Fronteiras, ativismos e (i)mobilidades: perspectivas estético-políticas
Vivemos tempos de mobilidades turbulentas, que exigem agilidade criativa tanto na arte quanto na pesquisa científica. Uma série de manifestações no campo dos ativismos artístico e cultural - ou da criação estética - tem se dedicado justamente a atribuir visibilidade às estruturas ocultas, responsáveis pela manutenção das desigualdades subjacentes ao sistema hegemônico e que se expressam na multiplicação de fronteiras em diversas escalas. Experimentações envolvendo práticas como midiativismo, contracartografias, performances, engenharia reversa, entre outras, têm nos auxiliado a alterar o eixo cognitivo que organiza nossa percepção sobre diversos territórios, problematizando referenciais epistêmicos que tendemos, muitas vezes, a naturalizar. Interpelados por esse horizonte de questões, reunimos neste dossiê pesquisadoras e pesquisadores que se dispuseram a refletir sobre o tripé: 1) espaços fronteiriços, 2) ativismos artísticos/epistêmicos e 3) (i)mobilidades, desde terrenos empíricos os mais variados. Neste artigo, apresentamos as questões conceituais que animam o dossiê “Fronteiras, ativismos e (i)mobilidades: perspectivas estético-políticas”, assim como descrevemos cada uma das contribuições que o compõem.