Estudos culturais

Grafite/Pixação: circuito e territórios na arte de rua

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Rosane dos Santos Cantanhede Kaplan
Sexo
Homem
Orientador
Luciano Vinhosa Simão
Ano de Publicação
2012
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Ciências da Arte
Instituição
UFF
Idioma
Português
Palavras chave
Artes visuais
Arte urbana
Grafite
Pichação
Resumo

Este estudo tem como objetivo contribuir para a compreensão da origem das intervenções urbanas através do graffiti contemporâneo, sua expansão no Brasil e de que forma aporta ao circuito das instituições oficiais da arte. Orientamos o escopo de nossa pesquisa no sentido de acompanhar a expansão do fenômeno do graffiti como arte de rua no Brasil desde anos 1970 até o presente momento; o processo de crescimento dos dois vieses do graffiti (pichação e grafite) nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro; de que forma o graffiti se consagra como um novo gênero artístico junto ao circuito institucional; e como o ensino do graffiti vem sendo vinculado à projetos sociais. Partindo desse recorte recorremos à análise da origem desse movimento nos estados unidos; a expansão da pichação nas grandes cidades brasileiras a partir de um contexto urbano, e o graffiti como uma expressão juvenil que se impõe nesse cenário; assim como, aspectos e características da pichação em São Paulo e os processos de midiatização e hibridação cultural. Partindo de uma pesquisa documental, bibliográfica e de campo, buscou-se verificar as diferenças e contrastes entre a pichação e o grafite; quais os métodos de intervenção, técnicas, materiais e estilos; a análise histórica dos artistas pioneiros no graffiti na década de 1970 em São Paulo; assim como, o início do graffiti no Rio de Janeiro nos anos 1980. Por fim, procurou-se entender o propósito de iniciativas que visam a oferta de cursos e oficinas de grafite em projetos destinado aos jovens de comunidades de baixa renda no estado do Rio de Janeiro.

Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
1970-2012

Rapensando discursivamente o imaginário sobre a resistência em a Marcha Fúnebre Prossegue

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Resende, Mariana Linhares Pereira
Sexo
Mulher
Orientador
Mariani, Bethania Sampaio Corrêa
Ano de Publicação
2012
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Estudos de Linguagem
Instituição
UFF
Idioma
Português
Palavras chave
Análise de discurso
Resistência
Imaginário
Hip Hop
Língua
Resumo

A presente pesquisa, que se filia ao escopo teórico da análise de discurso da escola francesa, objetiva analisar o funcionamento do rap underground, a partir de um corpus constituído por letras de músicas do álbum a Marcha Fúnebre Prossegue, produzido no ano de 2001, pelo grupo paulista de rap Facção Central, com base nas noções de língua imaginária e língua fluida (Orlandi, 2002) e de ordem e organização da língua (Orlandi, 1996). Partimos do conceito de resistência proposto por Pêcheux (1980). A hipótese que norteou as análises foi a de que esse sujeito enunciador, o rapper, resiste ao sentido de língua, tal como a gramática procura estabelecer; de trabalho, tal como a formação ideológica capitalista busca sedimentar e de movimento musical, tal como a mídia tenta cristalizar. As pistas com as quais trabalhamos o material foram as formas que, gramatical e linguisticamente, marcam os efeitos de causa, adversidade, condição e negação, chamadas de conjunções coordenativas ou subordinativas e de advérbios. Passamos, ainda, por uma breve análise das denominações, a fim de que pudéssemos ter acesso aos sentidos sobre o outro representado no discurso do rap underground do grupo Facção Central. A análise permitiu que verificássemos a existência de duas matrizes de sentidos, ou formações discursivas, em relação de oposição: a da barbárie e a questionadora. Permitiu também verificar que o sujeito-rapper, embora no fio discursivo se signifique de modo oposto aos sentidos historicamente sustentados como “oficiais”, devido à interpelação ideológica e ao funcionamento do inconsciente, se cole aos sentidos da FD da barbárie, contra a qual deveria se opor. Assim, embora resista a alguns sentidos da FD da barbárie, o discurso do rap underground produzido pelo Facção Central não é capaz de romper com a formação ideológica que domina seus processos de identificação: a ideologia capitalista, na sua realização neoliberal.

Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Década de 1990; 2000-2002
Localização Eletrônica
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11053

A contribuição do cinema militante em processos de construção de identidades e territórios: o caso do movimento dos trabalhadores sem teto

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Tedesco, Marina Cavalcanti
Sexo
Mulher
Orientador
Barbosa, Jorge Luiz
Ano de Publicação
2009
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Geografia
Instituição
UFF
Idioma
Português
Palavras chave
Identidade
Território
Cinema Militante
Resumo

No ano de 2005, o movimento dos trabalhadores sem teto (mtst) que atua no estado de São Paulo (existente desde a década de 1990) funda sua brigada de guerrilha cultural. Pertencente ao setor de formação, sua responsabilidade era fomentar, através dos mais diversos tipos de atividade (saraus, místicas, oficinas, produção e exibição de vídeos, etc), uma cultura política própria do movimento, que fosse capaz de funcionar, ao mesmo tempo, como propaganda, instrumento de agitação e expressão dos militantes. A iniciativa dura até o final de 2007. Esta dissertação tem como tema o cinema realizado dentro desse contexto. Seu grande objetivo é investigar como os filmes, inseridos em um projeto político-cultural que vai para muito além do audiovisual, podem contribuir em processos de construção de (novas) identidades e territórios. Para isso, trabalha-se apenas com as obras realizadas durante ocupações, posto que é principalmente embaixo, ao lado, junto aos barracos de lona preta que tais edificações acontecem. Constituem, portanto, o corpus fílmico dessa investigação Chico Mendes – a dignidade não se rende (2005) e Direitos esquecidos (2005) – acampamento Chico Mendes (Taboão da Serra, 2005-2006), Vídeo-informe 1 (2007), Vídeo-informe 2 (2007) e Vídeo-informe 3 (2007) – acampamento João Cândido (Itapecerica da Serra, 2007) – e construindo o poder popular (2008) – acampamento silvério de jesus (Embu das Artes, 2008).

Referência Espacial
Cidade/Município
Embu das Artes
Taboão da Serra
Itapecerica da Serra
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2005-2008
Localização Eletrônica
https://cinemovimento.files.wordpress.com/2017/05/marina-cavalcanti-tedesco-dissert.pdf

O cinema na greve e a greve no cinema: memórias dos metalúrgicos do ABC (1979-1991)

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Silva, Maria Carolina Granato da
Sexo
Mulher
Orientador
Maciel, Laura Antunes
Ano de Publicação
2008
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
História
Instituição
UFF
Idioma
Português
Palavras chave
Cinema
Greve
Cineasta
Metalúrgicos
Resumo

Este trabalho discute o embate entre visões fílmicas e memórias elaboradas sobre a primeira greve geral metalúrgica do ABC, em março de 1979, que atingiu o setor automotivo, central na economia brasileira naqueles anos e símbolo da atividade industrial do século XX, tentando relacionar a construção da história na tela ao movimento. Três cineastas: o militante da ala vermelha Renato Tapajós e os comunistas Leon Hirszman e João Batista de Andrade, cada qual com sua equipe, realizaram seis filmes de curta e longa-metragem, documentários e de ficção, cinco finalizados e lançados entre 1979 e 1982, enquanto a liderança daquela greve emergia na arena política com a fundação do PT (Partido dos Trabalhadores) em 1980, em oposição do PCB (Partido Comunista Brasileiro). Com suas imagens censuradas pela TV, os grevistas “fabulam” (Deleuze, 1985) sobre aquela greve nos documentários. Tapajós e Batista através dos curtas-metragens Greve de Março e Greve!, lançados no calor da hora, dialogaram com os desdobramentos da greve. Batista e Leon, dirigentes de associações de cineastas, financiados pela Embrafilme (1969-1990), rodaram e lançaram respectivamente O homem que virou suco (1980), cuja referência àquela greve é direta, pontual e breve com a inserção de planos do curta-metragem, e Eles não usam Black-tie (1981), a história de uma greve que, todavia, renega o exemplo de São Bernardo; ambos foram exibidos em salas paulistas, cariocas, de outras capitais e, também para os operários do ABC. Tapajós, cuja experiência com os metalúrgicos antecedia à greve de 1979, continuou a filmá-los até 1981 e realizou o longa-metragem linha de montagem (1982), exibido para os protagonistas. Leon, por sua vez, diretor de Black-tie, maior sucesso comercial sobre o tema no cinema brasileiro, não concluiu o documentário ABC da greve que, finalizado pelo fotógrafo Adrian Cooper, estreou em 1991 sem qualquer vínculo com os protagonistas.

Referência Espacial
Região
ABC Paulista
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1979-1991
Localização Eletrônica
https://www.historia.uff.br/stricto/teses/Tese-2008_SILVA_Maria_Carolina_Granato_da-S.pdf

Aubevilliers e Cooperifa: o olhar Pós-urbano da periferia sobre a cidade

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Miranda, Claudia de Azevedo
Sexo
Mulher
Orientador
Gomes, Renato Cordeiro
Ano de Publicação
2015
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Literatura, Cultura e Contemporaneidade
Instituição
PUC/RJ
Idioma
Português
Palavras chave
Slam
Poetry Slam
Saraus – Cooperifa
Literatura marginal - literatura periférica
Performance - vozes subalternas
Resumo

O desdobramento do encontro e diálogo entre representantes de duas periferias que tem o hip hop (rap) como referência discursiva: Aubervilliers, uma banlieue de Paris, e a zona sul - periferia de São Paulo. A poesia falada nos bares, em desafios do poetry slam, ou nos saraus paulistas, onde as vozes subalternas oriundas das periferias das cidades/ metrópoles se expressam sem a mediação de intelectuais ou agenciadores culturais. Intervenção no espaço urbano e utilização de dispositivos informacionais digitais - que funcionam como amplificadores de seus territórios, criando fraturas em paradigmas canônicos da produção cultural. Uma produção literária que questiona padrões e cria novos olhares sobre a cidade. Com base na teoria de Michel de Certeau sobre as estratégicas e táticas utilizadas nos jogos de poder, a dissertação reconhece nos discursos periféricos e nas performances poéticas, táticas utilizadas pela subalternidade para dar visibilidade e afirmar sua identidade. Sob a inspiração de Jacques Rancière, discute-se como o regime estético da arte acontece na periferia, originando um novo movimento de partilha do sensível: da periferia para a própria periferia, em que os saraus e os slams funcionam como espaços agenciadores ou catalizadores desta partilha. Os produtores culturais emergentes da periferia se transformam em produtores de suas próprias narrativas, muitas vezes autobiográficas, literárias ou midiáticas, propondo uma subversão das estruturas de controle das classes dominantes sobre o imaginário da cidade.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
País estrangeiro
França
Especificação da Referência Espacial
Aubervilliers e banlieue de paris
Referência Temporal
n/i
Localização Eletrônica
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/26467/26467.PDF

A Escola Jockey Club Brasileiro no espaço citadino carioca (1946-2010): o legado de uma tradição

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silva, Rosaline Alves da
Sexo
Mulher
Orientador
Chaves, Miriam Waidenfeld
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Educação
Instituição
UFRJ
Idioma
Português
Palavras chave
Escola Jockey Club Brasileiro
Meritocracia
Configuração Familiar
Ethos Racionalista e Privatista
Cultura Escolar
Resumo

Este trabalho situa-se no campo que analisa a história das instituições educativas, a partir do interior das mesmas e sob a ótica relacional, que, neste caso, envolve escola e sociedade (CHAVES, 2014) – bairro/clube/cidade. Por meio dessa perspectiva investigou a Escola Jockey Club Brasileiro (EJCB), com o objetivo de identificar a cultura e as práticas (ESCOLANO, 2000; JULIA, 2001; VIDAL, 2005) ali produzidas, que colaboraram para a constituição de uma identidade, que definimos como sendo cada vez mais meritocrática. Criada e mantida pelo Jockey Club Brasileiro (JCB), instituição tradicional e aristocrática que existe desde 1932 na zona sul carioca, a escola analisada se localiza dentro do próprio clube e consiste em um estabelecimento septuagenário e gratuito, destinado a alunos de famílias historicamente empobrecidas – em sua maioria, moradores da Rocinha. Configura-se como uma escola sui generis, cujas características podem ser explicadas por meio de sua trajetória que, neste trabalho, foi definida a partir de três fases: 1) de sua origem (1946) até os anos 1960, período descrito por um ethos assistencialista, cujo cotidiano escolar foi, principalmente, marcado pelo esbanjamento dos gastos e pelo ensinamento de uma cultura do tipo européia – ballet, música e teatro -, conforme os valores do clube naquela época; 2) de 1970 até o ano de 1980, contexto da ditadura civil militar (DREIFUSS, 1981), em que a EJCB, apesar de ter adotado práticas baseadas no controle e na repressão, assim como os preceitos da Lei 5692/71, nomeou, através de seu vice-presidente, a diretora que iria mais tarde possibilitar a entrada da escola em sua terceira fase; 3) e de 1989 a 2010, período da consolidação de seu ethos meritocrático, uma vez que as medidas implantadas – nota de corte, seis, para seleção e permanência, maratonas e simulados de matemática e português para aumentar a qualidade da aprendizagem e a competição e, ainda, convênios com escolas e entidades reconhecidas pedagogicamente a fim de qualificar ainda mais os alunos -, segundo nossa hipótese, definiram a identidade da escola a partir das medidas citadas acima. Para analisar as referidas etapas, lançou-se mão da metodologia de análise documental e de entrevistas, privilegiando o recorte temporal de 1946 - 2010. Com base na teoria das relações de Norbert Elias (1994), constatou que as transformações ocorridas na escola – a construção de um perfil racional, privatista e a emergência de um ethos meritocrático – foram historicamente construídas e são próprias das mudanças sociais das quais faz parte.

Referência Espacial
Zona
Oeste
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Rocinha
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
1946-2010
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6327210

Um Ciclo de Políticas Culturais e a Centralidade da Produção Cultural das Favelas e Periferias do Rio de Janeiro (2003-2016)

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Silva, Juliana Lopes da
Sexo
Mulher
Orientador
Sovik, Liv Rebecca
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Comunicação
Instituição
UFRJ
Idioma
Português
Palavras chave
Comunicação
Juventude
Ongs
Ponto de cultura
Política cultural
Resumo

Esta tese investiga o contexto político e social que tornou possível o reconhecimento da produção cultural das favelas e periferias do Rio de Janeiro nas políticas culturais brasileiras entre 2003 e 2016. A análise inicia com um estudo das mudanças conceituais e programáticas deste ciclo de políticas culturais. É dada especial atenção ao programa “Cultura Viva - Pontos de Cultura”, que promoveu diversos projetos culturais e educacionais de organizações não-governamentais (ONGs) com a juventude do Rio de Janeiro. Nesta análise, pode-se observar uma ampliação da participação política e cultural de atores e agentes de favelas e periferias. Os fatores que explicam este fenômeno são: o fortalecimento de iniciativas culturais orientadas aos jovens; uma mudança discursiva que afirmou a potência criativa da juventude e destes territórios e, a emergência de novos sujeitos políticos e culturais, que buscam por autonomia e novas formas de organização na cultura e ação no espaço urbano da cidade. O recorte empírico destaca a formulação e metodologia adotada pelo ‘Prêmio Ações Locais- Rio 450’, criado pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, inclusive em sua relação com organizações culturais autônomas da juventude entre as tensões e conflitos das Jornadas de Junho de 2013 no Rio de Janeiro, bem como sua contribuição para a redução das desigualdades no cenário cultural urbano da cidade. O resultado da pesquisa demonstra que durante este ciclo de políticas culturais ocorreu um aprofundamento da democracia e da cidadania na sociedade brasileira em consonância com o projeto democrático aprovado na Constituição Cidadã e uma maior efetivação e garantia do direito à cultura.

Referência Espacial
Zona
Oeste
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Rocinha
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
2003-2016
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6525815

O fomento às produções culturais periféricas, o caso das rodas culturais do estado do Rio de Janeiro

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Nunes, Denilson Ribeiro de Sena
Sexo
Homem
Orientador
Ragazzo, Carlos Emmanuel Joppert
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Direito da Regulação
Instituição
FGV/RJ
Idioma
Português
Palavras chave
Fomento à Cultura
Alternativas Regulatórias
Economia da Cultura
Leis de Incentivo à Cultura
Políticas Públicas de Cultura
Resumo

O Estado do Rio de Janeiro viveu um processo de deterioração na sua economia, com reflexos no aumento do desemprego e na diminuição de investimentos na área social, acentuando o quadro de vulnerabilidade das camadas mais pobres da população fluminense. Por outro lado, essa população é conhecida por sua grande capacidade de criação cultural, mesmo com recursos escassos, a exemplo da grande oferta de produtos e serviços culturais originários de comunidades pobres, o que se apresenta como alternativa para a criação de emprego e renda para essa camada da população. Nota-se, no entanto, que, dos recursos destinados ao fomento cultural no âmbito da Lei Rouanet, principal instrumento de fomento à cultura do Brasil, R$ 1,02 bilhão não foi utilizado no período compreendido entre 2013 e 2017. Além disso, verificou-se que apenas 3,20% dos projetos aprovados no mesmo período foram capitaneados por produções culturais localizadas em regiões periféricas tais como favelas e localidades com as mesmas características socioeconômicas. Diante deste cenário, esta dissertação tem por objetivo, além de revelar informações atualizadas sobre o investimento de recursos de fomento à cultura em regiões periféricas no Estado do Rio de Janeiro, investigar os motivos que impedem que as produções culturais localizadas nessas regiões obtenham investimentos em percentuais mais relevantes do que os acima apresentados. Pretende-se, ainda, propor caminhos para que este quadro possa ser revertido, integrando produtores culturais periféricos à dinâmica da economia da cultura. Portanto, a questão que se coloca é: Por que as produções culturais situadas em regiões periféricas do Estado do Rio de Janeiro não obtêm êxito na captação de recursos destinados ao fomento à cultura no âmbito da Lei Rouanet em percentuais mais expressivos? Parte-se das hipóteses de que: (i) a falta de conhecimentos e habilidades em marcos regulatórios e em técnicas de gestão encontrada nos produtores culturais periféricos apresenta-se como obstáculo ao acesso aos recursos; e (ii) o marco regulatório para o fomento à cultura não foi concebido (ou não está adequado atualmente) para fomentar os produtores culturais desse segmento. Para dar conta do objetivo proposto neste trabalho, realiza-se prospecção de dados sobre o investimento de recursos da Lei Rouanet a partir de informações contidas no banco de dados do Ministério da Cultura e implementa-se um trabalho de campo junto aos representantes das Rodas Culturais do Movimento Hip Hop, manifestação artística pujante e popular do Estado do Rio de Janeiro. Em seguida, faz-se uma exposição sobre o marco regulatório da cultura, que inclui as Políticas Públicas de Cultura, a Lei Rouanet e outros instrumentos legais, o que permitirá avaliar os mecanismos de fomento de acordo com as suas aptidões para o desenvolvimento das produções culturais nas periferias. Conclui-se pela necessidade da adoção de alternativas regulatórias que aperfeiçoem os instrumentos de fomento para que os produtores culturais localizados em regiões periféricas se desenvolvam e se insiram no setor cultural de maneira sustentável.

Referência Espacial
Zona
Oeste
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Rocinha
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
2013-2017
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6844745

Um olhar sobre o luxo: representações, significados e práticas entre um grupo de jovens moradores da Rocinha

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Cruz, Daniela Jacques da
Sexo
Mulher
Orientador
Corrêa, Sílvia Borges
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Gestão da Economia Criativa
Instituição
ESPM
Idioma
Português
Palavras chave
luxo
Juventude
Rocinha
etnografia
consumo
Resumo

A pesquisa intitulada “Um olhar sobre o luxo: representações, significados e práticas entre um grupo de jovens moradores da Rocinha” analisa as principais representações do luxo entre um grupo de jovens moradores da Rocinha, uma favela na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Esta pesquisa propõe uma investigação baseada em uma leitura fundamentada na perspectiva antropológica que compreende o luxo e o seu consumo como algo ativo, frequente e pertencente ao cotidiano. Assim, o luxo é interpretado dentro de uma visão que contempla aspectos simbólicos e práticos e desempenha um papel estruturador de valores: constrói identidades, regula relações sociais e define mapas culturais. A pesquisa teve como metodologia a etnografia, com a realização de observação participante e de entrevistas em profundidade, além da netnografia, com análises sobre as postagens dos jovens pesquisados nas principais redes sociais: Instagram e Facebook. Compreender como são construídas as práticas, os significados e as representações do luxo no âmbito do consumo entre um grupo de jovens moradores da Rocinha constitui-se como o objetivo geral desta pesquisa. Para além das representações, dos significados e das práticas relacionados ao luxo dos jovens pesquisados, os resultados revelam ainda a especificidade de ser morador(a) de favela, pois independente do que produzam, criem e consumam, ainda se sentem vistos pela sociedade de forma estigmatizada e veem na educação e no conhecimento o caminho para que se possa romper com o estigma de morador de favela.

Referência Espacial
Zona
Oeste
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Rocinha
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
2016-2018
Localização Eletrônica
http://tede2.espm.br/handle/tede/340

Repositório Parque: proposta de apropriação da tecnologia de repositório pela Biblioteca Parque da Rocinha

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Pinto, Tiago Leite
Sexo
Homem
Orientador
Ribeiro, Claudio Jose Silva
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Biblioteconomia
Instituição
UNIRIO
Idioma
Português
Palavras chave
Biblioteca Parque da Rocinha
Apropriação tecnológica
Políticas de repositórios
Planejamento de repositórios
Repositórios
Resumo

O uso de novas tecnologias por bibliotecas públicas e a apropriação da tecnologia de repositório por estas instituições, é o objeto deste estudo. Para tal é utilizada como campo empírico a Biblioteca Parque da Rocinha. Pretende, através de uma metodologia baseada em pesquisa bibliográfica, levantamento de dados e estudo de caso, trazer conceitos e levantar informações que dão base à pesquisa, possibilitando a apropriação de repositórios por esse tipo de instituição. Traz à luz da discussão para fundamentar a pesquisa de forma geral, conceitos e características inerentes aos repositórios como interoperabilidade, tipos de repositórios, softwares de repositórios, federação e políticas para o planejamento de repositórios. Conceitos e objetivos da biblioteca pública são expostos para dar contexto ao campo empírico. Assim a Biblioteca Parque da Rocinha é definida e caracterizada, a fim de compor o campo de aplicação proposto pela pesquisa. Apresenta a ideia de que os repositórios são pontos centrais no processo de acesso livre à informação, auxiliando as instituições na guarda, organização e disseminação do conhecimento. As Bibliotecas públicas, por sua vez, são centros de memória local, difusores de leitura e cultura e consequentemente de conhecimento. A Biblioteca Parque da Rocinha como biblioteca pública abrange sua missão e incorpora os conceitos de novas bibliotecas promovendo maior integração com seus usuários e o acesso as novas tecnologias. A partir disso, infere que é propício para esta biblioteca a utilização da tecnologia de repositório para gerenciar os conteúdos gerados por ela, pelos grupos que a utilizam ou que falem sobre ela de alguma forma, o que facilita a gestão e disseminação de sua memória e da região em que está inserida. Propõe ações para o planejamento de um repositório para a Biblioteca Parque da Rocinha através do uso de políticas como de conteúdo, acesso, submissão, metadados preservação e direitos autorais, de forma que permita a apropriação tecnológica. Espera contribuir para o levantamento da discussão de possíveis usos dos repositórios, bem como para a inovação e oferta de novos serviços por bibliotecas públicas.

Referência Espacial
Zona
Zona Oeste
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Rocinha
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
Década de 2010
Localização Eletrônica
http://www.repositorio-bc.unirio.br:8080/xmlui/handle/unirio/10962