Psicologia

ASSERTIVIDADE: ESCALA MULTIDIMENSIONAL E CARACTERIZAÇÃO DO REPERTÓRIO DE MULHERES INSERIDAS NO MERCADO DE TRABALHO

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Teixeira, Catarina Malcher
Sexo
Mulher
Orientador
Zilda Aparecida Pereira Del Prette
Ano de Publicação
2015
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Psicologia
Instituição
UFSCar
Página Final
175
Idioma
Português
Palavras chave
assertividade
instrumentos de avaliação
mulher
mercado de trabalho
Resumo

A literatura acerca da assertividade feminina tem indicado mudanças expressivas no repertório das mulheres ao longo dos anos, e tem discutido a influência das variáveis sociodemográficas nessas mudanças. Assim, é pertinente analisar o papel da mulher nos diversos contextos da sociedade contemporânea, já que se verifica uma longa história de coerção sobre o sexo feminino. Aliada a essa situação, pode-se afirmar que os estudos brasileiros sobre habilidades sociais, das quais a assertividade é uma classe, encontram-se em ascensão. Contudo, os que discutem especificamente a assertividade ainda são escassos, em particular sob o enfoque analítico-comportamental. Adicionalmente, pouco tem se discutido sobre essa questão na Psicologia e se verifica que faltam instrumentos de avaliação específicos para assertividade, produzidos no Brasil. Essas considerações estão na base dos objetivos de pesquisa desta tese, que está organizada em quatro manuscritos. O primeiro teve como objetivo identificar e caracterizar a produção acadêmica de estudos nacionais acerca da assertividade, buscando-se determinar o “estado da arte‟ e descrever o desenvolvimento dessa área de pesquisa. No segundo, buscou-se compreender as mudanças na assertividade feminina, a partir da análise de contingências históricas e atuais. O terceiro manuscrito teve como objetivos construir e validar uma escala multimodal para avaliar assertividade, englobando indicadores de frequência, contexto cultural e variáveis encobertas enquanto fatores associados a esse construto. Como resultado foi produzido o Inventário de Habilidades Assertivas - IHA, unifatorial, constituído de 16 itens, que apresentou, para o indicador de frequência alta validade aferida pela consistência interna (α= 0,82). O quarto manuscrito teve como objetivos caracterizar o repertório assertivo de mulheres e verificar a associação de variáveis sociodemográficas com o escore geral de assertividade. Participaram 190 mulheres, do Estado do Maranhão, com nível de escolaridade superior e inseridas no mercado de trabalho. A análise de todos os indicadores apontou maiores médias para as habilidades assertivas Defender outrem em grupo e Pedir ajuda a amigos em todos os indicadores, à exceção do indicador desconforto, cuja maior média foi para a habilidade Abordar para relacionamento sexual. As menores médias dos demais indicadores se concentraram na habilidade de Abordar para relacionamento sexual. Os dados alinham-se com os achados da literatura que apontam que quanto maior o repertório de habilidades sociais, menor o nível de desconforto e vice-versa. Quanto às variáveis sociodemográficas, foi encontrada uma correlação positiva para a quantidade de cursos de graduação e uma correlação negativa para o tempo de migração do interior para a capital. O que significa dizer que mais cursos superiores e menor tempo de migração do meio rural para o meio urbano estão associados com maior frequência de autorrelato de habilidade assertiva. Discute-se a influência de variáveis culturais e escolaridade para explicar a assertividade dessa amostra. Indica-se a necessidade de novas investigações com essa população, mas com características sociodemográficas e culturais variadas. Destaca-se como principal contribuição do presente estudo, o encaminhamento metodológico e empírico para a análise da assertividade feminina em nosso país.

Disciplina
Referência Espacial
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Maranhão
Referência Temporal
2015
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2471187

Representações sociais em disputa: o movimento pela humanização do parto e do nascimento em São Carlos

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Rocha, Carolina Neves da
Sexo
Mulher
Orientador
Scopinho, Rosemeire Aparecida
Ano de Publicação
2015
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Psicologia
Instituição
UFSCar
Página Final
78
Idioma
Português
Palavras chave
representações sociais
humanização do parto
políticas públicas em saúde
movimentos sociais em saúde
Resumo

O parto e o nascimento não são somente eventos físicos e biológicos, mas, também, sociais e culturais que, tradicionalmente, envolviam toda a comunidade. Com a institucionalização e a apropriação do processo de parto pela Medicina, também foram apropriados os corpos das mulheres, submetidas a protocolos que desconsideravam seus aspectos individuais, emocionais e culturais. Em oposição a este modelo, que se tornou hegemônico no mundo ocidental pós-industrial, surgiram movimentos de profissionais da saúde e mulheres que clamavam a humanização do parto. No Brasil, este movimento teve início na década de 1980 e, juntamente com órgãos internacionais como a OMS, influenciaram as proposições do Ministério da Saúde nas décadas seguintes. É intensa, também, a produção científica sobre o tema a partir dos anos 2000, constituindo-se um relevante campo interdisciplinar. O presente estudo teve como objetivo conhecer as representações sociais dos agentes envolvidos no movimento pela humanização do parto na cidade de São Carlos, onde existia um importante acúmulo de experiências e avanços no sentido proposto pela humanização. Para atingir este objetivo, foram trianguladas informações oriundas de levantamento bibliográfico sobre o tema, análise documental das políticas públicas, entrevistas semiestruturadas e observações participantes entre os anos de 2013 e 2014. As representações sociais foram analisadas por meio de um quadro referencial teórico formado a partir da Teoria das Representações Sociais, em sua abordagem processual, e de conceitos oriundos do levantamento bibliográfico, tendo como pano de fundo o levantamento das políticas públicas e o histórico do Movimento. Como resultados, apreendeu-se um consenso do grupo em relação ao conceito de humanização, sendo este a articulação do respeito à mulher e o direito à escolha informada com uma nova prática em obstetrícia, embasada em evidências científicas. Também foram consensuais as principais bandeiras do Movimento identificadas, a saber, o acesso e a disseminação de informação baseada em evidência e a luta contra a violência obstétrica. Por fim, foram encontrados importantes dissensos. Um destes dissensos foi a questão da luta pela universalidade ser ou não uma bandeira do Movimento. Além disso, importantes contradições e disputas foram reveladas nos discursos, que disseram respeito, principalmente, às relações internas e externas estabelecidas pelo Movimento. Percebeu-se, como principais conclusões, a falta de articulação deste Movimento e sua despolitização, fatores que limitavam a sua atuação no sentido da mudança do modelo obstétrico vigente.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Carlos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2013-2014
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2471204

TRAUMA E HISTÓRICO DE VITIMIZAÇÃO NA ESCOLA: UM ESTUDO RETROSPECTIVO COM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
De Albuquerque, Paloma Pegolo
Sexo
Mulher
Orientador
Lucia Cavalcanti de Albuquerque Willams
Ano de Publicação
2014
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Psicologia
Instituição
UFSCAR
Página Final
253
Idioma
Português
Palavras chave
violência escolar
experiências escolares
trauma
transtorno de estresse pós-traumático
validação de instrumentos
Resumo

A vitimização escolar pode favorecer a ocorrência de sintomas traumáticos, como de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). A presente Tese de Doutorado teve os seguintes objetivos: buscar evidências de validade de conteúdo e de constructo do instrumento retrospectivo norte-americano Student Alienation and Trauma Survey – R (SATS-R), para o Brasil; caracterizar como a violência se expressa na escola, identificando os principais tipos de violência, as piores experiências escolares vivenciadas por estudantes, a frequência e a duração desses eventos, os agressores principais, bem como as características das vítimas (idade, série e tipo de escola); investigar a ocorrência de sintomas traumáticos, principalmente TEPT, nos estudantes, após a vivência da pior experiência escolar; analisar a associação dos sintomas de TEPT a variáveis relacionadas à pior experiência escolar; e investigar o relacionamento de variáveis explicativas (características do indivíduo e das experiências escolares aversivas vivenciadas) e o desenvolvimento de sintomas de TEPT, por meio de um modelo de regressão logística ordinal. Participaram do estudo 691 estudantes (54,8% do sexo feminino e 45,2% do masculino), de uma universidade pública do interior do estado de São Paulo, que responderam a versões brasileiras dos instrumentos Student Alienation and Trauma Survey e Post-Traumatic Stress Disorder Checklist – Civilian Version (PCL-C). Para a validação de conteúdo, foram feitas: tradução, retrotradução, equivalência semântica, análise do instrumento por profissionais da área e avaliação por amostra da população alvo; para a validação de constructo foi realizada análise fatorial exploratória e cálculo do alfa de Cronbach do instrumento. Os resultados do estudo apontaram para a viabilidade da utilização do instrumento no contexto brasileiro para fins de pesquisa. A frequência dos tipos de vitimização relatados pelos participantes foi: violência relacional (ao menos um item relatado por 85,2%), violência verbal (77,7%) violência física (50,8%), disciplina injusta (43,1%), violência contra o patrimônio (33,4%), presenciar violência (27,9%) e violência sexual (21,4%). Os tipos de piores experiências mais frequentes descritos foram violência relacional (35,7%) e verbal (27,4%). As meninas sofreram mais episódios de violência verbal, relacional e sexual e os meninos violência física e disciplina injusta, sendo que os agressores foram, em sua maioria, estudantes e do sexo masculino. A idade média de ocorrência das piores experiências foi 12,3 anos e, embora a maior parte dos eventos tenha ocorrido em baixa 14 frequência e com curta duração, porcentagem considerável dos participantes apontou duração de “anos” nos casos de vitimização verbal e relacional, principalmente. A maior parte dos participantes apontou ter se incomodado muito com a pior experiência escolar, sendo que 7,8% apresentaram indicação de TEPT após a vivência dessa experiência. A porcentagem de participantes com escores clinicamente significativos nas subescalas variou de 4,7% (sintomas somáticos) a 20% (hipervigilância), sendo frequentes sintomas comumente descritos na literatura como depressão, desesperança, dificuldades cognitivas e rememoração do evento traumático. As variáveis significativas para o modelo de regressão realizado foram: idade, duração e incômodo após a pior experiência, violência relacional e violência verbal. De forma geral, quanto maior o incômodo do estudante, maior a duração da experiência, maior a idade e quanto mais eventos vivenciados de vitimização relacional e verbal, maior a possibilidade de apresentação de sintomas clinicamente significativos de TEPT. Apesar das limitações da metodologia retrospectiva, foram obtidos resultados interessantes que coincidem com a literatura, chamando a atenção para os efeitos a longo prazo da vitimização escolar. Além disso, o estudo pode contribuir para o desenvolvimento de novas pesquisas sobre o tema, bem como oferecer parâmetros de tratamento às vítimas que apresentem sintomas decorrentes de experiências traumáticas na escola, podendo aprimorar, também, programas de prevenção à violência escolar.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Carlos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2014
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=215568

Regulamentar para que(m)? As representações sociais de prostitutas sobre a regulamentação da "profissão"

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Afonso, Mariana Luciano
Sexo
Mulher
Orientador
Scopinho, Rosemeire Aparecida
Ano de Publicação
2014
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Psicologia
Instituição
UFSCar
Página Final
159
Idioma
Português
Palavras chave
prostituição
regulamentação
representações sociais
psicologia social
Sorocaba
Resumo

O tema geral desta pesquisa é a prostituição, conhecida pelo senso comum como a “mais antiga profissão do mundo”, e sempre envolta por muita polêmica, tanto nacional como internacionalmente. De modo que, historicamente, os Estados encontram-se divididos entre sua proibição ou regulamentação. Alguns agrupamentos sociais reivindicam que a prostituição seja regulamentada e reconhecida como um trabalho “como outro qualquer”, enquanto outros consideram seu exercício como uma forma de exploração e mercantilização do corpo feminino e de expressão de relações de poder desiguais entre homens e mulheres. Nacionalmente, a prostituição já está inclusa no Código Brasileiro de Ocupações, indexada com o número 5198-05, na categoria de “prestador de serviço”. O Código Penal Brasileiro não criminaliza a pessoa em situação de prostituição, mas pune o lenocínio. Desde 1997 foram apresentados quatro projetos de lei (PLs) de regulamentação da prostituição, após uma série de discussões, contudo, não se chegou a uma conclusão sobre eles, o que parece refletir as divergências existentes na sociedade sobre o assunto. Em 2012, Jean Wyllys propôs o PL 4211/2012 que encontra-se em tramitação atualmente. Neste ínterim, propomo-nos a investigar o que as principais afetadas, as próprias prostitutas, pensam sobre a questão. O referencial teórico metodológico utilizado é a Teoria das Representações Sociais. O campo empírico em que a pesquisa foi realizada é a região central de uma cidade do interior do estado de São Paulo, Sorocaba, a região é historicamente conhecida por abrigar a prostituição de baixa renda. Os sujeitos da pesquisa são sete prostitutas que exercem sua atividade nas ruas desta região. O critério de seleção do número de sujeitos e entrevistas foi o da saturação. Para apreender as representações sociais dos sujeitos foram realizadas observações diretas anotadas em diário de campo e entrevistas em profundidade, com roteiro semiestruturado. A fim de compreender o contexto local de onde emergem estas representações, foram mapeadas as instituições da cidade que tratam da prostituição e têm contato próximo com essas mulheres: Um dos Conselhos de Segurança (CONSEG) de Sorocaba, formado por comerciantes e policiais, uma Associação religiosa, que é uma ala da Igreja católica, e uma Organização Não Governamental (ONG), que trabalha com a política de Redução de Danos. Foram realizadas então entrevistas com representantes destas instituições e análises de documentos produzidos pelas mesmas. Para compreender também o contexto nacional em que a temática está inserida, investigou-se o conteúdo dos PLs sobre a regulamentação, e as forças pró e contra regulamentação, especialmente no âmbito do Estado, da Igreja e de movimentos sociais. Concluímos que as representações sociais das prostitutas entrevistadas distanciam-se desses discursos, ancorando-se em suas próprias vivências. Desconhecem as especificidades de cada PL e posicionam-se de maneira contrária à regulamentação.

Disciplina
Referência Espacial
Zona
Centro
Cidade/Município
Sorocaba
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Século XXI
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1474689

Um estudo psicossocial sobre as memórias sociais dos moradores da comunidade do Marujá − Parque Estadual da Ilha do Cardoso

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Alvaides, Natalia Kerche
Sexo
Mulher
Orientador
Rosemeire A. Scopinho
Ano de Publicação
2013
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Psicologia
Instituição
UFSCAR
Página Final
178
Idioma
Português
Palavras chave
psicologia social
memória social
identidades
unidade de conservação
comunidade caiçara
Resumo

A desconsideração da existência das comunidades tradicionais na implantação das Unidades de Conservação tem gerado graves problemas sociais, causando a reorganização dos seus modos de vida e, consequentemente, alterações na identidade dos moradores. O objetivo geral desta pesquisa é, a partir da relação existente entre memória e identidade, analisar como elementos da memória social dos moradores da comunidade de Marujá − Parque Estadual da Ilha do Cardoso dialogam com as diretrizes político administrativas no processo de reconstrução de suas identidades. Especificamente pretende-se identificar as mudanças nas diretrizes político administrativas, comparando as diferentes edições do plano de manejo, bem como analisando a atuação do comitê de apoio à gestão; reconstruir as memórias sociais da comunidade e as expectativas vividas atualmente; identificar a influência de experiências passadas sobre determinadas esferas culturais e econômicas da vida do sujeito cotidianas; e, analisar a relação que se estabelece entre a memória social da população local e as diretrizes político-administrativas propostas atualmente. As informações foram obtidas por meio de análise bibliográfica e documental, observação direta, de pré-entrevistas e de entrevistas que combinaram relatos orais de histórias de vida e perguntas exploratórias. As informações foram gravadas, transcritas e analisadas de modo a eleger as categorias: memórias de lugar, memórias de trabalho e memórias de resistência; que permitiram compreender a relação entre memória, diretrizes políticoadministrativas e identidade existente na comunidade da Unidade de Conservação mencionada. A partir dessa análise, concluímos que a memória social serve como instrumento de interpretação do presente, produzindo o ‘novo’ e o ligando ao passado e relaciona-se com as diretrizes político administrativas na medida em que os moradores participem democraticamente da gestão do PEIC e tenham sua permanência assegurada pela recategorização de algumas manchas territoriais da Unidade de Conservação nas quais habitam e desenvolvem suas atividades econômicas. Nestas condições, as Unidades de Conservação tornar-se-iam também lugares onde a identidade tradicional possa viver e aceitar o novo e, assim, traduzir-se.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Ilha do Cardoso
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2013
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=294609

Representações sociais de jovens sobre trabalho: uma análise construída a partir da formação profissionalizante e da experiência de primeiro emprego

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Betetto, Mariana de Freitas
Sexo
Mulher
Orientador
Scopinho, Rosemeire Aparecida
Ano de Publicação
2012
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Psicologia
Instituição
UFSCar
Página Final
128
Idioma
Português
Palavras chave
representação social
mercado de trabalho
trabalho juvenil
formação profissional
Resumo

A literatura mostra que a entrada do jovem no mundo do trabalho tem aspectos positivos e negativos para o seu desenvolvimento. Diante da atual crise de emprego e da existência de legislação que prevê a inserção juvenil no trabalho como aprendizes, torna-se importante analisar as representações sociais de jovens cuja entrada no mundo do trabalho é mediada por entidades pré-profissionalizantes, que devem mediar a relação entre o aprendiz e sua primeira experiência de emprego, garantindo-lhe uma  oportunidade temporária de qualificação e de trabalho. O objetivo geral da pesquisa foi compreender as representações sociais de trabalho entre jovens de 14 a 18 anos, inseridos como aprendizes em uma empresa de convênio médico, localizada no interior paulista. Utilizou-se o referencial teórico-metodológico da .Teoria das Representações Sociais, visando analisar como dimensões históricas, sociais e organizacionais dessa modalidade de inserção contribuem para formar nos jovens percepções sobre a realidade do trabalho. Trata-se de um estudo de caso envolvendo a entidade pré-profissionalizante, a empresa de convênio médico e a participação de 10 jovens aprendizes, de 16 e 17 anos, todos estudantes do Ensino Médio de escolas públicas  da cidade onde se localizam as instituições participantes da  pesquisa. As representações sociais foram apreendidas por meio de entrevistas individuais e coletivas, observação participante, investigação documental e bibliográfica. As informações foram analisadas pela construção de categorias analíticas a posteriori, que advêm de leituras exaustivas e repetidas do resultado das entrevistas e dos registros de observações de campo. Em relação à entidade pré-profissionalizante, foi possível constatar que o tipo de qualificação oferecida é disciplinadora e atende a capacitação do operário padrão obediente e pouco flexível. A triangulação das informações permitiu identificar que os jovens representam o trabalho de forma ambígua, evidenciando aspectos positivos e negativos. Os aprendizes consideram a juventude um período de preparação para o trabalho e muito  importante para o futuro profissional. As principais vantagens do trabalho apontadas por eles foram: o provimento para si e a família; a possibilidade de ascensão social; a contribuição social do trabalho (ajudar pessoas); adquirir responsabilidade e experiência; apoio à escola (norteia a  escolha profissional); adquirir qualificação profissional. Os jovens também evidenciaram a negatividade do trabalho em suas representações, apontando principalmente para a falta de tempo para a realização de outras atividades como estudo, lazer, convivência com familiares, entre outras. Concluiu-se que, na visão dos aprendizes, o trabalho contribui mais positivamente do que negativamente para o desenvolvimento profissional e pessoal destes.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Carlos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2012
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/6028

VIVÊNCIA DOS TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL SOBRE OS IMPACTOS EM SUA SAÚDE NO CONTEXTO DA GESTÃO PÚBLICO-PRIVADO

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Borges, Elisa Silva
Sexo
Mulher
Orientador
Rosemeire Aparecida Scopinho
Ano de Publicação
2012
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Psicologia
Instituição
UFSCAR
Página Final
118
Idioma
Português
Palavras chave
construção civil
trabalho
relações de trabalho
Resumo

Com esta dissertação, foi possível contribuir com a discussão sobre a saúde dos trabalhadores, na área da construção civil, de projetos habitacionais promovidos pela parceria entre  instâncias públicas e privadas. Apesar de ser um setor importante para a economia brasileira, a literatura é escassa, especialmente na Psicologia, de estudos a respeito de como os trabalhadores vivenciam os impactos das condições e relações de trabalho, propiciadas pelos gestores, em sua saúde. Com base no referencial teórico e metodológico da Epidemiologia Social, da Psicodinâmica do Trabalho e de autores da Ergonomia, este trabalho visou estudar  como os serventes e pedreiros de uma obra habitacional, em um município do interior de São Paulo, vivenciaram as relações e condições de trabalho propiciadas pelas parcerias entre Autarquia, empresa e Caixa Econômica Federal. Para isto, foram identificados os diferentes papéis dos parceiros executores  das  obras;  conhecidas  as  relações  e  condições  de  trabalho;  os  índices acidentários  e  de  adoecimento  foram  levantados.  As  informações foram  obtidas  por meio  de  questionários,  entrevistas  semiestruturadas,  observações  diretas,  pesquisa documental e analisadas por meio de triangulação e definição de categorias à posteriori, construídas a partir do exame dos consensos e dissensos  identificados no conteúdo das falas. Os  resultados mostraram  que  a  obra  financiada  pelo Programa Pró-Moradia  foi marcada  pela  lógica  do  capital,  que  determinou  precárias  condições  e  relações  de trabalho. Os  trabalhadores que  acompanharam  a  inserção do mestre de  obras, por um lado  como  facilitador  da  comunicação  com  os  gestores  e,  por  outro,  como  perda  do controle  sobre  pequenas  decisões  tomadas  pelo  coletivo. A  qualificação, mesmo  que não proporcionada pelos gestores, por meio de cursos, quando a organização do trabalho permitiu, os  trabalhadores desenvolveram novas habilidades. As medidas de segurança no  trabalho  foram  paliativas,  mas  os  trabalhadores  utilizaram-se  de  estratégias defensivas  e  de  mobilização,  as  quais  diferenciaram-se  de  acordo  com  a  relação trabalhista.  Entretanto,  alguns  trabalhadores  adoeceram  ou  se  demitiram,  pois  nem sempre conseguiam superar a organização do trabalho.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Carlos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2012
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/6029

AVALIAÇÃO DE CURSO DE CAPACITAÇÃO SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES PARA PROFISSIONAIS DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA.

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Bannwart, Thais Helena
Sexo
Mulher
Orientador
Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams
Ano de Publicação
2011
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Psicologia
Instituição
UFSCAR
Página Final
133
Idioma
Português
Palavras chave
violência
crianças e adolescentes
profissionais de saúde
Resumo

Estudos mostram que , ao lidarem com casos de maus tratos, os profissionais de sáude enfrentam dificuldades, tanto para identificar, quanto para notificar. Essas dificuldades estão relacionadas à lacuna desse tema na formação profissional, á reprodução de padrões culturais no não envolvimento em assuntos que seriam familiares, à descrença na efetividade dos órgãos competentes, como Conselhos Tutelares, às experiências negativas anteriores e a aspectos pessoais. Outros estudos indicaram a necessida de programas de cpacitação para esses profissionais e apontam algumas sugestões sobre o que um programa deveria conter, assim como sua forma, abrangência e níveis profissionais envolvidos com esse público. O objetivo deste trabalho consistiu em sensibilizar profissionais do Programa Saúde da Família (PSF) para a temática da prevenção da violência contra a criança e o adolescente ao elaborar, propor e avaliar um curso de capacitação para identificar e notificar maus-tratos contra crianças e adolescentes. A capacitação foi desenvolvida com base em diretrizes descritas na literatura. Os objetivos da capacitação foi que, ao final do curso, os profissionais fossem capazes de: a) identificar o fenômeno da violência; b) identificar os tipos de violência contra crianças e adolescentes; c) identificar os sinais e sintomas associados; d) identificar fatores de risco e proteção; e) analisar mitos envolvendo a temática; f) analisar a forma de abordar vítimas de maus-tratos; g) identificar a rede de proteção na cidade; h) identificar e analisar os fatores que promovem resiliência; i) estabelecer diálogo entre a equipe e as entidades responsáveis pela infâncvia e juventude e j) preencher corretamente a ficha de notificação. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da UFSCar. Participaram deste estudo duas equipes de referência de Unidades Saúde da Família distintas, sendo inicialmente uma equipe do grupo intervenção e outra controle, em uma cidade do interior de São Paulo. A duração da capacitação foi de 15 horas divididas em 10 encontros quinzenais. Ao final da primeira intervenção, replicou-se a capacitação com o grupo controle. As equipes eram compostas de 11 profissionais de saúde cada. Os instrumentos de avaliação utilizados foram: Questionários sobre Casos Hipotéticos, Escala sobre Avaliação de Maus-tratos contra Crianças e Adolescentes na Atenção Básica e Questionário sobre Violência Intrafamiliar contra Crianças e Adolescentes. Após a capacitação das equipes houve uma variação positiva quanto a procedimentos adotados diante de uma situação de suspeita ou confirmação de maus-tratos considerando-se o cumprimento da legislação de comunicar ao Conselho Tutelar casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos. Ademais, segundo avaliação dos particvipantes, a capacitação sensiibilizou-os quanto ao cuidado desses casos que antes passavam despercebidos. Concluiu-se que a capacitação de profissionas de saúde para identificar e comunicar à autoridade competente sobre casos de violência contra crianças e adolescentes, pode ser eficiente para o objetivo proprosto e, seria de suma importância, aplicá-las como Política Pública para melhorar o atendimento a população e, principalmente, prevenir a violência, bem como fortalecer a rede de proteção à criança e adolescente.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Carlos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2011
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/6025/4112.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Eficácia de procedimentos para maximizar senso de bem estar e competência parental a mulheres vitimizadas

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Santini, Paolla Magioni
Sexo
Mulher
Orientador
Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams
Ano de Publicação
2011
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Psicologia
Instituição
UFSCar
Página Final
122
Idioma
Português
Palavras chave
violência doméstica
estilos parentais
avaliação de intervenção
Resumo

Vários estudos ilustraram que estilos parentais problemáticos são desenvolvidos pelo aprendizado do comportamento modelado pelos pais, e os que tiveram um histórico de agressão na infância tendem a continuar sofrendo dificuldades sociais, comportamentais e de saúde, assim como seus filhos. Assim, intervenções com os pais no sentido de orientá-los a educar seus filhos de maneira adequada seria uma estratégia a se tomar frente a essa problemática. O Projeto Parceria mescla componentes Psicoterapêuticos (Módulo 1) e Educacionais (Módulo 2) a mães com histórico de violência conjugal com o intuito de prevenir problemas de comportamento em seus filhos. O objetivo do presente estudo consistiu em comparar a eficácia de três procedimentos de intervenção, em termos das variáveis Bem-estar e Senso de Competência Parental: a) Módulo Psicoterapêutico seguido de Módulo Educacional; b) Módulo Educacional seguido de Módulo Psicoterapêutico; e c) Módulo Psicoterapêutico e Educacional apresentados simultaneamente. Participaram do estudo 9 mães com histórico de violência cujos filhos tinham idade entre 4 a 12 anos. Para a intervenção, foram utilizadas as Cartilhas do Projeto Parceria. Para a coleta de dados, a Entrevista com Mulheres Vítimas de Violência Doméstica, na primeira sessão; os instrumentos: Inventário Beck de Depressão (Beck Depression Inventory BDI), Inventário de Potencial de Abuso Infantil (Child Abuse Potential Inventory CAP) e o Inventário de Estilos Parentais (IEP), aplicados nos momentos pré-teste, pós-teste e follow up; a Ficha de Registro Diário de Bem-estar e Senso de Competência Parental, coletada semanalmente; e a Avaliação do Programa pelas participantes, no último encontro. O presente estudo teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisas da UFSCar. Selecionadas as participantes, foi aplicada a Entrevista a fim de formar três grupos de maneira homogênea, cada um contemplando um tipo de procedimento. Em seqüência, foram realizadas as fases de coleta de dados e intervenção, cujas sessões eram conduzidas individualmente. No total, o estudo envolveu 20 encontros realizados na Universidade. Utilizou-se como Delineamento da Pesquisa o Ensaio Clínico Não-randomizado Intragrupos de Séries Temporais. Os dados dos Inventários foram analisados por meio do Método JT, o qual avalia Significância Clínica e Mudança Positiva Confiável dos escores. Adicionalmente, os dados dos Registros Diários foram analisados por meio de gráficos de freqüência e as Avaliações das Participantes pela Análise de Conteúdo. Os resultados apontaram índices mais positivos na maioria dos escores quando comparados os momentos pré-teste, pós-teste e follow up, sendo que o grupo com abordagem simultânea dos módulos concentrou melhores resultados. As avaliações de todas as participantes sobre ambos os módulos foram relatadas positivamente. O presente estudo alcançou o pretendido: comparou a eficácia de procedimentos de intervenção com mulheres vitimizadas, tendo indicado aquele que mescla ambos os módulos simultaneamente como sendo o mais eficaz. Além disso, foi observada total adesão das participantes, dado dificilmente encontrado em intervenções com mulheres desse perfil. Limitações desse estudo envolvem o controle da variável gravidade da violência sofrida pelas participantes, bem como a inclusão de outros informantes em medidas de coleta de dados. Conclui-se que o Projeto Parceria incorpore tal procedimento e seja replicado em outras instituições de apoio a mulheres vitimizadas, facilitando sua adoção como Política Pública.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Carlos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2011
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/6019

Representações sociais de estudantes negros: universidade e trabalho

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Santos, Elisabete Figueroa dos
Sexo
Mulher
Orientador
Scopinho, Rosemeire Aparecida
Ano de Publicação
2011
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Psicologia
Instituição
UFSCar
Página Final
183
Idioma
Português
Palavras chave
negros
representações sociais
universidade
trabalho
Resumo

Os indicadores sociais acerca da educação e das relações de trabalho no Brasil apontam que as desigualdades são ainda mais críticas quando a análise é feita sob a ótica etnicorracial, evidenciando uma situação de visível desvantagem para a população negra. Contudo, a literatura tem revelado ser a educação tradicionalmente um dos principais instrumentos capazes de promover a ascensão social e econômica do negro. Dessa forma, várias instituições educacionais de nível superior têm implantado o sistema de reserva de vagas, fruto das reivindicações do movimento negro brasileiro. Logo, essa pesquisa buscou compreender as relações entre negritude,  educação e trabalho, a partir da perspectiva de estudantes universitários negros. O objetivo deste estudo foi estudar as representações sociais que possuem os estudantes negros da UFSCar sobre a entrada na universidade  pública pormeio do sistema de reserva de vagas, o curso e a profissão escolhida e a inserção e/ou permanência no mercado de trabalho. Especificamente, pretendeu-se analisar o Programa de Ações Afirmativas (PAA) da UFSCar, suas propostas, políticas, estratégias; conhecer as características sócio-econômicas dos estudantes, especialmente aquelas que dizem respeito à trajetória escolar e de trabalho; conhecer as representações sociais  dos estudantes em relação à formação e o ingresso no mercado de trabalho; e, por fim, discutir o impacto das relações estabelecidas no contexto universitário sobre a identidade etnicorracial dos estudantes. Foram realizadas entrevistas individuais com 13 estudantes pretos e pardos, ingressantes na UFSCar a partir de 2008, via sistema de reserva de vagas ou não. Além disso, foram feitas entrevistas coletivas com parte dos estudantes entrevistados individualmente. Pôde-se verificar as relações  existentes entre o senso de pertencimento, a identidade etnicorracial e as representações que são engendradas sobre as relações raciais e ações afirmativas.  Percebemos, portanto, alunos negros que identificam-se e afirmam-se como negros, são participantes de grupos afirmativos, engajados nas discussões raciais e, identificam-se também como reservistas ingressantes pelas vagas destinadas a alunos negros. E, há aqueles para os quais raça e etnicidade não são elementos salientes em sua identidade, não partilham de grupos afirmativos e demonstram dificuldades de assumirem-se como ingressantes pela reserva de vagas para negros. As representações acerca da implantação de reserva de vagas para negros são tomadas como algo positivo, devido à crença de que elas possibilitam a entrada do negro na  universidade; possibilitam a entrada dos desfavorecidos; e diminuem a desigualdade. A apreensão dessa política como algo negativo deve-se à representação de que instituir tais medidas: é assumir a incapacidade do negro; traz complicações constitucionais; desvia o foco do real problema que é a educação base, gera preconceito; cria a desigualdade; e por fim, conta com a dificuldade de se definir quem é negro no Brasil. As mesmas relações e formas  de representações foram verificadas acerca da reserva de vagas para negros no mercado de trabalho. Percebemos que, aqueles estudantes que apresentam uma identidade etnicorracial afirmada representavam as relações entre ser negro, ensino superior e mercado de trabalho de forma mais crítica e propositiva. Assim, estudantes cuja identidade etnicorracial não se apresenta de maneira tão saliente, representavam essas relações de forma a negar a  existência de racismo, buscando minimizar a própria afetação num quadro de discriminação racial, o que está atrelado à contrariedade acerca das ações afirmativas no ensino superior e no mercado de trabalho.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Carlos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2011
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/6020/3750.pdf?sequence=1&isAllowed=y