Pobreza e desigualdade

Segregação racial em São Paulo: residências, redes pessoais e trajetórias urbanas de negros e brancos no século XXI

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Franca, Danilo Sales do Nascimento
Sexo
Homem
Orientador
Silva, Márcia Regina de Lima
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Segregação Residencial
Relações Raciais
Desigualdades
Sociologia Urbana
Redes Pessoais
Resumo

Esta tese propõe uma interpretação sobre a relevância da segregação residencial como dimensão estruturante das relações raciais no Brasil, a partir da análise de dados da Região Metropolitana de São Paulo. Comparações com situações de segregação racial típicas de cidades norte-americanas, aliadas a narrativas de dissimulação das manifestações do racismo no Brasil, têm alimentado discursos que desprezam a importância da segregação para as relações raciais, argumentando que em nossas cidades ocorre segregação apenas por classe social. Esta pesquisa posiciona-se contrariamente a tais discursos e apresenta evidências da segregação residencial por raça nos diferentes estratos sociais. Por um lado, através de abordagens quantitativas mais tradicionais que partem dos diferenciais de localização das residências de grupos sociais, constatamos pequenos níveis de segregação racial em camadas sociais mais baixas que se tornam significativos nas camadas médias e altas. Os brancos de classes médias e superiores residem nas áreas mais privilegiadas da metrópole, estando muito isolados e distantes de todos os outros grupos, até mesmo de negros de classe média e alta. Trata-se, portanto, de segregação residencial por raça e classe. Por outro lado, a partir de uma crítica das formas como a própria noção de segregação residencial tem sido mobilizada pela sociologia, propomos uma abordagem mais aprofundada que revele em que medida a separação das moradias se associa a diferenciais de integração social e acesso à cidade. Para tanto, empreendemos uma estratégia empírica baseada no mapeamento de trajetos e locais frequentados pelos indivíduos no espaço da cidade e na espacialização de suas redes pessoais de relações. As informações foram coletadas através de pesquisa qualitativa na qual entrevistamos 28 indivíduos de classe média – negros e brancos, mulheres e homens – em três diferentes áreas da cidade de São Paulo: São Miguel Paulista, Tatuapé e Itaim Bibi. Demostramos a importância do local de residência na medida em que a maior parte dos relacionamentos pessoais e dos locais frequentados localizam-se no entorno do distrito no qual residem os entrevistados. Ou seja, na medida em que negros e brancos estão residencialmente segregados, são segregadas também suas redes pessoais e locais frequentados. Além disso, nossos resultados apontam que brancos, independentemente do local de residência, possuem redes pessoais compostas preponderantemente por outros brancos e frequentam mais as áreas nobres da metrópole. Nossos achados realçam o papel do espaço urbano em processos de fechamento social que reforçam barreiras à integração de negros nas classes médias. Ademais, argumentamos que as classes médias se organizam como grupos de status cujas fronteiras são fortemente baseadas, não apenas em características raciais, mas também no espaço urbano (habitado e frequentado).

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Zona
Zona Leste
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
São Miguel Paulista
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Zona
Zona Leste
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Tatuapé
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Zona
Zona Oeste
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Itaim Bibi
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2013-2017
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5063722

Relações de classe, raça e políticas públicas de expansão do Ensino Superior no Brasil (2003-2016)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Nogueira, Priscilla Lemos
Sexo
Mulher
Orientador
Souza, Davisson Charles Cangussu de
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Guarulhos
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNIFESP
Idioma
Português
Palavras chave
Expansão do Ensino Superior
Divisão de Classe
Relações Raciais
Democratização do Ensino Superior
Resumo

Esta dissertação tem por objetivo analisar a expansão do sistema de Ensino Superior brasileiro, através das políticas que foram sendo realizadas ao longo do século XX e, principalmente, as políticas recentes ocorridas entre 2003 e 2016. A análise está articulada às relações inerentes a estrutura de classes e as desigualdades raciais que vêm se perpetuando no interior da sociedade ao longo de sua história, e a pesquisa quantitativa realizada através dos dados do perfil de estudantes ingressantes na Universidade Federal de São Paulo. Buscamos compreender se o atual modelo de expansão se apresenta como um modelo ideal para democratização e/ou diversificação do sistema de ensino, ou se segue perpetuando políticas públicas que beneficiam a lucratividade das instituições privadas e a segmentação de classe e privilégios históricos nas instituições públicas.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Cidade/Município
Guarulhos
Localidade
UNIFESP
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2003-2016
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5441832

Raça, infância e escola: etnografia entre crianças em uma escola municipal de São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Fasson, Karina
Sexo
Mulher
Orientador
Silva, Marcia Regina de Lima
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Sociologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Sociologia das Relações Raciais
Sociologia da Infância
Lei 10.639/03
Infância
Discriminação Racial
Resumo

A presente pesquisa tem como objeto de estudo as relações raciais na infância no ambiente escolar, e como pano de fundo o contexto de mudanças político-institucionais observadas no Brasil a partir de 2003, com a promoção da igualdade racial e combate ao racismo. Nesse sentido, a pergunta de pesquisa colocada foi: como são construídas as relações raciais entre as crianças em um ambiente escolar que assume a existência de racismo e desigualdade racial no Brasil? A etnografia foi empregada como metodologia, tal como presente nos estudos sociais da infância, e complementada por perspectivas clássicas e estudos no ambiente escolar. Envolveu estratégias e procedimentos que incluíram a entrada em campo e aceitação, coleta de informações por meio de observação e interações, escrita constante de notas de campo e posterior elaboração de descrições detalhadas, interpretações e teorizações a partir dos dados. A pesquisa foi realizada em uma escola da rede municipal de São Paulo, onde foi acompanhado o cotidiano de uma turma de quarto ano, dentro e fora da sala de aula, durante o ano letivo de 2016. Por meio da observação das relações entre as crianças, foi possível compreender aspectos referentes às atitudes e aos comportamentos raciais (preconceito e discriminação racial, respectivamente). Como resultado, em relação às atitudes, temos que as preferências estéticas das crianças estavam relacionadas ao fenótipo branco, tido como o padrão, o que ficava evidente inclusive pela maneira com que algumas crianças negras se retratavam. Apesar disso, era possível notar contrapontos a esse padrão. Em relação aos comportamentos, destacam-se as ofensas verbais entre as crianças, que revelam características do tratamento dado à questão racial: (1) as crianças que sofrem com práticas racistas costumam denunciar tais atos para um adulto responsável, não se calando (diferentemente do que foi visto em estudos anteriores); (2) as crianças têm percepção de que é errado ofender colegas com palavras ligadas à cor/raça; (3) o insulto racial não é visto enquanto um tipo específico de discriminação, mas colocado juntamente com outros problemas de violência entre pares da infância/ adolescência: é denominado genericamente enquanto bullying pelas crianças e também pelos adultos na escola; (4) as ofensas em tom de brincadeira caracterizam boa parte das ocorrências de discriminação racial entre as crianças, denotando ambivalência da prática. Por fim, aponta-se a importância da inclusão da infância na agenda dos estudos sociológicos sobre relações raciais, dado seu potencial para explicação do limite na redução de desigualdades raciais na educação, como também para reflexões sobre o que ocorre na vida adulta e para que se reflita sobre as políticas de Estado que visam combater a discriminação e a desigualdade racial no Brasil.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2016
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5210385

Quando o lápis pesa mais do que a enxada: trajetórias educacionais e ocupacionais de famílias sergipanas em Santos

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Conceição, Danilo Alves da
Sexo
Homem
Orientador
Menezes, Marilda Aparecida de
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Santo André
Programa
Ciências Humanas e Sociais
Instituição
UFABC
Idioma
Português
Palavras chave
Trabalho
Educação
Família
Migração
Batalhadores
Resumo

Esta dissertação tem enquanto objetivo estrutural compreender os significados que as categorias de educação e trabalho assumem ao longo do percurso geracional de famílias aqui consideradas como pertencentes aos batalhadores, nova classe trabalhadora, segundo o referencial teórico de Souza (2009; 2012), produto das transformações econômicas e sociais ocorridas no Brasil principalmente a partir da primeira década dos anos 2000. Para tal feito, foram realizados estudos de caso, utilizando as técnicas de entrevistas semiestruturadas e observação participante, de quatro famílias que além de exibirem características relativas a esta fração social, são compostas por três gerações e apresentam o pressuposto histórico de migração do Estado de Sergipe para a cidade de Santos, situada no litoral do Estado de São Paulo. Além do objetivo principal, são retratados e discutidos aspectos relativos a este espaço migratório, bem como as dinâmicas e estratégias familiares, desenvolvidas em torno da busca pela sobrevivência, notadamente na relação entre trabalho e educação. Foi possível observar que a herança imaterial (BOURDIEU, 1997) das trajetórias anteriores são um importante referencial para as gerações posteriores. Contudo, visualiza-se também, principalmente nas terceiras gerações, como a inserção em novos padrões de consumo e vivência impactaram em suas perspectivas acerca do trabalho e da educação.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Região
Litoral
Cidade/Município
Santos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2015-2017
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5070736

De Vidas Secas à vida nova: da função social à financeirização do cooperativismo habitacional no Brasil

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Junqueira, Mario Jorge da Silveira
Sexo
Homem
Orientador
Bogus, Lucia Maria Machado
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Cooperativa habitacional
Déficit habitacional
Políticas habitacionais
Financeirização
Mercado imobiliário
Resumo

A estrutura econômica e social brasileira alterou-se profundamente ao longo do século XX, período no qual o Brasil passou de um país eminentemente rural para um país predominantemente urbano. Essa conversão urbana ocorreu como produto de processos históricos. Como consequência destes processos, houve um crescimento populacional nas médias e grandes cidades, concentrando no espaço urbano não apenas a produção de riqueza como também de vulnerabilidade, segregação e desigualdades sociais. O acesso à moradia passa a se constituir como um dos principais problemas sociais urbanos, sendo objeto de múltiplas e distintas políticas públicas e programas sociais. Ao mesmo tempo, a dificuldade (impossibilidade?) de o mercado capitalista brasileiro permitir o acesso à casa própria às camadas mais subalternas da sociedade faz com que novas formas de produção de moradia surjam e se expandem, através de cooperativas habitacionais. Essa Tese tem como objetivo analisar a evolução do cooperativismo habitacional no Brasil, desde uma perspectiva histórica e social. Conferimos especial atenção à relação entre o cooperativismo habitacional, o déficit habitacional e a transformação do espaço urbano. Os processos estruturais analisados nesta Tese condicionam e são condicionados por relações sociais que envolvem indivíduos, famílias e classes em movimentos. Por tal razão, analisamos a história de vida do Sr. José Aprígio, antes produto das migrações internas (daí a referência à Vidas Secas), e atualmente presidente da Cooperativa Habitacional Vida Nova, maior cooperativa deste ramo produtivo da América Latina. A metodologia desta Tese combina revisão bibliográfica da literatura sobre os temas abordados e pesquisa qualitativa, que envolveu trabalho de campo na cidade de Minador do Negrão – AL, onde nasceu o Sr. Aprígio, e em municípios da Região Metropolitana de São Paulo, como Taboão da Serra, Embu das Artes, Barueri, Cajamar e inclusive São Paulo. Esta Tese objetiva lançar luz sobre os fenômenos urbanos relacionados ao tema da habitação e do cooperativismo.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Minador do Negrão
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Alagoas
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Cidade/Município
Taboão da Serra
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Cidade/Município
Embu das Artes
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Cidade/Município
Barueri
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Cidade/Município
Cajamar
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2016-2020
Localização Eletrônica
https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/23825

Consumo Colaborativo de Moda: Armários Coletivos em São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silva, Tathiane Julião de Oliveira
Sexo
Mulher
Orientador
Veras, Maura Pardini Bicudo
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Economia do compartilhamento
Guarda-roupas coletivos
Armários compartilhados
Roupas por assinatura
Resumo

Este trabalho tem por objetivo analisar as implicações do mercado de consumo compartilhado de vestuário na Cidade de São Paulo. Para tanto, a pesquisa buscou analisar especificamente os guarda-roupas compartilhados, recorrendo às teorias sobre consumo de moda que abarcam temas como estratificação, distinção e cidadania. Foram também realizadas entrevistas com proprietárias de lojas bem como análise de conteúdo nos sites e redes sociais digitais dos armários para compreensão do discurso. Ademais, buscou-se perceber como a espacialização desse tipo de comercio permite identificar e promover relações de sociabilidade. Dessa maneira pode-se observar que a localização das lojas mantém relações com a estratificação e desigualdade sociais e demonstra que há um perfil de camadas de renda média e alta. Além disso, a lógica social da moda aplica-se compartilhamento de roupas visto que a assinatura pode ser uma alternativa para construção da aparência e de distintos estilos de vida. Logo o acesso às bibliotecas de moda é alternativa válida na busca por novidades, distinção e pertencimento.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2018-2020
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10590826

Políticas públicas voltadas à população em situação de rua na cidade de São Paulo: Uma análise sobre o segmento LGBTT que vive na rua

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Salgueiro, Flavio Soares Correia
Sexo
Homem
Orientador
Segurado, Rosemary
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
População de rua
População LGBT em situação de rua
Políticas públicas
Políticas sociais
Cidade de São Paulo
Resumo

O morar na rua constitui hoje um dos maiores problemas sociais da atualidade, razão pela qual é de fundamental importância promover estudos que possam conhecer de forma mais aprofundada o quadro de extrema exclusão social vivenciado por inúmeras pessoas. Nesta direção, o presente trabalho partiu do interesse de estudar o segmento LGBTT que se encontra em situação de rua e de extrema vulnerabilidade, sofrendo diversos tipos de violência, principalmente o estigma a que estão sujeitos, inclusive por parte da própria população que vive nas ruas de São Paulo. O foco foi conhecer mais de perto esse grupo, identificar e analisar a efetividade das políticas públicas existentes voltadas para esse segmento social e o acesso a elas. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa, através de entrevistas semiestruturadas, junto aos usuários de alguns serviços analisados, integrantes da população LGBTT, que se encontravam em situação de rua no momento da pesquisa.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/PUC_SP-1_f5f655f8de30c6bd13cc6edfa9617f73

Jogando meu corpo no mundo: relações entre "conflito urbano" e "acumulação social da diferença"

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Cunha, Janaina Maldonado Guerra
Sexo
Mulher
Orientador
Feltran, Gabriel de Santis
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Sociologia
Instituição
UFSCAR
Idioma
Português
Palavras chave
Conflito urbano
Diferença
Regimes normativos
Periferia
Sociologia urbana
Resumo

Este trabalho tem como objetivo compreender as relações entre conflito urbano e diferença na São Paulo contemporânea. A partir do estudo etnográfico conduzido em uma periferia da zona leste de São Paulo, discuto as gramáticas e os regimes normativos que emergem dos processos de diferenciação em operação nas cidades. Parto da ideia de que as categorias marcadoras da diferença balizam a constituição das gramáticas mobilizadas pelos sujeitos para a compreensão dos problemas sociais em cada situação cotidiana. Considero que os sentidos dessas categorias são disputados através das relações sociais e se relacionam com a produção de ordenamentos e formações de soberania nos espaços urbanos. Teoricamente, proponho um diálogo entre dois campos de estudos distintos: a sociologia urbana e os estudos da diferença. A partir disso, sugiro que o conflito urbano é atravessado por um processo de ‘acumulação social da diferença’ do qual emergem posições de sujeito mais ou menos reificadas.

Disciplina
Referência Espacial
Zona
Zona Leste
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/13727?show=full

Assim na Terra como no céu: um estudo sobre as percepções dos evangélicos pentecostais nas periferias de São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Costa, Rafael Rodrigues da
Sexo
Homem
Orientador
Silva, Carlos Alberto Bello e
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Guarulhos
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNIFESP
Idioma
Português
Palavras chave
Pentecostalismo
Periferias
São Paulo
Religião
Classes Sociais
Resumo

O presente trabalho busca compreender as influências recíprocas entre religião e classe social, notadamente na relação entre pentecostalismo e as periferias de São Paulo. Utilizando as entrevistas da pesquisa Percepções e valores políticos nas periferias de São Paulo da Fundação Perseu Abramo (2017), analisamos de que maneiras os evangélicos pentecostais apresentam afinidades de sentido com a realidade social vivida e percebida nas periferias paulistanas. Em nossa pesquisa, essas afinidades se apresentaram sob duas formas. De um lado, ao considerar a religião enquanto experiência de classe: quando nossa pesquisa observou como os pentecostais expressam as vivências e percepções das classes populares em São Paulo, mostrando de que formas o discurso e a prática religiosas procuram responder aos imperativos da vida material. De outro lado, procura-se observar a condição de classe justificada pela religião: tendo em vista que a religiosidade não apenas busca adaptar suas crenças e ritos a uma dada situação econômica, mas também cria, a partir dela mesma, estímulos morais e justificativas compartilhadas que procuram atribuir sentido para uma dada condição de vida, nossa pesquisa constatou como a experiência pentecostal acaba por desenvolver uma racionalidade que, para além dos seus efeitos religiosos, acaba por produzir uma ética econômica para as demais esferas da vida cotidiana.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2017
Localização Eletrônica
https://repositorio.unifesp.br/items/71bd7eb6-0e8a-4855-82fb-8fe7e66f042a

Jogo de cartas marcadas: segregação ocupacional por gênero no Brasil urbano

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Souza, Nicia Raies Moreira de
Sexo
Mulher
Orientador
Fernandes, Danielle Cireno
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Belo Horizonte
Programa
Sociologia
Instituição
UFMG
Idioma
Português
Palavras chave
Mercado de trabalho
Gênero
Segregação
Resumo

O estudo analisa a segregação ocupacional por gênero dos diferentes estratos sociais e grupos raciais no Brasil urbano entre 2002 e 2015. Foram abordadas duas dimensões inter-relacionadas: os diferenciais de participação de homens e mulheres no mercado de trabalho, com foco na influência das composições familiares nas chances de participação no mercado de trabalho. E, a segregação ocupacional por gênero, que marca os lugares de homens e mulheres no mercado de trabalho e está relacionada com a qualidade das ocupações disponíveis para grupos sociais distintos assim como a discriminação. A tese mais geral é que a estrutura da desigualdade social no Brasil faz com que as oportunidades e mudanças sociais e econômicas que levaram a uma ampliação dos direitos de cidadania das mulheres atingiram mais fortemente os estratos sociais médios e altos. O quadro pouco se altera para os demais. O entrelaçamento de gênero, raça e classe, que compõe a estratégia analítica dos dados, chama atenção não apenas para a diversidade das categorias sociais, mas para o fato de que indivíduos concretos, por meio de relações sociais intersubjetivas, estão constantemente negociando e disputando lugares e posições no mercado de trabalho. A permanência de nichos de trabalho femininos parece contradizer os avanços relacionados à redução das desigualdades entre homens e mulheres nas sociedades contemporâneas. E, neste sentido, o que se problematizou no estudo foi a construção dos espaços ocupados pelas mulheres nos anos 2000, após grandes mudanças nos papeis, atribuições e relações de gênero. Assim, a partir de uma perspectiva sociológica, as perguntas que nortearam a realização da pesquisa podem ser resumidas em: quais as diferenças de acesso ao mercado de trabalho entre homens e mulheres entre 2002 e 2015? Uma vez no mercado, quais são os lugares ocupados pelas mulheres das diferentes classes sociais no Brasil? Quais são as mudanças da composição por sexo das ocupações brasileiras em período recente? Como se dá a inter-relação entre raça, gênero e classe no direcionamento da força de trabalho a espaços específicos? Para abordar essas questões foi realizada uma análise quantitativa do mercado de trabalho no brasil urbano com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) entre 2002 e 2015, para pessoas com idade entre 25 e 65 anos, residentes em áreas urbanas. A partir da construção de uma tipologia de intensidade da presença das mulheres nas ocupações e da utilização do esquema Casmin para a construção dos indicadores de classe social concluiu-se que a inserção das mulheres negras e brancas no mercado de trabalho, e os lugares ocupados por elas são fortemente condicionados por fatores exógenos ao mercado e à sua qualificação. A presença das mulheres no mercado de trabalho depende de uma rede intrincada de arranjos e negociações com a esfera doméstica, social e cultural. Os guetos de trabalho masculinos são muito mais refratários à presença feminina do que o contrário.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
2002 - 2015
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6467261