Interdisciplinar

Literatura, cidade e violência: Uma análise comparativa das experiências urbanas em "O Cortiço" e "Cidade de Deus"

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Santos, Jade Cardozo Magalhães dos
Sexo
Mulher
Orientador
Barros, Nismaria Alves David
Código de Publicação (DOI)
52012018004P0
Ano de Publicação
2015
Programa
Educação, linguagem e tecnologia
Instituição
UEG
Página Inicial
1
Página Final
121
Idioma
Português
Palavras chave
Literatura
Cidade
Violência
Resumo

Este trabalho estuda a relação entre literatura, cidade e violência, representada nos romances brasileiros O Cortiço, de Aluísio Azevedo, e Cidade de Deus, de Paulo Lins, publicados em 1890 e 1997, respectivamente. Inserida na linha de pesquisa Linguagem e Práticas Sociais, em especial, a investigação contribui para o campo dos Estudos Literários ao cotejar essas obras, produzidas em épocas distintas e que se referem a contextos históricos e literários também diferentes, mas que trazem a cidade do Rio de Janeiro como o espaço privilegiado. Mediante o método comparativo, analisam-se as vivências das personagens retratadas, os tipos de habitações encontrados tanto no cortiço quanto na favela e os modos de manifestação de violência. Para tanto, consideram-se a cidade na história e sua presença na literatura brasileira, ainda são focalizados o tema da violência no texto literário e as características marcantes da violência urbana no Brasil. Os romances foram analisados à luz de trabalhos teóricos e críticos que versam sobre a cidade e seus elementos na literatura brasileira, e que discutem as causas e os tipos de violência urbana. Como aporte teórico, foram escolhidos Bosi (2006), Buoro et al. (2010), Calvino (1990), Duarte (2006), Endo (2005), Ginzburg (2012), Gomes (1994), Ignácio (2010), Morais (1981), Mumford (1965), Puty, Barcellos e Daniel (1982), Rolnik (2012), Valladares (2000), Velho (1978), dentre outros. Como resultado, constata-se que os romances abordados recriam, na ficção, a realidade das grandes cidades, proporcionando a reflexão sobre as possíveis causas do fenômeno da violência urbana e sobre a sua intensificação no decorrer dos anos, a qual ocorreu e vem ocorrendo aliada às profundas transformações do espaço citadino. Confirma-se, portanto, a atualidade dos textos literários em questão, visto que revelam as experiências urbanas que colaboram, sobretudo, para a compreensão das relações humanas e sociais.

Autor do Resumo
Jade Cardozo Magalhães dos Santos
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
1890-1997
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2815929

Becos, brechas, favelas: Os corres de jovens produtores culturais de territórios populares

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Cruz Júnior, Gilberto Vieira da
Sexo
Homem
Orientador
Carrano, Paulo César Rodrigues
Código de Publicação (DOI)
31003010090P3
Ano de Publicação
2015
Programa
Cultura e territorialidades
Instituição
UFF
Página Inicial
1
Página Final
108
Idioma
Português
Palavras chave
Jovem
Cultura
Território
Favela
Individuação
Resumo

Esta dissertação relata e busca interpretar táticas de produção cultural realizadas por dois jovens moradores de periferias do Rio de Janeiro, tendo como campo de investigação seus territórios de moradia e circulação na cidade. Foram feitas escutas sobre percursos biográficos e observações com olhar atento sobre trabalhos de produção cultural. Movimentos culturais juvenis contemporâneos estabelecem redes e ações políticas e culturais de novo tipo no espaço público. Percebe-se que as redes de relacionamentos, as conexões culturais e políticas produzem configurações sociais nos territórios populares e incidem sobre os processos de individuação e transição para a vida adulta. Os jovens atores sociais moradores de favela que foram acompanhados durante a pesquisa estabelecem táticas específicas de produção cultural e depositam no campo simbólico o espaço-tempo do reconhecimento de suas ações políticas de transformação da cidade a partir dos territórios populares. Partindo de uma perspectiva transversal, três conceitos, acompanhados de bibliografias específicas, foram determinantes para o olhar sobre os processos de individuação dos jovens: a cultura, como elemento fundamental no desenvolvimento de formas de vida (Stuart Hall e Nestor Canclini); a favela, enquanto territorialidade, espaço usado onde disputas simbólicas se interpõem aos estereótipos construídos sobre o espaço (Lícia Valladares, Ana Clara Ribeiro e Milton Santos); e a juventude, enquanto categoria cambiante que passa por um importante processo de reconfiguração na sociedade da informação (Rossana Reguillo e Alberto Melucci). A pesquisa concluiu, entre outras coisas, que transformações tecnológicas e afetivas têm dado conta de novas formas de trabalho e visões de mundo operadas por agentes sociais cada vez menos marginalizados. As ações realizadas por esses jovens vão ressignificando a produção cultural e servindo como instâncias socializadoras fundamentais na identidade e nos modos de individuação desses sujeitos.

Autor do Resumo
Gilberto Vieira da Cruz Júnior
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
Século XXI
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2644922

Registros de memória em arte fugaz: O graffiti das casas-tela do Museu de Favela (2010-2014)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Rodrigues, Fernanda da Silva Figueira
Sexo
Mulher
Orientador
Gomes, Edlaine de Campos
Código de Publicação (DOI)
31021018002P4
Ano de Publicação
2015
Programa
Memória social
Instituição
UNIRIO
Página Inicial
1
Página Final
265
Idioma
Português
Palavras chave
Museu de Favela
Memória social
Graffiti
Casa-tela
Museologia social
Resumo

Compreender as relações entre memória e graffiti no Museu de Favela (MUF), um museu comunitário e de território, um Ponto de Memória que pauta seu trabalho na Museologia Social, é o objetivo desta pesquisa. O MUF localiza-se nas favelas Pavão, Pavãozinho e Cantagalo, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, e um de seus principais acervos é o Circuito Casas-Tela, composto por pinturas em graffiti que utilizam paredes e muros das casas de moradores para registrar memórias, histórias e culturas locais. Que demandas surgem a partir da entrada do graffiti em um museu de território? O graffiti frequentemente é considerado como uma arte (manifestação) de caráter fugaz, porém ao ser incorporado à memória das Casas-Tela, ele sofreu processos de restauração. Ao ser restaurado o graffiti teria perdido sua originalidade? Ao fazer parte de um museu institucionalizado ele também deixaria de ser graffiti? Ao restaurar graffiti o MUF estaria quebrando paradigmas? O que determina a efemeridade desta arte? Em que medida o restauro do graffiti pode se configurar como uma valorização da arte e do próprio artista? Eis algumas das questões que permeiam esta pesquisa que se concentra na análise das implicações decorrentes da entrada do graffiti no MUF, especialmente no período contido entre 2010 e 2014. Tudo indica que o restauro dos graffiti enquanto tema e problema teve seus “deslimites”, pois cada Casa-Tela foi restaurada de uma forma distinta. O que parece estar em jogo e presente no desejo de restauro das Casas-Tela, obras coletivas e vivas, é a preservação da informação, não importando se há ou não mudanças nas pinturas restauradas. Os desenhos devem preservar a capacidade de comunicar o conteúdo de memórias do museu. Todo esse processo sugere que o MUF tem buscado, com o graffiti e seu poder dialógico, o reconhecimento das memórias das favelas em que está inserido como parte integrante da cidade do Rio de Janeiro.

Autor do Resumo
Fernanda da Silva Figueira Rodrigues
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Favelas Pavão, Pavãozinho e Cantagalo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
2010-2014
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2421164

O Morro do Pasmado e o nomadismo de maldição: Da distopia atualizada à memória diáfana

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Bizarria, Julio César de Lima
Sexo
Homem
Orientador
Gomes, Edlaine de Campos
Código de Publicação (DOI)
31021018002P4
Ano de Publicação
2014
Programa
Memória social
Instituição
UNIRIO
Página Inicial
1
Página Final
149
Idioma
Português
Palavras chave
Remoções
Estudos urbanos
Memória social
Favela
Resumo

Ao longo do regime militar que governou o Brasil de 1964 a 1985, a cidade do Rio de Janeiro foi o palco do maior deslocamento populacional compulsório registrado em sua história: a chamada Era das Remoções, entre 1964 e 1974. Tanto a literatura acadêmica quanto a memória escrita parecem sugerir uma favela cujas modestas proporções alargavam-se por sua (in)feliz localização: a celebrada paisagem, a enseada que se situa entre o Pão de Açúcar e o monumento ao Cristo Redentor. Lá, o discreto Morro do Pasmado, obscuro pela maior parte de sua história, foi o palco de um pequeno conglomerado de barracos que, alçando às estrelas como raízes de bromélia, foi consignado às chamas de um incêndio controlado, operado pelo Corpo de Bombeiros local e oficialmente alardeado como uma operação de saneamento. Este estudo busca revisitar as narrativas sobre a Favela do Pasmado como vista na literatura e no Correio da Manhã, explorado tanto como singular veículo de imprensa quanto como um ambíguo ator político, que apoiou o primeiro experimento da política sistemática de remoções compulsórias que sucedeu. À medida em que tal política retrocede e o país começa a reestabelecer as instituições democráticas, todavia, o latente discurso parece retornar à arena política, emprestando novas cores a uma agenda antiga, e desafiando a militância favelada contemporânea a penetrar sua memória coletiva e enfrentar um horizonte tão sinistro quanto o de seus antecessores de há cinquenta anos. No decorrer do estudo, torna-se claro que esses militantes já possuem uma vaga reminiscência, proposta hipoteticamente como memória diáfana, que poderá, para aqueles envolvidos em uma batalha por seus lares, sugerir uma primazia da memória sobre a história.

Autor do Resumo
Julio César de Lima Bizarria
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Morro do Pasmado
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
Século XX - Século XXI; 1964 - 1985
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1313072

Urbanização do Rio de Janeiro no início do século XX: Entre o real e o oficial na crônica de Lima Barreto

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Cidney de Oliveira Inácio
Sexo
Homem
Orientador
Jacqueline de Cássia Pinheiro Lima
Código de Publicação (DOI)
31035019004P4
Ano de Publicação
2013
Programa
Humanidades, culturas e artes
Instituição
UNIGRANRIO
Idioma
Português
Palavras chave
Literatura
Urbanização
Cidadania
Segregação
Resumo

O objetivo dessa dissertação é estudar as transformações que a Capital Federal do país, a cidade do Rio de Janeiro, sofreu no início do século XX devido à intervenção urbanística planejada pelas autoridades políticas da época, especificamente no mandato do prefeito Pereira Passos. Sua finalidade era promover uma mudança drástica do traçado urbanístico da metrópole no intuito de dar-lhe ares europeizantes. Paralelamente à interferência estética, no entanto, destacou-se a crônica de Lima Barreto. O escritor-testemunha desse momento histórico registrou a ausência de projetos para atender aos anseios da população pobre fossem habitantes das recém-surgidas favelas como cortiços e casa de cômodo que contrastavam com a paisagem constituída, seja nas amplas parcelas dos desabrigados e renegados pelo poder público que se refugiavam no subúrbio e deu lugar de destaque, em seus escritos, não só a esses espaços, mas também à parte marginalizada da população. Nesse sentido, nosso foco de análise materializa uma leitura interdisciplinar histórico-literária acerca dessas transformações a fim de melhor elucidar a radical intervenção promovida pela República no traçado arquitetônico da Capital Federal bem como o simbolismo implicado nesse processo.

Autor do Resumo
Cidney de Oliveira Inácio
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
Início do Século XX
Localização Eletrônica
https://tede.unigranrio.edu.br/handle/tede/250

O corpo encantado das ruas

Tipo de material
Livro
Autor Principal
Simas, Luiz Antonio
Sexo
Homem
Código de Publicação (ISBN)
978-85-200-1392-2
Edição (nome da editora)
Civilização Brasileira
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Brasil
Idioma
Português
Resumo

No livro "O Corpo Encantado das Ruas", o autor Luiz Antonio Simas, traz 42 pequenos textos sobre aspectos da história, da cultura e do cotidiano da cidade do Rio de Janeiro.

A principal referência do autor está presente desde o título: que faz referência ao clássico livro do jornalista carioca de inícios do século XX João Paulo Barreto, mais conhecido como João do Rio, que no ano de 1908 publicou a reunião de algumas de suas crônicas jornalísticas em seu livro mais conhecido: A Alma Encantadora das Ruas.

Assim como João do Rio, as "crônicas" de Luiz Antonio Simas não se utilizam da ficção para falar sobre o cotidiano da cidade. Os textos presentes nesse livro são fruto de uma observação minuciosa da cidade, tanto no passado quanto no presente, para retratar as transformações do Rio de Janeiro contemporâneo de forma a situar tais processos em um contexto histórico, político e cultural, procurando tanto uma reflexão sobre tais processos, quanto localizar seus efeitos na vida imediata.

O livro trata de temas como as religiões de matrizes africanas na cidade, a formação das favelas cariocas, as transformações na relação dos cidadãos com a rua, o processo que o autor chama de "arenização", conceito criado pelo autor a partir da reforma do estádio do Maracanã e que designa em sua obra um processo de gentlificação das áreas tradicionais da cultura carioca.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
século XX; 2000-2016

Políticas públicas e direito à cidade: conflitos sociais e cidadania no Rio de Janeiro

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Rocha, Marcos Fonseca da
Sexo
Homem
Orientador
Sader, Emir Simão
Código de Publicação (DOI)
31004016040P9
Ano de Publicação
2010
Local da Publicação
Brasil
Programa
Políticas públicas e formação humana
Instituição
UERJ
Página Inicial
1
Página Final
162
Idioma
Português
Palavras chave
Reforma urbana
Movimentos sociais
Cidadania e direitos sociais
Participação democrática
Políticas públicas
Resumo

A tese reflete criticamente sobre o Estatuto da Cidade lei promulgada em 2001 que regulamenta o capítulo da constituição federal referente à Reforma Urbana - e suas implicações sociais, especialmente em cidades com um percentual elevado de população vivendo em submoradias (favelas, cortiços e autoconstruções). Neste quadro, identificou-se uma maior densidade das experiências democráticas de participação popular na gestão urbana (como o Orçamento Participativo) que trouxeram um novo relevo aos seus novos atores e suas novas formas de atuação. Analisou-se também o novo cenário político implementado a partir de 2003, com a criação do Ministério das Cidades que reforçou uma política participava na gestão municipal via a criação do Plano Diretor Participativo, instrumento obrigatório estabelecido pelo Estatuto das Cidade. Identificou-se, no entanto que, apesar do novo marco regulatório urbano e do diagnóstico da drástica situação de grande parte da população pobre nas cidades brasileiras, a agenda das políticas públicas municipais continua excludente e fechada ao debate mais amplo e politizado de uma efetiva implementação dos direitos sociais para a população excluída. A presente tese visou contribuir para com esse debate, trazendo novas questões e novas percepções em torno dos movimentos sociais, da cidadania e do direito à cidade e enfrentando também a discussão acerca do papel do judiciário e da efetividade da Constituição Federal no campo dos direitos sociais. Discutiu-se as políticas públicas relacionadas ao papel do Estado, inclusive no que tange às atuações e intervenções do Poder Judiciário e dos movimentos sociais. Para isso, adotou-se a metodologia qualitativa e elaborou-se um questionário de entrevistas aplicado a 11 pessoas vinculadas à uma significativa atuação política, legislativa, de pesquisa científica, técnica e/ou jurídica em relação aos conflitos urbanos na cidade do Rio de Janeiro, abrangendo ativistas dos movimentos sociais, do poder judiciário, pesquisadores e legislativo municipal. Os objetivos desta tese foram contemplados ao evidenciar as possibilidades de expansão da cidadania via a gestão democrática das cidades, tendo como referência o novo marco legal trazendo esse debate para o campo das políticas públicas concernentes praticadas pelo Poder Executivo e ainda, apontar a existência de espaços de luta para a busca da efetividade dos direitos sociais dentro do judiciário.

Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
Década de 2000
Localização Eletrônica
https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/14733

A atuação seletiva do Caveirão: Política de segurança para as “classes perigosas”

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Rocha, Viviane Christine Pinto da Costa Coelho
Sexo
Mulher
Orientador
Barata, Denise
Código de Publicação (DOI)
31004016040P9
Ano de Publicação
2011
Local da Publicação
Brasil
Programa
Políticas públicas e formação humana
Instituição
UERJ
Idioma
Português
Palavras chave
Política de segurança
Classes perigosas
Caveirão
RJ
Resumo

O recurso ao Caveirão como parte da política de segurança do Rio de Janeiro realça algumas questões presentes na atual política de segurança pública no que diz respeito à interação com as favelas. A militarização crescente e o investimento em estratégias bélicas em determinados territórios da cidade evidencia o conjunto de saberes e práticas imbricados por dispositivos de controle pensados para a gestão da pobreza. Num processo que tem seu paralelo com a nomeação das “classes perigosas” no início do século passado, hoje verifica-se que a representação sobre uma periculosidade própria dessa população ainda orienta os investimentos públicos da segurança a fim de garantir uma ordem institucional a qualquer custo. Os arranjos biopolíticos e técnicas de controle que foram se desenhando na cidade apontam para um sistema de relações de poderes que visa controlar a parte da população pobre e negra que habita as áreas de favelas. Com isso pretende-se analisar o recurso ao Caveirão como parte da política de segurança destinada a um grupo social específico, constituído pelos habitantes de favelas, a partir das técnicas de poder circunscritas na gestão biopolítica da população. Utiliza-se para este estudo bibliografia específica sobre favelas a fim de delimitar a noção de classes perigosas sobre a qual se dirigem as políticas de controle, além de bibliografia sobre as políticas de segurança implementadas no Rio de Janeiro a partir da década de 80. Para ilustrar a forma de atuação da polícia com esse segmento pauperizado, são utilizados dados estatísticos sobre letalidade das ações policiais e fontes específicas sobre a atuação do Caveirão.

Autor do Resumo
Autor
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
Século XXI

O programa de aceleração do crescimento (PAC) no Complexo do Alemão: um campo de disputas

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Migon, Ricardo Moreira
Sexo
Homem
Orientador
Leite, Marcia da Silva Pereira
Código de Publicação (DOI)
31004016020P8
Ano de Publicação
2011
Local da Publicação
Brasil
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UERJ
Página Final
100
Idioma
Português
Palavras chave
Favela
PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)
Biopolítica
ONG
Associação de moradores
Resumo

Nesta dissertação analiso o Programa de Aceleração do Crescimento denominado "PAC das Favelas" (ou "PAC das comunidades"), a partir de um caso empírico, ou seja, da sua execução no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Compreendo que diversas obras estruturantes do espaço urbano estão sendo executadas no Complexo do Alemão com recursos do PAC, verificando-se assim as ações de ao menos três atores sociais no contexto analisado: Estado, Associações de Moradores e ONG's locais. Cada um destes "sujeitos coletivos" se utiliza de discursos, estratégias e concepções políticas particulares associadas e construídas em torno do "PAC das favelas". Nesta medida, procurei analisar comparativamente como estes discursos são construídos e quais as estratégias utilizadas, percebendo os pontos convergentes ou divergentes, no processo de negociação constante. Além disso, procurei verificar se há possibilidade de compatibilização entre o sentido dado a Biopolítica e a participação popular, neste contexto específico e, se o desenho institucional do PAC se aproxima ou não dos ideais participativos expressos no Estatuto das Cidades. O material empírico analisado foi obtido através do privilegiamento do método qualitativo, a partir da observação de reuniões do Comitê Social do PAC e do Comitê de Desenvolvimento Local do Complexo do Alemão, bem como através de entrevistas com integrantes de Associações de Moradores, ONG's locais e de agências estatais diretamente envolvidas no programa. No entanto, sempre que disponíveis utilizamos também fontes secundárias, particularmente, documentos que expressavam a posição dos diferentes atores envolvidos.

Autor do Resumo
Ricardo Moreira Migon
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Complexo do Alemão
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
2007-2011

Museu de Favela: pensando turismo e patrimônio no Pavão, Pavãozinho e Cantagalo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Moraes, Camila Maria dos Santos
Sexo
Mulher
Orientador
Prado, Rosane Manhães
Código de Publicação (DOI)
31004016020P8
Ano de Publicação
2011
Local da Publicação
Brasil
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UERJ
Página Inicial
1
Página Final
131
Idioma
Português
Palavras chave
Turismo
Patrimônio
Museu
Favela
Resumo

Esta dissertação versa sobre o Museu de Favela (MUF), organização não-governamental fundada em 2008 durante as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas favelas do Pavão, Pavãozinho e Cantagalo, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. As principais propostas do MUF são a patrimonialização da favela/seus elementos culturais, bem como o desenvolvimento turístico dessas favelas. A partir de um trabalho de campo, do tipo observação participante junto à diretoria do MUF, analiso a construção de sua proposta de turismo em oposição à favela da Rocinha, caso emblemático do turismo em favelas. Mostro a presença de duas ideias de turismo a propósito do caso estudado: o que chamo de turismo vilão, representado pelo contexto da Rocinha na visão dos promotores do MUF; e o que chamo de turismo solução, representado na mesma visão pelo turismo organizado pelos moradores para benefício da população local e solução dos problemas das favelas. Analiso ainda a proposta do MUF, sua organização como ONG e seus diretores. Por fim, focalizo o Museu de Favela e o Estado como atores sociais básicos envolvidos na questão analisada, mostrando como turismo e patrimônio aparecem como ferramentas para ambas as instituições, que guardam semelhanças e diferenças no que se refere a dois processos em andamento nas favelas do Pavão, Pavãozinho e Cantagalo: o processo de patrimonialização e o processo de turismização.

Autor do Resumo
Camila Maria dos Santos Moraes
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Pavão; Pavãozinho; Cantagalo; Rocinha
Localidade
Museu de Favela (MUF)
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
2008-2011
Localização Eletrônica
https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/8426