Este artigo analisa um movimento específico de migração verificado particularmente na cidade de Governador Valadares (MG) - conhecida nacionalmente pelo significativo número de valadarenses nos EUA - procurando problematizar um dos aspectos deste fluxo de grande impacto na vida cotidiana da cidade: o caráter temporário da migração. O projeto do emigrante valadarense de “Fazer a América”, em geral, consiste em trabalhar de 02 a 05 anos para conseguir capital para comprar uma casa, um carro, ou montar um negócio e retornar ao país de origem. Para executá-lo, estes emigrantes contam com aqueles que ficaram para financiar a viagem, cuidar dos filhos, fazer os investimentos na terra natal e esperar pelo retorno. O projeto toma-se, portanto, familiar, afetivo e econômico envolvendo aqueles que não migraram nesse processo. Neste sentido, analiso como é complexo classificar os fluxos migratórios contemporâneos utilizando categorias como: “temporários”, “permanentes”, “retorno de emigrantes”. O que pretendo demonstrar é que, dadas as características dos recentes fluxos internacionais de população, o migrante contemporâneo vivencia um singular campo social que vem sendo denominado transnacional.
Estar aqui, estar lá... o retorno dos emigrantes valadarenses ou a construção de uma identidade transnacional?
Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Assis, Gláucia de Oliveira
Sexo
Mulher
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.48213/travessia.i22.438
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
8
Ano de Publicação
1995
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
valadarenses
identidade
migração transnacional
Resumo
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Área Temática
Referência Espacial
Cidade/Município
Governador Valadares
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Minas Gerais
Referência Temporal
Anos 1980-1990
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/438