Processos de urbanização

A polÍtica dos coronéis e a difusão do ensino primário em Angatuba/SP (1870-1930)

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Lisboa, Maria Aparecida Morais
Sexo
Mulher
Orientador
Demartini, Zeila de Brito Fabri
Ano de Publicação
2008
Local da Publicação
Campinas
Programa
Educação
Instituição
UNICAMP
Página Inicial
1
Página Final
573
Idioma
Português
Palavras chave
coronelismo
família
política e educação
estratégia
ensino primário
Resumo
O estudo A política dos coronéis e a difusão do Ensino Primário em Angatuba/SP (1870-1930) se desenvolveu no âmbito da pesquisa histórico-sociológica
e tem como objetivo analisar a estruturação e a evolução da rede pública de ensino primário no município de Angatuba/SP que esteve diretamente relacionada à atuação de famílias
detentoras do poder político local durante o final do Império e o período da Primeira República (1870-1930). Nesse contexto, relacionou-se o poder político, a sociedade e
a educação no processo de instalação das primeiras escolas públicas na localidade. Através da utilização da metodologia de pesquisa qualitativa nas Ciências Sociais e na Educação,
a história oral aliada ao estudo das fontes escritas e imagéticas, delineou-se o eixo orientador deste trabalho, ou seja, a forma de captar, de entender as articulações e
influências diretas dos poderes político e econômico que se manifestaram no espaço educacional e, conseqüentemente, evidenciar os processos de educação formal vivenciados
pelos grupos sociais. A necessidade da instrução para a formação cultural das ¿famílias políticas¿, as estratégias de reprodução como forma de reconversão de capital possibilitaram
tornar a Escola Normal ¿Peixoto Gomide¿, de Itapetininga/SP, importante mantenedora do expressivo capital escolar que agregaria às parentelas uma profissão de status, mantendo-se
também a dominação política com base no nível local e regional. Focalizaram-se os mecanismos de reciprocidades entre os detentores do mandonismo local e regional ¿ os coronéis,
a barganha do voto, um bem cujo valor era conhecido por favores e benefícios; a força do Partido Republicano Paulista (P.R.P.) e a reafirmação dos ideais republicanos na municipalidade.
A importância deste estudo visa preencher a carência de estudos locais e regionais que esclareçam a busca pela escolarização básica na zona rural e urbana do interior do Estado
de São Paulo e as formas de atendimento das reivindicações do município pelo Governo Estadual, mediados pela atuação de componentes do grupo local e regional
Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Angatuba
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1870-1930

Trilhos da modernidade : memorias e educação urbana dos sentidos

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Hadler, Maria Silvia Duarte
Sexo
Mulher
Orientador
Galzerani, Maria Carolina Bovério
Ano de Publicação
2007
Local da Publicação
Campinas
Programa
Educação
Instituição
Unicamp
Página Inicial
1
Idioma
Português
Palavras chave
bondes
memória
modernidade
educação
cultura urbana
Resumo
Memorias diversas, em grande parte nostálgicas e idealizadas, encontradas a respeito do tempo em que o bonde foi presença significativa no espaço urbano
de diversas cidades brasileiras, levaram a considerá-lo um objeto culturalmente significativo, capaz de conduzir à apreensão de determinadas práticas culturais de uma cidade
na relação com a modernidade capitalista. Tendo sido um dos ícones da modernidade urbana entre décadas finais do século XIX e as iniciais do século XX, e nos anos 1960 símbolo
de entrave ao progresso, foram expressão de uma dada forma de circulação e temporalidade, fazendo parte de um processo de produção de relações sócio-culturais no espaço urbano,
de conformação de sensibilidades urbanas. Nesse trajeto histórico-cultural percorrido pelos bondes, a pesquisa buscou flagrar, mais especificamente na cidade de Campinas,
através de memórias que foram se delineando em torno da figura do bonde, entrelaçamentos sugestivos entre presente e passado, articulações com as vivências e inquietações
do presente. Por outro lado, rastreando imagens que se formaram sobre a vida urbana da época, buscou estabelecer relações entre a cidade e seus equipamentos e o processamento
de uma educação histórico-política das sensibilidades
Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Campinas
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
N/I

Republica e educação: as imagens arquitetonicas e jornalisticas do Grupo Escolar Barão de Monte Santo (Mococa-SP)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Porcel, Najar Roberto
Sexo
Homem
Orientador
Kossovitch, Elisa Angotti
Ano de Publicação
2007
Local da Publicação
Campinas
Programa
Educação
Instituição
UNICAMP
Página Inicial
1
Idioma
Português
Palavras chave
República
educação
grupo escolar
arquitetura
urbanização
Resumo
O objeto central de análise deste trabalho é o edifício do Grupo Escolar "Barão de Monte Santo", atualmente Escola Estadual "Barão de Monte Santo",
projetado e construído no início do século XX, na cidade de Mococa, Estado de São Paulo e as possíveis relações entre o período republicano e educação. A estrutura arquitetônica
desse prédio é a expressão do projeto em curso de consolidação da ordem burguesa no Brasil. Os edifícios escolares são eleitos pelos intelectuais da Primeira República (1889-1930)
como divulgadores dos valores republicanos. O Grupo Escolar Barão de Monte Santo é estudado em suas relações com o contexto republicano e de expansão das atividades urbanas
no interior paulista, dotado de um ideário modernizador representando as expectativas políticas republicanas e sociais no sentido de tornar a cidade do interior paulista ícone
de prosperidade e de desenvolvimento
Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Mococa
Localidade
Grupo Escolar Barão de Monte Santo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
início do século XX
Localização Eletrônica
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UNICAMP-30_7466da12c23f665b30b0d3c2341c46cb

Programa de Estudos e Pesquisas para a Urbanização da Favela da Rocinha (RJ)

Tipo de material
Relatório Técnico
Autor Principal
Banco Nacional de Habitação BNH
Ano de Publicação
1980
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Página Final
24
Idioma
Português
Palavras chave
Proposta de Urbanização
Resumo

O relatório apresenta um programa de estudos e pesquisas com o objetivo de definir campos de atuação na favela da Rocinha, abrangendo os seguintes aspectos: levantamento aerofotogramétrico; censo da área habitada; levantamento
e estudo jurídico para legalização da área; e levantamento de experiências de urbanização de favelas. O estudo está inserido em uma política municipal que reconhece a necessidade de integrar cerca de 25 por cento da população no
processo de desenvolvimento econômico e social. Para tanto, foi desenvolvido o documento Diretrizes para o Estabelecimento de uma Política de Ação para as Favelas do Município do Rio de Janeiro, em anexo, no qual são definidas, de maneira indicativa, a forma de atuação e a articulação dos possíveis colaboradores com o processo de urbanização.

Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Referência Espacial
Zona
Oeste
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Rocinha
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
1980

Le Projet Ecodeveloppement des Favelas et Quartiers Peripheriques de Rio de Janeiro

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Sachs, Celine
Sexo
Mulher
Título do periódico
Nouvelles de l'Ecodeveloppement,
Volume
17
Ano de Publicação
1981
Idioma
Francês
Palavras chave
Projeto Ecodesenvolvimento da FEEMA
Rocinha
vidigal
jacarezinho
Resumo

Comenta a primeira parte do relatório do Projeto Ecodesenvolvimento,
realizado pela FEEMA em bairros periféricos da Região Metropolitana do Rio de
Janeiro, entre agosto de 1979 e março de 1980. Esse projeto - implantado nas
favelas do Vidigal, Rocinha e Jacarézinho, e no loteamento popular Santa Bárbara -,
tem por base o desenvolvimento de tecnologias para a melhoria do meio-ambiente e
das condições de vida nas favelas e bairros periféricos do Rio de Janeiro, apoiado
na participação popular local. O artigo expõe os principais elementos do primeiro
volume: apresentação do projeto e seus principais componentes; objetivos;
proposição; diagnóstico sobre as condições de vida da população nas zonas de
sub-habitação da cidade. Apresenta os principais aspectos analisados: crescimento
das favelas em relação ao crescimento da periferia; densidade; características
físico-demográficas - localização, superfície em metros quadrados, número de
domicílios, estimativa da população; dificuldades encontradas para realizar o
abastecimento de água, coleta de lixo, drenagem e esgotamento sanitário;
inventário das soluções alternativas em matéria de saneamento no nível da
coletividade e da célula familiar, já adotados pela população.

Disciplina
Referência Espacial
Zona
Zona Oeste; Zona norte
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Rocinha; Vidigal; Jacarézinho
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
1979; 1980

Circulando entre mares e morros : dinâmica migratória e tecnificação do espaço na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte 1991/2010

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silva, Késia Anastácio Alves da
Sexo
Mulher
Orientador
Cunha, José Marcos Pinto da
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.47749/T/UNICAMP.2014.926392
Ano de Publicação
2014
Local da Publicação
Campinas
Programa
IFCH
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Migração interna
Urbanização
Espaço urbano
Resumo

Desde o século passado, o território brasileiro vem sendo caracterizado por profundas mudanças. Assim, observaram-se os processos incipientes de uma urbanização que, a princípio foi seletiva, com a concentração de atividades econômicas e de sua população em poucas cidades, com o incremento demográfico substancialmente nas metrópoles. A partir do terceiro terço do século XX a urbanização se tornou generalizada, mas, mesmo assim, concentrada. Todo esse processo de urbanização foi conduzido por mudanças nos modos de trabalho, observa-se que o desenvolvimento da história do território brasileiro foi acompanhado pelo desenvolvimento de técnicas, sendo que através desse instrumental, normativo e de trabalho, o homem produz, cria e realiza sua vida. O processo de tecnificação do espaço brasileiro foi da simples mecanização do espaço à criação de um meio técnico-científico-informacional. Porém, todo esse arcabouço técnico não é distribuído de forma igualitária pelo espaço, observa-se a concentração de meios mais modernos em determinadas regiões do país, como a região Sudeste, onde a divisão territorial do trabalho é mais intensa. No bojo desse processo de urbanização e modelagem do território por diferentes meios técnicos, distintos fluxos e dinâmicas demográficas caracterizaram os espaços, porém em alguns lugares com mais intensidade, por exemplo, a região Sudeste.

Nesse sentido, este trabalho tem o objetivo de depreender a relação entre tecnificação do espaço e o fenômeno da mobilidade espacial da população. Como unidade espacial de análise, tem-se a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Localidade onde os processos históricos delinearam diferentes meios técnicos, observando-se em alguns a presença de um meio-técnico-cientifico-informacional e uma divisão territorial do trabalho mais intensa, tais lugares são caracterizados por uma maior circulação de pessoas, bem como pelas regularidades dos fluxos migratórios. As análises do fenômeno da mobilidade espacial da população bem como as características da população residente e migrante foram feitas com base nos censos demográficos de 1991, 2000 e 2010, evidenciando as distintas realidades demográficas e socioespaciais que demarcaram a região

Disciplina
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana do Vale do Paraíba
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1991-2010
Localização Eletrônica
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/926392

Um olhar sobre a mortalidade em Campinas no final do século XIX : imigrantes e nativos

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Moraes, Gabriela dos Santos
Sexo
Mulher
Orientador
Bassanezi, Maria Silvia Casagrande Beozzo
Ano de Publicação
2014
Local da Publicação
Campinas
Programa
IFCH
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Mortalidade - Campinas (SP)
Séc. XIX
População
Migração
Resumo

Este trabalho procura analisar as características da mortalidade e especificamente e os seus diferenciais entre brasileiros e estrangeiros, que tiveram seus óbitos registrados no município de Campinas durante a última década do século XIX. Este período compreende uma série de transformações no Brasil e principalmente no estado de São Paulo, com a vinda de grande fluxo de imigrantes, sobretudo europeus, para o trabalho na cafeicultura em expansão ¿ até então a principal atividade econômica do país. A entrada de um grande fluxo de imigrantes, que buscava em Campinas oportunidades de trabalho na lavoura e em menor escala no núcleo urbano em desenvolvimento, alterou o volume e a dinâmica demográfica do município. A chegada desses imigrantes coincidiu com momentos de mortalidade extraordinária (surtos epidêmicos de febre amarela) e outros de mortalidade rdinária (em níveis de normalidade) que também impactaram a dinâmica demográfica local. Nesse período, Campinas vivenciou um padrão típico da mortalidade da pré-transição epidemiológica, com flutuações da mortalidade ¿ determinadas pelos surtos de febre amarela ¿ com uma alta mortalidade infantil e marcada pela entrada massiva de imigrantes. Mostrou também que os diferenciais de mortalidade entre os brasileiros e estrangeiros deveu-se, sobretudo, ao volume e estrutura etária desses segmentos e à aclimatação dos imigrantes na nova terra, que estavam sujeitos às condições de vida semelhantes à maioria dos nativos

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Campinas
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
década de 1890

Em busca da resiliência: urbanização, ambiente e riscos em Santos (SP)

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Silva, César Augusto Marques da
Sexo
Homem
Orientador
Carmo, Roberto Luiz do
Ano de Publicação
2014
Local da Publicação
Campinas
Programa
IFCH
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Resiliência
População
Meio ambiente
Urbanização - Santos (SP)
Resumo

Neste início de século, a incorporação da questão ambiental na agenda de pesquisas acadêmicas ocorre em velocidade acelerada, através de um debate amplo em termos de temas e abordagens. Nas cidades, a necessidade de respostas frente aos riscos ambientais e as alterações climáticas influenciou a adoção de posturas proativas, indo além da tradição reativa. Uma dessas propostas baseia-se no conceito de resiliência, pensado aqui como um processo que relaciona um conjunto de capacidades de pessoas, comunidadese cidades no enfrentamento de riscos ambientais, de tal modo que esse resulte na minimização do impacto e na geração de adaptação e aumento do bem estar. Nessa análise utilizamos o conceito para avaliar riscos ambientais no município de Santos, localizado na zona costeira do Estado de São Paulo. A pergunta da qual o trabalho parte é: Como dimensões da dinâmica demográfica, urbana e social interagem na promoção da resiliência? A hipótese da tese é que a efetividade da resiliência dependerá da composição desses elementos nos lugares atingidos pelos riscos, em um processo que é contínuo. Para essa discussão a tese está estruturada em cinco capítulos. No primeiro discutimos a importância de um olhar amplo e crítico sobre a adaptação às mudanças climáticas no contexto da urbanização brasileira. O segundo trata do conceito de resiliência e de suas interfaces com a demografia, especificamente, e com as ciências sociais de modo mais amplo. Focalizado na dinâmica da cidade de Santos, o terceiro capítulo traça sua formação histórica e dinâmica recente em termos intraurbanos e regionais. Também são apresentadas as duas localidades específicas do trabalho dentro da cidade: a Orla e a Zona Noroeste de Santos. No quarto capítulo discutimos os resultados observados nos trabalhos de campo feitos nessas duas localidades, ressaltando os discursos apontados. No quinto e último capítulo relacionamos tais discursos, políticas públicas e a dinâmica demográfica observada em dados secundários para compor um quadro que traça as dimensões da resiliência consideradas no trabalho. Os resultados apontaram que são significativas as diferenças nas áreas de estudo em termos da resiliência, sendo que há persistência das condições mais precárias de vida na Zona Noroeste, enquanto na Orla estão concentradas as condições de bem estar. Nos dois casos a resiliência foi condicionada aos elementos da composição demográfica e à promoção de políticas urbanas

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Santos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
década de 2000

Direções da Segregação Socioespacial na Região Metropolitana de Campinas : uma abordagem sociodemográfica a partir dos censos 2000 e 2010

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Mello, Camila Canuto Dias de
Sexo
Mulher
Orientador
Jakob, Alberto Augusto Eichman
Ano de Publicação
2013
Local da Publicação
Campinas
Programa
IFCH
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Segregação urbana
Distribuição espacial da população
Resumo

Em estudos urbanos o termo "segregação" geralmente é utilizado na tentativa de explicar e verificar a existência da separação e concentração de grupos sociais em determinadas áreas das cidades. Uma maneira usual de abordar a segregação é a que considera o caráter socioeconômico, dos grupos sociais e sua distribuição espacial. Esta forma é a que comumente caracteriza a estruturação das nossas metrópoles. A forma de alocação das camadas populacionais de altos rendimentos acaba por forçar a os grupos populacionais de menor renda a localizar-se em outras áreas dos espaços intraurbanos. Dessa forma, procurou-se conhecer, as direções para onde se expande a região, e de que forma o espaço metropolitano vai sendo apropriado por uns e imposto a outros, criando o que se chama de segregação socioespacial. Parte-se da discussão em torno da relação entre as alterações populacionais e influência nos padrões de segregação socioespacial

Disciplina
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de Campinas
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2000-2010

Avaliação da qualidade ambiental da bacia hidrografica do corrego do Piçarrão (Campinas-SP)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Mattos, Sergio Henrique Vannucchi Leme de
Sexo
Homem
Orientador
Perez Filho, Archimedes; Filho, Archimedes Perez
Ano de Publicação
2005
Local da Publicação
Campinas
Programa
Análise Ambiental e Dinâmica Territorial
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Água - Qualidade de vida
Campinas (SP)
Política ambiental
Bacias hidrográficas
Proteção ambiental
Resumo

A bacia hidrográfica é um sistema ambiental complexo, resultante das inter-relações entre os subsistemas fisico-natural (natureza) e socioeconômico (sociedade). A compatibilidade entre as dinâmicas destes subsistemas - de modo a conciliar qualidade de vida e respeito aos limites e potencialidades do meio fisico - é a meta de um processo sustentável de desenvolvimento urbano. Grandes centros urbanos, como Campinas (SP), impõem ao paradigma da sustentabilidade seu maior desafio, já que se caracterizam por uma urbanização marcada por exclusão social e degradação ambiental. O planejamento e implantação de políticas visando a reversão deste quadro têm como importante instrumento de auxílio à tomada de decisões os indicadores de qualidade ambiental. Se apoiados em conceitos derivados do paradigma da complexidade, tais indicadores permitem a sistematização de informações sobre a dinâmica do sistema ambiental avaliado, facilitando a modelagem e o entendimento de sua organização espacial. Assim, tendo como embasamento teórico os paradigmas da complexidade e sustentabilidade e como procedimento metodológico a utilização de indicadores, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a qualidade ambiental da bacia hidrográfica do córrego do Piçarrão (Campinas-SP). Com base principalmente em critérios geomorfológicos, foram identificadas 9 unidades ambientais presentes na bacia e, para cada uma, avaliada sua qualidade ambiental por meio da aplicação de indicadores. Foram utilizados 11 indicadores, divididos nas categorias de: a) pressão: densidade demográfica, domicílios improvisados/em favelas, coleta de lixo e esgoto; b) estado: declividade, densidade de drenagem, impermeabilização/exposição do solo e renda dos chefes de família; e c) resposta: diretrizes do Plano Diretor ligadas à qualidade ambiental, participação popular no Orçamento Participativo e prioridades relativas à qualidade ambiental definidas no Orçamento Participativo. Convertendo-se os indicadores para uma escala única de valores, foram obtidos, para cada unidade, Índices parciais (relativos a cada categoria) e final de qualidade ambiental. A avaliação comparativa das unidades ambientais evidenciou situações bastante heterogêneas, diversidade esta decorrente das particularidades de cada unidade em relação às características e processos dos subsistemas fisico-natural e socioeconômico e à dinâmica de inter-relações estabelecida entre eles na organização do sistema ambiental. Em comum, as unidades compartilham o fato de que - em diferentes graus e por motivos diferenciados, mas complementares - estão todas distantes de um desenvolvimento urbano sustentável. Assim, a avaliação da qualidade ambiental da bacia do Piçarrão revela as conseqüências de um modo de urbanização regido por interesses econômicos privados em detrimento ao bem-estar da coletividade, processo que gera e reforça desigualdade e exclusão sociais (refletindo-se em segregação socioespacial e vulnerabilidades diferenciadas aos riscos naturais) e degrada o meio fisiconatural. Como faces opostas e complementares desta forma de urbanização, verifica-se na bacia do Piçarrão, de um lado, a saturação da capacidade de sustentação do subsistema fisico-natural nas áreas em que este favorece a ocupação urbana - situação provocada principalmente pela impermeabilização elevada do solo e alta concentração populacional; do outro lado, constata-se que as áreas de maior fragilidade natural tendem a ser ocupadas pela população socialmente excluída e mais vulnerável aos riscos ambientais, alimentando uma dinâmica em que baixa qualidade de vida e baixa qualidade ambiental se reforçam mutuamente.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Campinas
Logradouro
Bacia Hidrográfica do Córrego do Piçarrão
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ageteo/article/download/1422/3516/#:~:text=Assim%2C%20a%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20da%20qualidade,em%20segrega%C3%A7%C3%A3o%20socioespacial%20e%20vulnerabilidades