Fluxos populacionais e migrações

O sentimento invisível do sujeito diaspórico: o imigrante no conto “Gringuinho”, de Samuel Rawet

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Maceno, Regilane Barbosa
Sexo
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
94
Ano de Publicação
2022
Idioma
Português
Palavras chave
Imigração
Identidade Cultural
Literatura
Samuel Rawet
Resumo

Os processos migratórios, intensificados nos últimos anos, acabam provocando certa fragilidade identitária no imigrante, pois lhe é exigida constantemente uma negociação permanente entre sua cultura autóctone e a nova cultura em que está inserido. Nesse hibridismo, embora muito se tenha a ganhar, o imigrante vê-se num momento totalmente instável, de perda de identidade. É nesse momento de transformações, moldadas no “liquidificador modernizante do ocidente”, na metáfora do mosaico, que a literatura aparece como um portal que permite lidar com a história desses espaços, desse novo sujeito. Sob esse viés, o estudo pretende analisar o conto “Gringuinho”, de Samuel Rawet, buscando observar como é descrito o sentimento de pertencimento do imigrante no novo país e o impacto da mudança em sua identidade cultural. Para tanto, buscamos ancoragem nos pressupostos teóricos de Stuart Hall, Renato Ortiz, Chiara Pusseti, entre outros autores de relevância para o estudo.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/1080

As casas de acolhida e os centros de atenção scalabrinianos durante a pandemia: uma análise por meio de entrevistas qualitativas

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Pereira, José Carlos
Sexo
Homem
Autor(es) Secundário(s)
Parisi, Paolo
Dornelas, Sidnei Marco
Magalhães, Valéria Barbosa de
Sexo:
Homem
Sexo:
Homem
Sexo:
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
1
Ano de Publicação
2022
Idioma
Português
Palavras chave
Entrevistas qualitativas
Pandemia
Covid
Migrações e refúgio
História oral
Resumo

Este artigo visa apresentar resultados de uma pesquisa que investigou a percepção sobre as casas e os centros de acolhida scalabrinianos da América Latina por seus agentes envolvidos, durante a pandemia de Covid 19. A investigação foi feita pelo CEM (Centro de Estudos Migratórios, vinculado à Missão Paz de São Paulo) e pelo CEMLA (Centro de Estudios Migratórios Latino americano, vinculado à missão scalabriniana em Buenos Aires, Argentina); e foi baseada em entrevistas com coordenadores e migrantes dessas instituições. A realização das entrevistas foi adaptada para a situação excepcional de isolamento social. Na investigação, migrantes, refugiados e coordenadores de casas de acolhimento e centros de atenção foram os atores sociais protagonistas das questões eleitas por nós como problema de pesquisa. Nos limites deste texto, trataremos apenas do recorte dos coordenadores.

 
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/1102

Migración y salud: reflexiones a partir de una etnografía en centros de salud en São Paulo, Brasil, y Buenos Aires, Argentina, durante la pandemia de COVID-19

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Brage, Eugenia
Sexo
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
1
Ano de Publicação
2022
Idioma
Português
Palavras chave
Migração
Centros de Saúde
Etnografía comparada
pandemia
Resumo

O objetivo deste artigo é analisar, de forma exploratória, as relações que são tecidas entre saúde e migração, tomando como ponto de partida o contexto da pandemia de COVID-19. A partir de uma etnografia desenvolvida em centros de saúde de primeiro nível em São Paulo, Brasil, e na Cidade Autônoma de Buenos Aires (CABA), Argentina, procuro, por um lado, refletir sobre alguns problemas que afetaram essas populações. Em segundo lugar, procuro mostrar o papel que esses centros de saúde tiveram, ao se tornarem praticamente os únicos canais de diálogo com o Estado durante os primeiros meses da pandemia.

 
Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/1101

Barrados na Ponte da Integração: imigrantes nas fronteiras da Amazônia Sul Ocidental durante a pandemia

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Mamed, Letícia Helena
Sexo
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
1
Ano de Publicação
2022
Idioma
Português
Palavras chave
Imigrantes
Fronteiras
Amazônia Sul Ocidental
Pandemia
Resumo

Em uma ponta está a cidade de Assis Brasil, no estado do Acre, Brasil; na outra, Iñapari, no Departamento de Madre de Dios, no Peru; entre as duas está situada a cidade de Bolpebra, no Departamento de Pando, na Bolívia. Na Ponte da Integração, que conecta os países, em um dos principais eixos da Rodovia Interoceânica (Amazônia Sul Ocidental), imigrantes de diversas nacionalidades são barrados pelo fechamento das fronteiras, política reiterada pelos países vizinhos durante a pandemia de Covid-19. A situação ganhou especial visibilidade em meados de 2020 e no início de 2021, dois momentos em que o volume de pessoas e o período de tempo de sua retenção sobre a ponte ampliaram as dimensões humanitárias da crise sanitária. Adotando como ponto de partida essas duas circunstâncias empíricas da realidade amazônica, o artigo reflete sobre a produção da condição de ilegalidade migrante, discorrendo sobre os regimes de fronteira praticados na região, cujos desdobramentos potencializam a vulnerabilidade social e laboral dos imigrantes no decurso da pandemia. Trata-se de uma investigação social empírica, guiada pelo referencial crítico da sociologia, mediante combinação de pesquisas bibliográfica e documental, com aporte na etnografia. A despeito das normativas existentes de defesa dos direitos humanos dos imigrantes, circunstâncias como a pandemia reforçaram as adversidades para sua efetivação e implicaram em recrudescimento do controle policial nas fronteiras, que, em nome da prerrogativa de proteção sanitária, tornou-se mais restritivo, violento e excludente, notadamente em relação aos imigrantes indígenas e negros empobrecidos que circulam pelas fronteiras amazônicas.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Assis
Macrorregião
Norte
Brasil
Habilitado
UF
Acre
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/1100

Inserção laboral de migrantes internacionais em Santa Rosa/RS: características e tendências

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Pinheiro, Richelli Daiana
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Vasconcellos, Natália Boessio Tex de
Carbonai, Davide
Sexo:
Mulher
Sexo:
Homem
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
1
Ano de Publicação
2022
Idioma
Português
Palavras chave
Migrações Internacionais
Mercado de trabalho formal
Santa Rosa, Rio Grande do Sul
Resumo

Este estudo busca investigar como os movimentos migratórios se apresentam no mercado formal de trabalho em Santa Rosa/RS entre 2012 e 2020. Para isso, utilizou a base de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) estoque disponibilizada pelo Observatório das Migrações Internacionais. Os dados indicaram um aumento de 2.240 %de migrantes inseridos no mercado formal de trabalho entre 2012 e 2020. Com a maioria das vagas ocupadas por trabalhadores argentinos até 2015 o crescimento está associado à inserção laboral de migrantes haitianos superando os trabalhadores argentinos a partir de 2016 e concentrando-se em ocupações majoritariamente vinculadas ao Setor da Indústria da Transformação, frigorífico, abate e fabricação de produtos de carne suína. As características de inserção laboral de migrantes haitianos demostram uma etno-estratificação ocupacional. Em ternos gerais, há predomínio de trabalhadores do sexo masculino, com idades entre 18 e 39 anos, sem escolaridade ou com ensino fundamental incompleto. As mudanças observadas no perfil dos migrantes inseridos no mercado formal demonstram alterações na política migratória brasileira e direcionamento laboral em atividades vinculadas no final da cadeia produtiva do agronegócio.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Santa Rosa
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Rio Grande do Sul
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/1110

Tradução intercultural e aprendizagem em diáspora: senegaleses em Campo Grande, Mato Grosso do Sul

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Sanches, Silvana Colombelli Parra
Sexo
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
1
Ano de Publicação
2022
Idioma
Português
Palavras chave
Senegaleses
Diáspora
Migrações
Resumo

Esta pesquisa é parte da tese de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Católica Dom Bosco, através da qual lanço um olhar para mim e para o “outro”, considerando categorias importantes como classe social, gênero, condição cultural, enrijecimentos ontológicos, epistemológicos, permeadas por signos imagéticos, movimentos éticos, estéticos e políticos. Este “outro” são senegaleses residentes em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Inventa-se nesta pesquisa um platô pesquisadora-sujeitos, evitando resvalar no binarismo. Utilizando este apenas como ponto de partida, tem-se uma pesquisadora mulher-branca-feminista e africanos, imigrantes, pretos, heteronormativos colaboradores da pesquisa. O (anti) método utilizado é o do rizoma, da cartografia social e da esquizoanálise, através do qual se produzem dados a partir dos acontecimentos em campo e inventam-se platôs. Neste processo, percebo a comunidade senegalesa se hibridizando, por vezes, invisibilizada nas universidades, composta por atores sociais que se reinventam e se traduzem no cotidiano das interações sociais, convivendo ora com a hospitalidade curiosa, ora silenciados frente ao preconceito, diante de dificuldade de comunicação. Tais atores transgridem os marcadores estruturais do racismo à brasileira, ao permanecerem no comércio informal, ao produzirem espaços de resistência chamados dahiras, e ao dialogarem, de forma complexa e artística, com a sociedade brasileira e campo-grandense que os envolve.

Referência Espacial
Macrorregião
Centro-Oeste
Brasil
Habilitado
UF
Mato Grosso do Sul
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/1109

Segunda geração ontem e hoje: continuidades e transformações nas experiências sino-brasileiras

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Ruy, Maria Victória Ribeiro
Sexo
Mulher
Título do periódico
Travessia: A revista do migrante
Volume
1
Ano de Publicação
2022
Idioma
Português
Palavras chave
Sino-brasileiros
Segunda geração
Trabalho
Discriminação étnica e racial
Cultura
Resumo

O presente artigo apresenta as narrativas de vida de duas “segundas gerações” da imigração chinesa ao Brasil e proponho uma análise comparativa entre elas. O primeiro grupo de entrevistados é constituído por 8 sino-brasileiros entre 40 e 60 anos de idade, cujas famílias se estabeleceram em Curitiba ao longo das décadas de 1950, 1960 e 1970, onde abriram pastelarias e lanchonetes. Todos nasceram e cresceram no Brasil, com exceção de Sérgio, que nasceu em Moçambique e se mudou para o Brasil na infância, após viver por um breve período em Portugal, e de Lucilina e Pedro que viveram por cerca de um ano em Hong Kong quando eram crianças, retornando para Curitiba em seguida. O segundo recorte é composto por Ronaldo, com 19 anos de idade no momento da entrevista, cuja família se mudou para o Brasil em meados da década de 1990 – Ronaldo nasceu no Brasil, sua família voltou à China após seu nascimento, para 3 ou 4 anos depois se estabelecer no Brasil novamente. Após passarem alguns anos em Minas Gerais, a família se mudou para São Paulo, onde apostou numa empresa de confecção de roupas masculinas, junto de um sócio. Hoje, continua atuando no ramo por meio da marca de streetwear, fundada por Ronaldo em 2020, a SHUI.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/1107

Observatório das Migrações em São Paulo: desafios das pesquisas de campo no contexto pandêmico

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Baeninger, Rosana
Sexo
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
1
Ano de Publicação
2022
Idioma
Português
Palavras chave
Migrações Internacionais,
Metodologia
Pandemia
Pesquisa de campo qualitativa
Resumo

A condição pandêmica exacerbou vulnerabilidades, dificultando (ainda mais) a mobilidade e a sobrevivência de migrantes internacionais, solicitantes de refúgio, refugiados e apátridas. Ela também trouxe impactos para as pesquisas qualitativas, sobretudo pela imposição do isolamento social. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é debater sobre os desafios aos levantamentos de campo na pandemia de COVID-19. Para tanto, recorreu-se a cinco estudos desenvolvidos pelo grupo de pesquisa “Observatório das Migrações em São Paulo” (NEPO/UNICAMP). A partir da breve apresentação de cada um deles e da exposição das suas respectivas metodologias, o presente estudo volta seu olhar para os principais desafios observados e apresenta as soluções adotadas para superá-los, mais especificamente os caminhos teórico-metodológicos para a continuidade das pesquisas de campo realizadas pelo Observatório das Migrações em São Paulo nas diferentes fases da pandemia, desde o início da crise sanitária.

 
Disciplina
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/1106

Coletivo Conviva Diferente e a experiência do curso de português para migrantes em Guaianases/SP

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Almeida, Alexandra C. Gomes de
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Siqueira, Daniel V. Tapia Lira de
Butikofer, Erika Andrea
Sexo:
Homem
Sexo:
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
1
Ano de Publicação
2022
Idioma
Português
Palavras chave
Periferia
Migrações
Português como Língua de Acolhimento
Resumo

O presente trabalho é um relato de caso sobre o Coletivo Conviva Diferente, uma equipe multidisciplinar de professores de português para migrantes, que atua no CEU Jambeiro, em Guaianases, desde 2016. A equipe voluntária faz parte do trabalho desenvolvido pelo Coletivo que atua desde 2014 com migrantes, principalmente haitianos e africanos de diferentes países. Analisando o processo de imigração, identificamos que uma das maiores barreiras, enfrentadas na chegada ao novo país, é a dificuldade de comunicação, ou seja, compreensão do idioma local. Esta dificuldade restringe o acesso às informações essenciais, condição primordial para sua integração e estruturação mínima no país para obter moradia e emprego dignos.

 
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/1105

Mais vulnerabilidades e menos direitos: migração e pandemia na cidade do Rio de Janeiro a partir do olhar das organizações da sociedade civil

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Charneski, Márcia Miranda
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Villamar, María del Carmen Villarreal
Sexo:
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
1
Ano de Publicação
2022
Idioma
Português
Palavras chave
Covid-19
Migrações
Refúgio
Organizações da sociedade civil
Resumo

O Brasil é um dos países mais afetados pela pandemia de Covid-19 que tem provocado impactos profundos e heterogêneos na sua população. O presente trabalho discute os efeitos da pandemia na população migrante e refugiada na cidade do Rio de Janeiro e a atuação das organizações locais da sociedade civil neste cenário. O estudo da escala local é relevante porque é nestes territórios que as pessoas migrantes vivem, têm acesso a direitos e serviços e experimentam dificuldades e desafios mais imediatos. Metodologicamente, a pesquisa é qualitativa e resultado da revisão de bibliografia especializada, análise documental e de dados secundários, bem como da realização de entrevistas semiestruturadas, realizadas em 2021 e 2022, com informantes-chave de organizações da sociedade civil que trabalham no atendimento aos migrantes e refugiados na cidade do Rio de Janeiro.

 
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/1104