Stress em escolares: percepção do professor e diferenças entre os gêneros
Buscou-se investigar, nesta pesquisa, se há diferenças entre o nível de stress e a sintomatologia de meninos e meninas em idade escolar e se o professor é capaz de perceber sinais de stress presentes em seus alunos. Participaram do estudo 52 crianças, sendo 30 meninos e 22 meninas, com idade entre seis e nove anos, matriculadas em uma escola particular de uma cidade no interior de São Paulo e seus respectivos professores. Os dados foram coletados em grupo, na própria sala de aula da criança, com a ajuda da professora na aplicação do instrumento. Foram utilizados os seguintes instrumentos: termo de consentimento livre e esclarecido para os pais, termo de consentimento livre e esclarecido para os professores, carta de ciência e autorização da escola, Escala de Stress Infantil (ESI), ficha de identificação da criança e um questionário para professores. Os resultados demonstraram que a incidência de stress, nesta amostra, é de 23%. Outro dado encontrado é que a índice de stress em meninos e meninas é aproximadamente o mesmo, 23%. A incidência de stress diminui a medida que a criança aumenta a escolaridade. Houve diferença entre gêneros no que diz respeitoà área de manifestação dos sintomas. Enquanto os meninos apresentaram prevalência de sintomas na área psicofisilógica, as meninas apresentaram prevalência de sintomas na área psicológica. O sintoma mais mencionado pelos participantes foi "Estou o tempo todo me mexendo e fazendo coisas diferentes." No que diz respeito à percepção das professoras, nota-se que, na maioria da amostra, as mesmas não conseguiram diferenciar quando o aluno estava ou não com um quadro sintomatológico de stress. Novos estudos com um maior número de participantes devem ser realizados nesta área para que se possa ter uma melhor compreensão da manifestação do stress na infância e da importância do professor na prevenção do stress do aluno