Serviços, espaços e padrões de consumo

Marombeiros e marombeiras em duas academias de ginástica cariocas: dores e usos do corpo sob a ótica das intersecções de gênero e de classe social

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Silva, Alan Camargo
Sexo
Homem
Autor(es) Secundário(s)
Ferreira, Jaqueline
Sexo:
Mulher
Título do periódico
Esporte e Sociedade
Volume
31
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Idioma
Português
Palavras chave
Dor
Gênero
Classe Social
Academias de Ginástica
Etnografia
Resumo

O objetivo desse trabalho foi apreender e analisar como aqueles que praticam exercícios físicos com muita intensidade e regularidade, conhecidos/as como “marombeiros/as”, concebem as dores e seus riscos. Sob a ótica teórico-metodológica do Interacionismo Simbólico da Escola de Chicago, foi realizada uma etnografia comparada em duas academias de ginástica inseridas em distintos contextos socioeconômicos e culturais da cidade do Rio de Janeiro entre os anos de 2012 e 2013. Foi possível compreender que as intersecções de gênero e de classe social influenciam peculiarmente nas múltiplas maneiras dos/as marombeiros/as de cultuar o corpo, o que contribui para (re)pensar as investigações sobre práticas esportivas entre (sub)grupos no campo da Antropologia.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
2012-2013
Localização Eletrônica
https://periodicos.uff.br/esportesociedade/article/view/49442

Que estádio é esse? Em busca de uma taxonomia torcedora para o novo Maracanã

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Ferreira, Fernando da Costa
Sexo
Homem
Título do periódico
Esporte e Sociedade
Volume
31
Ano de Publicação
2018
Idioma
Português
Palavras chave
Maracanã
Estádio
Arena
Torcedor
Espectador
Resumo

O presente artigo procura identificar e classificar os principais tipos de torcedores encontrados no Maracanã, após a observação, ao longo dos anos de 2015 e 2016, de cinquenta e uma partidas realizadas no estádio. Reinaugurado em 2013, após uma longa reforma/reconstrução, o mítico equipamento esportivo carioca ressurgiu com o seu interior completamente descaracterizado, concebido como uma arena para um público de maior poder aquisitivo, disposto a obedecer a rígidas normas de conduta. Em nome de um discurso de inclusão de grupos tradicionalmente excluídos do antigo estádio e partindo de uma associação equivocada entre comportamento do público e classe social, o filtro da exclusão passou de sociocultural para socioeconômico. Entretanto, a resistência empreendida por diferentes grupos de torcedores, fez com que o espaço concebido pelos atores hegemônicos não conseguisse se impor plenamente sobre o espaço vivido pelo público frequentador.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
2015-2016
Localização Eletrônica
https://periodicos.uff.br/esportesociedade/article/view/49440

Vigiar e punir o torcedor: uma reflexão sobre as tecnologias disciplinares no contexto do futebol brasileiro e chileno

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Lopes, Felipe Tavares Paes
Sexo
Homem
Autor(es) Secundário(s)
Perina, Fabio
Sexo:
Homem
Título do periódico
Esporte e Sociedade
Volume
31
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Idioma
Português
Palavras chave
Segurança
Futebol
Foucault
Chile
Brasil
Resumo

Este artigo contrapõe as medidas atuais de segurança para os espetáculos futebolísticos no Brasil e no Chile e analisa suas tecnologias disciplinares. Busca, com isso, contribuir para a compreensão das tensões, dos conflitos e das contradições presentes na regulação da violência no futebol sul-americano. Para tanto, recorre a duas técnicas de pesquisa: a revisão de literatura e a análise documental. As informações obtidas por meio dessas técnicas foram discutidas à luz do referencial teórico proposto por Michel Foucault. Entre outras coisas, o artigo conclui que, a despeito das diferenças entre os dois países, as medidas em questão buscam exercer um controle panóptico sobre os torcedores e docilizar seus corpos, tornando-os úteis economicamente e obedientes politicamente.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
País estrangeiro
Chile
Referência Temporal
1990-2015
Localização Eletrônica
https://periodicos.uff.br/esportesociedade/article/view/49438

Estádios sem mito: cadeiras e esquizofrenia

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Coelho, Gustavo
Sexo
Homem
Título do periódico
Esporte e Sociedade
Volume
29
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Idioma
Português
Palavras chave
Torcida
Futebol
Estádio
Antropologia
Resumo

Partindo de alguns relatos etnográficos ao longo de uma pesquisa realizada no cotidiano de torcidas organizadas de futebol, em especial da Torcida Young Flu do Rio de Janeiro e de um grupo de torcedores do Paris Saint-German em Paris, este artigo, baseando-se teoricamente em autores que fazem dialogar os campos da antropologia e da psicologia como Durand, Clastres e mesmo Freud e Jung, trata do embate fundamental entre a coletividade da torcida, com todos os sintomas ao mesmo tempo prazerosos e perigosos e sua aparente incompatibilidade aos projetos de Estádios destinados à Copa do Mundo de 2014 no Brasil e à EuroCopa 2016, cujas arquiteturas trazem, camuflada sob um “conforto do torcedor”, sob uma “visão completa de campo”, sob a “cadeira”, uma preferência pela cisão dessas subjetividades táteis em favor de uma objetividade da visão, ou seja, privilegiam um torcedor mais do tipo individual, um torcedor sem mito.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
País estrangeiro
França
Referência Temporal
2012-2016
Localização Eletrônica
https://periodicos.uff.br/esportesociedade/article/view/48480

"Diga xis": A cobertura fotográfica dos Jogos Paralímpicos de 2012 nos jornais impressos

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Hilgemberg, Tatiane
Sexo
Mulher
Título do periódico
Esporte e Sociedade
Volume
29
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Idioma
Português
Palavras chave
Atletas Paralímpicos
Imagem
Mídia
Resumo

Apesar da maior espetacularização e maior cobertura midiática do esporte para pessoas com deficiência, está claro para nós que há pouca literatura científica nas ciências sociais relacionada diretamente à análise da “midiatização dos atletas com deficiência”. Nosso estudo tem como objetivo tentar dar um panorama de como esses atletas foram representados fotograficamente e discutir as possíveis diferenças entre a representação de homens e mulheres em quatro jornais brasileiros durante os Jogos Paralímpicos de 2012. Foi possível determinar que o atleta com maior visibilidade na imprensa é do sexo masculino com uma deficiência física, e cujo corpo é apresentado em sua totalidade nas páginas dos jornais.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
2012
Localização Eletrônica
https://periodicos.uff.br/esportesociedade/article/view/48478

Em busca do ouro: narrativas d’O Globo sobre a performance do futebol brasileiro nas Olimpíadas

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Mostaro, Filipe
Sexo
Homem
Autor(es) Secundário(s)
Brinati, Francisco Angelo
Sexo:
Homem
Título do periódico
Esporte e Sociedade
Volume
28
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Idioma
Português
Palavras chave
Performance
Jogos Olímpicos
Futebol
Narrativas
Mídia
Resumo

A performance do futebol nacional é constantemente exaltada nas narrativas midiáticas como a “melhor do mundo”. As cinco conquistas na Copa do Mundo são indicadas como a confirmação desse pensamento. Entretanto, quais seriam as narrativas da imprensa nacional sobre a performance da equipe masculina de futebol nos Jogos Olímpicos? Nossa intenção neste trabalho é demonstrar os mecanismos utilizados pelas narrativas do jornal O Globo que procuraram manter a representação de “melhores do mundo”, mesmo a seleção não conseguindo a medalha de ouro nas 12 vezes em que participou do evento.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
1952-2012
Localização Eletrônica
https://periodicos.uff.br/esportesociedade/article/view/49567

O Corredor Pipoca: Para além do problema econômico

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Santana, João Marcelo dos Santos
Sexo
Homem
Título do periódico
Esporte e Sociedade
Volume
28
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Idioma
Português
Palavras chave
Corredor pipoca
Corrida de rua
Gestão esportiva
Free-rider
Resumo

As corridas de rua estão se tornando cada vez mais comuns no calendário de esportes do Brasil e o número de corredores oficialmente inscritos tem se elevado ao longo dos anos. Existe um corredor, entretanto, que não faz parte desta conta: o Corredor Pipoca - aquele que participa da corrida de rua mesmo sem estar inscrito para o evento. Argumenta-se que esta prática prejudica o evento esportivo como um todo. Atrás de revisão bibliográfica sobre o tema na teoria econômica, pesquisa de campo com corredores e entrevistas com as empresas organizadoras de corridas de rua, este trabalho tem por objetivo compreender melhor o problema e trazer possibilidade de estudos futuros.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
1996-2015
Localização Eletrônica
https://periodicos.uff.br/esportesociedade/article/view/48475

Mercantilização do futebol e movimentos de resistência dos torcedores: histórico, abordagens e experiências brasileiras

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Santos, Irlan Simões
Sexo
Homem
Título do periódico
Esporte e Sociedade
Volume
27
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Idioma
Português
Palavras chave
Futebol
Torcida
Mercantilização
Arena
Resumo

Dado o novo momento de desenvolvimento da indústria o futebol no Brasil, inaugurado pelas novas Arenas decorrentes da Copa do Mundo 2014, detectam-se experiências de movimentos de contestação e resistência impulsionados por torcedores. O objetivo desse artigo é apresentar um panorama da pesquisa nesse sentido, a partir do resgate histórico da produção relacionada ao tema, em especial na Inglaterra após a década de 1970, avaliando então as abordagens mais recentes que nelas se referenciam, nas cinco grandes ligas europeias, já na década de 2010. Por fim serão expostas quatro experiências brasileiras vivas em 2015: o Povo do Clube, do Internacional, de Porto Alegre; a Resistência Azul Popular do Cruzeiro, de Belo Horizonte; a Frente 1899 do Vitória, de Salvador; e o grupo Dissidenti, do Palmeiras, de São Paulo.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Belo Horizonte
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Minas Gerais
Cidade/Município
Porto Alegre
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Rio Grande do Sul
Cidade/Município
Salvador
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Bahia
Referência Temporal
2010-2016
Localização Eletrônica
https://periodicos.uff.br/esportesociedade/article/view/48465

A Paixão como Confronto: disputas discursivas sobre o ato de torcer

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Oliveira, Eric Monné Fraga de
Sexo
Homem
Orientador
Machado da Silva, Luiz Antonio
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Sociologia
Instituição
UERJ
Idioma
Português
Palavras chave
Torcidas organizadas
Futebol
Discurso
Ideologias
Violência
Resumo
Desde o começo do século XX, torcer por um time de futebol se tornou um hábito comum para muitos brasileiros. Todavia, as formas de torcer se transformaram diversas vezes desde então, envolvendo diferentes agentes e produzindo novas identidades torcedoras. A partir de meados dos anos 1960, começaram a se formar as torcidas organizadas atuais, que mudavam as formas de associativismo torcedor predominantes até então, gerando novas práticas torcedoras e relações sociais. Esses grupos passaram por um significativo processo de burocratização de suas atividades e estruturas internas, ao mesmo tempo em que se desenvolveu uma dinâmica de confrontos violentos entre eles, o que assumiu um papel central nas representações coletivas a seu respeito. A imprensa e outros setores da sociedade civil passaram a exigir o controle dessa violência, ao que o Estado respondeu com a lei 10.671, de 2003, conhecida como o Estatuto de Defesa do Torcedor. Com a realização da Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo em 2014 no Brasil, a Fédération Internationale de Football Association (FIFA) passou a se inserir no debate, lançando códigos de normas para guiar o comportamento torcedor durante as competições. Nessa discussão, emergiram disputas pelo próprio significado do torcer, como palavra e como prática social. Essas disputas constituem o objeto de presente tese, e serão abordadas a partir da Análise do Discurso de linha francesa, da teoria dos processos civilizadores de Norbert Elias e da analítica do poder de Michel Foucault, contando também com contribuições da Teoria dos Atos de Fala desenvolvida por John L. Austin e John Searle e da teoria da estruturação de Anthony Giddens. Foram analisados os discursos do Estatuto do Torcedor, dos Códigos de Conduta da FIFA, da Carta de Brasília, do Relatório final da Comissão Paz no Esporte, de três cartilhas de divulgação do conteúdo do Estatuto do Torcedor, de 124 artigos de opinião, de 170 reportagens de jornal, de 23 sites de torcidas organizadas, dos sites do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, do portal virtual Jusbrasil, dos sites do Instituto Nacional do Torcedor e da Associação Nacional das Torcidas Organizadas. O propósito é compreender como tais discursos estruturam essas disputas atualmente, como eles produzem e transformam significados, legitimam e contestam relações de poder e formas de torcer. Conclui-se que existem duas ideologias principais em conflito, que atribuem significados distintos aos termos-chave da formação discursiva (torcer, torcedor, torcida, estádio, futebol etc.) e às transformações atuais do público de futebol. Essas modificações aliam mecanismos biopolíticos e disciplinares a um processo de civilização dos comportamentos de torcedores, fazendo parte de uma nova fase da institucionalização do esporte, capaz de produzir novos espectadores mais orientados para o consumo, em detrimento dos fãs associados às formas de torcer consideradas mais tradicionais.
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
2003-2014
Localização Eletrônica
https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/15526

Castelo de cartas: perícia, esportivização e profissionalização do jogo de poker

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Mangabeira, Clark
Sexo
Homem
Título do periódico
Esporte e Sociedade
Volume
26
Ano de Publicação
2015
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Idioma
Português
Palavras chave
Pôquer
Jogadores
Esporte
Profissão
Perícia
Resumo

Este estudo tenta elucidar a lógica que jogadores profissionais e semiprofissionais constroem no sentido de profissionalizar a carreira de jogador de poker e no de classificá-lo como um esporte, contraposto aos jogos de azar. Focando-se na análise dos discursos de um jogador brasileiro, em paralelo aos de uma jogadora americana, busca-se entender, primeiro, como a noção de "esporte" é construída para abarcar e qualificar o poker profissional, distanciando-o dos jogos de azar; segundo, como a noção de "profissão" se enquadra como causa e consequência do movimento de "esportivização" do poker; e, terceiro, como a categoria "perícia" desenvolve-se para caracterizar não apenas o jogo - esporte - em si, mas também a identidade do jogador, em um movimento classificatório cíclico.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
País estrangeiro
Estados Unidos
Referência Temporal
2010-2015
Localização Eletrônica
https://periodicos.uff.br/esportesociedade/article/view/48461