Gênero e sexualidade

Políticas públicas voltadas à população em situação de rua na cidade de São Paulo: Uma análise sobre o segmento LGBTT que vive na rua

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Salgueiro, Flavio Soares Correia
Sexo
Homem
Orientador
Segurado, Rosemary
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
População de rua
População LGBT em situação de rua
Políticas públicas
Políticas sociais
Cidade de São Paulo
Resumo

O morar na rua constitui hoje um dos maiores problemas sociais da atualidade, razão pela qual é de fundamental importância promover estudos que possam conhecer de forma mais aprofundada o quadro de extrema exclusão social vivenciado por inúmeras pessoas. Nesta direção, o presente trabalho partiu do interesse de estudar o segmento LGBTT que se encontra em situação de rua e de extrema vulnerabilidade, sofrendo diversos tipos de violência, principalmente o estigma a que estão sujeitos, inclusive por parte da própria população que vive nas ruas de São Paulo. O foco foi conhecer mais de perto esse grupo, identificar e analisar a efetividade das políticas públicas existentes voltadas para esse segmento social e o acesso a elas. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa, através de entrevistas semiestruturadas, junto aos usuários de alguns serviços analisados, integrantes da população LGBTT, que se encontravam em situação de rua no momento da pesquisa.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/PUC_SP-1_f5f655f8de30c6bd13cc6edfa9617f73

Os subalternos na esfera pública: Racionalidade, igualdade e justiça na primeira onda do movimento homossexual brasileiro

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Alves, Juliana Barros
Sexo
Mulher
Orientador
Cyfer, Ingrid
Ano de Publicação
2020
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNIFESP
Idioma
Português
Palavras chave
Sexualidade
Esfera pública
Brasil da abertura
Resumo

Este trabalho tem como objetivo lançar luz sobre a trajetória ativista da primeira onda do movimento homossexual brasileiro (1978-1983) na região metropolitana de São Paulo, a partir do referencial teórico cunhado por Habermas (2014), Fraser (1989; 1997; 2009) e Michael Warner (2005). O escrutínio dessa trajetória é necessário para aprofundar a reflexão sobre o ingresso da reivindicação por direitos de diversidade sexual e de gênero. Serão analisados depoimentos de ex-membros de grupos de homossexuais organizados do período, colhidos em entrevistas qualitativas, e documentos do AEL IFCH Unicamp.

Disciplina
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1978-1983
Localização Eletrônica
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/64699

Na cabeça da mulher negra: uma trama em trânsito que cruza o Atlântico e recria rotas na atualidade

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Oliveira, Vanessa Florencio de
Sexo
Mulher
Orientador
Castro, Ana Lucia de
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Araraquara
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Transição capilar
Feminismo negro
Relações étnico-raciais
Processos identitários
Diáspora negra
Resumo

A pesquisa tem como objetivo entender as implicações do processo de transição capilar para mulheres negras. Qual foi a experiência das mulheres negras ao experimentar sua corporeidade de forma positiva, uma vez que suas vivências são marcadas pelas violências raciais? Para um maior entendimento, mobilizamos o aporte teórico oferecido pelo feminismo negro, além de entrevistar quatro mulheres negras com base nos estudos de história oral do sociólogo Michael Pollak (1982). A historiadora Beatriz do Nascimento (1989) nos oferece ferramentas conceituais para pensar a mulher negra desde a sua travessia violenta pelo Atlântico. Também abordamos a primeira Marcha do Orgulho Crespo de São Paulo como um movimento social.

Na pesquisa, a transição capilar aparece como um tipo de agenciamento infrapolítico, uma das formas que as mulheres negras encontraram para não serem totalmente submetidas ao discurso do colonizador. Ainda que as opressões sofridas por essas mulheres não se encerrem nesta tensão, a transição capilar evidencia a busca por uma imagem positiva da estética negra, há séculos multifacetada pelas violências coloniais.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2015
Localização Eletrônica
https://repositorio.unesp.br/items/eb6e4191-6fe6-4559-8ac2-1057619d2879

Mulheres negras no candomblé: um estudo sobre a atuação política de duas Yalorixás no estado de São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Chaves, Tatiana Otoboni
Sexo
Mulher
Orientador
Junqueira, Carmen Sylvia de Alvarenga
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Mulheres negras no candomblé
Intolerância religiosa
Liderança comunitária
Resumo

Esta pesquisa se propôs a investigar a visibilidade da mulher negra inserida nos terreiros de candomblé. A partir do debate sobre racismo, gênero, política e religião de matriz africana, foram pesquisadas as trajetórias de vida das Yalorixás Claudia de Oyá e Luciana de Oyá. O objetivo foi observar e compreender a trajetória de duas mulheres negras que ocupam o cargo de lideranças religiosas. Uma participante da pesquisa atua na divisa entre o município de São Paulo com Diadema, no bairro de Eldorado, e a outra no município de Guarulhos, no bairro do Pimentas, ambos localizados na Grande São Paulo.

A partir da pesquisa de campo, foram verificadas as atuações políticas dessas líderes nas comunidades em que estão inseridas, bem como suas participações em movimentos sociais, fóruns de políticas públicas, conselhos e ONGs. Também foi investigada a relevância da mulher negra como mantenedora da memória e da cultura africanas no contexto da religião de candomblé, alvo antigo e recente de preconceitos, violências e intolerância religiosas no Brasil.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Diadema
Bairro/Distrito
Eldorado
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Guarulhos
Bairro/Distrito
Pimentas
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://tede2.pucsp.br/handle/handle/23267

Amor sob telas: um olhar sobre a vivência amorosa na era digital

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Nepomucena, Kelly Cristina Pereira
Sexo
Mulher
Orientador
Pereira, Lucas de Almeida
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
São Bernardo do Campo
Programa
Ciências Humanas e Sociais
Instituição
UFABC
Idioma
Português
Palavras chave
cibercultura
sexualidade
aplicativos de relacionamento
amor contemporâneo
vivências afetivas
Resumo

Esta dissertação tem como principal objetivo entender como os aplicativos de relacionamento influenciam as vivências amorosas e de sexualidade entre jovens heteroafetivos, na contemporaneidade. Por meio do Happn – um dos aplicativos mais utilizados pelos jovens brasileiros, pretendemos analisar como este mercado de apps está transformando as relações íntimas, sobretudo entre a população jovem adulta na cidade de São Paulo. Nos basearemos na óptica do discurso da sexualidade de Michel Foucault e dos pensadores contemporâneos que se empenham em entender os afetos, seja na forma da mudança de costumes, seja no amor como proposta de consumo social aos tempos atuais dos aplicativos, com a cibercultura. Fazem parte destas experiências os relatos pessoais de entrevistados que compõem a subjetividade dos indivíduos, e também discussões sobre questões de privacidade e compartilhamento de dados pessoais, que nos levam a refletir sobre uma nova significação social da segurança.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2018-2020
Localização Eletrônica
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFBC_e2b9af679a408ba7b00f195699da8f15

Jogo de cartas marcadas: segregação ocupacional por gênero no Brasil urbano

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Souza, Nicia Raies Moreira de
Sexo
Mulher
Orientador
Fernandes, Danielle Cireno
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Belo Horizonte
Programa
Sociologia
Instituição
UFMG
Idioma
Português
Palavras chave
Mercado de trabalho
Gênero
Segregação
Resumo

O estudo analisa a segregação ocupacional por gênero dos diferentes estratos sociais e grupos raciais no Brasil urbano entre 2002 e 2015. Foram abordadas duas dimensões inter-relacionadas: os diferenciais de participação de homens e mulheres no mercado de trabalho, com foco na influência das composições familiares nas chances de participação no mercado de trabalho. E, a segregação ocupacional por gênero, que marca os lugares de homens e mulheres no mercado de trabalho e está relacionada com a qualidade das ocupações disponíveis para grupos sociais distintos assim como a discriminação. A tese mais geral é que a estrutura da desigualdade social no Brasil faz com que as oportunidades e mudanças sociais e econômicas que levaram a uma ampliação dos direitos de cidadania das mulheres atingiram mais fortemente os estratos sociais médios e altos. O quadro pouco se altera para os demais. O entrelaçamento de gênero, raça e classe, que compõe a estratégia analítica dos dados, chama atenção não apenas para a diversidade das categorias sociais, mas para o fato de que indivíduos concretos, por meio de relações sociais intersubjetivas, estão constantemente negociando e disputando lugares e posições no mercado de trabalho. A permanência de nichos de trabalho femininos parece contradizer os avanços relacionados à redução das desigualdades entre homens e mulheres nas sociedades contemporâneas. E, neste sentido, o que se problematizou no estudo foi a construção dos espaços ocupados pelas mulheres nos anos 2000, após grandes mudanças nos papeis, atribuições e relações de gênero. Assim, a partir de uma perspectiva sociológica, as perguntas que nortearam a realização da pesquisa podem ser resumidas em: quais as diferenças de acesso ao mercado de trabalho entre homens e mulheres entre 2002 e 2015? Uma vez no mercado, quais são os lugares ocupados pelas mulheres das diferentes classes sociais no Brasil? Quais são as mudanças da composição por sexo das ocupações brasileiras em período recente? Como se dá a inter-relação entre raça, gênero e classe no direcionamento da força de trabalho a espaços específicos? Para abordar essas questões foi realizada uma análise quantitativa do mercado de trabalho no brasil urbano com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) entre 2002 e 2015, para pessoas com idade entre 25 e 65 anos, residentes em áreas urbanas. A partir da construção de uma tipologia de intensidade da presença das mulheres nas ocupações e da utilização do esquema Casmin para a construção dos indicadores de classe social concluiu-se que a inserção das mulheres negras e brancas no mercado de trabalho, e os lugares ocupados por elas são fortemente condicionados por fatores exógenos ao mercado e à sua qualificação. A presença das mulheres no mercado de trabalho depende de uma rede intrincada de arranjos e negociações com a esfera doméstica, social e cultural. Os guetos de trabalho masculinos são muito mais refratários à presença feminina do que o contrário.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
2002 - 2015
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6467261

Turismo penitenciário: economia e prisão na consolidação de uma prática de mercado

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silva, Thamires Luz de Paula
Sexo
Mulher
Orientador
Mazon, Márcia da Silva
Ano de Publicação
2019
Programa
Sociologia e ciência política
Instituição
UFSC
Idioma
Português
Palavras chave
Prisão
Turismo penitenciário
Mercado
Mulheres de preso
Resumo

Como efeito do encarceramento em massa no Brasil, intensificam-se as políticas de interiorização penitenciária. Elas retiram as prisões dos espaços urbanos centrais para localidades do interior dos estados. Debruçamo-nos sobre o campo empírico do município de Lavínia, situado no extremo oeste do estado de São Paulo, a fim de analisar o fenômeno que se consolidou com a vinda das penitenciárias e então nomeado por agentes locais como “turismo penitenciário”, tendo as visitantes representadas pela nomenclatura ‘mulheres de preso’. O fluxo das visitantes, que constituem parte estruturante do dispositivo carcerário paulista, é compreendido como categoria econômica ao se instalarem como consumidoras em potencial do comércio local da cidade.

A metodologia de pesquisa contou com pesquisa documental, entrevistas semi-estruturadas e observação de campo. As relações de mercado em Lavínia são pautadas por uma realidade prisional e os serviços ofertados sofrem influências dos signos do cárcere, o qual as situa como mulheres vulgares em uma relação de opostos com os moradores da cidade: por um lado, os estabelecidos moradores; por outro, as visitantes, ou turistas, enquanto projeto discursivo de distanciamento da prisão. Os achados da pesquisa vão no sentido de como as penitenciárias constituem-se como não-lugares em que estas mulheres vivem a experiência do estigma, sofrendo com a inflação de preços no período de suas visitas a maridos, filhos e namorados detidos.

Disciplina
Referência Espacial
Zona
Zona Oeste
Cidade/Município
Lavínia
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://www.oasisbr.ibict.br/vufind/Record/UFSC_3ae00dd8d71f5985b861228edb4138ed

Rituais, trajetórias religiosas e homossexualidade na cidade de Pelotas, RS

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Carmo, Arielson Teixeira do
Sexo
Homem
Orientador
Soto, William Hector Gomez
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Pelotas
Programa
Sociologia
Instituição
UFPEL
Idioma
Português
Palavras chave
Homossexualidade
Igrejas inclusivas
Comunidade Cristã Nova Esperança Internacional Pelotas
Trajetórias religiosas
Rituais
Resumo

Esta dissertação tem a pretensão de trazer discussões acerca da relação entre religião e homossexualidade, com enfoque nas recentes igrejas inclusivas – também conhecidas como igrejas gays. Essas igrejas têm como principal objetivo atender às demandas religiosas de um público específico: o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) cristão.

Minhas investigações se concentraram em um grupo religioso vinculado a uma dessas denominações “inclusivas”, conhecida como Comunidade Cristã Nova Esperança Internacional (CCNEI), especificamente em uma célula religiosa na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Este grupo atua em Pelotas desde 2015 e faz parte de um empreendimento missionário da Igreja Comunidade Cristã Nova Esperança Internacional, com sede mundial no estado de São Paulo, que visa a expansão e proliferação de uma teologia “inclusiva” pelos estados brasileiros.

O objetivo geral da pesquisa é compreender se os rituais pentecostais (louvor, orações em línguas, óleo ungido, culto da fogueira e Santa Ceia) realizados na CCNEI de Pelotas permitem que homossexuais sejam reintegrados ao sagrado evangélico. Além disso, analiso as trajetórias religiosas dos frequentadores e como estas foram marcadas por proibições, afastamentos e conflitos com lideranças religiosas avessas às relações entre pessoas do mesmo sexo.

Os rituais, que aconteciam com regularidade, eram importantes para a interação e socialização do grupo com familiares e amigos. As simbologias e seus significados engendram suas ações, não apenas no momento do ritual, mas também em suas vidas cotidianas, atuando como superação de conflitos e aflições. Para alguns frequentadores, o poder do ritual representava o que eles acreditavam, produzindo significações que conduziam suas vidas, relações sociais, pessoais e emocionais. Para outros, apesar dessas práticas funcionarem como uma reintegração temporária ao mundo sagrado, não eram suficientes para manter um vínculo duradouro de pertencimento ao grupo.

A pesquisa de cunho etnográfico, realizada com o grupo em Pelotas, teve início em 2017 e finalização em 2018, período no qual acompanhei e observei sistematicamente os cultos e eventos promovidos pela célula religiosa, utilizando técnicas de pesquisa como observação participante e entrevistas.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Pelotas
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Rio Grande do Sul
Referência Temporal
2017-2018
Localização Eletrônica
https://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5396

Representações e práticas dos profissionais da saúde sobre a violência sexual

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Balog, Ana Julieta Parente
Sexo
Mulher
Orientador
Castro, Ana Lucia de
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Araraquara
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Violência sexual
Violência de gênero
Profissionais da saúde
Representações sociais
Resumo

Esta pesquisa visa contribuir para a compreensão das representações sociais sobre violência sexual elaboradas pelos profissionais da saúde. Para tanto, buscou-se construir o perfil das vítimas e do agravo, a partir de dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, para confrontar estas informações com as representações encontradas e entender se estas podem influenciar na prática de atendimento ou na naturalização da violência.

Além disso, foram realizadas entrevistas em profundidade, com roteiro semiestruturado, com os profissionais que fazem o atendimento às vítimas em dois locais de referência no município de São Carlos. Estas informações foram submetidas à análise utilizando-se do software ATLAS.ti e da técnica de análise de conteúdo.

Foi possível observar, a partir dos dados colhidos, que a violência sexual atinge majoritariamente pessoas do sexo feminino, menores de 14 anos, vitimadas em local doméstico por pessoas do seu convívio social. Esta também é a compreensão dos profissionais sobre o perfil mais afetado pela violência, divergindo apenas quanto à faixa etária mais atingida, caracterizando esses indivíduos como jovens.

Os profissionais representam a violência sexual como qualquer ato de cunho sexual praticado contra a vontade da vítima, com diferentes compreensões sobre suas causas, ao tempo que reconhecem as consequências como “um grande trauma” para a vítima. Boa parte dos profissionais diz que não é possível prevenir o problema; outros apontam de forma genérica para uma “melhor orientação” como forma de preveni-lo, entre outras soluções.

Foi possível concluir que as representações compartilhadas pelos profissionais da saúde da amostra não prejudicam na prática de atendimento, por conta, entre outras coisas, dos protocolos de atendimento, nem na naturalização da violência. De modo que as representações dos profissionais entrevistados nesta pesquisa não interferem significativamente no acolhimento às vítimas.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Carlos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://repositorio.unesp.br/items/d7279703-a57e-4bb4-bfcb-2a49cc484d8f

Casa de mulher: os circuitos cotidianos de cuidado, dinheiro e violência em São Carlos/SP

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Pinho, Isabela Vianna
Sexo
Mulher
Orientador
Feltran, Gabriel de Santis
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Sociologia
Instituição
UFSCAR
Idioma
Português
Palavras chave
Cuidado
Dinheiro
Violência
Vida ordinária
Casa de mulher
Resumo

Esta dissertação nos mostra como estado, gênero, economia, parentesco e família se produzem e se conectam no cotidiano. Aqui, analiso as formas que Maria, Bela, Ana e Rosa habitam a vida ordinária. Moradoras de um bairro promovido pelo programa federal minha casa, minha vida em São Carlos/SP, as quatro mulheres também são (ou foram) titulares do programa bolsa família. A pesquisa mostra que as duas políticas constituem um entre outros universos possíveis de sentido pelos quais as moradoras se movem. O texto está dividido em duas partes. Na primeira, argumento que os processos de vida e de casas, bem como as formas de habitar e viver se emaranham nos cotidianos; também demonstro como o passado se embebe no presente e os eventos extraordinários se embebem no ordinário. Num segundo momento, argumento que a casa só pode ser pensada em configuração, isto é, só existe em relação. Desse modo, nos últimos capítulos descrevo três circuitos cotidianos – de cuidado, dinheiro e violência - que conformam mutuamente a configuração de casas. Ao olhar para tais circuitos, é possível analisar os fluxos de objetos e pessoas, bem como as relações de violência e conflito dentro e entre as casas. Ademais, os circuitos demonstram que existe intersecção entre supostas antinomias como, por exemplo, dinheiro e intimidade; domínio econômico e do afeto; vida e economia; casa e trabalho; reprodução e produção. Como estratégia metodológica e analítica, defendo que uma etnografia de ‘casa de mulher’ em configuração permite enxergar o ‘entre’; ou seja, possibilita captar os fenômenos sociológicos de forma relacional. O que se verá aqui serão linhas que expõem as miudezas postas em prática por Maria, Bela, Ana e Rosa para tornar o mundo reabitável a cada novo acontecimento.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Carlos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2017-2019
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/11734