Pobreza e desigualdade

Cultura e política no Hip Hop na cidade de São Paulo: redes, sociabilidades e territórios

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Queiroz, André Sanchez
Sexo
Homem
Orientador
Borelli, Silvia Helena Simões
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Fórum Hip Hop MSP
Cultura
Política
Hip-Hop (cultura popular) - São Paulo (cidade)
Resumo

O Hip Hop – uma forma cultural urbana, negra e periférica, consolidada nas periferias das grandes cidades brasileiras e organizada em coletivos, redes, “posses”, grupos de rap, movimentos sociais e demais organizações da sociedade civil – atua por meio de práticas de resistência e, ao mesmo tempo, de negociação nas diferentes formas que seus sujeitos usam os territórios urbanos. Esta pesquisa investigou a rede de produção cultural Fórum Hip Hop MSP (Município de São Paulo), que se formou por uma dinâmica de relações com outros coletivos nas diferentes regiões da cidade de São Paulo. Esse percurso sustentou-se nas seguintes perguntas: quem são os sujeitos que atuam nessa rede? Onde se situam suas práticas e ações político-culturais nas fronteiras entre institucionalidade e autonomia? Em que situações e de que forma os sujeitos resistem e negociam com o Estado e com outras organizações? Como o Fórum se relaciona com as formas culturais residuais, dominantes e emergentes de culturas negras e periféricas? Como incorporam, ao cotidiano, os significados e valores do Hip Hop e as heranças dos movimentos sociais? Quais são as contradições nas apropriações e nos usos do território? Como resistem ao racismo e ao genocídio da juventude negra, pobre e periférica? A metodologia privilegiou técnicas de pesquisa qualitativa, como observação etnográfica, entrevista em profundidade e acompanhamento de redes sociais, e priorizou as narrativas dos sujeitos para compreender as práticas do Fórum Hip Hop que articulam cultura e política. Esta pesquisa baseou-se nos estudos culturais britânicos, em autores como Raymond Williams e Stuart Hall, e suas ressonâncias latino-americanas, em autores como Jesús Martín-Barbero. A hegemonia do Hip Hop paulistano nas políticas públicas é representada, entre outros coletivos/ redes/ grupos, pelo Fórum. Mas a rede procura produzir suas ações político-culturais nas fronteiras entre a institucionalização e as buscas por autonomia. Por meio de suas ações, negocia com os territórios institucionalizados para resistir ao racismo e ao genocídio.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2017-2019
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=8021243

Crianças e adolescentes em situação de rua: políticas práticas e experiências dos trabalhadores das instituições de atendimento em Belo Horizonte

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Araujo, Natalia Santana
Sexo
Mulher
Orientador
Pinto, Ana Marcela Ardila
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Belo Horizonte
Programa
Sociologia
Instituição
UFMG
Idioma
Português
Palavras chave
Criança e adolescente
Situação de rua
Burocratas no nível de rua
Política de assistência social
Resumo

Esta dissertação busca analisar os serviços da assistência social de Belo Horizonte que são destinados a crianças e adolescentes em situação de rua através da compreensão que os funcionários possuem da rua, elemento determinante para a classificação do público atendido. Busca também verificar as expectativas e ações destes trabalhadores através de sua relação com os jovens usuários dos serviços e com os outros funcionários. O objetivo desta pesquisa é verificar se a compreensão dos trabalhadores a respeito do papel da rua na vida do público atendido influencia na sua atuação e se há uma certa discricionariedade nas tomadas de decisões e nas ações do seu cotidiano de trabalho. O recorte realizado baseou-se nos serviços que possuem em sua tipificação o atendimento destinado ao público jovem que se encontra em situação de rua, ou como aparece em alguns serviços de Belo Horizonte, em trajetória de vida nas ruas. Para esta pesquisa foram acompanhados trabalhadores do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), do Centro de Referência Especializado para pessoas em Situação de Rua – CREAS Pop Miguilim e das Unidades de Acolhimento Institucional para Adolescentes com Trajetória de Vida nas Ruas (UAI/TVR). Os resultados encontrados demonstraram que em alguns serviços, a problematização e reflexão sobre a rua não era algo tão claro e aprofundado pelos trabalhadores, enquanto que o estabelecimento de vínculos, tano entre indivíduos quanto entre indivíduo e serviço foi se tornando um elemento importante para a pesquisa que passou a ganhar atenção durante o trabalho de campo. No processo de análise das informações, diferentes interpretações e compreensões apareceram no discurso e nas ações dos trabalhadores. Tais interpretações se mostravam muitas vezes de forma dicotômica o que desencadeava, nessas situações, em ações antagônicas por parte dos trabalhadores.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Belo Horizonte
Brasil
Habilitado
UF
Minas Gerais
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://www.ciespi.org.br/site/collections/document/1593#

O impacto socioeconômico na vida dos beneficiados do programa bolsa família no município de Marechal Cândido Rondon – PR

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Rodrigues, Marli Terezinha
Sexo
Mulher
Orientador
Neres, Geraldo Magella
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Paraná
Programa
Sociologia
Instituição
UNIOESTE
Idioma
Português
Palavras chave
Educação
Renda
Saúde
Desigualdade social
Resumo
O presente estudo buscou analisar o impacto que o Programa Bolsa Família reflete na vida das pessoas beneficiadas do município de Marechal Cândido Rondon. Identificou os valores pagos em cada benefício, sendo possível analisar como este programa de transferência de renda é compreendido e recepcionado pelas pessoas beneficiárias, tendo em vista as condicionalidades na área de educação e saúde como forma de inclusão social. Pôde-se verificar se os objetivos do programa, de combate à fome e de erradicação da pobreza, foram atingidos tanto por meio de dados quantitativos obtidos no site do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, bem como pelos obtidos na aplicação de questionário. Por meio deste, constatou-se se as pessoas estão bem informadas a respeito de seus direitos e obrigações e do seu papel de cidadão e responsável pelo desenvolvimento humano e social da família. Marechal Cândido Rondon possui, atualmente, 455 famílias beneficiárias do Programa, perfazendo um total de 1.783 pessoas. Foram verificados os impactos econômicos e sociais na vida das famílias que recebem o benefício, pois economicamente colaboram na satisfação de necessidades básicas das pessoas, principalmente na alimentação, enquanto que as condicionalidades propiciam o acesso obrigatório à educação e à saúde. Posteriormente, é possível se pensar em impacto social, podendo desenvolver nos indivíduos pensamentos e atitudes críticas com vistas a satisfazer suas necessidades e direitos de cidadãos, além de redesenhar um novo cenário socioeconômico para as futuras gerações, alterando o ciclo geracional das famílias e da sociedade na qual estão inseridas.
Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Marechal Cândido Rondon
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Paraná
Referência Temporal
2004-2017
Localização Eletrônica
https://tede.unioeste.br/handle/tede/3938?mode=full

A migração haitiana e a inserção no mercado de trabalho na cidade de Cascavel/PR

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Manica, Carmem Aparecida
Sexo
Mulher
Orientador
Cardin, Eric Gustavo
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Paraná
Programa
Sociologia
Instituição
UNIOESTE
Idioma
Português
Palavras chave
Migração Haitiana
Cascavel
Inserção social
Mercado de trabalho
Resumo
As catástrofes naturais e os problemas políticos econômicos têm servido de estímulo para migração de uma expressiva parcela da população haitiana para outros países. O fluxo migratório para o Brasil se acentuou após a catástrofe natural de 12 de Janeiro de 2010, data em que o Haiti foi abalado por um terremoto de 7,0 graus na escala Richter. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Educação do Brasil, cerca de 30.000 haitianos ingressaram no país, sendo que cidades como Manaus/AM, Tabatinga/AM, São Paulo/SP, Curitiba/PR e Cascavel/PR, foram alguns dos destinos escolhidos pelos migrantes, somente neste último município vivem aproximadamente 3 mil haitianos. O objetivo central da pesquisa é discutir o fenômeno da migração haitiana para o Brasil, especificamente na cidade de Cascavel/Paraná a partir do ano de 2010, analisando a inserção destes migrantes no mercado de trabalho local, bem como compreender a percepção destes migrantes sobre suas condições de inserção. Para atingir estes objetivos utilizamos como métodos a revisão bibliográfica e a pesquisa exploratória. A coleta de informações foi realizada por meio de pesquisa de campo qualitativa, com o uso da observação participante e da história oral.
Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Cascavel
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Paraná
Referência Temporal
2010-2017
Localização Eletrônica
https://tede.unioeste.br/handle/tede/4043?mode=full

Os jovens negros e universitários moradores da periferia da cidade de São Paulo: expectativas, conflitos e contradições

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Tineu, Rogério
Sexo
Homem
Orientador
Veras, Maura Pardini Bicudo
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Segregação socioespacial
Racismo
Desigualdade socioeconômica
Resumo

A natureza deste trabalho está centrada no estudo das expectativas de vida, dos conflitos e das contradições sociais oriundas do racismo e da segregação socioespacial vivenciada pela população negra da cidade de São Paulo, em especial ao jovem negro universitário, estudante de instituições privadas de ensino superior e morador dos bairros periféricos. A cidade de São Paulo apresenta-se cindida de forma esquematizada, com um núcleo rico composto eminentemente por indivíduos brancos, localizado na porção sudoeste da cidade e que desenvolve o papel de centro dinâmico econômico e social. Ao redor desse centro vive uma população composta na sua maioria por indivíduos pobres e negros. Dessa cisão sociourbana denota-se a questão raça e classe, a produção do outro e do diferente. É aqui que se localiza esta pesquisa, cujo estudo se norteia a partir de questionamentos como: os alunos das universidades privadas amplificam a sua consciência racial e buscam formação no ensino superior apenas por uma perspectiva econômica? Quem são esses jovens e quais são suas expectativas, quais são seus conflitos e dificuldades? A universidade é inclusiva ou é um espaço de brancos? A universidade representa a cisão da cidade de São Paulo? A importância desta investigação situa-se no fato do aumento significativo de negros nas universidades brasileiras nos últimos vinte anos por meio de diversas políticas públicas, o que, provavelmente, produziu uma geração de jovens negros que compreendem melhor o seu espaço de luta. A metodologia de pesquisa concentra-se em quatro entrevistas não estruturadas e uma amostra composta por 225 questionários aplicados a alunos negros de instituições privadas de ensino superior (duas em particular são comunitárias, a PUC-SP e a Fundação Cásper Líbero) da cidade de São Paulo. As universidades estão separadas em dois tipos: as universidades populares, que se posicionam como commodities e praticam mensalidades menores, e as elitizadas, que se diferenciam e cobram preços mais elevados. A análise dos dados permitiu, dentre outras questões, descrever o perfil da amostra, comparar dados e informações entre os alunos dos dois tipos de instituições e dos alunos participantes e não participantes de movimentos sociais, além de cruzar essas informações com aquelas obtidas nas entrevistas não estruturadas. De forma sintética, os alunos reconhecem que sofrem racismo, mas sentem orgulho das suas origens negras, pois, para eles, ser negro é lutar cotidianamente por direitos. Além disso, sabem que precisam se esforçar mais do que os não negros. Infere-se, portanto, que a universidade é inclusiva e desenvolveu a consciência de raça e classe, embora fosse um território desconhecido para eles e suas famílias, contudo, ainda há desafios a serem vencidos.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoconclusao/viewtrabalhoconclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=8066832

O retorno à comunidade: paradoxos do individualismo contemporâneo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Barci, Ana Laura Cunha
Sexo
Mulher
Orientador
Paoliello, Renata Medeiros
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Araraquara
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Condomínios fechados
Privatização
Espaço público
Cidades médias
Franca
Resumo

Podemos afirmar que quatro fatores conectados entre si influenciaram a formação das cidades contemporâneas, sendo eles: as mudanças tecnológicas, a internacionalização, a concentração de renda e a privatização da esfera pública. Partindo desses princípios, este estudo buscou analisar como as cidades médias do interior de São Paulo inserem-se nestas transformações, tendo Franca como locus empírico, e sugere que o crescente fenômeno dos condomínios fechados é intrínseco ao modelo urbano contemporâneo adotado pela maioria das cidades brasileiras. Por uma suposta má qualidade de vida urbana, pessoas buscam segurança, isolamento e maior contato com a natureza nos espaços residenciais fechados e controlados pela iniciativa privada. Contudo, além da falta de legislação pertinente no âmbito nacional para legitimar esses espaços, tal fenômeno tem sido criticado por seu caráter excludente e fragmentário em relação ao resto da cidade. A hipótese levantada por essa pesquisa é a de que o ideal de mundo harmônico, oferecido pelos condomínios fechados, não se realiza e que o projeto destes, realizado pelas incorporadoras, constitui um dano à vida pública, à cidade e à civilidade. Para tal investigação, utilizaram-se os métodos do discurso crítico e análise da mídia, publicidades das incorporadoras, notícias e documentos legislativos. 

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Cidade/Município
Franca
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoconclusao/viewtrabalhoconclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7741284

O Crack que o Brasil conhece: do discurso jornalístico à disputa política

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Rodrigues, Igor de Souza
Sexo
Homem
Orientador
Fernandes, Dmitri Cerboncini
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Juiz de Fora
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UFJF
Idioma
Português
Palavras chave
Crack
Cracolândia
Imprensa
De Braços Abertos
Re-Começo
Resumo

O objeto da presente tese é a apropriação política do crack, enquanto um problema social, efetuada pelos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Analiso como o campo político, inclusive as disputas partidárias mais proeminentes de São Paulo (entre PT e PSDB), serve-se, através dos programas "De Braços Abertos" e "Recomeço", de uma mesma narrativa estruturada no campo jornalístico. Para demonstrar essa influência, investiguei a partir do software IRAMUTEQ e a construção de classes discursivas o problema crack e o "usuário de crack" do ano de 1990 (primeira abordagem jornalística) até 2016 (o desaparecimento do elemento de tensão com o fim da gestão Fernando Haddad - PT). A hipótese é de que os predicados jornalísticos atribuídos ao crack indicam questões mais profundas do que a própria substância química e o seu uso. Concluo que as políticas públicas para lidar com o crack nasceram, foram conformadas e, por fim, alteradas a partir da relação com as abordagens e os discursos presentes na narrativa jornalística.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1990-2016
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoconclusao/viewtrabalhoconclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=8110955

A música dos rebeldes: o punk paulistano e a resistência à indústria fonográfica

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Silva, Edson Alencar
Sexo
Homem
Orientador
Mira, Maria Celeste
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Punks
Música gravada
DIY
Industria Fonográfica
Periferia
Resumo

Esta tese foca a música gravada por punks na cidade de São Paulo de 1981 até 2019. Com base nisso, argumentamos que estas produções vinculam-se a cultura mundializada, estabelecidas, portanto à uma forma musical específica, ao movimento punk mundial e à sua ética de grupo Do It Yourself (DIY). Incidindo internamente ao habitus de classe e aos pertencimentos a grupos juvenis espalhados pela periferia da cidade de São Paulo. Essa dinâmica gerou uma série de práticas, entre elas aquelas vinculadas à música gravada no qual vem se apresentando sem interrupções desde 1981. Fizemos um levantamento de produções no qual constatamos 880 produtos fonográficos elaborados punks, sendo a maior parte delas feitas, difundidas e distribuídas pelos próprios punks paulistanos. Neste sentido, a partir do esforço de pesquisa, sugerimos que, para além de um sentido econômico, estas práticas estariam focadas nas redes de sociabilidade, amizade e identidade, partilhadas punks paulistanos. O qual também favoreceu que estes pudessem inserir suas concepções e visões de mundo, via a música gravada, em um contexto de produção musical dominado pelas elites econômicas e culturais do Brasil.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1981-2019
Localização Eletrônica
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/PUC_SP-1_0123a4178699121a5ae1bd30f3ddee0d

A formação e atuação do docente de sociologia e sua relação com a experiência juvenil sobre violência, violência policial, gênero e racismo numa escola periférica

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Leme, Sayonara de Andrade
Sexo
Mulher
Orientador
Souza, Luis Antonio Francisco de
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Marília
Programa
Sociologia em Rede Nacional
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Violência curricular
Violência escolar
Violência policial
Violência de gênero
Racismo
Resumo

Esta dissertação está inserida na área de Sociologia, subárea de Práticas de ensino e conteúdos curriculares, e tem como objetivo analisar a criticidade da abordagem do conceito de violência nos livros didáticos de sociologia e as práticas violentas na escola, confrontando as perspectivas curriculares, as vivências geradoras e fomentadoras de violências no espaço escolar e as representações de autoridade e violência policial pelos alunos. Com intuito de fundamentar teoricamente a análise, a pesquisa parte dos conceitos de biopoder e de governamentalidade para analisar as reformas na educação que foram implementadas por força da vigência da Lei 13.415 de 2017 e conceitua o papel da escola, a juventude, a violência da escola, a violência policial e as relações de poder a partir das leituras de Bourdieu e Passeron (2008); Chaui (2007), Sposito (2008), Charlot (2002) e Foucault (1987), para então proceder a análise descritiva e comparada dos livros didáticos de sociologia selecionados pelo Programa Nacional do Livro Escolar no triênio de 2018 a 2020. Compara as propostas de abordagem temática com os resultados da pesquisa com grupo focal formado por alunos da periferia da cidade de Itanhaém, em São Paulo, discutindo as representações dos estudantes sobre violência policial e violência escolar. Constatou-se então que, com frequência, os livros naturalizam as violências, não possibilitando ao aluno refletir sobre sua realidade na sociedade em que vive, impedindo-os de se posicionarem contra a argumentação naturalizante das relações sociais de poder, da subjetivação e da violência policial. Sobre os resultados do grupo focal, demonstrou-se que os alunos afirmam que a gestão e o corpo docente da escola pesquisada seguem uma dinâmica normatizadora e punitiva que não contempla estratégias conciliatória que acolham e busquem na escuta dos jovens e adolescentes uma resolução pacífica, transformando as situações de conflitos escolares em ocorrências policiais.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Itanhaém
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2018-2020
Localização Eletrônica
https://educapes.capes.gov.br/handle/capes/575468

A condição socioespacial da classe trabalhadora: transporte e cotidiano da mobilidade perversa na metrópole de São Paulo

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Oliveira, Sandro Barbosa de
Sexo
Homem
Orientador
Cavalcante, Savio Machado
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Campinas
Programa
Sociologia
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Condição socioespacial
tempo de deslocamento
urbanização rodoviarista
cotidiano da mobilidade perversa
mobilidade restrita
Resumo

O objetivo geral desta tese foi o de analisar, problematizar e evidenciar a condição socioespacial da classe trabalhadora e seu tempo de deslocamento no processo de urbanização e reprodução social na metrópole de São Paulo, para desvelar o cotidiano da mobilidade perversa vivida e percebida a partir de quatro determinações econômicas, políticas e sociais que configuram sua condição espacial de vida. A primeira determinação analisada parte das segregações socioespacial, étnico-racial e urbana que influenciam o tempo de deslocamento de trabalhadores (as) das periferias, caracterizadas por meio das relações de classes, raça e espaciais apreendidas por meio da análise dos resultados da Pesquisa Origem-Destino de 2017, Mapa da Desigualdade 2019 e de experiências de trabalhadores (as) precarizados (as) por meio de grupos focais e questionários apresentadas ao longo da tese e dos processos sociais que fundamentam tal determinação oriunda da tríplice segregação. A segunda determinação analisada parte do processo de urbanização rodoviarista e da dinâmica do tempo de rotação do capital, mediada pela análise da ferrovia na estruturação urbana dos subúrbios e das rodovias na periferização, para entender a crise de mobilidade urbana enfrentada pela classe trabalhadora nos deslocamentos na contemporaneidade. Na terceira, analisamos a dinâmica das leis do valor na relação entre valorização imobiliária e expansão do transporte e do sistema metroferroviário por meio do Plano Integrado de Transportes Urbanos, ao mostrar como a transferência de valor da maquinaria ônibus impacta no preço da tarifa e a urgência da tarifa zero. Por fim, na quarta determinação, analisamos as condições de reprodução da classe trabalhadora com base nas diferentes condições espaciais entre as classes, ao analisar o transporte como mediador entre produção e reprodução e mostrar como as desigualdades estruturais perpassam o espaço urbano e a vida cotidiana, por meio de relatos vividos dos grupos focais que mostram o fazer-se da classe trabalhadora nos deslocamentos: vendedores ambulantes autointitulados marreteiros de trem; das vilas operárias e favelas oriundas da urbanização; e a trajetória das trabalhadoras domésticas na reprodução de toda a sociedade.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2016-2020
Localização Eletrônica
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UNICAMP-30_fef010f0405a95a52585d104777a12bc