Mobilidade urbana

Proposta de Método para Avaliação do Nível de Serviço de Calçadas para Cidades de Pequeno Porte: Estudo de Caso em São Tomé - PR

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silva, Otavio Henrique da
Sexo
Homem
Orientador
De Angelis Neto, Generoso
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Maringá - PR
Programa
Programa de Pós-graduação em Engenharia Urbana
Instituição
Universidade Estadual de Maringá
Página Inicial
1
Página Final
163
Idioma
Português
Palavras chave
Índice de Serviço das Calçadas
cidades de pequeno porte
acessibilidade
mobilidade urbana
pedestre
Resumo

Seja pelo aspecto social que envolve ou por ser elemento fundamental à realização de
deslocamentos a pé, as calçadas têm papel importante na vida dos citadinos. Entretanto, para
que a infraestrutura de circulação seja plenamente utilizada, o serviço por ela oferecido deve
suprir a demanda local, proporcionando conforto e segurança aos seus usuários. A questão é
particularmente importante em cidades de pequeno porte populacional, para as quais, devido à
ausência de transporte público e às pequenas distâncias, as viagens a pé constituem a base da
mobilidade urbana. Neste prisma, esta pesquisa teve por objetivo propor método de avaliação
do Nível de Serviço de calçadas para cidades de pequeno porte. O modelo elaborado e aplicado
em São Tomé, Paraná, foi baseado em Ferreira e Sanches (2001) e em Ferreira e Sanches
(2005), sendo denominado Índice de Serviço das Calçadas (ISC), composto por outros dois
Índices que envolvem aspectos de Qualidade do espaço e de Acessibilidade (ISCqe e ISCa). O
método envolveu três etapas: análise técnica das calçadas, verificação da percepção do usuário
e atribuição dos Níveis de Serviço, variando de A até F (pior situação), conforme resultados
dos Índices. Para a variável de Arborização da calçada fez-se necessário o censo arbóreo, o qual
indicou 4.081 espécimes, sendo Licania tomentosa (Benth.) Fritsch (Chrysobalanaceae)
(n=1.722) e Poincianella pluviosa var. peltophoroides (DC.) L.P. Queiroz (Fabaceae) (n=604)
as espécies mais recorrentes. No total, 50 espécies vegetais (f=25,26%) apresentaram
características inadequadas à sua utilização. Após análise técnica de 570 quadras, o que
corresponde a 47.255,8 m de calçadas, e realização de pesquisa de opinião com 355 munícipes
foram calculados o ISCqe, o ISCa e, finalmente, o ISC. Houve maior ocorrência da condição
péssima (NS F), principalmente nas áreas mais periféricas. Os Níveis de Serviço mais
adequados (NS A até D) foram condicionados a 35,09% das quadras, correspondendo a
16.050,3 m de caminhos de pedestres, sendo que a Avenida José Madureira foi a via com
melhores médias de Índices da cidade. O modelo proposto apresentou aplicabilidade adequada
às cidades de pequeno porte, havendo possibilidade de ser adaptado para utilização em cidades
de maior porte.

Autor do Resumo
Silva, Otavio Henrique da
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Cidade/Município
São Tomé
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Paraná
Referência Temporal
2015-2016
Localização Eletrônica
https://oasisbr.ibict.br/vufind/Record/BRCRIS_4d8c5ab7fda2cd545191619313663f0d

Fragmentação do poder e a complexidade de governar nas regiões metropolitanas

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Rage Ferro, Rodrigo
Sexo
Homem
Autor(es) Secundário(s)
Ricardo Saleme, Edson
Sexo:
Homem
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202012
Título do periódico
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
Volume
22
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Revista online
Idioma
Português
Palavras chave
fragmentação do poder
complexidade de governar
governança interfederativa
Regiões Metropolitanas
Resumo

Com a maior mobilidade de serviços, capital e pessoas, a questão metropolitana ganha notoriedade. Embora a Constituição já reconhecesse as regiões metropolitanas, foi com o Estatuto da Metrópole, Lei n. 13.089, de 2015, que houve algum avanço em relação à governança interfederativa. Pretendia-se preencher as lacunas e explorar o potencial de diversos instrumentos político-urbanísticos visando à boa governança com base no fomento às iniciativas de cooperação e coordenação federativa, por longas décadas negligenciadas pelo Poder Público. Contudo, a própria fragmentação do poder e a complexidade de governar essas regiões tornam frágeis a gestão e a governança delas, pondo em xeque a viabilidade e a efetividade do Estatuto. Assim, o presente estudo, utilizando o método hipotético-dedutivo, visa analisar algumas inovações trazidas pelo Estatuto ou que deveriam ter sido disciplinadas por ele e o modo como estas se aproximam ou não dos itens essenciais para uma sólida governança e para a superação das fragilidades institucionais.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Especificação da Referência Espacial
Regiões Metropolitanas
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/6063

Deslocamento para trabalho e diferenciais salariais na Região Metropolitana de São Paulo

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Lameira, Verônica de Castro
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Golgher, André Braz
Sexo:
Homem
Código de Publicação (ISSN)
2317-1529
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202238
Título do periódico
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
Volume
24
Ano de Publicação
2022
Local da Publicação
Revista online
Página Inicial
1
Página Final
26
Idioma
Português
Palavras chave
Movimento Pendular
Prêmio Salarial
Modelo Quantílico
Modelo Hierárquico
Região Metropolitana de São Paulo
Resumo

O objetivo deste estudo é investigar o diferencial salarial associado à pendularidade na Região Metropolitana de São Paulo com base nos dados do Censo Demográfico de 2010. O foco é averiguar a existência de prêmio salarial para trabalhadores cujos municípios de residência e atividades laborais são distintos, utilizando como controle características individuais, ocupacionais e do município de residência, vis-à-vis trabalhadores que não pendulam e desconsiderando trabalhadores cujos deslocamentos são circunscritos a um mesmo município. Para alcançar esse objetivo, foram usados modelos quantílicos e hierárquicos. Os principais resultados revelam a importância da raça, da instrução e da posição na ocupação para explicar os rendimentos dos trabalhadores ao longo das distribuições de salário de homens e de mulheres. As evidências empíricas sugerem, ainda, uma relação positiva entre deslocamento pendular e rendimento-hora no trabalho principal dos trabalhadores de ambos os sexos. Diferenciais de custo de vida municipais também foram associados com os rendimentos de trabalhadores.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2010
Localização Eletrônica
https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/6882

Distribuição espacial dos serviços de saúde especializados para pessoas com deficiência em João Pessoa/PB: uma análise sobre o acesso em saúde

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Menezes, Tarcisio Almeida
Sexo
Homem
Autor(es) Secundário(s)
Sousa, Matias Aidan Cunha de
Gomes, Luciano Bezerra
Barbosa, Daniella de Souza
Sampaio, Juliana
Sexo:
Homem
Sexo:
Homem
Sexo:
Mulher
Sexo:
Mulher
Código de Publicação (ISSN)
2317-1529
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202241
Título do periódico
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
Volume
24
Ano de Publicação
2022
Local da Publicação
Revista online
Página Inicial
1
Página Final
22
Idioma
Português
Palavras chave
Pessoas com Deficiência
Acesso aos Serviços de Saúde
Sistema Único de Saúde
Resumo

Este artigo analisa como a distribuição espacial de serviços ambulatoriais da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência do Sistema Único de Saúde, no município de João Pessoa/PB, interfere no acesso a essas instituições. Para tanto, adotou-se a perspectiva metodológica qualitativa, com a construção de mapas da localização desses serviços e com análises de indicadores de vulnerabilidade dos diferentes distritos sanitários da cidade. Identificou-se que as diferenças socioeconômicas do espaço geográfico se relacionam com a história da cidade, resultando numa concentração dos serviços especializados num único distrito. Ademais, os distritos com os piores indicadores sociais apresentam menor oferta de serviços especializados de saúde para pessoas com deficiência. Tais análises apontam desafios na implantação desses serviços de saúde em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, especificamente a territorialização e a equidade, que demandam planejamento das ofertas de serviço de modo a garantir o acesso geográfico a eles.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
João Pessoa
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Paraíba
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/7127

Novas lógicas espaciais do setor de transporte aéreo regional no estado de São Paulo

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Pereira, Ana Paula Camilo
Sexo
Mulher
Código de Publicação (ISSN)
2317-1529
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.22296/2317-1529.2016v18n1p148
Título do periódico
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
Volume
18
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
Revista online
Página Inicial
148
Página Final
163
Idioma
Português
Palavras chave
transporte aéreo regional
fluxos
aeroportos
estado de São Paulo
reestruturação urbana, industrial e regional
Resumo

Aparentemente, a importância do setor de transporte aéreo regional parece reduzida, se comparada ao setor aéreo nacional e internacional; contudo, quando o observamos mais profundamente, notamos que esse segmento favorece a integração territorial, coopera com a configuração das interações espaciais e engendra um efeito multiplicador da fluidez. Esse setor contribui com a rede de relações econômicas do estado mais rico do país, considerando o papel de São Paulo na dinâmica econômica nacional. Analisamos neste artigo o setor aéreo regional do estado de São Paulo, levando em conta os fluxos aéreos entre o interior paulista, a capital e a Região Metropolitana. Como demonstraremos, as novas lógicas espaciais são definidas em função do novo papel desempenhado pelas cidades do interior paulista e por seus aeroportos, tendo como essencial o reordenamento territorial produzido pelo processo de reestruturação urbana, industrial e regional. Buscamos associar essa disjunção produtiva a uma contiguidade capital-interior no sentido da complementaridade espacial provocada pelo setor aéreo regional.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/5053

Planejamento Regional no Estado de São Paulo: Polos, Eixos e a Região dos Vetores Produtivos

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Tavares, Jeferson Cristiano
Sexo
Homem
Código de Publicação (ISSN)
2317-1529
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.22296/2317-1529.2018v20n2p344
Título do periódico
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
Volume
20
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Revista online
Página Inicial
344
Página Final
367
Idioma
Português
Palavras chave
Planejamento regional
Estado de São Paulo
Polos
Eixos
Região dos Vetores Produtivos
Resumo

Neste artigo, examinamos como, ao longo dos anos 1910-1980, o planejamento regional praticado no Estado de São Paulo estruturou o território pelos polos urbanos e pelos eixos rodoviários e contribuiu para a formação de um espaço privilegiado de desenvolvimento – a Região dos Vetores Produtivos. Para tanto, definimos como objeto de estudo a relação entre as ações planejadoras estatais e o processo de urbanização paulista. Como referenciais teóricos, tomamos as formulações da Geografia Econômica e de Polo de Crescimento. Já como método analítico, elaboramos uma cartografia inédita, com a sobreposição das principais ações planejadoras praticadas no Estado de São Paulo, a partir da ideia de rugosidade de Milton Santos. Na análise, mostramos como as diferentes camadas de planejamento que incidiram na organização territorial paulista no século XX representam um padrão nacional de planejamento e desenvolvimento que tem contribuído para o processo de dispersão urbana.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1910-1980
Localização Eletrônica
https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/5574/pdf

“Avenida Brasil – Tudo Passa Quem Não Viu?”: formação e ocupação do subúrbio rodoviário no Rio de Janeiro (1930-1960)

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Torres, Pedro Henrique Campello
Sexo
Homem
Código de Publicação (ISSN)
2317-1529
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.22296/2317-1529.2018v20n2p287
Título do periódico
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
Volume
20
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Revista online
Página Inicial
287
Página Final
303
Idioma
Português
Palavras chave
Rio de Janeiro
Subúrbio
Avenida Brasil
História da Cidade
Automóvel
Resumo

 

O tema do presente artigo é a Avenida Brasil, no Rio de Janeiro. Se a Avenida Brasil é o grande tema, os desdobramentos da construção da Avenida para a cidade do Rio de Janeiro na primeira metade do século XX é o objeto. Parto do pressuposto de que a partir da construção da avenida um novo eixo estruturante da cidade se expandiu pela orla da baía da Guanabara, produzindo uma nova configuração espacial para a localidade – antes inabitada – com fábricas, moradia operária e favelização crescente. Discuto ainda a hipótese de que com a Avenida há o desenvolvimento de um “subúrbio do automóvel” ou “subúrbio rodoviário”, em contraste com o subúrbio que margeia a linha do trem ou do bonde, já estabelecidos desde a virada do século XIX para o XX. 

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Logradouro
Avenida Brasil
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
Século XIX-XX
Localização Eletrônica
https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/5618/pdf

Pendularidade e vulnerabilidade na Região Metropolitana de Campinas: repercussões na estrutura e no habitar urbano

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Marandola Jr., Eduardo
Sexo
Homem
Autor(es) Secundário(s)
Ojima, Ricardo
Sexo:
Homem
Código de Publicação (ISSN)
2317-1529
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.22296/2317-1529.2014v16n2p185
Título do periódico
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
Volume
16
Ano de Publicação
2014
Local da Publicação
Revista online
Página Inicial
185
Página Final
204
Idioma
Português
Palavras chave
mobilidade
migração
riscos
experiência urbana
modernidade líquida
Resumo

Mobilidade-vulnerabilidade é um binômio fundamental para compreendermos e analisarmos as metrópoles contemporâneas. As pessoas organizam suas rotinas diárias e suas escolhas locacionais a partir de elementos implicados nesta relação. Em vista disso, o habitar urbano nas grandes aglomerações urbanas é constituído hoje por deslocamentos e permanências, envoltos na fluidez contemporânea. Este artigo investiga essa problemática a partir da pendularidade e do status migratório das populações na Região Metropolitana de Campinas, no contexto de suas interações espaciais internas. Os resultados apontam para a importância da mobilidade e da migração para pensar a vulnerabilidade, de um lado, e a necessidade de avançar no estudo da pendularidade e dos deslocamentos cotidianos, de outro, para compreensão do habitar metropolitano, seus riscos e estruturação regional.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de Campinas
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/4750

Alteridade e cidadania: os idosos usuários do metrô de São Paulo/SP

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
GUEDES, Cecilia Elena Fuentes
Sexo
Mulher
Orientador
VERAS, Maura Pardini Bicudo
Ano de Publicação
2014
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Sociologia
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Sociabilidade
Alteridade
Idoso
Metrô
Cidadania
Resumo

Este trabalho procura compreender a convivência urbana na metrópole de São Paulo, a qual se expande na direção de uma cidade global e produz novas formas de sociabilidade nos espaços públicos, que se caracterizam por encontros fugazes, em ritmo acelerado e automatizado de multidões anônimas.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2010-2013
Localização Eletrônica
https://tede2.pucsp.br/handle/handle/3603

A guerra que tem rosto de mulher: a rotinização da violência a partir das infraestruturas na Cisjordânia Palestina.

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Monteiro, Giovanna Lucio
Sexo
Mulher
Orientador
Menezes, Palloma Valle
Ano de Publicação
2022
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Instituição
Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ)
Página Inicial
1
Página Final
131
Idioma
Português
Palavras chave
Violência
Infraestruturas urbana
Gênero
Palestina
Resumo

Essa dissertação analisa a rotinização da violência na vida de mulheres palestinas a partir da ocupação israelense de 1967. O objetivo é compreender como a violência deixa de ser percebida como anômica e passa a fazer parte da vida cotidiana, destrinchando a maneira como as infraestruturas urbanas, principalmente de abastecimento de água e de mobilidade no território, são transformadas em instrumentos de guerra. Com base em perspectivas da antropologia das infraestruturas, que compreendem a relação entre o material e as implicações sociais que ele produz, em conjunto com o debate sobre rotinização da violência é possível perceber que o conflito dissolve a sua exceção em infraestruturas. Argumento que a relação entre violência rotinizada e infraestruturas só poderia ser observadas como algo central na questão palestina a partir da fala de mulheres. Isso porque essa forma de violência tem a sua invisibilidade como um princípio, ela é escondida, entremeada em canos, redes de esgoto, elétrica, rodovias e postos de controle. Em sua grande maioria, essa violência faz parte do ambiente doméstico, não é espetacular, não chama atenção da mídia e é muitas vezes percebida como um problema relacionado à pobreza e não necessariamente à guerra. Nesse sentido, a partir de uma perspectiva generificada das infraestruturas é possível observar violências que são construídas para não serem vistas e para desmobilizar todo um grupo social. Assim, usufruo do diálogo com três palestinas que foram entrevistadas via videoconferência ou aplicativo de mensagem durante a pandemia de covid-19. Suas percepções de violência nos levam aos debates sobre violências, infraestruturas e mobilidades que constituem os capítulos deste trabalho, e que nos ajudam a observar a forma como a ocupação israelense se baseia na construção de infraestruturas de controle em diferentes níveis, que incorporam em si uma violência lenta e invisível. Assim, há uma tentativa de perpetuação da guerra por uma violência infraestrutural, que dilui o estado de exceção na vida cotidiana e anexa o corpo das mulheres em seu processo que concomitantemente reproduz a vida e incorpora a violência.

Autor do Resumo
Monteiro, Giovanna Lucio
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Região
Cidade do Rio de Janeiro
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
1967-2022
Localização Eletrônica
https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/20045