História

História material e formação urbana: a dinâmica socioespacial de Limeira (SP) no século XIX

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Manfredini, Eduardo Alberto
Sexo
Homem
Orientador
Silva, Ricardo Siloto da
Ano de Publicação
2010
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Engenharia Urbana
Instituição
UFSCAR
Página Inicial
1
Página Final
362
Idioma
Português
Palavras chave
dinâmica socioespacial
história material
expansão física
Resumo

Este estudo aborda a dinâmica socioespacial da cidade de Limeira, sede de município situado na área leste do Estado de São Paulo, vista prioritariamente por meio da reconstrução da história material que gravou este núcleo urbano no século XIX. A pesquisa foi desenvolvida sobre o período anterior compreendido entre o ano de 1799 - data da concessão de duas Sesmarias na confluência dos rios Jaguarí e Atibaia, nascente do rio Piracicaba, e que viriam a compor em conjunto com outras datas de terras, os limites municipais - e o decênio final daquele século. O trabalho se pauta, deste modo, na apreensão do processo da evolução material que marcou a urbanização, percebido através do resgate do conjunto de práticas que assinalaram a implantação e o desenvolvimento da malha viária, das edificações habitacionais, dos serviços, do comércio e dos edifícios de uso institucional. Buscou-se ainda identificar a situação de Limeira nos contextos nacional, estadual e regional da época; os processos de instalação das urbes próximas à formação geográfica conhecida como Morro Azul (onde nos dias de hoje encontram-se também as cidades de Rio Claro, Araras e Piracicaba) e, por fim, os fatos históricos e sociais significativos relacionados à expansão física e aos fatores econômicos. Com esta finalidade foram pesquisadas fontes documentais diretas, encontradas nos acervos paroquiais e diocesanos, arquivos públicos, museus, bibliotecas - tanto públicas quanto particulares - acrescidas da consulta e interpretação da bibliografia historiográfica e técnica, bem como de artigos, legislação e produções literárias, dentre outras. As análises elaboradas mostram a materialidade do espaço, ao mesmo tempo, como resultado e como base para a evolução das relações sociais e para a manutenção do poder da classe dominante, evidenciado nas formas de apropriação da terra e na presença, apesar da adoção de novas configurações, da segregação socioespacial.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Limeira
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Século XIX
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/4179?show=full

Espaços Livres Urbanos e a Esfera da Vida Pública Contemporânea: apropriação das Praças Públicas Centrais de Maringá – PR

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Leticia Weiller Daniel
Sexo
Mulher
Orientador
Luiz Antonio Nigro Falcoski
Ano de Publicação
2010
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Engenharia Urbana
Instituição
UFSCar
Página Inicial
1
Página Final
162
Idioma
Português
Palavras chave
sistemas de espaços livres
praças públicas
áreas centrais
Resumo

A presente pesquisa visa analisar as origens temporais e sócio-culturais das principais praças centrais da cidade de Maringá - PR, considerando a dependência e complementaridade entre os espaços livres públicos e a importância destas para os usuários. Tem por finalidade caracterizar a influência destas praças, sejam elas para convivência, recreação, circulação e encontros, tanto para a cooperação com a melhora na qualidade ambiental quanto para a constante mudança na estrutura morfológica e social que estes espaços produzem na cidade em questão. Para que as praças públicas tenham sua função exercida como espaços urbanos de permanência, é desejável que apresentem qualidade física e ambiental. A crescente especialização do espaço dentro da cidade, o deslocamento das formas de entretenimento para recintos fechados, o crescimento do uso de veículos e as condições da vida urbana atual mostram alterações nas formas de apropriação das praças públicas. Para compreender o funcionamento das praças centrais é necessário estudar a relação entre usos, funções e aspectos físico-ambientais destas com o entorno imediato e seu papel na cidade. Para entender o fenômeno de apropriação das praças públicas centrais realizamos duas etapas distintas: a revisão de literatura e a pesquisa de campo. Na revisão de literatura, discutimos os seguintes temas: centros urbanos, espaços livres e praças públicas centrais. A pesquisa de campo foi realizada em 5 praças localizadas na de Maringá. A metodologia adotada foi o Estudo de Caso, no qual se utilizaram os seguintes procedimentos: análise de personalidade, análise documental, observação do desempenho físico-ambiental da praça e do comportamento do usuário, através das técnicas de entrevista e observação in loco. A aplicação destes métodos auxiliou no entendimento do fenômeno de apropriação das praças públicas centrais, pois, além de demonstrar a situação atual que as praças se encontram, permitiu identificar a opinião de quem se apropria ou não desses espaços. Assim, a partir da sistematização dos dados obtidos são apresentados parâmetros comuns com base nas análises das situações encontradas que visam uma qualificação das praças e uma maior apropriação por parte dos habitantes de cada cidade onde elas se encontram.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Maringá
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Paraná
Referência Temporal
Século XX; Século XXI
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/4309?show=full

Novas Roupagens, velhos paradigmas: a reabilitação urbana na área central de Araraquara-SP

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Vergílio, Marcela Raimundo
Sexo
Mulher
Orientador
Falcoski, Luiz Antonio Nigro
Ano de Publicação
2007
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Engenharia Urbana
Instituição
UFSCar
Página Inicial
1
Página Final
180
Idioma
Português
Palavras chave
centro histórico
planejamento urbano
áreas centrais
Resumo

Este trabalho partiu da iniciativa particular do pesquisador em analisar o quadro de degradação do centro histórico da cidade de Araraquara, cidade onde mora atualmente e adquiriu afinidades, classificado como vazio urbano construído, com o intuito de eleger a sua contribuição social na tentativa do resgate da identidade cultural e legibilidade da paisagem como indicadores da qualidade de vida urbana. Representa um material de Investigação dos planos e projetos urbanos elaborados para a área central da cidade de Araraquara à luz do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental criado em dezembro de 2005 e examina quais são os desafios presentes e futuros no que se refere à gestão dos processos. A partir da avaliação do quadro institucional do planejamento urbano de Araraquara e da análise das experiências realizadas em grandes cidades mundiais como Nova York, Bolonha, Barcelona, São Paulo, Recife e Santo André, visando a reabilitação das áreas centrais, observa-se a existência de lacunas institucionais para garantir a continuidade na implementação de projetos urbanos.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Araraquara
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2000-2007
Localização Eletrônica
https://web-01.ufscar.br/spdi/Scriptlattes/DECiv-CCET/OC2-0.html

A favela fala: depoimentos ao CPDOC

Tipo de material
Livro Coletânea
Autor Principal
Pandolfi, Dulce Chaves
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Grynszpan, Mario
Sexo:
Homem
Autor Organizador
Pandolfi, Dulce Chaves
Código de Publicação (ISBN)
9788522518838
Edição (nome da editora)
FGV
Ano de Publicação
2000
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Página Final
362
Idioma
Português
Palavras chave
favela
depoimento
ONG
Resumo

Coletânea de depoimentos de 12 líderes comunitários, de quatro favelas cariocas: Rocinha, Maré, Morro da Formiga e Morro Santa Marta. Homens e mulheres, negros e brancos, com níveis de instrução variado do elementar ao superior, esses líderes falam de sua história e retratam em primeira mão o dia-a-dia das comunidades em que vivem, incluindo a importância que as ONGs adquiriram no auxílio aos moradores. A apresentação é de José Murilo de Carvalho.

Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Referência Espacial
Zona
Sul, Oeste, Norte
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Rocinha; Morro da Formiga; Maré; Morro Santa Marta
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
Século XX; Século XXI
Localização Eletrônica
https://editora.fgv.br/produto/a-favela-fala-3051

Rocinha: Um Novo Espaço Social Frente ao Estado Democrático de Direito

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Oliveira, Ana Christina de
Sexo
Mulher
Orientador
Carvalho, Maria Alice Rezende de
Ano de Publicação
2001
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Sociologia
Instituição
IUPERJ
Idioma
Português
Palavras chave
Rocinha
Estado Democrático
Resumo

Desde os fins do século dezenove, as favelas cariocas têm sido o centro das atenções entre os que discutem como a pobreza, habitação, violência e narcotráfico, perpassando por diversas esferas: acadêmica, política, jornalística e artística. Mesmo que cada favela possuísse características específicas, ainda assim, era possível falar sobre as favelas de uma forma generalizada: "o conjunto de habitações populares toscamente construídas (por via de regra em morros) e com recursos higiênicos deficiente". No entanto, esse modo de conceber a favela vem perdendo força em alguns casos, onde a Rocinha pode ser considerada o seu maior exemplo. O crescimento econômico de algumas áreas da favela, o acesso à educação e aos meios de comunicação de massa, entre outros indicadores, contribuíram de forma decisiva para que essa homogeneidade deixasse de existir. Desta forma, uma nova questão se coloca: a definição desse espaço social e a forma que seus habitantes tem encontrado para interagir com a cidade.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Zona
Sul
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Rocinha
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
Século XIX; Século XX

As definições, funções e sentidos atribuídos ao Ensino Médio após a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996: disputas para além da emancipação e competências.

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Henrique Fernandes Alves Neto
Sexo
Homem
Orientador
Ileizi Luciana Fiorelli Silva
Ano de Publicação
2014
Local da Publicação
Londrina
Programa
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Instituição
Universidade Estadual de Londrina
Página Inicial
1
Página Final
142
Idioma
Português
Palavras chave
Ensino Médio
Juventudes
Enem
Sociologia da Educação
Modelos pedagógicos
Resumo

 

Esta pesquisa investigou os sentidos atribuídos à última etapa da Educação Básica no Brasil, o Ensino Médio. A nova definição das etapas da Educação Básica ocorreu com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, a qual categoriza o Ensino Médio como “última etapa da educação básica”. Assim, definimos o período investigado de 1996 até o ano de 2014, ano em que se finalizou esta pesquisa. Identificamos as relações sociais, políticas, culturais e disputas de projetos que perpassam o Ensino Médio e quais as consequências para o mesmo. Partimos da seguinte questão: qual é a identidade do Ensino Médio? Com esta preocupação e lançando mão da construção de tipos ideais, observamos a existencia de alguns “modelos” de Ensino Médio que estão presentes ao longo da história recente de organização deste nível de ensino e também nas pesquisas sobre o mesmo, a saber: o que se denomina de “modelo de emancipação” e “modelo para o mercado de trabalho”. Ao constatar a recorrência de traços desses modelos, os cotejamos, em termos de tipo ideal no sentido weberiano, nas propostas de Ensino Médio de três estados brasileiros: Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. As características que encontramos nesses estados, nomeamos de modos. Vimos que os modos dos estados dialogam com ambos os “modelos”, complexificando a categorização em um ou outro modelo. Esta constatação foi importante para a pesquisa, visto que descobrimos, em um nível mais profundo, o impasse da identidade, sentido, função do Ensino Médio. O próximo passo foi imergir ainda mais na realidade. Encontramos três outros elementos que complexificam o impasse: o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a Pedagogia Histórico-crítica e a(s) juventude(s) enquanto agente(s) da aprendizagem. Apresentamos em que medida cada um desses elementos interferem na identidade e sentidos atribuídos ao Ensino Médio. A importância do último elemento, as juventudades, deve-se a potencialidade de questionar algumas profecias teóricas e políticas sobre o Ensino Médio. A despeito de dualidade, de modelos, de modos, são os jovens, estes agentes da aprendizagem, que articulam maneiras de romper com relações de dependência para, deste modo, alcançar a categoria de estudante, de trabalhador e de adulto. Muito além de termos modelos específicos e teoricamente preocupados com a emancipação, mercado de trabalho, cidadania, ou quaisquer que sejam os objetivos, haverá o jovem concreto, agente concreto, em situações concretas – que vão, desde situações de classe, passando por diversos outros marcadores sociais de diferença, e chegando a sua condição de “idade escolar”. Sendo assim, a pesquisa apreendeu parte da construção da realidade do Ensino Médio no Brasil, sistematizando alguns conflitos teóricos, pedagógicos e práticos que aparecem nas propostas oficiais e em pesquisas academicas. A despeito das disputas de concepções politicas e teóricas sobre as definições do Ensino Médio, destacamos que há uma rotina de práticas de matrículas, ensino-aprendizagem, escolas funcionando e agentes se movimentando e dando sentidos ao que se define como última etapa da Educação Básica. Nesse sentido, algumas ações do Governo Federal e de Governos Estaduais vão induzindo a configuração de alguns modos de organizar o ensino médio. Principalmente, percebemos o Enem como um catalizador, e as Propostas Curriculares de cada estado influencia e induz conteúdos de ensino praticados nas escolas. Persiste a questão do quanto o ensino médio é uma passagem para o ensino superior, um requisito fundamental para inserção no mercado de trabalho, um espaço de preparação para a cidadania e para a vida de forma genérica. Em termos ideológicos o debate persiste no problema de uma escola que leve à emancipação do trabalhador e superação do capitalismo, à inserção no mercado de trabalho e exercício da cidadania nos marcos do capitalismo e/ou acesso ao ensino superior através de exames difíceis, diante da escassez de vagas nos cursos de formação para atividades liberais e de destaque na estratificação social.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
1996
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1784071

A PAULICEIA DE ANTÓNIO DE ALCÂNTARA MACHADO

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
RENATA BELONI DE ARRUDA
Sexo
Mulher
Orientador
REGINA CELIA DOS SANTOS
Ano de Publicação
2013
Local da Publicação
LONDRINA
Programa
Letras
Instituição
UEL
Página Inicial
1
Página Final
122
Idioma
Português
Palavras chave
António de Alcântara Machado
Contos
Crônicas
Urbanidade
Resumo

Este trabalho tem o objetivo de analisar alguns contos e crônicas do escritor modernista António de Alcântara Machado com o intuito de verificar como sua obra aborda alguns traços da urbanidade de seu momento presente. Com isto, pretendemos demonstrar a importância do autor, no que se refere às inovações estéticas e temáticas desenvolvidas nas obras analisadas, para o fortalecimento de uma literatura nacional original. Além de registrar o cotidiano urbano da cidade em desenvolvimento, através de seus habitantes e das transformações no cenário físico e comportamental da urbe, o escritor representa de que forma São Paulo inicia o processo progressista do século XX.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Século XX
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=106265

A TRAJETÓRIA DE VIDA E AS IDEIAS POLÍTICAS DO INTELECTUAL REVOLUCIONÁRIO OCTÁVIO BRANDÃO (1896 - 1931)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
DENILTON NOVAIS AZEVEDO
Sexo
Homem
Orientador
ANGELO APARECIDO PRIORI
Ano de Publicação
2013
Local da Publicação
MARINGÁ
Programa
HISTÓRIA
Instituição
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Página Inicial
1
Página Final
155
Idioma
Português
Palavras chave
Octávio Brandão
marxismo no Brasil
movimento operário brasileiro
Resumo

O objetivo da presente pesquisa é reconstruir alguns momentos que consideramos fundamentais da trajetória de vida e das ideias políticas do intelectual Octávio Brandão, uma figura singular na história do movimento operário brasileiro. As primeiras experiências de luta operária de Brandão já ocorreram nas décadas iniciais do século XX, a partir da influência de algumas lideranças anarquistas na capital alagoana. Devido a sua intensa atuação nos principais embates operários e populares de Maceió, bem como o aumento considerável da violência praticada pelas autoridades policiais, decidiu partir para o Rio de Janeiro, onde intensificou seu engajamento político. Alguns meses depois da fundação do Partido Comunista do Brasil (1922), sob influência de algumas importantes lideranças operárias do país, aderiu aos novos ideais. Como dirigente do PCB, foi responsável por toda atividade referente à propaganda político-ideológica e, igualmente, pela aproximação do partido ao movimento operário. Sem embargo, a maior contribuição de Brandão sem dúvida alguma foi haver elaborado um estudo pioneiro e polêmico acerca da luta de classes no Brasil. A obra recebeu o cerimonioso título de Agrarismo e Industrialismo: ensaio marxista-leninista sobre a revolta de São Paulo e a guerra de classes no Brazil, e foi publicada originalmente em 1926. Em linhas gerais, trata-se de uma investigação bastante controversa sobre o desenvolvimento da história nacional a partir do referencial marxista. As teses apresentadas no livro de Brandão foram amplamente aceitas e aprovadas na ocasião do Segundo Congresso Comunista, como programa de ação político-partidária no início de 1929. Devido a considerável notoriedade que o intelectual comunista adquiriu durante aqueles anos, como teórico do partido e agitador das massas operárias, a polícia política passou a vigiar atentamente as atividades políticas realizadas por Brandão, por conta disso, as prisões passaram a ser cada vez mais freqüentes em sua vida. Apesar de toda censura e perseguição praticada sobre as principais lideranças do movimento operário, ainda assim, os pecebistas conseguiram eleger dois de seus representantes para o cargo de intendente nas eleições municipais do Rio de Janeiro, no ano de 1929. Brandão, representante do Bloco Operário e Camponês e do PCB, venceu as eleições para o cargo de intendente com uma margem expressiva de votos e, em seu mandato, foi atuante nos principais debates políticos da época, realizados na Câmara Municipal. Entretanto, em razão das transformações que se processaram depois do golpe de 1930, caracterizado, sobretudo, pelo aumento significativo da violência praticada pelas autoridades policiais, não conseguiu finalizar seu mandato. Em junho de 1931, após amargar algum tempo de prisão, acabou sendo deportado do país.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
1896 - 1931
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=657641

As crianças perigosas: estudo sobre a delinquência infantil na cidade de São Paulo (1888-1927)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silva, Robson Roberto da
Sexo
Homem
Orientador
Arias Neto, José Miguel
Ano de Publicação
2013
Local da Publicação
Londrina
Programa
História Social
Instituição
UEL
Página Inicial
1
Página Final
160
Idioma
Português
Palavras chave
História Social
territórios do político
delinquência infantil
políticas públicas
instituições
Resumo

Essa dissertação de mestrado tem pôr objetivo analisar as condições sociais há que estavam submetidas às crianças em situação de marginalização na cidade de São Paulo; e também perceber como as autoridades políticas e a sociedade em geral da época trataram da indigência e marginalidade infantil por meio da elaboração de legislações específicas e de políticas públicas adequadas para o enfrentamento da questão social da infância marginalizada; principalmente para sua inclusão a uma nova sociedade burguesa e industrial que emergia na virada dos séculos XIX - XX através da sua inclusão precoce ao mundo do trabalho. Se bem esse seja um processo de longa duração, faremos um recorte temporal que engloba o período da abolição da escravidão, em 1888, até a elaboração do Código de Menores Mello Mattos de 1927, primeira legislação específica sobre a infância no Brasil.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1888-1927
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=96116

A (TOXI)CIDADE DE CUBATÃO: HISTÓRIA AMBIENTAL, DESASTRES TECNOLÓGICOS E A CONSTRUÇÃO DO IMAGINÁRIO AMBIENTAL DA CIDADE TÓXICA NA DÉCADA DE 1980 IRATI

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Filho, Clayton Barbosa Ferreira
Sexo
Homem
Orientador
Jo Klanovicz
Ano de Publicação
2015
Local da Publicação
Guarapuava
Programa
História
Instituição
UNICENTRO
Página Final
115
Idioma
Português
Palavras chave
história ambiental
cubatão
desastres
imprensa
Resumo

Nesta dissertação de mestrado em história busco explorar a construção dos discursos jornalísticos como produtores de um imaginário ambiental apocalíptico sobre a cidade de Cubatão, São Paulo, na década de 1980, sobretudo nas matérias do jornal a Tribuna de Santos. Os discursos contidos nas matérias de a Tribuna de Santos – além de jornais e revistas de todo o mundo - contribuíram para a construção e permanência da ideia de Cubatão como uma (toxi)cidade. Na década de 1970, durante a ditadura militar, Cubatão foi uma peça fundamental da economia brasileira, responsável sozinha por 4% do PIB nacional. A cidade de Cubatão comporta o primeiro e um dos mais importantes polos petroquímicos brasileiros, e ficou internacionalmente conhecida na década de 1980 devido aos diversos problemas ambientais que não pararam de vir à tona. Estes, que foram gerados em função de décadas de ação das indústrias de base – petróleo, siderurgia e fertilizantes - que expeliam toneladas de resíduos tóxicos de suas chaminés diariamente, contaminaram fauna, flora, e a população local, composta em sua grande maioria por trabalhadores destas mesmas indústrias. Nesta pesquisa, afirmo que, mesmo com as políticas ambientais de controle da contaminação industrial na década de 1980 e com uma nova identidade forjada a partir do discurso ecológico no início da década de 1990 - discurso este que rompe com a ideia da cidade cinza instaurando o da cidade verde - Cubatão permanece no imaginário ambiental como a cidade tóxica até os dias atuais. Um ponto importante discutido no trabalho é a relação entre as políticas desenvolvimentistas - sustentadas por discursos científicos, como o da economia - com todo tipo de desastres ambientais que ocorreu em Cubatão. Situo Cubatão na teoria da sociedade de risco de Ulrich Beck (1986), e considero que todo grande empreendimento tecnológico é altamente pensando e calculado, desde sua viabilidade à seus possíveis riscos. Com isso, critico que, apesar de polos industriais serem grandes empreendimentos tecnológicos pensados por tecnocratas para promover o desenvolvimento econômico a partir de projetos desenvolvimentistas, os técnicos industriais não calcularam ou não desenvolveram políticas para a prevenção de possíveis incidentes, que vieram a causar desastres de toda ordem, como chuvas ácidas, enxurradas, explosões, incêndios, a contaminação de rios, manguezais, animais e plantas, além das anencefalias e centenas de doenças e mortes causadas em humanos direta e indiretamente pela ação das indústrias.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Cubatão
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
década de 1980
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2540764