Economia informal e formação humana: o processo educativo de mulheres recicladoras de lixo
A sobrevivência de homens e mulheres, migrantes e moradores das periferias urbanas no Brasil, vem dependendo cada vez mais de atividades produtivas do setor informal da economia. Conforme Médici e Souza Aguiar, “entre 1980 e 1990, a renda per capita brasileira caiu 6% em meio ao recrudescimento da inflação, desemprego e da crise fiscal do Estado. O setor informal do mercado de trabalho teve expressivos aumentos, num contexto onde as más condições de vida urbana se intensificaram ao sabor da violência e do explosivo crescimento das aglomerações de baixa renda” (l). Neste artigo pretendemos fazer uma análise preliminar sobre a apropriação de categorias da economia pelos participantes dos projetos de educação popular (que têm se desenvolvido em Porto Alegre, nos últimos cinco anos, com mulheres catadoras/recicladoras), suas relações com a ecologia, bem como o papel do Estado nesse processo.