O objetivo deste artigo é refletir sobre a forma como medidas de acesso ao ensino superior dos últimos 20 anos, articuladas a outras políticas sociais, modificaram as condições de vida de muitas famílias moradoras das periferias da cidade de São Paulo, sobretudo de mulheres. Argumentamos que tais políticas, de modo mais amplo, também vêm contribuindo para transformar o contexto político e cultural desses territórios. Nesse sentido, analisamos alguns ecos das políticas de ação afirmativa, considerando especialmente as relações familiares sob a ótica do feminino, com tensões e ambiguidades geracionais, acesso a emprego, atuação política renovada e a produção de saberes no campo acadêmico a partir da constituição de novos sujeitos do conhecimento. Interessa-nos, igualmente, discutir como a entrada de estudantes pobres, negras e moradoras das periferias, ao aproximar academia e tais territórios, tem promovido a transformação da subjetividade, a renovação de saberes, pautas, formas de organização e de produção nesses territórios.
Periferias nas universidades: ecos femininos das políticas de ações afirmativas
Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Carmo, Milena Mateuzi
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Moutinho, Laura
Klein, Charles
Sexo:
Mulher
Sexo:
Homem
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.20336/rbs.906
Título do periódico
RBS - Revista Brasileira de Sociologia
Volume
v. 10 n. 26
Ano de Publicação
2022
Local da Publicação
Online
Página Inicial
124
Página Final
152
Idioma
Português
Palavras chave
Ações afirmativas no ensino superior
Periferias
Interseccionalidade
Gênero
Ativismos urbanos
Resumo
Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
2000-2020
Localização Eletrônica
https://rbs.sbsociologia.com.br/index.php/rbs/article/view/906