Imagens de migrantes na poesia de Mário de Andrade

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Costa, Iná Camargo
Sexo
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
6
Ano de Publicação
1993
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Modernismo brasileiro
Poesia
Industrialização
Arte
Italianos
Resumo

Mário de Andrade acreditava na possibilidade da língua falada no Brasil se tornar independente da portuguesa. Por conta disso, adotou o procedimento reco­mendado por Maiakóvski: escrever de acor­do com a língua falada, sem se preocupar com as regras gramaticais (portuguesas) vigentes. Vivendo numa cidade como São Paulo, impensável sem os imigrantes que a construíram, não seria de admirar que os sons, palavras e expressões por ele ouvidos nas ruas da cidade acabassem aparecendo na sua poesia.

Nos anos 20, quando Mário de Andrade começou a escrever poesia moderna, São Paulo era uma cidade que mostrava em sua paisagem imigrantes de diversas naciona­lidades. principalmente italianos. E Mário usava suas palavras e expressões em sua poesia. Por outro lado, a cidade integrava-se aceleradamente ao mundo industriali­zado, de modo que também estavam no ar as línguas inglesa e francesa. A primeira sobretudo nas relações econômicas e a segunda como índice de “cultura erudi­ta”. Com essas informações, mesmo su­márias, é possível decodificar tanto o em­prego simpático quanto o crítico de ex­pressões em línguas estrangeiras nos poe­mas do livro Paulicéia Desvairada, publi­cado em 1922.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Anos 1920
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/383