilidade
Gestão compartilhada
Resumo

Diante do novo status de centralidade dado à questão metropolitana, a partir dos anos de 1990, que implicou em reforma das institucionalidades da gestão das metrópoles em todo o mundo, esta tese propõe uma discussão sobre a permeabilidade dos arranjos institucionais de gestão metropolitana no brasil às organizações societárias, tendo como estudos de caso as regiões metropolitanas de Belo Horizonte-RMBH e de São Paulo, mais especificamente a sub-região do ABC paulista. O foco da tese é colocado nas organizações da sociedade civil e nos grupos de interesse econômico. Propugna que o modelo constitucional é permeável à participação dos atores não estatais, mas não garante eficiência na implementação de políticas públicas de interesse comum. Buscou-se estudar as diferentes tipologias das instituições metropolitanas em escala internacional, com a finalidade de identificar parâmetros que permitissem avaliar, de forma comparada, as experiências selecionadas. Em sequência, foi realizada uma análise das experiências brasileiras, com base em relatórios de pesquisa publicados por diferentes instituições acadêmicas e institutos de pesquisa, tais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE e o Instituto de Pesquisas Aplicadas-IPEA. Após definição da amostra realizou-se uma pesquisa de campo nas regiões metropolitanas selecionadas, que incluiu o exame documental, a realização de entrevistas semiestruturadas e a observação direta em eventos metropolitanos. Constatou-se, desde o princípio dos estudos, que há superposição de competências entre os entes federados no Brasil e que esta realidade impõe aos estados a necessidade de pensar a gestão metropolitana centrada na coordenação das ações por meio de instrumentos de planejamento integrado e da participação de atores não estatais. Na medida em que os arranjos institucionais em questão buscam, assumidamente, uma maior coordenação interinstitucional e uma maior legitimidade, poder-se-ia esperar deles uma maior permeabilidade de suas instâncias de governança aos atores societários, em especial aos grupos de interesse econômico. A pesquisa realizada confirmou a hipótese de que uma vez que o governo produz planos indicativos para o setor privado, ele os acessa em busca de informações para financiamento de projetos entre outros. As formas de acesso aos recursos são condizentes com os fluxos impostos pelos diferentes canais de articulação interinstitucional. Portanto, pode-se afirmar que os movimentos dos atores públicos e privados se dão em múltiplas direções, dentro e fora das instituições, utilizando-se de diferentes articulações em redes coletivas em busca de satisfazer seus interesses.

Referência Espacial
Zona
Região Metropolitana de São Paulo
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Região Metropolitana de Minas Gerais
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Minas Gerais
Referência Temporal
1990-2016
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5438050

Democracia e lei de acesso à informação no governo do estado de São Paulo: análise de recursos interpostos pelos cidadãos no período de 2013 a 2016

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Sousa, Antonio Gouveia de
Sexo
Homem
Orientador
Marinho, Maria Gabriela Silva Martins Cunha
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Santo André
Programa
Ciências Humanas e Sociais
Instituição
UFABC
Idioma
Português
Palavras chave
Democracia
Lei de Acesso à Informação
Solicitações de Informações
Arbitrariedades dos Gestores Públicos
Governo do Estado de São Paulo
Resumo

A Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 é considerada por alguns estudiosos o marco legal do direito de acesso à informação pública na sociedade ocidental. Essa declaração inova ao explicitar o direito de acesso à informação como direito humano fundamental, influenciando constituições de diferentes países que passaram a versar pela primeira vez o direito de acesso à informação em seus artigos, contribuindo para o surgimento de leis específicas regulamentando o assunto. Verifica-se assim, que há um processo de expansão da publicação de leis de acesso à informação em diferentes democracias consolidadas ou em vias de consolidação. Tal processo é resultado da atuação da sociedade civil que pressionou seus governos para obter o direito de se informar sobre os abusos anteriores desses governos, principalmente nos países que passaram por regimes ditatoriais, e das pressões das organizações internacionais que publicaram diferentes tratados internacionais versando sobre a transparência pública e o combate à corrupção. A promoção da política de acesso à informação é indispensável para a concretização da participação dos cidadãos na vida pública e política, resguardando o seu direito de controlar e vigiar as ações e decisões de seus governos eleitos democraticamente. Em 2011 o Brasil regulamentou a sua lei de acesso à informação, depois de vinte e três anos da promulgação da Constituição e após oito anos de tramitação, sendo o 90º país no mundo a regulamentá-la. O país foi, portanto, retardatário, considerando que diferentes países já haviam feito essa regulamentação bem anteriormente, por exemplo, o México, em 2002. As raízes patrimonialistas e conservadora, a postura autoritária do serviço público herdada do regime civil-militar que ainda resiste às mudanças, a falta de impessoalidade e publicidade nas relações políticas, as recorrentes práticas de corrupção, e o despreparo da classe política para lidar com as questões de transparência, participação e controle social são fatores que podem explicar semelhante atraso para a regulamentação e implementação da lei de acesso no Brasil. Todavia, o direito a informação é um indicador de cidadania e está assegurado na Constituição brasileira de 1988, tendo sido regulamentado pela lei federal 12.527, de 2011. No Estado de São Paulo a lei federal foi regulamentada pelo decreto 58.052, de 2012. Esta pesquisa analisa a política pública de acesso à informação do Governo do Estado de São Paulo com enfoque no Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), num aspecto basilar: as solicitações de informações feitas pelos cidadãos que tiveram o acesso negado em primeira instância recursal pelos gestores públicos e foram parar na segunda instância entre o período de 2013 a 2016. Na finalidade de demonstrar como se configuraram as arbitrariedades dos gestores públicos ao se utilizarem de sua margem discricionária de decisão administrativa nessas negativas, considerando os regramentos emanados da Constituição e da lei de acesso. A discussão proposta só é possível numa perspectiva interdisciplinar, pois há diferentes questões sociais, culturais e políticas envolvidas no processo de regulamentação e implementação da lei de acesso na administração pública, principalmente pelo ineditismo da lei de acesso no Brasil e da análise proposta.

Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2013-2016
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5078561