Gênero e sexualidade

Mulheres na periferia do urbanismo: informalidade subordinada, autonomia desarticulada e resistência em Mumbai, São Paulo e Durban

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Itikawa, Luciana Fukimoto
Sexo
Mulher
Código de Publicação (ISSN)
2317-1529
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.22296/2317-1529.2016v18n1p57
Título do periódico
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
Volume
18
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
Revista online
Página Inicial
57
Página Final
76
Idioma
Português
Palavras chave
gênero
espaço urbano
resistência
subordinação
autonomia
Resumo

A informalidade subordinada e a autonomia desarticulada são duas faces da mesma moeda: não há neutralidade na posição que a informalidade ocupa na periferia do capitalismo. Parece impossível, portanto, a transição automática do informal para o formal, uma vez que a informalidade funciona como reserva de braços e de terras por subacumulação e superacumulação. Subacumulação, porque só resta o trabalho compulsório por sobrevivência. Superacumulação, porque são extraídos, além dos direitos trabalhistas, todo o aparato para a reprodução social da força de trabalho, incluindo o território que os trabalhadores informais ocupam. Há uma clara assimetria decisória e de riqueza como reflexo de relações desiguais de poder e subordinação, como as discriminações de gênero, raça, casta e classe em São Paulo, Durban e Mumbai. As experiências de resistência de mulheres trabalhadoras informais domiciliares e ambulantes nessas metrópoles revelam contradições e inovações nos arranjos de organização e de articulação com movimentos sociais urbanos, assim como são exemplos de conquistas parciais e pontuais.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
País estrangeiro
Índia
Especificação da Referência Espacial
Mumbai
Brasil
Habilitado
País estrangeiro
África do Sul
Especificação da Referência Espacial
Durban
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/5138

Só para o moço do corpo dourado do sol de Ipanema: distribuição espacial da economia noturna LGBT na cidade do Rio de Janeiro

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Jesus, Diego Santos Vieira de
Sexo
Homem
Código de Publicação (ISSN)
2317-1529
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.22296/2317-1529.2017v19n2p288
Título do periódico
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
Volume
19
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Revista online
Página Inicial
288
Página Final
309
Idioma
Português
Palavras chave
Economia noturna
Economia LGBT
Indústrias criativas
Rio de Janeiro
Planejamento urbano
Resumo

O objetivo deste artigo é explicar a desigualdade na distribuição espacial da economia noturna LGBT existente entre as regiões central e sul do Rio de Janeiro e o restante da cidade. O argumento principal é o de que a prefeitura, baseada nos parâmetros excludentes do “capitalismo rosa”, reurbanizou certas zonas, fiscalizou espaços públicos e ações dos empresários e promoveu o combate à LGBTfobia, entretanto, concentrou suas ações nas áreas revitalizadas ou valorizadas da cidade. Por sua vez, o empresariado auxiliou projetos culturais e gerou empregos para profissionais criativos. Com foco no público masculino gay de renda mais alta, ele fez mais investimentos na Zona Sul e no centro da cidade do que em outros locais. Ademais, como será demonstrado, os usuários se tornaram responsáveis pela seleção dos lugares e a organização deles para a vida noturna, vendo regiões do centro e da Zona Sul como espaços simbólicos de reconhecimento mútuo para a proteção e o exercício pleno da sua identidade, em contraste com outras áreas, normalmente associadas ao preconceito e à rejeição.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Zona
Zona Sul; Centro
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/5421/pdf

“Por acaso eu não sou uma mulher?” Interseccionalidade em Luedji Luna e na cena musical de Salvador

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Gumes, Nadja Vladi
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Garson, Marcelo
Argôlo, Marcelo
Sexo:
Homem
Sexo:
Homem
Código de Publicação (ISSN)
1809-4449
Código de Publicação (DOI)
http://dx.doi.org/10.1590/18094449202300670004
Título do periódico
Cadernos Pagu
Ano de Publicação
2023
Local da Publicação
Campinas
Página Final
19
Idioma
Português
Palavras chave
Cenas musicais
Interseccionalidade
Racismo genderizado
Resumo

Neste artigo,trazemos o estudo de caso do álbum visual da cantora e compositora Luedji Luna, Bom mesmo é estar debaixo d'água(2020),com o objetivo de avaliar a contribuição das mulheres negras feministas para a atual cena musical de Salvador. Ao fazerparte da rede de música diaspóricado Atlântico Negro,essa cena, que vem se renovando desde 2009, é por nós chamada de cena afrolatina. Mobilizandonoçõescomo interseccionalidade, racismo genderizado e cenas musicais, este trabalho busca pensar o conceito de cena musicala partir de um diálogo com questõesde raça e gênero em uma perspectiva decolonial, o que nos permite compreender as visibilidades e invisibilidades de fenômenos culturais urbanos e contemporâneos em cidades negras e latinas como Salvador.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Salvador
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Bahia
Referência Temporal
2009 - 2023
Localização Eletrônica
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8673797/32067

A guerra que tem rosto de mulher: a rotinização da violência a partir das infraestruturas na Cisjordânia Palestina.

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Monteiro, Giovanna Lucio
Sexo
Mulher
Orientador
Menezes, Palloma Valle
Ano de Publicação
2022
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Instituição
Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ)
Página Inicial
1
Página Final
131
Idioma
Português
Palavras chave
Violência
Infraestruturas urbana
Gênero
Palestina
Resumo

Essa dissertação analisa a rotinização da violência na vida de mulheres palestinas a partir da ocupação israelense de 1967. O objetivo é compreender como a violência deixa de ser percebida como anômica e passa a fazer parte da vida cotidiana, destrinchando a maneira como as infraestruturas urbanas, principalmente de abastecimento de água e de mobilidade no território, são transformadas em instrumentos de guerra. Com base em perspectivas da antropologia das infraestruturas, que compreendem a relação entre o material e as implicações sociais que ele produz, em conjunto com o debate sobre rotinização da violência é possível perceber que o conflito dissolve a sua exceção em infraestruturas. Argumento que a relação entre violência rotinizada e infraestruturas só poderia ser observadas como algo central na questão palestina a partir da fala de mulheres. Isso porque essa forma de violência tem a sua invisibilidade como um princípio, ela é escondida, entremeada em canos, redes de esgoto, elétrica, rodovias e postos de controle. Em sua grande maioria, essa violência faz parte do ambiente doméstico, não é espetacular, não chama atenção da mídia e é muitas vezes percebida como um problema relacionado à pobreza e não necessariamente à guerra. Nesse sentido, a partir de uma perspectiva generificada das infraestruturas é possível observar violências que são construídas para não serem vistas e para desmobilizar todo um grupo social. Assim, usufruo do diálogo com três palestinas que foram entrevistadas via videoconferência ou aplicativo de mensagem durante a pandemia de covid-19. Suas percepções de violência nos levam aos debates sobre violências, infraestruturas e mobilidades que constituem os capítulos deste trabalho, e que nos ajudam a observar a forma como a ocupação israelense se baseia na construção de infraestruturas de controle em diferentes níveis, que incorporam em si uma violência lenta e invisível. Assim, há uma tentativa de perpetuação da guerra por uma violência infraestrutural, que dilui o estado de exceção na vida cotidiana e anexa o corpo das mulheres em seu processo que concomitantemente reproduz a vida e incorpora a violência.

Autor do Resumo
Monteiro, Giovanna Lucio
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Região
Cidade do Rio de Janeiro
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
1967-2022
Localização Eletrônica
https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/20045

Lutas populares urbanas: um estudo sobre os movimentos sociais urbanos destacando-se a luta por creches em São Paulo

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Gohn, Maria da Glória Marcondes
Sexo
Mulher
Orientador
Rodrigues, Leôncio Martins
Ano de Publicação
1983
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciência Política
Instituição
USP
Idioma
Português
Disciplina
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://www.producao.usp.br/item/000715015

Tecendo a vida: mulheres na periferia

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Galhano, Maria Ignez
Sexo
Mulher
Orientador
Consorte, Josildeth Gomes
Ano de Publicação
2001
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC-SP
Idioma
Português
Palavras chave
Mulheres
Migrantes
Periferia
Profissão
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1997-2001

Salvador, cidade movente: corpos dissidentes, mobilidades e direito à cidade

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
de Trói, Marcelo
Sexo
Homem
Orientador
Colling, Leandro
Ano de Publicação
2021
Local da Publicação
Salvador
Programa
Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (Poscultura)
Instituição
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHAC/ Universidade Federal da Bahia
Página Inicial
1
Página Final
336
Descrição Adicional
Menção Honrosa no Prêmio de Tese Capes 2022 na área interdisciplinar
Idioma
Português
Palavras chave
Mobilidades
Cidade
corpo dissidente
emergência climática
ecologia política
Resumo

Com base no novo paradigma da mobilidade, esta tese investiga o Centro Antigo de Salvador e analisa a história sociocultural desse território a partir do movimento de pessoas, objetos e ideias. Além de investigar como as mobilidades estiveram na base das modificações do espaço urbano, elas também são vistas como a esfera social capaz de potencializar conflitos a partir das diferenças e dos marcadores sociais (raça, gênero e classe). Persegue-se a ideia de um corpo dissidente capaz de fazer frente às transformações urbanas impostas pelas hegemonias e às imposições de modos de vida e outras normatividades que regem o direito ao aparecimento público e o transitar na cidade. Os artefatos móveis e as maneiras de se mover (bondes, automóveis, bicicletas, caminhabilidade, etc.) surgem, ao longo da história, como estruturantes das relações do espaço citadino e também como ferramentas para o agenciamento e mobilização de pessoas. A investigação, de caráter multidisciplinar, agrega conhecimentos de vários campos de estudos e correntes teóricas como estudos urbanos, estudos do gênero, estudos anticoloniais, sociologia urbana, estudos das mobilidades e da ecologia política. São elementos conclusivos da tese: 1 - a modernidade não se instaura completamente na cidade, apesar dos carros simbolizarem uma vitória parcial da hegemonia, o que não acontece sem resistência, feita de forma especial pelos corpos dissidentes; 2 - a modernidade representou uma barreira a outros modos de vida não alinhados com a vida europeia, a saber, organização e práticas indígenas e africanas; 3 - novas práticas sociais ligadas ao corpo podem modificar a cidade; 4 - a mobilidade tem sido capaz de aglutinar pessoas e interesses, ampliando o direito à cidade; 5 - o transporte ativo reduz a emissão de poluentes e desenha o futuro que se aproxima a partir do fim do mundo tal qual o conhecemos e das profundas transformações que ocorrerão até o final deste século; 6 – todos esses aspectos, os movimentos e as mobilidades alicerçam diversas manifestações populares em Salvador, o que nos permite pensá-la como “cidade movente”, a saber, um território constituído e estruturado a partir do movimento com reflexo em eventos como o Carnaval, a Festa da Independência da Bahia, procissões, símbolos como o saveiro e personagens como a Mulher de Roxo.

Autor do Resumo
Marcelo de Trói
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Região
Centro Antigo de Salvador
Cidade/Município
Salvador
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Bahia
Referência Temporal
século XVI-século XXI

Tem que ter suingue: batalhas de freestyle no metrô Santa Cruz

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Teperman, Ricardo Indig
Sexo
Homem
Orientador
Schwarcz, Lilia Katri Moritz
Ano de Publicação
2011
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Antropologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Diferença
Gênero
Improviso
Raça
Rap
Resumo

Esta dissertação tem como foco a prática de duelo rimas conhecida como batalha de freestyle. Segundo os participantes, o freestyle é "rap feito na hora" e o objetivo das batalhas é "zoar o outro". A partir de etnografia realizada ao longo de três anos na batalha da Santa Cruz, em São Paulo, analiso como os aspectos lítero-musicais e performáticos nublam a fronteira entre o insulto e a piada, possibilitando a encenação de conflitos e entabulando uma espécie de "economia da diferença". Nestes embates, os improvisadores mobilizam e flexionam categorias como gênero, sexualidade, raça/cor e classe social, operando como marcadores da diferença, sem produzir sentido isoladamente, mas apenas nas articulações efetuadas.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Vila Mariana
Localidade
Estação Santa Cruz
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2008-2011
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-22022013-100553/pt-br.php#:~:text=Tem%20que%20ter%20suingue%3A%20batalhas%20de%20freestyle%20no%20metr%C3%B4%20Santa%20Cruz&text=Esta%20disserta%C3%A7%C3%A3o%20tem%20como%20foco,%C3%A9%20%22zoar%20o%20

A ordem social aprisionada: um estudo sobre a construção social da violência contra a mulher

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Fleury-Teixeira, Elizabeth Maria
Sexo
Mulher
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.20336/rbs.868
Título do periódico
RBS - Revista Brasileira de Sociologia
Volume
v. 10 n. 26
Ano de Publicação
2022
Local da Publicação
Online
Página Inicial
178
Página Final
221
Idioma
Português
Palavras chave
violência nas relações íntimas
homens perpetradores de violência
ordem social
padrões de socialização
Resumo

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada entre 2018 e 2020 em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, Brasil. Trata-se de uma análise das formas de socialização a que foram submetidos homens autores de violência contra a mulher, condenada pela Lei Federal 11.340 (Lei Maria da Penha). Um dos objetivos do estudo foi localizar padrões referentes a práticas baseadas em crenças e costumes, valores morais em que esses homens, autores de violência íntima contra a mulher, eram socializados. Punidos pela lei brasileira, eles foram colocados, em 2019, em grupos reflexivos aos quais foram levados pelo sistema de justiça. Neste estudo, foram utilizados métodos qualitativos e quantitativos para reconstruir a memória dos perpetradores de violência contra a mulher e posterior análise dos dados gerados na pesquisa. Dentre os três fenômenos descritos nesta pesquisa, destacamos a “ordem social aprisionada” por se tratar de um impacto social da aplicação da Lei Maria da Penha. Para descrever os fenômenos, são analisadas práticas originadas de padrões morais e padrões de masculinidade aprendidos na infância e adolescência, relacionando-os às mudanças de costumes que estão ocorrendo no país, que por sua vez estão vinculadas a novas leis, aprovadas pelo parlamento para maior proteção das mulheres em situação de violência.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Cidade/Município
Belo Horizonte
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Minas Gerais
Referência Temporal
2018-2020
Localização Eletrônica
https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/868

Periferias nas universidades: ecos femininos das políticas de ações afirmativas

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Carmo, Milena Mateuzi
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Moutinho, Laura
Klein, Charles
Sexo:
Mulher
Sexo:
Homem
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.20336/rbs.906
Título do periódico
RBS - Revista Brasileira de Sociologia
Volume
v. 10 n. 26
Ano de Publicação
2022
Local da Publicação
Online
Página Inicial
124
Página Final
152
Idioma
Português
Palavras chave
Ações afirmativas no ensino superior
Periferias
Interseccionalidade
Gênero
Ativismos urbanos
Resumo

O objetivo deste artigo é refletir sobre a forma como medidas de acesso ao ensino superior dos últimos 20 anos, articuladas a outras políticas sociais, modificaram as condições de vida de muitas famílias moradoras das periferias da cidade de São Paulo, sobretudo de mulheres. Argumentamos que tais políticas, de modo mais amplo, também vêm contribuindo para transformar o contexto político e cultural desses territórios. Nesse sentido, analisamos alguns ecos das políticas de ação afirmativa, considerando especialmente as relações familiares sob a ótica do feminino, com tensões e ambiguidades geracionais, acesso a emprego, atuação política renovada e a produção de saberes no campo acadêmico a partir da constituição de novos sujeitos do conhecimento. Interessa-nos, igualmente, discutir como a entrada de estudantes pobres, negras e moradoras das periferias, ao aproximar academia e tais territórios, tem promovido a transformação da subjetividade, a renovação de saberes, pautas, formas de organização e de produção nesses territórios.

Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
2000-2020
Localização Eletrônica
https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/906