Fluxos populacionais e migrações

Falas, lugares e transformação: Os Yuhupdeh do baixo rio Tiquié

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Junio Felipe, Henrique
Sexo
Homem
Orientador
Andrello, Geraldo Luciano
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Antropologia
Instituição
UFSCAR
Idioma
Português
Palavras chave
Yuhupdeh
Maku
Xamanismo
Paisagem
Território
Resumo

Esta tese corresponde a uma etnografia acerca dos yuhupdeh do baixo rio Tiquié, povo pertencente à família linguística Nadehup (Maku), localizada no Noroeste Amazônico. Procura-se retomar aqui o tema da mobilidade como fio condutor do relato que se desenvolve nos quatro capítulos da tese, entendendo-o como um traço próprio da sua socialidade, do seu modo de habitar e produzir conhecimento sobre o mundo. Como a experiência etnográfica aqui relatada deverá revelar, os yuhupdeh executam um amplo movimento – a pé e de canoa - no eixo que vai da região da Serra do Bacurau, na cabeceira do Igarapé Ira, local de origem dos clãs yuhupdeh, até a cidade de São Gabriel da Cachoeira e dali, até o Lago de Leite (Rio de Janeiro e demais grandes cidades do país) nos registros escritos e fotográficos de antropólogos e linguistas. Trata-se de um movimento pendular que coincide com o eixo espaciotemporal montante-jusante no qual se deu a viagem da cobra canoa que trouxe para a região os povos que hoje a habitam, mas também em torno do qual se organiza o cosmos e a vida social yuhupdeh. De modo geral, procurar-se-á, aqui, apreender o modo como os yuhupdeh relatam a sua própria história, desde o seu surgimento no tempo mítico até o momento atual em que se frequentam cada vez mais da cidade e tem sua língua e narrativas conduzidas até mais distante, até o Rio de Janeiro, São Paulo e grandes cidades brasileiras. Com efeito, torna-se foco de interesse da análise a compreensão do modo como os yuhupdeh formulam as transformações naquele eixo espaciotemporal, ou seja, do Lago de Leite a Serra do Bacurau e, de modo inverso, da Serra ao Lago.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Gabriel da Cachoeira
Macrorregião
Norte
Brasil
Habilitado
UF
Amazonas
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
2014-2019

OS KARIRI-XOCÓ DO BAIXO SÃO FRANCISCO: organização social, variações culturais e retomada das terras do território de ocupação tradicional

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Machado Ribeiro Venancio, Manuela
Sexo
Mulher
Orientador
Cantarino O’Dwyer, Eliane
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Niterói
Programa
Antropologia
Instituição
UFF
Idioma
Português
Palavras chave
Povos indígenas do Nordeste
Etnicidade
Territorialização
Organização social
Variações culturais
Resumo

Esta tese é resultado de uma pesquisa etnográfica realizada junto aos Kariri-Xocó, grupo indígena do Baixo Rio São Francisco. A aldeia Kariri-Xocó localiza-se no município de Porto Real do Colégio, estado do Alagoas. Uma aldeia com uma população numerosa estimada em três mil e quinhentos índios, segundo informação da Funai. A dispersão da população Kariri-Xocó é sistemática, uma vez que há indígenas que vivem de modo permanente na aldeia; outros, contudo, migram para fora da reserva indígena indo morar em cidades dos estados de Sergipe, da Bahia, do Distrito Federal (Brasília) e de São Paulo. Assim, a pesquisa etnográfica realizada nos anos de 2016 e 2017 foi desenvolvida tanto no âmbito da aldeia como fora dela, ao realizar observação participante com indígenas que se encontram na capital paulista. O objeto de estudo da tese foram as interações sociais intra-aldeia e intergrupos, isto é, as relações sociais entre os próprios Kariri-Xocó e as relações sociais oriundas do contato interétnico entre Kariri-Xocó e cabeças secas. Este termo que é empregado pelos indígenas serve para adjetivar o “homem branco”. Para os Kariri-Xocó, os cabeças secas não detêm o saber sobre o “regime do índio”, ou seja, da “ciência do índio” que se apresenta no Ouricuri, espaço sagrado interditado ao não indígena. Por meio da observação participante constataram-se variações e disputas internas que configuram a existência de um faccionalismo Kariri-Xocó. As relações entre esses indígenas baseiam-se em um sistema classificatório do parentesco, disputas políticas, situações rituais e organização para retomada de suas terras. As interações sociais entre esses indígenas e os cabeças secas podem ocorrer por meio do matrimônio, mas também em situações sociais diversas, a exemplo do “toré público” realizado em instituições de ensino – escolas e universidades –, entre outros espaços frequentados por não indígenas. Em outros contextos, o contato interétnico se dá de maneira conflitante, configurando uma situação de “fricção interétnica”, como nos conflitos de terra que compõem o território de ocupação tradicional Kariri-Xocó, em que indígenas, “fazendeiros” e/ou “posseiros”, inclusive com episódio de violência, travam acirradas disputas fundiárias. Esta tese é uma contrapartida à expectativa dos Kariri-Xocó de textualização das suas experiências de vida e pretende igualmente contribuir com os estudos antropológicos voltados às populações indígenas do Nordeste.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Porto Real do Colégio
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Alagoas
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2016-2017
Localização Eletrônica
https://app.uff.br/riuff;/bitstream/handle/1/25243/Venancio%2c%20Manuela%20M.%20R%20_%20tese%20-%20Manuela%20Machado.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Cotidiano na diáspora: uma etnografia sobre haitianas na cidade de Santa Barbara d'Oeste, interior de São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Gava Etechebere, Rafaela
Sexo
Mulher
Orientador
Feldman, Bela
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.47749/T/UNICAMP.2018.1052016
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Campinas
Programa
Antropologia
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Migração
Transnacionalismo
Haiti
Mulheres
Resumo

A partir da pesquisa etnográfica realizada em 2015 em Santa Barbara d'Oeste, interior de São Paulo, Brasil, este trabalho busca refletir sobre as experiências de mulheres haitianas que se estabeleceram nesta cidade. Ao falar de uma imigração haitiana se analisa como mulheres negras, transmigrantes, oriundas de classes e lugares distintos do Haiti e que possuem redes de relações de dimensões distintas agenciam suas redes de afetos em prol de uma melhor qualidade de vida para elas e para aqueles que dependem de sua migração

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Santa Barbara d'Oeste
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
País estrangeiro
Haiti
Referência Temporal
2015
Localização Eletrônica
https://hdl.handle.net/20.500.12733/1634373

Imigração e sexualidade: solicitantes de refúgio, refugiados e refugiadas por motivos de orientação sexual na cidade de São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Andrade, Vitor Lopes
Sexo
Homem
Orientador
Rial, Carmen Silvia
Ano de Publicação
2017
Programa
Antropologia
Instituição
UFSC
Idioma
Português
Palavras chave
Refúgio
Orientação Sexual
Redes Sociais
São Paulo
Resumo

Desde o ano de 2002 o Brasil tem concedido refúgio a estrangeiros/as que tinham o fundado temor de sofrer perseguição em seus países de origem em razão de suas orientações sexuais. O objetivo geral desta pesquisa consistiu em analisar as redes sociais estabelecidas/acionadas por esses/as solicitantes e refugiados/as não-heterossexuais uma vez que se encontram na cidade de São Paulo, isto é, traçar uma morfologia das relações sociais constituídas por eles/as. Os objetivos específicos foram: verificar em quais redes sociais e em quais momentos a não-heterossexualidade é acionada, ou seja, em que circunstâncias se revela não ser heterossexual; e identificar se há a formação/inserção de/em redes de apoio no que diz respeito especificamente às sexualidades não-heterossexuais. Para se atingir os objetivos propostos, foi feita pesquisa de campo de cunho etnográfico na cidade de São Paulo, o que se tornou possível através do voluntariado em uma organização não-governamental. Os resultados indicaram que a não-heterossexualidade é acionada somente em momentos estratégicos, como quando é o único motivo para se justificar a solicitação do refúgio. Persiste o medo de ser perseguido/a, em razão da orientação sexual, pelos/as conterrâneos/as e outros/as solicitantes de refúgio, o que faz com que os/as não-heterossexuais escondam suas sexualidades. Os/as solicitantes e refugiados/as por motivos de orientação sexual não formam entre si uma rede de apoio tampouco se inserem nas redes nacionais de apoio LGBT em São Paulo. Dessa maneira, conclui-se que apesar de encontrarem um cenário indubitavelmente mais favorável e receptivo às suas orientações sexuais, esses/as sujeitos/as continuam a viver através da lógica do silêncio e da invisibilidade.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2002-2017
Localização Eletrônica
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFSC_3a13de66778804648d8d8f407e742930

Estratégias articuladas por mulheres bolivianas em São Paulo para a realização do trabalho doméstico em suas casas e famílias

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Vieira, Eloah Maria Martins
Sexo
Mulher
Orientador
Parry Scott, Russell
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Pernambuco
Programa
Antropologia
Instituição
UFPE
Idioma
Português
Palavras chave
Trabalho Doméstico
Bolivianas
Migrações
São Paulo
divisão sexual do trabalho
Resumo

Esta dissertação tem como objetivo analisar as estratégias articuladas por mulheres bolivianas imigrantes na cidade de São Paulo para a realização do trabalho doméstico em suas casas e famílias. Para refletir sobre estas estratégias, debateremos quais pessoas e instituições participam e eventuais especificidades nestas estratégias relacionadas ao fato de as interlocutoras serem bolivianas e imigrantes. Todas estas questões estão pautadas na discussão de gênero feita por Joan Scott e Sherry Ortner, assim como no debate sobre trabalho doméstico e divisão sexual do trabalho travado por autoras como Betânia Ávila, Gláucia Assis, Helena Hirata e Danièle Kergoat. Além destas teóricas, Amaia Pérez Orozco e Nina Glick Schiller foram fundamentais para pensarmos como que as interlocutoras, enquanto transmigrantes, constroem relações entre a Bolívia e o Brasil. Para responder o objetivo da pesquisa, realizamos trabalho de campo por cerca de cinco meses na cidade de São Paulo, onde fizemos tanto entrevistas semiestruturadas como vivenciamos a observação participante. As experiências em campo envolveram a convivência com 10 mulheres. Elas são as interlocutoras desta pesquisa. Todas elas são mulheres adultas, muitas delas com filhos, algumas casadas e várias trabalhando no ramo da costura que emprega grande maioria da comunidade boliviana na cidade de São Paulo. Movidos pela discussão sobre possíveis influências da imigração no trabalho doméstico, investigamos as implicâncias da imigração na organização do trabalho doméstico articulada por estas mulheres. Pudemos averiguar, que ainda que alguns estudos apontem para maior participação dos homens no trabalho doméstico a partir da imigração, a mesma conclusão não se faz presente nesta pesquisa. As interlocutoras, em sua grande maioria, são as responsáveis pelo trabalho doméstico. Para garantir a realização deste trabalho, elas articulam uma diversidade de estratégias, algumas delas com especificidades relacionadas ao fato de as interlocutoras serem imigrantes e bolivianas. Dentre as estratégias articuladas estão redes de mulheres, cadeias globais de cuidado, creches e dupla jornada de trabalho. Fora isso, pudemos observar que, ainda que a imigração não tenha implicado em uma maior participação dos homens no trabalho doméstico, as interlocutoras se empenham em articular a participação deles dado que elas discordam que o trabalho doméstico seja uma obrigação exclusivamente feminina. Sendo assim, também pudemos perceber a agência das mulheres, como comenta Sherry Ortner, apesar da dominância masculina. A partir da articulação de algumas interlocutoras, pudemos observar a participação pontual de alguns de seus maridos e pais de seus filhos. Além disso, algumas das interlocutoras também ensinam a seus filhos e netos homens as atividades de trabalho doméstico. Dessa forma, esta pesquisa foi uma oportunidade de analisar a relação das interlocutoras com diferentes atores a partir do trabalho doméstico.

Disciplina
Referência Espacial
Zona
Centro
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39415

Viajantes do tempo: imigrantes-refugiadas, saúde mental, cultura e racismo na cidade de São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Pereira, Alexandre Branco
Sexo
Homem
Orientador
Machado, Igor Jose De Reno
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Antropologia Social
Instituição
UFSCAR
Idioma
Português
Palavras chave
Refugiadas
Imigrantes
Saúde Mental
Racismo
Temporalidades
Resumo

Esta é uma etnografia sobre imigrantes-refugiadas que habitam ou habitaram a cidade de São Paulo, e que intenciona descrever as vivências da imigração-refúgio na cidade. Abordando os processos de consideração da imigração-refúgio enquanto um bloco monolítico, de periferização e acesso ou não à cidade, de experiência do racismo e as diversas e dinâmicas hierarquias das alteridades formuladas pelos mecanismos de recepção e integração/assimilação arquitetados pelo estado e por organismos supraestatais, argumento que imigrantes-refugiadas inassimiláveis no Brasil passam por processos destinados a realizar uma "atualização temporal" de culturas e mentes consideradas pré-modernas. As inassimiláveis, incluídas pela exclusão, são, portanto, viajantes do tempo, originárias do passado, não coabitando o tempo presente com as modernas. A perspectiva dos serviços de saúde mental especializados em imigrantes refugiados torna-se um lócus privilegiado para apreender e examinar tais lógicas. Também argumento que a lógica imposta pelo humanitarianismo-dádiva, uma relação de reciprocidade não necessariamente altruísta entre serviços assistenciais e imigrantes refugiadas, torna-se um lugar de trocas e interlocuções apenas imaginadas, projetando sobre essas últimas uma avocalidade que, conjugada às equivalências realizadas entre elas e as surdas, apontam que a surdez, nesse contexto, é mais uma incapacidade de ser ouvida do que de ouvir. Ademais, demonstro que a maldição da tolerância (Stengers, 2011) divide o mundo, para os serviços de recepção e integração/assimilação, entre aquelas que crêem e aquelas que sabem, lógica que atravessa transversalmente os mecanismos de "atualização temporal" de culturas e mentes imigrantes-refugiadas, e quaisquer outras consideradas pré-modernas. Por fim, descrevo como o povoamento deste cenário por antropólogas e pela antropologia pode se dar, advogando em favor de soerguer a antropologia enquanto uma ferramenta de produção de dado e cuidado e, sobretudo, de mediação diplomática entre mundos.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/11851?show=full

Na capital e em Morato: uma etnografia de famílias chinesas na Grande São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Faustino Coelho, Ruan Vinicius
Sexo
Homem
Orientador
Reno Machado, Igor Jose de
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Antropologia Social
Instituição
UFSCAR
Idioma
Português
Palavras chave
Narrativas
Imigração Chinesa
Trajetórias de Vida
Grande São Paulo
Cidade
Resumo

Esta dissertação se situa na problemática antropológica das migrações. Nesse sentido, busco dar conta de um tipo particular de fluxos migratórios: o de chineses que se mudaram para o Brasil, em particular para o estado de São Paulo. Assim, tenho com objeto da pesquisa, dois grupos familiares chineses: um vindo de uma região costeira da China e que hoje está estabelecido na cidade de Francisco Morato; e outro de origem Taiwanesa, que reside na capital paulista. Por meio do estudo dessas famílias busco pensar os desdobramentos dessa imigração em relação à constituição e possível remodelação da rede familiar e das relações desses imigrantes em contexto centrais e periféricos região da grande São Paulo. Além disso, busco entender as próprias dinâmicas das relações, pensando as representações e reconhecimentos no modo de constituição das diferenças enquanto imigrantes, no sentido de responder à pergunta: como configuram as apreensões de si, enquanto imigrantes e o próprio processo de redefinição de suas trajetórias. Assim, aponto para um caminho que revela as dinâmicas de produção de novas dimensões de ser chineses, trazida à tona pela própria mobilidade, e seus olhares sobre o que é ser da China.

Disciplina
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Cidade/Município
Francisco Morato
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I

Refúgios e diásporas - identidade religiosa e memória coletiva entre refugiados do conflito Sírio assentados em São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Bon Meihy, Renan Abdouni
Sexo
Homem
Orientador
Rocha Pinto, Paulo Gabriel Hilu da
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Antropologia
Instituição
UFF
Idioma
Português
Palavras chave
Conflito Sírio
Memória coletiva
Refugiado
Diáspora
Guerra civil
Resumo

Esta dissertação se ocupa da análise das distintas trajetórias seguidas por refugiados do conflito Sírio de diferentes grupos confessionais em São Paulo, associando-as aos diferentes enquadramentos narrativos promovidos nos âmbitos das comunidades religiosas sobre o motivo de sua migração forçada. O histórico recente de tensionamento das relações interconfessionais na Síria provocado pelo conflito deflagrado em 2011 produziu o aumento das desconfianças mútuas e influenciou definitivamente nas interações dos contingentes de refugiados com a comunidade diaspórica paulistana. A ausência de iniciativas estatais de integração social desses migrantes forçados, somada à notoriedade do conflito e à popularização das imagens sobre seus desdobramentos humanitários, transferiu a responsabilidade pelo acolhimento dos refugiados a organizações da sociedade civil, sobretudo às diaspóricas, cuja própria existência se deve aos fluxos transnacionais materiais e imateriais com a região matricial de sua identidade nacional e religiosa. O resultado desse processo foi a formação de redes confessionais de solidariedade, as quais não se revelam como estritamente sectárias, no sentido de dedicar esforços exclusivamente à acolhida de refugiados do mesmo grupo religioso, mas, ao se estruturarem em torno das organizações diaspóricas pré-existentes, a grande maioria delas de caráter confessional desde sua criação, e em resposta à dinâmica cismogênica sectária instituída na Síria, acabaram por reforçar padrões narrativos sobre a guerra e os atores e grupos envolvidos no contexto político Sírio. Esses enquadramentos narrativos predominantes decorrem das memórias coletivas mobilizadas por empreendedores político-identitários implicados no campo político Sírio e por agentes mantenedores da diáspora em São Paulo.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFF-2_0b084f755bac71774b6299297bda9739

Nem dentro, nem fora: a experiência prisional de estrangeiras em São Paulo

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Bumachar, Bruna Louzada
Sexo
Mulher
Orientador
Piscitelli, Adriana Gracia
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
Campinas
Programa
Antropologia Social
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Prisão
Estrangeiras
Maternidade transacional
Cuidado
Gênero
Resumo

Neste trabalho apresento uma etnografia sobre a experiência prisional de estrangeiras em São Paulo marcada, de um lado, pelo corte com exterior (no duplo sentido do termo, extramuros e fora de seu país de origem), e, de outro, por uma série de conexões que lhes garante certas presenças e outras margens de agência no exterior. Com base no trabalho de campo multissituado (intra, entre e extramuros) busco analisar o modo como essas mulheres se fazem estrangeiras na relação com outros agentes entre os múltiplos interiores e exteriores da prisão. Partindo de minha atuação como voluntária e pesquisadora do ITTC (Instituto Terra Trabalho e Cidadania), mas não me restringindo a ela, persegui redes dentro de redes, fluxos por entre diferentes fronteiras, em diferentes escalas, que articulam o aprisionamento desde as pessoas (in)dividuais até os emaranhados transnacionais. Tais fluxos e fronteiras são observados a partir dos laços construídos no jogo das políticas prisionais e prisioneiras e no exercício da maternidade. A partir desses dois eixos, argumento acerca de como as interações por entre fronteiras prisionais e transnacionais dão vida a estrangeiras e o contrário, como as relações estabelecidas por, e em torno dessas mulheres, dão vida a tais fronteiras em diferentes escalas (AU).

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2009-2016
Localização Eletrônica
https://bv.fapesp.br/pt/dissertacoes-teses/155173/nem-dentro-nem-fora-a-experiencia-prisional-de-estrangeira

Semelhanças que atraem: um caleidoscópio nas relações entre jovens brasileiros descendentes de japoneses no estado de São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silva, Juliana Carneiro da
Sexo
Mulher
Orientador
Maroni, Amnéris Ângela
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.47749/T/UNICAMP.2016.963641
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
Campinas
Programa
Antropologia Social
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Nipo-brasileiros - Brasil
Imigrantes japoneses - São Paulo (Estado)
Descendência japonesa
Civilização
Influencia japonesa
Resumo

O presente trabalho dedica-se a explorar as relações entre jovens brasileiros
descendentes de japoneses a partir de três cidades do estado de São Paulo, onde percorri associações nipo-brasileiras, festivais e festas japonesas, baladas orientais, um colégio dito oriental e entrevistei quinze jovens (em sua maioria nipodescendentes). Tendo por centro referencial as experiências desses sujeitos, esta dissertação aborda particularmente os meandros do que a bibliografia tem denominado “solidariedade étnica”, apontando para as diferentes facetas nas quais ela se põe fora de espaços étnicos e também as ocasiões em que não o faz – não “chama”, como sugiro a partir do psicanalista Christopher Bollas. Para tanto, aproprio-me da teoria da cultura proposta por Edward Sapir e da noção de japonesidade, tal como apresentada na coletânea
organizada pelo professor doutor Igor José de Renó Machado, na Universidade Federal de São Carlos. A partir desta noção, mostro como no contexto de minha pesquisa relacionam-se, muitas vezes de forma tensa, ao menos dois tipos de sentido para “japonês” (termo nativo brasileiro usado, a princípio, para referir-se a nipodescendentes). Mostro igualmente como a ambivalência presente no termo “japonês” reverbera nas dinâmicas relacionais que estudo, contribuindo para a sua multiplicidade.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2013-2016
Localização Eletrônica
https://repositorio.unicamp.br/Acervo/Detalhe/963641