Memória, preservação e patrimônio

O candomblé em São Paulo e a sacralização do espaço urbano

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Silva, Vagner Gonçalves da
Sexo
Homem
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
6
Ano de Publicação
1993
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Candomblé
Terreiro
Migração nordestina
Resumo

Entre os fatores do cresci­mento do número de ter­reiros de candomblé, veri­ficado a partir dos anos 60 em São Paulo, está a imi­gração de populações nordestinas que nes­se período é intensa. Os adeptos vieram de regiões onde essa religião teve um desen­volvimento maior, como o Nordeste e pos­teriormente o Rio de Janeiro, em busca de melhores condições de vida. Chegando aqui principalmente para trabalhar, mui­tos deram continuidade à sua história de vida religiosa fazendo da reconstituição das “familias-de-santo” e das “nações” religiosas uma importante estratégia de sobrevivência sob as novas condições de vida na metrópole.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1960-1990
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/345

A reinvenção de Curitiba: pluralismo étnico e imagens de primeiro mundo

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Costa, Maria Cecília Solheid da
Sexo
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
8
Ano de Publicação
1995
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Curitiba
Identidade
Imaginário urbano
Resumo

Neste artigo pretendo indicar que, em temos recentes, o resgate das origens estrangeiras e da composição multiétnica da população local é instrumental na sedimentação da imagem que associa Curitiba a uma cidade de Primeiro Mundo. Também que a visibilidade de grupos e de tradições étnicas diferentes no contexto das celebrações dos 300 anos da cidade expressa uma ideologia oficial da harmonia mas, ao mesmo tempo, implica reconstrução da identidade de curitibano e re-elaboração da imagem de cidade-modelo.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Curitiba
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Paraná
Referência Temporal
Anos 1990
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/539

Na terra do aldeamento, na cidade, em todo o litoral - o movimento dos índios Tremembé

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Ratts, Alecsandro
Sexo
Homem
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
9
Ano de Publicação
1996
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Aldeamentos indígenas
Mobilidade humana
Migrantes
Tremembé
Resumo

Os Tremembé estão entre os gru­pos indígenas que “reapare­ceram” no cenário cearense, desde a década de 80, após mais de cem anos de propagada "extinção" oficial dos índios no Ceará. Quem fala em Tremembé, geralmente se refere à popula­ção indígena que mora em Almofala, local de um aldeamento do século XVIII e que hoje é distrito do município de Itarema, situado a 270 km de Fortaleza. Os Tremembé de Almofala e aqueles que mi­graram para Fortaleza estão retomando os vínculos de parentesco no atual contexto da luta pela terra. Esta situação permite discutir território, cidade, e visibilidade para os Tremembé.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Fortaleza
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Ceará
Referência Temporal
Anos 1990
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/547

A festa do Divino Espírito Santo entre os açoiranos de São Paulo

Tipo de Material
Outros
Autor Principal
Santos, Gustavo Adolfo P. D.
Sexo
Homem
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
11
Ano de Publicação
1998
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Açorianos
Resumo

O arquipélago dos Açores fica no Oce­ano Atlântico, mais ou menos a meio ca­minho entre a Europa e os Estados Unidos da América. Fazendo parte do Estado por­tuguês (com status de região autônoma obtido em 1975), como Portugal os Aço­res são marcados pelo fenômeno da emi­gração desde o início do século XIX (Feldman-Bianco, 1997). De fato, em fun­ção do estabelecimento de redes transnacionais de parentesco e de circula­ção de pessoas e bens (materiais ou sim­bólicos), a experiência migratória é constitutiva da vida cotidiana dos habitan­tes do arquipélago, que “abrange a possi­bilidade sempre presente de se emigrar” (Feldman-Bianco, 1995).

Historicamente, os principais destinos deste fluxo migratório foram os Estados Unidos e o Brasil. No caso brasileiro, por exemplo, são conhecidas algumas cidades fundadas por imigrantes açorianos no sul do país. Este artigo, porém, concentra-se sobre um contingente de açorianos que se estabeleceu na cidade de São Paulo, mais precisamente no bairro de Vila Carrão, na Zona Leste da cidade. Vindos principalmente da ilha de São Miguel dos Açores, a partir da década de 50, para trabalharem como empregados em uma tecelagem desse bairro paulistano, estes imigrantes desde então diversifica­ram suas atividades, concentrando-se po­rém no setor pecuário, de laticínios e de comércio de carne.

De qualquer forma, nosso interesse, mais do que fornecer um desenho detalhado dessa migração, com dados estatísticos, gráficos e reconstruções históricas, é mos­trar como se rearticula no contexto da imi­gração no Brasil uma forma cultural e reli­giosa característica do arquipélago dos Açores: a Festa do Divino Espírito Santo. Trata-se de uma festa tradicional, celebra­da anualmente nas ilhas açorianas, ao lon­go das semanas que antecedem e culmi­nam no Pentecostés, festa católica celebra­da 50 dias após a Páscoa. Aqui, pretende­m os, através da descrição (ou da etnografia) de uma festa por nós observa­da em abril e maio de 1995, mostrar como a identidade açoriana é (re)construída em São Paulo, a partir desta festa que foi “transplantada” por esses imigrantes 24 anos depois de sua chegada em São Paulo.

Disciplina
Referência Espacial
Zona
Zona Leste
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Vila Carrão
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1974-1998
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/637

Festas arouquenses no Rio de Janeiro - Reinventando tradições

Tipo de Material
Outros
Autor Principal
Gomes, Artur Nunes
Sexo
Homem
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
11
Ano de Publicação
1998
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Comemorações
Festas
Migração Portuguesa
Vinho
Resumo

Este trabalho examina, a partir do estudo de festas religiosas e temporais, a reinvenção de tra­dições culturais, segundo a con­cepção de Hobsbawn, para quem essas tra­dições reinventadas são “um conjunto de práticas de natureza ritual ou simbólica, que visam inculcar certos valores e for­mas de comportamento através da repeti­ção que implica, automaticamente, uma continuidade em relação ao passado" (Hobsbawn, 1984: 9). Essas festas são realizadas por mem­bros de uma associação regional portugue­sa do Rio de Janeiro, o Arouca Barra Clu­be, em referência ao local de mesmo nome, que é um Concelho do distrito de Aveiro, no norte de Portugal. Sua área é de 327 km2 e tem como principal atividade a agri­cultura, em especial a cultura do vinho.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
1960-1990
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/636

A memória da casa e a memória dos outros

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Gonçalves Filho, José Moura
Sexo
Homem
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
11
Ano de Publicação
1999
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Migração
Memórias
Favela
Centros de Juventude
Resumo

Há quatro Centros de Juventude (CJ) em Vila Joanisa, pequeno bairro afastado para a periferia sul de São Paulo. Mantiveram os nomes das comunidades a que estão vinculados: São Carlos, São João, São Francisco e Santa Rita. Sem contar sá­bados e domingos, as crianças são neles recebidas todos os dias da semana, pela manhã ou pela tarde, antes ou depois da escola. Todo dia há almoço e um pequeno lanche: muitas crianças só nestas refeições têm o que comer; outras, bastam-se com isso para que o alimento de casa fique para o resto da família.

A ocupação da Vila Joanisa foi sobre­tudo conduzida por famílias de migrantes, gente saída das Minas Gerais ou interioranos paulistas. A avenida Yervant Kissaijikian, balizada pelas paradas de ônibus, corta todo o bairro até Diadema. Forma um eixo predominantemente comer­cial, amontoando pequenas lojas, merca­do, açougue, padaria e ramificando-se por ruas bastante íngremes. Dois bolsões de barracos vão logo se expor às margens da Yervant. Se prosseguimos pelas ruas à es­querda (rumo à comunidade São João Ba­tista) ou à direita (rumo à comunidade São Francisco), pelo menos mais uma favela vai se impor de cada lado.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Vila Joaniza
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Anos 1990
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/623

Reconstruindo o passado - Memórias migrantes da Zona Norte de Natal

Tipo de Material
Outros
Autor Principal
Cavignac, Julie A.,
Sexo
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
11
Ano de Publicação
1999
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Migração
Memórias
Resumo

Hoje, as consequências da passagem rápida do rural ao urbano no Brasil mo­derno começam a ser apontadas. Fato econômico e histórico determinante na configuração atual do país, esta mutação aparece na realidade bastan­te complexa e tem consequências sociais e culturais determinantes. Por isso, uma pes­quisa sobre as produções narrativas de migrantes morando numa zona periférica da capital do Rio Grande do Norte (a Zona Norte de Natal), propõe avaliar a transformação de uma cultura dita tradicional (a dos habitantes do interior) num contex­to urbano.

Isso se torna possível ao avali­ar-se a importância das mudanças na com­posição do corpus narrativo: memorização ou esquecimento das estórias da “tradição”, criações poéticas, sumiço dos folhetos de cordel, etc. Da mesma forma, através do relato das suas vidas, é possível perceber as transformações ocorridas na vida coti­diana dos novos moradores da cidade e dos migrantes mais antigos da Zona Norte. Afinal, é a ocasião de propor uma leitura cruzada dos textos orais e escritos da rea­lidade dos migrantes, dos seus discursos e das suas narrativas, sublinhando a impor­tância do corpus narrativo da elaboração de uma identidade e, através desta, mos­trar uma apropriação da história do lugar de migração e do espaço. Mas antes de analisar as narrativas e as histórias de vida, é preciso conhecer o contexto geral das migrações bem como lembrar as linhas gerais da história do lo­cal.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Zona
Zona Norte
Cidade/Município
Natal
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio Grande do Norte
Referência Temporal
N/A
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/627

Memórias de trabalhadores rurais na cidade

Tipo de Material
Outros
Autor Principal
Santana, Charles d'Almeida
Sexo
Homem
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
11
Ano de Publicação
1999
Local da Publicação
São Paulo
Página Inicial
41
Página Final
43
Idioma
Português
Palavras chave
migração interna
campo-cidade
memória
lembrança
Resumo

Entre os anos de 1960 e 1980 o cotidiano em Salvador modificava-se por força da presença de lavradores expulsos do campo baiano e por conta de diversas facetas do processo de industrialização pelo qual passava. Simultaneamente, a região dos municípios de Conceição do Almeida e Santo Antonio de Jesus, no Recôncavo Baiano, experimentava uma profunda transformação em seus modos de vida e de luta no campo. A concentração de ter­ras, a extinção das roças de café e de fumo, o fechamento de engenhos de açúcar e a ampliação da criação de gado, processos históricos articulados entre si, empurra­vam os trabalhadores rurais para cidades próximas, outras regiões e estados brasi­leiros. Nessas circunstâncias, obviamen­te, a migração foi a alternativa para uma expressiva parcela dos agricultores da re­gião, especialmente para as novas gera­ções que se viram sem perspectiva de en­contrar terras para o trabalho.

A cidade de Salvador foi um dos prin­cipais destinos dessa onda migratória. Esta opção pela capital deve-se à ampliação de oferta de empregos, em toda sua Região Metropolitana, e à proximidade entre as duas regiões. Assim, os trabalhadores dos municípios considerados participaram, por variados caminhos, no processo cultural, no fervilhar da vida tanto rural quanto ur­bana da Bahia. Neste texto, nossos olha­res voltam-se a alguns impasses que sur­gem quando buscamos interpretar, nas di­nâmicas do dia-a-dia na capital baiana, a participação de trabalhadores oriundos da­quela determinada região rural do Estado.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Salvador
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Bahia
Referência Temporal
1960-1990
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/628

Ítalo-brasileiros a revivificação da identidade étnica em Santa Maria-RS

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Zanini, Maria Catarina C.
Sexo
Mulher
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.48213/travessia.i34.686
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
12
Ano de Publicação
1999
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Identidade étnica
Italianidade
Imigração italiana
Resumo

Na Região denominada de IV Colônia de Imigração Italiana do Rio Grande do Sul, muitos são os relatos da Era Vargas que narram as diversas formas de violên­cia utilizada contra imigrantes. Vio­lência, não somente no sentido físico, mas também na forma como foram obrigados a abandonar suas línguas e costumes. Esse quadro, porém, começou a reverter-se no decorrer da segunda metade deste século. Muitas associações foram criadas e, a par­tir do centenário da Imigração Italiana, começou-se a afirmação e reconstrução de uma italianidade. E, ser italiano no Brasil não significa, para esses descendentes, possuir símbolos culturais fechados, mas sim revalorizá-los no cotidiano da cultura italiana em contato com a sociedade naci­onal e regional.

Foi a partir desta constatação que de­senvolví, no ano de 1997, um projeto de pesquisa que visava investigar quais seri­am os elementos fomentadores da revivificação da italianidade em Santa Maria. E, foi justamente nas narrativas desses descendentes que encontrei o traje­to de uma construção identitária e de es­tratégias de sobrevivência da italianidade que remontam ao século passado e que assumem, contemporáneamente, tonalida­des e arranjos novos

Referência Espacial
Cidade/Município
Santa Maria
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Rio Grande do Sul
Referência Temporal
Século XIX - Século XX
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/686

Identidades conjunturais x identidade tradicional as múltiplas faces da teuto-brasilidade no interior de São Paulo

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Simson, Olga Rodrigues de Moraes von
Sexo
Mulher
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.48213/travessia.i35.727
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
12
Ano de Publicação
1999
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Identidade
Teuto-brasileiros
Resumo

A xistência de uma impor­tante influência econô­mica, social e cultural germânica no Estado de São Paulo é pou­co percebida porque se faz entremeada ao tecido social local e resulta de um longo processo imigratório que, iniciado em 1829 com os 94 colonos que se fixaram na Colô­nia Velha de Parelheiros próxima a Santo Amaro, encontrou o seu auge na segunda metade do século passado, mas continuou ainda com picos elevados no período poste­rior às duas grandes guerras mundiais.A significativa massa populacional de língua e cultura germânicas ocupou prefe­rencialmente certos bairros da capital (San­to Amaro, Brooklyn, Tucuruvi, Tremembé, Vila Mariana), mas também deixou suas marcas em várias cidades do interior (Rio Claro, Campinas, Cosmópolis, Limeira), como se pode perceber pelo quadro ela­borado em 1857 relacionando as colônias que receberam imigrantes de língua e cul­tura germânicas no interior de São Paulo.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Campinas
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Século XX
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/727