Processos de urbanização

O Racismo e a Sub-representação dos Negros na Alta Liderança do Mundo Corporativo: 1850 a 1990

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Vicente, Raphael de Lima
Sexo
Homem
Orientador
Bernardo, Teresinha
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Racismo
Mercado de trabalho
Emprego
Negros
Resumo

Introdução - O sistema escravagista marcou profundamente a formação da sociedade brasileira. No Brasil, a pele passa a ser um operador social de acesso ou proibições, um legado determinante de impossibilidades para negros e brancos, sendo que o processo de miscigenação foi uma falácia para invisibilizar e excluir os negros do mercado de trabalho.

Objetivo - Examinar como a herança da escravidão no estado de São Paulo contribui diretamente na formação e nas condições do mercado de trabalho no século XX.

Métodos – O estado de São Paulo foi definido como região a ser observada. O espaço-tempo foi definido entre 1850 e 1990, dos importantes momentos de transição econômica e modelos de utilização da mão de obra.

Resultados - O estado de São Paulo é claramente o caso mais avançado dessa transformação, sendo que, quando se tenta recapitular a experiência paulista de crescimento e desenvolvimento econômico em uma escala nacional, a experiência de São Paulo na questão racial torna-se ainda mais importante como um possível prognóstico das coisas que estão por vir. A sociedade racista admitia o negro como escravo; para o trabalho livre trouxe o europeu, alegando que os negros não tinham "mentalidade" para se integrarem aos modos de produção modernos.

Conclusão - A herança escravocrata, no formato de um ciclo de exclusão do negro, extremamente eficiente, irradia e consolida estruturas e hierarquizações, as quais, dentre seus efeitos, tornam extremamente difícil a chegada e permanência do negro nos postos de comando do mercado de trabalho.

Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1850-1990
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoconclusao/viewtrabalhoconclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=8270341

A imagem do caipira na obra de Monteiro Lobato

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Santos Junior, Rodolfo Araújo dos
Sexo
Homem
Orientador
Gusmão, Luis Augusto Sarmento Cavalcanti de
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Brasília
Programa
Sociologia
Instituição
UNB
Idioma
Português
Palavras chave
Caipira
Monteiro Lobato
Mundo rural
Jeca Tatu
Primeira República
Resumo

Este trabalho busca analisar e compreender os motivos econômicos, sociais e culturais que permitiram que o personagem Jeca Tatu, de Monteiro Lobato tivesse tamanha receptividade no meio intelectual e urbano da Primeira República. Fixando-se, posteriormente, na memória social brasileira como um tipo social representativo e imprescindível na composição da identidade nacional. A consolidação da produção cafeeira no Oeste Paulista permitiu um desenvolvimento econômico suficiente para que o Estado de São Paulo despontasse como a região mais rica e influente do país. Tal riqueza proporcionou o desenvolvimento material e cultural da capital São Paulo, tornando-se esta, a mais moderna e desenvolvida cidade brasileira. E nesse contexto emerge uma elite intelectual urbana, que passa a refletir sobre as questões nacionais com base na experiência positiva de seu Estado. Procuramos apresentar também como o mundo rural paulista ecoava nas produções culturais da época, posto que a estrutura econômica da empresa do café produzira modos de agir, sentir e pensar característicos do homem interiorano de São Paulo, especificamente, o caipira paulista. Por fim, entendemos que acompanhar a formação intelectual de Monteiro Lobato tornou-se essencial, pois, como representante social da região do Vale do Paraíba, não deixa desse modo, de expressar os valores do mundo rural brasileiro na composição, caracterização e explicação do contexto social e econômico que seu personagem, Jeca Tatu, representa. Como também, sua experiência com a prática jornalística o municiaram com repertório cultural suficiente para ocupar uma posição privilegiada no campo literário brasileiro. Bem como a vida de fazendeiro do interior paulista, que possibilitou a ele um contato direto com a realidade do caboclo brasileiro, de modo a confrontar a realidade com as idealizações produzidas pelos intelectuais urbanos sobre o mundo rural brasileiro. Com, essa pesquisa concluímos que Lobato conseguiu condensar em seu personagem Jeca Tatu hábitos e práticas sociais que representavam as principais características do homem interiorano paulista. Refletindo particularidades profundas da realidade social brasileira Lobato sintetiza, de forma caricatural e descritiva, aspectos da realidade rural do país que, naquele tempo, eram desconhecidos da elite intelectual do Brasil.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Região
Vale do Paraíba
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1882-1948
Localização Eletrônica
https://educapes.capes.gov.br/handle/capes/632585?mode=full

A condição socioespacial da classe trabalhadora: transporte e cotidiano da mobilidade perversa na metrópole de São Paulo

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Oliveira, Sandro Barbosa de
Sexo
Homem
Orientador
Cavalcante, Savio Machado
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Campinas
Programa
Sociologia
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Condição socioespacial
tempo de deslocamento
urbanização rodoviarista
cotidiano da mobilidade perversa
mobilidade restrita
Resumo

O objetivo geral desta tese foi o de analisar, problematizar e evidenciar a condição socioespacial da classe trabalhadora e seu tempo de deslocamento no processo de urbanização e reprodução social na metrópole de São Paulo, para desvelar o cotidiano da mobilidade perversa vivida e percebida a partir de quatro determinações econômicas, políticas e sociais que configuram sua condição espacial de vida. A primeira determinação analisada parte das segregações socioespacial, étnico-racial e urbana que influenciam o tempo de deslocamento de trabalhadores (as) das periferias, caracterizadas por meio das relações de classes, raça e espaciais apreendidas por meio da análise dos resultados da Pesquisa Origem-Destino de 2017, Mapa da Desigualdade 2019 e de experiências de trabalhadores (as) precarizados (as) por meio de grupos focais e questionários apresentadas ao longo da tese e dos processos sociais que fundamentam tal determinação oriunda da tríplice segregação. A segunda determinação analisada parte do processo de urbanização rodoviarista e da dinâmica do tempo de rotação do capital, mediada pela análise da ferrovia na estruturação urbana dos subúrbios e das rodovias na periferização, para entender a crise de mobilidade urbana enfrentada pela classe trabalhadora nos deslocamentos na contemporaneidade. Na terceira, analisamos a dinâmica das leis do valor na relação entre valorização imobiliária e expansão do transporte e do sistema metroferroviário por meio do Plano Integrado de Transportes Urbanos, ao mostrar como a transferência de valor da maquinaria ônibus impacta no preço da tarifa e a urgência da tarifa zero. Por fim, na quarta determinação, analisamos as condições de reprodução da classe trabalhadora com base nas diferentes condições espaciais entre as classes, ao analisar o transporte como mediador entre produção e reprodução e mostrar como as desigualdades estruturais perpassam o espaço urbano e a vida cotidiana, por meio de relatos vividos dos grupos focais que mostram o fazer-se da classe trabalhadora nos deslocamentos: vendedores ambulantes autointitulados marreteiros de trem; das vilas operárias e favelas oriundas da urbanização; e a trajetória das trabalhadoras domésticas na reprodução de toda a sociedade.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2016-2020
Localização Eletrônica
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UNICAMP-30_fef010f0405a95a52585d104777a12bc

São Bernardo do Campo e a Ditadura Civil-Militar: uma análise político-econômica das administrações arenistas (1969 a 1977)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Borges, Renan de Oliveira
Sexo
Homem
Orientador
Schincariol, Vitor Eduardo
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
São Bernardo do Campo
Programa
Ciências Humanas e Sociais
Instituição
UFABC
Idioma
Português
Palavras chave
São Bernardo do Campo
crescimento econômico
ditadura civil-militar
políticas públicas municipais
Resumo

Essa dissertação tem por objetivo descrever e analisar o conjunto das políticas públicas e o desempenho sócio-econômico do município de São Bernardo do Campo entre os anos de 1969 e 1977, período este que corresponde ao exercício dos mandatos dos prefeitos Aldino Pinotti e Geraldo Faria Rodrigues, de 1969 a 1972 e 1973 a 1977 respectivamente, ambos pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA). São inicialmente abordados aspectos relacionados à história econômica brasileira, e depois do município, relativos ao seu crescimento econômico e urbano, e também ao conjunto de transformações pelos quais passou esta cidade que compõe o ABC paulista. Posteriormente analisamos as políticas adotadas pelas gestões municipais entre 1969 e 1977. O estudo então realiza um balanço empírico dos dados referentes à economia, sociedade e ao espaço urbano do município, através dos dados disponíveis. Concluímos de forma geral que as políticas arenistas aplicadas no município acompanharam, em sua lógica, as políticas adotadas em nível nacional, e que o perfil sócio-econômico bernandense aproximou-se, também, do quadro de concentração da renda e exclusão social pelo qual passou a economia brasileira no período.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Bernardo do Campo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1969-1977
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3888362

Crise e transição: um capítulo da modernização conservadora da autocracia no Brasil

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Sartoretto, Leonardo
Sexo
Homem
Orientador
Deo, Anderson
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Marília
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Getúlio Vargas dirigente autocrático
Rearticulação do bloco no poder
Crise de hegemonia agrário-exportadora
Industrialização
Modernização conservadora
Resumo

O presente trabalho procura compreender as transformações que ocorrem na base do poder político da autocracia burguesa brasileira em 1930. Nomeadamente a crise que leva a recomposição das suas frações no bloco do poder com a ascensão da Aliança Liberal ao Governo Provisório. Para tanto estudamos a formação e consolidação da fração agrário-exportadora e portadora do grande capital cafeeiro, já que esta vai ser a matriz do intenso desenvolvimento que a nossa formação social vai conhecer com base no ciclo do café. É através de sua gênese e desenvolvimento que observamos que, no bojo de seu avanço social, inclusive na composição de sua hegemonia que ocorre durante a Primeira República, contradições como a formação de uma industrialização com capitais oriundos da acumulação cafeeira vão transformando a estrutura produtiva de sua dominação. Por outro lado, seu domínio absoluto começa a ser contestado em 1922, ferindo mortalmente sua capacidade hegemônica. A Aliança Liberal, herdeira de toda essa crise política, ao agregar em si inúmeros grupos, camadas e frações sociais que já não se veem mais representadas pela política monocultora e agroexportadora do café, com grande ênfase ao apoio armado tenentista, se insurrece e desloca do centro do poder a fração paulista. Como grupo dirigente, ela então reorienta o centro dinâmico da economia brasileira, respondendo ao caráter de suas próprias contradições, e com medidas políticas como o corporativismo trava contato íntimo com a burguesia industrial. Novamente se apropriando do Estado para recompor a relação de suas frações burguesas, e outra vez alijando a classe trabalhadora do poder através de sua organização em moldes corporativistas, mesmo que isso as leve para dentro do próprio Estado, e ainda reprimindo com violência os grupos sociais que não lograram obedecer a esse ditame, como a reorganização do DEOPS bem expressa, características todas de uma legítima autocracia burguesa, agora reposta em novos patamares, o grupo dirigente encabeçado por Getúlio Vargas procede a uma genuína modernização conservadora desta forma de domínio brasileira.

Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
1930
Localização Eletrônica
https://repositorio.unesp.br/items/3f953497-0f1c-4048-9786-14839fa6ce5f

Dinâmicas de uma política urbana: tensões na implantação de um conjunto habitacional na Cidade de Marília

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Valera, Mariana Franzolin
Sexo
Mulher
Orientador
Souza, Luis Antonio Francisco de
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Marília
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Periferia
Educação e Políticas Públicas
Produção do espaço urbano
Políticas habitacionais
Urbanização
Resumo

A presente dissertação analisou o processo de implantação do conjunto habitacional São Bento, na periferia da Zona Sul da Cidade de Marília-SP. Para realizar este estudo, foi necessário compreender o processo de ocupação do solo urbano desde a fundação da cidade, suas características mais importantes, bem como entender o processo de periferização da cidade, sobretudo, a expansão da Zona Sul, desde meados dos anos 1980. A análise percorreu o debate da área de sociologia urbana no que diz respeito aos efeitos perversos das políticas habitacionais no brasil que, ao produzirem o espaço urbano, também constituem espaços de segregação, tão bem definidos pela ideia de enclave fortificado de caldeira (2000). Além disso, a pesquisa demonstrou que as políticas habitacionais na cidade de Marília reforçam o processo de segregação urbana da cidade e são fortemente baseadas no populismo político e no privilégio dado aos interesses dos empresários da construção civil, ignorando, assim, as necessidades por habitação da população da cidade.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Marília
Logradouro
Conjunto Habitacional São Bento
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1980-2000
Localização Eletrônica
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UNSP_9224191dced2ccc81483ef43a767a0aa

Ondas de interiorização do profissionalismo médico e o desenvolvimento em São Carlos

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Almeida, Fábio de Oliveira
Sexo
Homem
Orientador
Bonelli, Maria da Glória
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Sociologia
Instituição
UNIFESP
Idioma
Português
Palavras chave
ondas de interiorização
profissionalismo médico
poder local
Resumo

Este trabalho analisou, no contexto do poder local de São Carlos (SP), as conexões entre o profissionalismo médico, o desenvolvimento urbano-industrial e a centralização política de Estado brasileiro, o que condicionou específicas ondas de interiorização do profissionalismo médico, assim como certas correntes profissionais de retorno. O foco do trabalho dirigiu-se para a investigação dessas questões no período de 1889 e 1988, quando se verificaram três ondas de interiorização do profissionalismo médico e duas correntes profissionais de retorno. A primeira onda (1889-1930) aconteceu em meio ao início da República, à relativa descentralização política do coronelismo e ao paralelo crescimento da economia cafeeira paulista e, em particular, por sua pujança em São Carlos, que provocou o primeiro impulso da economia urbana local, a criação dos primeiros serviços de saúde pública e assistência médica e pelo estabelecimento de um inicial, mas efetivo mercado médico local. Houve a chegada dos primeiros médicos a localidade, com perfil generalista e que logo se inseriram na estratificação social local. Neste caso, predominou a atividade médica liberal e junto à Santa Casa de Misericórdia. A segunda onda (1948-1966) foi caracterizada pela centralização política do Estado, seu papel no desenvolvimento urbano-industrial e no sistema de saúde nacional. Diante dessas mudanças, as anteriores relações de aliança dos médicos com, especialmente, a elite agrária local, deixam de ser tão decisivas, já que o Estado central passou a rivalizar com o poder das elites locais. Este é o momento de uma reação médica à socialização da medicina, a partir da criação da Sociedade Médica de São Carlos. Houve um movimento importante de filhos de famílias são-carlenses que saíram do município para estudar medicina, voltando a São Carlos para desenvolver suas carreiras. Os profissionais ainda apresentam o predomínio do perfil generalista. Já a terceira onda (1970-1988) decorreu, em parte, da reação médica frente aos problemas da assistência médica previdenciária. Este período foi marcado pelo surgimento da Casa de Saúde e Maternidade São Carlos, assim como pela ampliação da Santa Casa de Misericórdia, em meio a um maior desenvolvimento industrial e urbano local, com ampliação de setores operários e de classes médias urbanas. Favorecido ainda pela interiorização de cursos de medicina, este período verifica a chegada de novos profissionais especialistas formados em cursos mais novos. De um mercado menor, fechado e exportador de pacientes, São Carlos tornou-se polo de atração de profissionais e pacientes de outras localidades. Isso impulsionou a criação e expansão da UNIMED São Carlos, em resposta a maior demanda por serviços médicos locais, à crescente crise da assistência médica previdenciária e às pressões de certos setores de convênios médicos privados. No período, a UFSCar e a USP São Carlos se articularam ao crescimento do município, envolvendo-se com outros grupos locais e médicos e em melhorias no sistema hospitalar são-carlense. Como correntes profissionais de retorno, entre a primeira e a segunda ondas, e entre a segunda e a terceira, observou-se a ocorrência de fatores sociais que, enquanto contra processos sociais, arrefeceram, relativamente, cada prévio movimento de onda de interiorização, favorecendo a emergência, em cada caso, de uma nova ondas de interiorização. No final do período analisado, ainda se nota o crescimento dos convênios médicos, em especial da UNIMED São Carlos, bem como piora na assistência médica estatal, movimentos médicos de reinvindicação trabalhista e movimentos de grupos envolvidos com a ascensão da saúde coletiva, que buscavam a reforma do sistema nacional de saúde, já no contexto de crise do desenvolvimento urbano-industrial, de redemocratização do país pós-ditadura militar e de ações descentralizadoras da área da saúde, que desembocaram na emergência do SUS.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Carlos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1889-1988
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3679525

O mal-estar na cidade: o sentido da urbanização em bairros periféricos

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Martins, Marcelo Henrique
Sexo
Homem
Orientador
Zuin, João Carlos Soares
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
Araraquara
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Urbanização
Araraquara
Conjunto Habitacional
Cidadania
Estigma
Resumo

O presente trabalho tem como objetivo elucidar a relação entre o processo de urbanização na cidade de Araraquara e a precarização da vida no conjunto habitacional localizado no bairro São Rafael. A correlação destes dois fatores no espaço urbano de uma cidade média no interior paulista impossibilita a constituição da cidadania plena, tendo como consequência o desenvolvimento da subcidadania, do estigma e das diversas formas de patologias sociais. A exclusão social, oriunda da denegação de direitos sociais fundamentais, suscita a permanência da luta por reconhecimento empreendida por grupos sociais historicamente segregados e estigmatizados, que visam restabelecer vínculos sociais negados ou rompidos. A partir da luta por reconhecimento da dignidade e da identidade pessoal e coletiva dos moradores do São Rafael, buscamos, através de entrevistas, compreender a percepção dos moradores em relação ao sentido e significado da "vida boa" e da "vida prejudicada".

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Araraquara
Bairro/Distrito
São Rafael
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3755102

Reestruturação produtiva no campo e os processos de trabalho nos assentamentos de reforma agrária

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Mafort, Kelli Cristine de Oliveira
Sexo
Mulher
Orientador
Pinassi, Maria Orlanda
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Araraquara
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Reestruturação produtiva
Assentamentos
Reforma agrária
Proletarização
Resumo

A partir dos anos de 1970, no ponto mais alto de sua expansão, o capital passa a enfrentar crises cíclicas cada vez mais frequentes que expressam a dimensão estrutural dos limites do capital. O mundo capitalista entrou em uma profunda recessão, que combinou baixas taxas de crescimento com altas taxas inflacionárias, abrindo terreno para operar uma reestruturação produtiva, aplicando o receituário neoliberal. No Brasil, a reestruturação política e produtiva se fez sentir já no final da década de 1980; no campo, os capitais da agricultura/agropecuária foram operados na adequação à reestruturação produtiva, provocando importantes modificações na viragem da década de 1980 para 1990. Foi, porém, a partir de 1999 que os agronegócios ganharam importância decisiva no conjunto da economia brasileira. Mas não foi somente aí que a reestruturação produtiva operou, deu-se também no âmbito da agricultura familiar que, progressivamente, foi plenamente integrada à lógica e dinâmica do agronegócio, afastando a reforma agrária e sua perspectiva de mudanças estruturais.

Porém, o padrão de violência contra os trabalhadores rurais é revelador de como a questão agrária nunca esteve perto de uma solução pela via da conciliação de classes. Por outro lado, o enquadramento da reforma agrária representou um retrocesso para os assentamentos, do ponto de vista da consciência política de seus integrantes, bem como na garantia efetiva das conquistas sociais, que somente têm sido obtidas a partir do enfrentamento de classes. O controle totalizante do capital inviabiliza qualquer expectativa de autonomia, mesmo entre aqueles que detêm parte dos meios de produção, como é o caso dos assentados, colocando-os numa condição generalizada de proletarização.

Na presente pesquisa analisei a temática a partir de estudo teórico e pesquisa de campo, realizada com 100 pessoas de acampamentos, assentamentos e lideranças do MST no estado de São Paulo. Pude concluir que a luta pela reforma agrária é essencialmente a busca pela realização do trabalho e da reprodução social, inserida nas contradições produzidas na disputa antagônica entre as forças sociais do trabalho e as forças do capital. Neste sentido, a subjetividade dos trabalhadores do campo, especialmente dos sujeitos da luta por reforma agrária, está sob disputa, para que se percebam e se reconheçam como empreendedores rurais, agricultores familiares, sendo uma extensão integrada do agronegócio, ampliando sua sujeição/subsunção ao capital. Porém a atualidade histórica da reforma agrária se impõe, não apenas pela necessidade dos trabalhadores sem terra, mas também pelos imperativos destrutivos das forças do capital em relação ao trabalho e ao ambiente.

Disciplina
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/SUCUPIRA/PUBLIC/CONSULTAS/COLETA/TRABALHOCONCLUSAO/VIEWTRABALHOCONCLUSAO.JSF?POPUP=TRUE&ID_TRABALHO=7585758

Aflitos de São Paulo: a estigmatização perante a morte

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Andrade, Celso de
Sexo
Homem
Orientador
Bernardo, Teresinha
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Exclusão social
Morte - aspectos simbólicos
Alma
Ritos e cerimônias fúnebres
História
Resumo

A presente dissertação busca analisar, por meio das expressões funerárias, o desenvolvimento urbano da Cidade de São Paulo, entre os séculos XVIII e XIX, período no qual foram institucionalizadas medidas sociopolíticas e culturais para responder às necessidades cotidianas dos paulistas. Com o aumento da população na cidade e sua expansão para além dos seus limites imaginados, tornou-se imprescindível a implantação de equipamentos públicos que atendesse a necessidade de estruturação do espaço urbano. A localização espacial e estratégica da urbe paulista que permitiu seu desenvolvimento dentro de um sistema basicamente mercantil, também atraiu uma população empobrecida destituída de suas raízes, aventureiros em busca de enriquecimento, a horda que se associava à malta da terra, negros forros e fugidos que não conseguiam ser absorvidos como mão de obra assalariada, mulheres de má vida, entre outros miseráveis. Entre os alguns equipamentos públicos necessários para estruturação urbana e para o atendimento das demandas funerárias destes excluídos da ordem, foi criado o primeiro cemitério público, que em conjunto ao Espaço da forca, o Pelourinho e a Santa Casa de Misericórdia levou a formação do patíbulo da morte em São Paulo. Desta primeira necrópole pública sobrevive entre os arranha-céus, em um beco sem saída, a capela dos aflitos. A pequena e humilde ermida que tem por padroeira Nossa Senhora dos Aflitos consoladora dos que nada mais esperam, guarda diversos testemunhos, materiais e imateriais, que remetem à memória do processo de segregação e estigmatização social resultado do desenvolvimento econômico paulista.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Salvador
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Bahia
Referência Temporal
Séculos XVIII e XIX
Localização Eletrônica
HTTPS://SUCUPIRA.CAPES.GOV.BR/SUCUPIRA/PUBLIC/CONSULTAS/COLETA/TRABALHOCONCLUSAO/VIEWTRABALHOCONCLUSAO.JSF?POPUP=TRUE&ID_TRABALHO=5572228