Gênero e sexualidade

Transparanamericana: gênero e sexualidade na produção de artistas visuais latino-americanos contemporâneos

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Souza, Milena Costa de
Sexo
Mulher
Orientador
Adelman, Meryl
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Paraná
Programa
Sociologia
Instituição
UFPR
Idioma
Português
Palavras chave
31ª Bienal de São Paulo
Gênero e Sexualidade
Arte Contemporânea Latino-Americana
Resumo

O tema da presente tese é a arte contemporânea latino-americana em diálogo com os referenciais de gênero e sexualidade. Tendo em vista a amplitude das produções que tangenciam essas esferas, essa pesquisa elegeu como ponto de partida a 31ª bienal de são paulo (2014) intitulada como…coisas que não existem. O evento propôs levar para o espaço do pavilhão da bienal as discussões que tomaram conta das ruas durante um ano de intensas manifestações políticas ao redor do mundo e que no Brasil tomou proporções a serem ainda decifradas. A equipe curatorial convidou artistas e projetos que discutiram acontecimentos considerados eminentes ou pouco visibilizados pelos meios de comunicação e de produção de conhecimento hegemônicos. Naquele contexto, as questões de gênero e sexualidade adquiriram amplo destaque, ao ponto da 31a bienal de sp ser conhecida como a trans bienal e a edição que focou pela primeira vezes nos temas de gênero e sexualidade. Portanto pergunto: de que maneira gênero e sexualidade são constituídos enquanto imagens, discursos e experiências nas produções visuais de artistas contemporânexs latino-americanxs no contexto da 31ª bienal de são paulo? Quais as principais questões evocadas por esses projetos visuais em diálogo com as relações de gênero e sexualidade no contexto latino-americano? A pesquisa fundamenta-se em uma análise sob as perspectivas dos estudos culturais, as teorias feministas, descoloniais e queer/transviadas. A análise também parte de uma perspectiva intersecccional que dá atenção sobre como as relações de gênero, raça, religião, sexualidade e as políticas da representação, influenciam na formação e aplicação das ideias sobre a América-Latina, artista, corpo, obra de arte e valor estético. Foco nas condições e contexto social que possibilitaram e produziram a visibilidade de sexualidades não hegemônicas, relações de gênero e corpos transgêneros durante a bienal de 2014, situando-a, por sua vez, na geografia e história social da América Latina. Contextualizo como as representações de gênero e sexualidade foram apresentadas nas últimas edições da bienal de são paulo, considerando a trajetória do evento enquanto um arquivo vivo que, existe fisicamente, além de ser ampliado a cada dois anos através das novas edições que também miram a trajetória da própria bienal para se pensarem. Por fim analiso as obras dos/as artistas nahum b zenil, giuseppe campuzano, sergio zevallos, virginia de medeiros, las yeguas del apocalipsis e mujeres creando no contexto do evento considerando as trajetórias desses artistas na conjuntura latino-americana e de seus locais de produção. 
 

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2014
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoconclusao/viewtrabalhoconclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5010406

Encruzilhada das guerreiras da periferia sul de São Paulo: feminismo periférico e fronteiras políticas

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Oliveira, Danielle Regina de
Sexo
Mulher
Orientador
Castro, Barbara Geraldo de
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Campinas
Programa
Sociologia
Instituição
Unicamp
Idioma
Português
Palavras chave
Feminismo periférico
Periferia
Feminismo
Clubes de mães
Movimento de mulheres
Resumo

Este estudo reflete algumas perspectivas do feminismo periférico tais como: a) noção de feminismo amparado no cotidiano de mulheres da periferia; b) território como relação social que marca experiências femininas atravessando suas relações de classe, raça e gênero; c) ações coletivas baseadas na construção de subjetividades rebeldes. dessa forma, parte-se da experiência de mulheres da periferia da Zona Sul de São Paulo, sendo o coração das análises a produção política-intelectual de ativistas da coletiva fala guerreira, registrada através de entrevistas individuais/coletiva e suas ações promovidas desde o início dos anos 2010, histórias das quais também faço parte. por essa perspectiva, revisitei narrativas do feminismo no Brasil, dos anos 70 e 80, que produziram a dicotomia conceitual “movimento feminista” e “movimento de mulheres”. através da experiência dos clubes de mães da Zona Sul, desse período, organização política de mulheres da periferia, esta dicotomia se mostra insuficiente para analisar experiências políticas de mulheres que não são privilegiadas sociorracialmente no brasil (por exemplo, mulheres rurais, pobres, negras, mestiças, nordestinas, periféricas, sindicalistas etc.). pois, apesar dos clubes de mães serem apresentados como movimento de mulheres, e observados como não-feministas, identifico contradições nessas narrativas que são oriundas, sobretudo, de autoras feministas. assim, debatemos a reivindicação do feminismo periférico em contestar a noção da sujeita política hegemônica do feminismo ao reconhecerem os clubes de mães enquanto historicamente feministas. de outra forma, a categoria mulheres da periferia é retomada para contestar a masculinização de narrativas sobre as periferias urbanas que comumente privilegiam vivências masculinas. nesse sentido, o feminismo periférico problematiza tanto o machismo no movimento cultural das periferias, através da sua articulação política-intelectual de coletividades de mulheres periféricas, quanto introduz vivências das mulheres em situações comumente observadas pelas experiências dos homens da periferia. afinal, o que é ser mulher da periferia e lidar com essas situações? que tipo de luta feminista é articulada tendo esse contexto social? dessa maneira, a periferia urbana é observada para além do seu aspecto geográfico, sendo concebida como relação social urbana. e feminismo como processo social de experiência política das mulheres, isto é, está além de um arsenal conceitual fechado em si mesmo, por isso é movimento de práticas rebeldes de mulheres, que são diversas, desiguais, contextuais.

Disciplina
Referência Espacial
Zona
Zona Sul
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Anos 70 até 2018
Localização Eletrônica
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1097490

Sexo no mercado: produção, desejos e moral

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Carvalho, Eliane Knorr de
Sexo
Mulher
Orientador
Chaia, Vera Lucia Michalany
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Sexualidade
Mercado do Sexo
Capital Humano
Resumo

O sexo revestido de sexualidade tornou-se um negócio lucrativo no mercado e abriu passagem para os investimentos na pessoa como capital humano em argumentos com base na saúde e na religião. O objetivo deste trabalho é apresentar como a renovação da sexualidade – a partir da noção de dispositivo de Michel Foucault – facilitou a modulação e acomodação de práticas tidas como subversivas em direitos negociáveis no interior do mercado. A partir destas negociações, ampliou-se o alcance dos investimentos nas condutas da população normalizada, e a produção de conceitos abrangentes relacionados à saúde sexual, possibilitou os investimentos na parceria entre Estado, religião e organizações internacionais no cálculo da mortificação da vida. Este trabalho apresenta-se a partir de três séries. A primeira série, intitulada “jogos de verdade (produção de identidades, direitos e educação no âmbito da chamada sexualidade)”, com foco nos Estados Unidos e na Baía de São Francisco, mostra, desde os movimentos políticos nos anos 1960 e 1970, as disputas de verdades em torno das identidades, a produção de saberes em função destas verdades, as negociações no mercado e a relação entre a educação e o investimento em capital humano. Na segunda série, “produções de desejos (novos investimentos no mercado do sexo no Brasil)”, a Erótika Fair, em São Paulo, apresenta-se como campo profícuo para a análise da produção e assimilação de desejos, justificada pela introdução do público feminino neste mercado. A análise situa a assimilação de conceitos no interior do mercado que traduz o pessoal em negócios e leva estes negócios para o campo pessoal. Finalmente, a terceira, “moral sexual (religião e saúde)”, expõe os investimentos de igrejas cristãs na condução de condutas – com foco na análise de grupos evangélicos –, e sua articulação com as diretrizes internacionais em torno da saúde sexual, que utilizaram o advento da AIDS para justificar os programas de educação para crianças e jovens, a partir de uma vida calculada, em que se abdica dos chamados desvios no presente em nome da promessa de um futuro melhor.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Localidade
Erótika Fair
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
País estrangeiro
Estados Unidos
Especificação da Referência Espacial
Baía de São Francisco
Referência Temporal
Década de 1960-2017
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6095990

Relações de poder e representações acerca do trabalho da mulher presa

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Brito, Josiane Silva
Sexo
Mulher
Orientador
Dias, Camila Caldeira Nunes
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Bernardo do Campo
Programa
Ciências Humanas e Sociais
Instituição
UFABC
Idioma
Português
Palavras chave
Trabalho Prisional
Prisões para Mulheres
Privatização das Prisões
Primeiro Comando da Capital
Resumo

A presente pesquisa busca apreender quais são as relações de poder que perpassam duas unidades prisionais para mulheres que têm os seus serviços de alimentação terceirizados, a Penitenciária Feminina de Sant’Ana e a Penitenciária Feminina da Capital, condicionando suas dinâmicas internas, em especial, as dinâmicas relativas ao trabalho prisional. Além da discussão de algumas das leis que dão ou pretender dar suporte ao processo de privatização das prisões no Brasil, esta pesquisa se valeu da análise de informações e discursos coletados por meio de incursões nas unidades e conversas com suas presas e funcionárias(os) e da discussão dos contratos de prestação dos serviços de alimentação das unidades mencionadas e do Centro de Detenção Provisória Chácara Belém I, firmados entre o estado de São Paulo e a empresa Health Nutrição e Serviços Ltda. Verificou-se que a hegemonia da organização de presos Primeiro Comando da Capital dentro e fora das prisões, constitui uma variável central para o entendimento das diferenças nas dinâmicas do trabalho da mulher presa entre as duas unidades estudadas. Na Penitenciária Feminina da Capital, uma cadeia neutra, o trabalho é representado como um indicador de recuperabilidade, uma forma de sair do “mundo do crime”. Existe uma forte oposição entre “mundo do crime” e “mundo do trabalho”. Já na Penitenciária Feminina de Sant’Ana, uma cadeia do PCC, o trabalho prisional não se opõe ao “mundo do crime”, não representando um indicador de recuperação.

Disciplina
Referência Espacial
Zona
Zona Norte
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Carandiru
Logradouro
Penitenciária Feminina de Sant’Ana; Penitenciária Feminina da Capital
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2015-2017
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5070581

Sentidos cotidianos: os discursos sobre violência contra as mulheres em uma delegacia especializada de atendimento à mulher

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Boen, Mariana Tordin
Sexo
Mulher
Orientador
Souza, Luis Antonio Francisco de
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Marília
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Violência
Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher
Políticas Públicas
Violência Contra as Mulheres
Resumo

A violência de gênero diz respeito a uma grave violação aos direitos humanos e tem conquistado cada vez mais espaço nas discussões acadêmicas e políticas, culminando na criação de leis que visam responder a tais demandas. Em março de 2015, a Lei 13.104/15 (Brasil, 2015) alterou o código penal para incluir uma nova forma de homicídio qualificado: o “feminicídio” que, de forma abrangente, significa a morte violenta de uma mulher devido à sua condição de gênero. Este trabalho se propõe a discutir de que forma o feminicídio tem sido tratado pelas políticas públicas através dos discursos das pessoas inseridas em uma delegacia especializada de atendimento à mulher (DEAM) – trabalhadoras e mulheres buscando pelo serviço – acerca do homicídio de mulheres e da violência de gênero. A pesquisa, de metodologia etnográfica, foi realizada em uma DEAM localizada em uma cidade do interior do estado de São Paulo, a qual contou com observações quinzenais e semanais do cotidiano institucional, assim como diálogos informais com as pessoas ali presentes, considerando tanto policiais, estagiárias de psicologia, escrivãs, como as mulheres que buscaram pelo serviço.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
2015
Localização Eletrônica
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UNSP_4631088f9d92a8b3fe232989ba657572

Se eu comprar o carro você vem junto?: economias sexuais no mundo dos eventos

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Araujo, Anna Paula Moreira de
Sexo
Mulher
Orientador
Piscitelli, Adriana Gracia
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Campinas
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Trabalho sexualizado
Trabalho afetivo
Trabalho de cuidado
Economias sexuais
Prostituição
Resumo

Esta tese, centrada no mundo dos eventos, tem como principal objetivo analisar a articulação entre trabalho e economias sexuais. Refiro-me, seguindo Elizabeth Bernstein, não apenas à troca de sexo por dinheiro em seu sentido mais literal, mas também às maneiras pelas quais as circulações sexuais são críticas para outros projetos econômicos. Mostro como profissionais de eventos (promotoras, recepcionistas e modelos) e objetos em exposição são sobrepostos em um jogo de objetificação e sexualização mútuas. Essa sexualização proporciona benefícios econômicos, mas é, ao mesmo tempo, um aspecto que pode “poluir” as profissionais e também as empresas envolvidas com o estigma da prostituição, que se expressa no código ficha rosa usado para identificar profissionais de eventos que realizam trocas sexo por dinheiro. Tomando como referência trabalho etnográfico realizado em quatro feiras, duas na capital São Paulo e duas na região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, analiso como a imbricação desse trabalho com as economias sexuais afeta as profissionais de eventos. Dialogando com leituras feministas sobre trabalho sexualizado, emocional/afetivo e de cuidado, e com perspectivas interseccionais que concedem atenção aos espaços de agência, formulo dois argumentos. O primeiro é que as economias sexuais são organizadoras do mundo dos eventos. O segundo é que a prostituição opera à maneira de um fantasma nestes espaços comerciais. Desenvolvo esses argumentos considerando como os diversos estilos corporais dessas profissionais são classificados, hierarquizados e situados, articulando corporalidades e códigos morais em relação ao fantasma da prostituição. E mostro como, no mundo dos eventos, uma racialização sexualizada que evoca marcas de classe e códigos morais sintetizada na ideia de perfil traça as possibilidades de êxito econômico e afetivo, que são desigualmente distribuídas entre os sujeitos envolvidos.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Ribeirão Preto
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://www.ifch.unicamp.br/ifch/se-eu-comprar-carro-voce-vem-junto-economias-sexuais-mundo-eventos

Redoma de vidro: branquitude média na Rio Claro republicana (1879-1940)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Picelli, Pedro de Castro
Sexo
Homem
Orientador
Silva, Mario Augusto Medeiros da
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Campinas
Programa
Sociologia
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Branquitude
Raça
Resumo

Esta dissertação propõe recuperar as possibilidades históricas forjadas por tipos médios brancos no pós-abolição para acomodarem suas vidas numa sociedade conformada na “escravidão como base do capitalismo mercantil, no trabalho assalariado como base do capitalismo industrial e no trabalho doméstico como base do patriarcado. Ou seja, retomar os modos pelos quais estas pessoas se incorporaram a uma nação híbrida e herdeira das relações escravistas patriarcais, ocupando posições sociais materialmente instáveis e socialmente imprecisas. Para a realização deste exercício sociológico, volta-se às sociedades recreativas destes sujeitos entre os anos de 1879 e 1940 na cidade de Rio Claro-SP. São elas: Sociedade Philarmônica Rio Clarense, Grêmio Recreativo dos Empregados da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e Grupo Gymnástico Rio Clarense. Por meio de consultas às atas de reunião das diretorias, caderno de fotografias dos clubes, periódicos do período e da realização de entrevistas com associados, caracterizar-se-á estas pessoas e o modo como fabularam seu ingresso à vida republicana a partir do microcosmo associativista. O argumento deste trabalho é que os sentidos das mudanças sociais para estes agentes, oriundos dos processos de urbanização nos estratos sociais intermediários, foram muito frouxos e diversos. No entanto, a elaboração dos significados dos processos de transformação passou fundamentalmente pela negociação violenta das diferenças em torno de gênero, raça e classe, dando as bases sociais para a formação de uma branquitude frágil.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio Claro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1879-1940
Localização Eletrônica
https://unicamp.br/unicamp/teses/2020/08/27/redoma-de-vidro-branquitude-media-na-rio-claro-republicana-1879-1940/

Envelhecimento em movimento: mulheres agenciando seus (per)cursos de vida na cidade de Santos, litoral paulista

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Sartorelli, Andreia Nara Leonardo
Sexo
Mulher
Orientador
Possas, Lidia Maria Vianna
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Marília
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Antropologia do Envelhecimento
Mulheres idosas
Antropologia visual
Santos
Fotografia
Resumo

Esta dissertação de mestrado resulta de uma pesquisa sobre o envelhecimento a partir de mulheres na cidade de Santos, litoral paulista. Os encontros ocorreram no decorrer do ano de 2019 em três distintos grupos de atividade física voltados, preferencialmente, a pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos. O objetivo deste estudo antropológico busca apreender de que forma as mulheres das quais me aproximei agenciam seu processo de envelhecimento e, em que medida suas escolhas tangenciam o “envelhecimento ativo”, que se trata de uma política de saúde implementada pela Organização Mundial da Saúde, a partir de 2002. Esta investigação buscou compreender como o “bem envelhecer” se apresenta na atmosfera da cidade, nos lugares em que passei mais tempo: calçadão do canal 1 e Parque Roberto Mário Santini (plataforma do emissário submarino), SESC Santos (Canal 5), Centro Esportivo Manoel Nascimento Junior (Zona Noroeste) e a casa das mulheres que me acolheram. O referencial teórico que permeia esta pesquisa é a Antropologia da Velhice articulada com a Antropologia Visual, as quais alicerçam as questões teórico-metodológicas. Entre conversas no intervalo das aulas de ginástica e hidroginástica, alongamentos próximos ao mar, “boquinhas”, cafés e variadas imagens do processo de envelhecer, é possível constatar a heterogeneidade e as subjetividades relacionadas ao envelhecimento. Os resultados da pesquisa demonstram como o envelhecer é subjetivo e depende da agência de cada pessoa, ainda que haja uma linha que une os diferentes relatos na busca incessante pelo movimento, não só físico, mas como forma de dar sentido às suas vidas. Movimentar-se no sentido de se sentir viva/o.

Referência Espacial
Cidade/Município
Santos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2019
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10294166

Corpografias raciais: uma etnografia das captividades femininas negras em São Paulo

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Alves, Enedina do Amparo
Sexo
Mulher
Orientador
Consorte, Josildeth Gomes
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Luana Barbosa dos Reis Santos
Corpografias
Abolicionismo penal
Feminismo negro
Racismo
Resumo

Esta pesquisa estabelece uma análise interseccional entre o aparato punitivista e o racismo antinegro nas experiências urbanas de mulheridade racializada no acesso à justiça em São Paulo. Tomando como referência teórico espacial trabalhos recentes que identifica m uma geografia mortal, historicamente constituída pela tríade “senzala favela prisão”, a pesquisa desvenda os lugares de “captividades negras”, conforme definido por Spiller 1987 em que o corpo feminino negro é produzido e capturado como punível e matável. Desse modo, este trabalho se propõe a preencher uma lacuna nos estudos tradicionais no que diz respeito às prisões, uma vez que têm “esquecido” as articulações entre categorias de opressão classe, raça, gênero no sistema de justiça penal. A pesquisa sugere que o lugar ocupado pela mulheridade racializada na sociedade brasileira faz parte de um processo histórico de subordinação, exploração, subjugação e sistemática desumanização de suas existências como sujeitas de direitos. Além do diagnóstico de uma forma peculiar de opressão que atualiza a ordem colonial, a pesquisa pretende responder à seguinte pergunta: como a mulheridade racializada ressignifica o sentido de sua existência com relação ao estado penal e suas tecnologias de dominação? Em última instância, a pesquisa revela que as mortes, a exclusão social, a prisão e a violência policial contra este grupo social afirmam o projeto de democracia contemporânea.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2016-2020
Localização Eletrônica
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/PUC_SP-1_f55d60ae8a60d6626a62f7b614e0a831

Redistribuição e reconhecimento na liberdade assistida em São Paulo: entre afirmação e desconstrução da identidade de gênero das adolescentes

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Vieira, Lais Silva
Sexo
Mulher
Orientador
Paula, Liana de
Ano de Publicação
2020
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNIFESP
Idioma
Português
Palavras chave
Adolescentes autoras de ato infracional
Liberdade assistida
Gênero
Redistribuição
Reconhecimento
Resumo

O objeto de estudo da presente pesquisa é o atendimento socioeducativo possibilitado às adolescentes em cumprimento de liberdade assistida no município de São Paulo. A realização dessa pesquisa esteve sustentada, do ponto de vista empírico, nas práticas de liberdade assistida no município de São Paulo em cinco serviços de medida socioeducativa em meio aberto (SMSE/MA). A questão central é analisar o potencial desta medida socioeducativa em promover a afirmação ou a transformação das identidades de gênero das adolescentes ao tratar das dimensões materiais (redistributivas) e simbólicas (reconhecimento) que perpassam suas trajetórias. Essa tarefa de considerar esses aspectos se faz urgente em um contexto em que as políticas socioeducativas se voltam para a dimensão econômica como o foco das intervenções socioeducativas e, ao fazê-lo, negligencia a dimensão simbólica e outros marcadores sociais que afetam a população atendida (como gênero e classe).

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoconclusao/viewtrabalhoconclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9532534