Violência

Enxugando iceberg: como as instituições estatais exercem o controle do crime em São Paulo

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Silvestre, Giane
Sexo
Mulher
Orientador
Sinhoretto, Jacqueline
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Sociologia
Instituição
UFSCAR
Idioma
Português
Palavras chave
controle estatal do crime
organizações criminais
estratégia militariza
estratégia clássica
PCC
Resumo

O objetivo desta pesquisa foi compreender a forma como as instituições e os operadores estatais do controle do crime estão sendo afetados pela emergência das novas formas de organização do "mundo do crime". Perguntou-se como as instituições e os operadores se veem afetados com a emergência do Primeiro Comando da Capital, o PCC; qual o impacto disto sobre o seu trabalho, sobre os modos de exercer o controle e a administração institucional do crime; quais representações eles elaboram sobre as mudanças nos contextos em que atuam e desenvolvem suas atividades profissionais. Para tanto, partiu-se da análise de dois casos empíricos ocorridos no interior de São Paulo, envolvendo o PCC e o chamado "debate" - um novo mecanismo de gestão da violência trazido com a consolidação do PCC dentro e fora do sistema prisional paulista. Os casos também auxiliaram na identificação de duas estratégias centrais no controle ao crime em São Paulo: i) um controle militarizado pautado, sobretudo, pelo enfrentamento letal e seletivo de supostos criminosos, protagonizado pela Polícia Militar e; ii) um controle judicial clássico, no qual a lógica da investigação permanece vinculada ao modelo arcaico do inquérito policial e que prioriza o encarceramento para determinados tipos de crimes e sujeitos, ao mesmo tempo em que sustenta os baixos índices de punição para os casos de letalidade policial. Parte do trabalho de campo foi realizado por meio de entrevistas com policiais civis e militares, delegados, promotores e juízes que atuam no controle do crime, incluindo o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público (GAECO). Também foi elaborada uma pesquisa com base em dados oficiais sobre a criminalidade e sobre os investimentos em segurança pública, a fim observar as tendências, preferências e escolhas políticas dos gestores da área na última década. Os resultados indicam que a emergência do PCC tem afetado as estratégias de controle do crime executada por cada uma destas instituições, ainda que permanências tenham sido observadas. O PCC passou a carregar o signo de "crime organizado", muitas vezes acionado para justificar ações violentas e letais em supostos confrontos. As investigações que envolvem o grupo têm sido recorrentemente, executada por meio de uma parceria entre Ministério Público e Polícia Militar, muitas vezes, em detrimento da polícia judiciária, o que tem gerado tensões entre as instituições e seus operadores. A polícia civil, por sua vez, convive com a coexistência entre a "lógica inquisitorial" da investigação e o esforço em operar as transformações que a emergência do "crime organizado" tem lhe imposto, além buscar driblar os obstáculos advindos do "sucateamento" da instituição.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2012-2016
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3760164

Crime e violência no cenário paulistano: o movimento e as condicionantes dos homicídios dolosos sob um recorte espaço-temporal

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Nery, Marcelo Batista
Sexo
Homem
Orientador
Adorno, Sérgio
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Sociologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Homicídio
movimento da criminalidade
espaço urbano
análise espaço-temporal
São Paulo
Resumo

A cidade que mais cresce no mundo. São Paulo não pode parar... São Paulo deve parar! Mais do que slogans que marcam a história da maior metrópole brasileira, essas frases revelam uma capital marcada por mudanças e manifestações sociais típicas de grandes centros urbanos. O presente trabalho visa compreender essas mudanças por intermédio de uma das manifestações que melhor distingue o território paulistano: os homicídios dolosos, um dos principais problemas sociais desta metrópole. Para tanto, conceitos e concepções presentes na literatura que aborda o movimento da criminalidade urbana paulista são debatidos, utilizados como fundamento teórico e hipóteses a serem testadas. Além disso, técnicas estatísticas e geoestatísticas são empregadas como ferramentas analíticas do material empírico, obtido de diversas fontes. O trabalho é composto por estudos descritivo-exploratórios e análises em escala interurbana. Congregando um amplo número de pesquisas cientificas, esses estudos buscam esclarecer por que, em um determinado período e local, as taxas de homicídios dolosos apresentam estabilidade, crescimento ou retração. Já as análises avaliam esse fenômeno do ponto de vista dos diversos padrões de urbanização e de homicídios que configuram a cidade de São Paulo. De modo geral, as investigações são consideradas em perspectiva longitudinal, o que possibilita uma observação mais adequada das nuances e variações dos homicídios, assim como melhor contextualização das matrizes teóricas que sustentam ou contestam os resultados obtidos. Entretanto, mais do que considerar o movimento dos homicídios dolosos por intermédio de suas taxas e das condicionantes que explicam sua variabilidade no tempo e no espaço, avalia-se o efeito destas entre si, sob um ponto de vista sócio-histórico e, em sentido amplo, dialético e plural. Considerando o desenvolvimento da cidade, buscou-se apresentar as transformações ocorridas na urbe e como elas se associam às taxas de homicídios. Essas transformações são vistas tanto em nível macrossociológico como microssocial. No primeiro, focaliza-se o movimento dos homicídios dolosos tendo em vista fatores históricos, econômicos, políticos e sociais que aparecem direta ou indiretamente associados com esse movimento. No segundo nível, em cada uma das milhares de partes em que a cidade é dividida são verificadas características econômicas, infraestruturais, demográficas e sociais, entre outras, que se mostraram significativas para explicar a variabilidade dos homicídios. Ambos os níveis são articulados durante todo o trabalho, sendo as conclusões alcançadas oriundas desta articulação condutoras da reflexão acerca das principais conclusões deste estudo. Essas conclusões contrariam a noção de que o movimento dos homicídios pode ser explicado por teorias universais e atemporais, apontando para a importância de uma avaliação científica da área e do período de estudo, das teorias sobre crimes urbanos e das mudanças sociais capazes de alterar esse movimento.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2012-2016
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3669809

Campos de disputa e gestão do espaço urbano: o caso da 'cracolândia' paulistana

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Magalhães, Tais Rodrigues Pereira
Sexo
Mulher
Orientador
Telles, Vera da Silva
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Sociologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
cracolândia
crack
Operação Sufoco
espaço urbano
campos de disputa
Resumo

A presente pesquisa tem como objetivo reconstruir os acontecimentos em torno da Operação Integrada Centro Legal (mais conhecida como "Operação Sufoco") deflagrada na região central de São Paulo conhecida como "cracolândia", em janeiro de 2012. Trata-se de uma intervenção policial que parece evidenciar o que todo um campo de pesquisas vem flagrando em outras cidades do Brasil e do mundo como uma lógica securitária nas formas de gestão e produção do espaço urbano. Além disso, dentro do contexto da "cracolândia", essa operação pode ser tida como um ponto de virada na forma como o Estado intervém atualmente nesse território, que passou a ser foco de políticas das três esferas de governo nos últimos três anos. A hipótese que orienta a análise da operação, seus efeitos e a configuração atual da região da "cracolândia" é a de que as inovações nas formas de gerir esse território observadas recentemente podem ser entendidas tendo como referência as limitações e resistências geradas pelos campos de disputa que surgiram em torno desta ação policial. A partir da análise da atuação judicial de defensores e promotores públicos com vistas a fazer cessar a operação na região, são apresentados neste trabalho alguns dos conflitos e disputas que se processaram em torno da "cracolândia" e das formas de gerir esse espaço, por exemplo, sobre qual o papel que as forças repressivas deveriam ter (ou não) no trato da questão do crack, o embate entre o direito de ir, vir e permanecer dos usuários de crack e o direito à segurança, e as disputas entre diferentes saberes médicos sobre as formas de tratamento de usuários e dependentes químicos. Nesse sentido, a "cracolândia", a "Operação Sufoco" e toda a reconfiguração que ela engendrou nesse território foram escolhidos como cenas privilegiadas para observar as conflituosidades que esse tipo de intervenção securitária engendra e como tais disputas influenciam na dinâmica reconfiguração dos dispositivos de controle que visam garantir a ordem nesse espaço urbano.

Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Localidade
Cracolândia
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Janeiro de 2012
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4861925

Banalidades e brigas de bar: estudo sobre conflitos interpessoais com desfechos fatais (São Paulo: 1991 – 1997)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Oliveira, Renan Theodoro de
Sexo
Homem
Orientador
Abreu, Sergio Franca Adorno de
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Sociologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
conflito interpessoal
violência urbana
bares
motivo fútil
motivo torpe
Resumo

A cidade de São Paulo registrou altas taxas de homicídio durante os anos 1990 e 2000. Este fenômeno está profundamente relacionado com os elevados níveis de criminalidade urbana no final de 1970. Em geral, os estudos sobre crimes violentos enfatizam o impacto da distribuição desigual de direitos, o domínio do crime organizado, e incapacidade do Estado para fazer cumprir a lei e manter a ordem. No entanto, há uma falta de literatura sobre os crimes violentos como resultado de conflitos interpessoais. Esta dissertação propõe transitar do nível macro ao nível micro de análise, bem como mudar o foco dos estudos de homicídios para os estudos sobre conflito. Os dados utilizados foram autos de processo penal para crime de homicídio registrados entre 1991 e 1997 em 16 delegacias das regiões Norte e Oeste do município de São Paulo; foram selecionados 30 processos de conflitos ocorridos em bares. Este estudo analisou também o entendimento jurídico da banalidade. Nos últimos anos, aumentou o discurso de certos meios de comunicação sobre as “razões triviais” dos crimes violentos. Identificou-se que os conceitos banais e fúteis são manipulados a fim de qualificar tipos aceitáveis de sensibilidade e emoções sociais envolvidos em crimes violentos. Por fim, foi examinado como agressores, vítimas e testemunhas justificam os conflitos e as violências deles resultantes. Identificou-se que as hostilidades são consequência de brigas ou desafios públicos; isso significa que o conflito surge como uma forma de estabelecer limites e fronteiras para as autoridades sociais. Neste cenário, tem-se como resultado que a desconfiança interpessoal parece sustentar o uso da violência.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Referência Espacial
Zona
Norte; Oeste
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1991-1997
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3822779

Mulheres, direito à cidade e estigmas de gênero: A segregação urbana da prostituição em Campinas

Tipo de material
Livro
Autor Principal
Ramos, Diana Heléne
Sexo
Mulher
Código de Publicação (ISBN)
978-8539109579
Edição (nome da editora)
Annablume Editora
Ano de Publicação
2022
Idioma
Português
Palavras chave
Gênero Feminino
Estigma
Prostituição
Violência
permanência
Resumo

A história e as representações acerca do bairro de prostituição Jardim Itatinga demostram como se organizam diferentes territórios prostitucionais na cidade de Campinas, Estado de São Paulo, Brasil. A “Zona” foi planejada pelo poder público, na década de 1960, e, desde então, tornou-se o lugar da prostituição na cidade. Essa política de segregação resultou na perseguição das prostitutas que, contudo, persistem trabalhando fora dali. Entre suas estratégias de proteção e permanência, a mais expressiva é a fundação da Associação Mulheres Guerreiras, localizada no centro da cidade. O livro examina, portanto, as tensões, os conflitos, as táticas e as estratégias de um grupo social historicamente estigmatizado e com forte presença em áreas urbanas centrais, face às intervenções do planejamento urbano. Sua circulação nos diferentes locais de prostituição em Campinas, suas estratégias para o estabelecimento de “pontos” de permanência em espaços não planejados oficialmente para sua presença, suas redes e articulações com outros pares “desviantes” e, principalmente, suas táticas de resistência à expulsão e luta por reconhecimento são objetos de atenção. Busca-se compreender como se estrutura, nos espaços físicos e políticos da cidade essa disputa particular – marcada por recortes de classe, de raça e especialmente de gênero – que tem a prostituição como foco de interesse. Pretende-se, por fim, possibilitar o vislumbramento de uma organização urbana generificada que se justifica em discursos ora sanitários, ora econômicos, ora morais e cuja história registra a constante tensão entre o planejamento urbano oficial e os habitantes da cidade, com suas reivindicações pelo direito a nela existirem. Baseado na tese “‘Preta, pobre e puta’: a segregação urbana da prostituição em Campinas: Jardim Itatinga” (2015, IPPUR-UFRJ), ganhadora do Prêmio Capes de tese 2016 em planejamento urbano e regional.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Campinas
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1960 - 2016
Localização Eletrônica
N/A

Elites em disputa por mercados populares: concorrência e confiança na economia (i)legal de veículos

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Dias Motta, Luana
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Gustavo Simão, Luiz
Fromm, Deborah
Alcantara, Juliana
Sexo:
Homem
Sexo:
Mulher
Sexo:
Mulher
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2023.204350
Título do periódico
Carros globais e a economia (in)formal de veículos
Volume
35
Ano de Publicação
2023
Local da Publicação
Revista online
Página Inicial
45
Página Final
66
Idioma
Português
Palavras chave
Elites
Mercados populares de carros
Confiança
Leilões
Seguros
Resumo

O artigo analisa as disputas entre  elites para expansão de mercados  ligados aos veículos rumo a setores populares. Tomamos dois casos como entrada empírica: o setor de leilões de carros usados, que opõe elite  tradicional e elites financeiras globais;  e as disputas entre seguradoras  tradicionais e elites emergentes ligadas às associações de proteção veicular. Argumentamos que a  recorrência do uso do termo confiança nesses conflitos evidencia a  centralidade do crime, como fato ou  ameaça, para a construção e  funcionamento de mercados legais de veículos e produtos a eles ligados. O artigo é baseado em entrevistas e na  observação participante em eventos;  conferências e entrevistas disponíveis  na internet; materiais secundários  produzidos pelos atores engajados nas disputas; e projetos de lei e  legislações.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/204350/193464

Lei do desmanche, PCC e mercados

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Feltran, Gabriel
Sexo
Homem
Autor(es) Secundário(s)
Rocha, Rafael
Maldonado, Janaina
Zambon, Gregório
de Gobbi, Fernanda
Sexo:
Homem
Sexo:
Mulher
Sexo:
Homem
Sexo:
Mulher
Título do periódico
CARROS GLOBAIS E A ECONOMIA (IN)FORMAL DE VEÍCULOS
Volume
35
Ano de Publicação
2023
Local da Publicação
Revista online
Página Inicial
17
Página Final
43
Idioma
Português
Palavras chave
Roubo e furto de veículos
Segurança pública
Mercados ilegais
Métodos mistos
Resumo

No estado de São Paulo, as  notificações de roubos e furtos de veículos cresceram entre 2003 e 2014. Desde então, esse tipo de crime tem diminuído. O que explicaria essa  oscilação? Combinando experiências etnográficas e dados quantitativos, o artigo propõe um quadro analítico composto por três hipóteses  explicativas: (i) a implementação da “Lei do Desmanche”; (ii) as  transformações nas dinâmicas do Primeiro Comando da Capital e (iii) as mudanças econômicas associadas à indústria automobilística. Nossos  resultados sugerem que a  implementação da “Lei do Desmanche”, regulando o mercado  ilegal de autopeças, teve efeitos decisivos na diminuição da subtração veicular. As demais hipóteses sugerem efeitos acessórios que também  merecem atenção.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2003 - 2014
Localização Eletrônica
https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/204351

Domínios armados e seus governos criminais – uma abordagem não fantasmagórica do “crime organizado”

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Muniz, Jacqueline de Oliveira
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Dias, Camila Nunes
Sexo:
Mulher
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2022.36105.009
Título do periódico
Estudos Avançados
Volume
37
Ano de Publicação
2022
Local da Publicação
São Paulo
Página Inicial
131
Página Final
152
Idioma
Português
Palavras chave
Crime organizado
Governança criminal
Domínio armado
PCC
Milícias
Resumo

Busca-se contribuir para a compreensão das dinâmicas sociais, econômicas e políticas onde se estabelecem domínios armados com suas ambições de hegemonia sobre território e população e de monopólio de mercados ilegais. Parte-se das práticas de governança criminal do PCC em São Paulo e das milícias no Rio de Janeiro como ilustrações de exercício de governos criminais, explorando suas similaridades e diferenças. Propõe-se uma grade conceitual-analítica a partir de alguns elementos centrais como as múltiplas relações com diversos atores estatais, a complexa inserção comunitária e a diversificação criminal e regulação de mercados (i)legais. A abordagem da governança criminal coloca-se como alternativa às narrativas do “crime organizado”, substituindo noções teórico-abstratas por concepções teóricas-conceituais construídas a partir da observação empírica dos efeitos produzidos nos territórios sob domínio armado. 

Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
n/i
Localização Eletrônica
https://www.revistas.usp.br/eav/article/view/198491

A GRAMÁTICA DA VIOLÊNCIA POLÍTICA: Representações críticas sobre a ditadura militar na década de 1970

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Pedretti, Lucas
Sexo
Homem
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.25091/S01013300202300010009
Título do periódico
Novos estudos Cebrap
Volume
42
Ano de Publicação
2023
Local da Publicação
Revista online
Página Inicial
163
Página Final
180
Idioma
Português
Palavras chave
ditadura militar
memória
violência política
direitos humanos
Resumo

O objetivo do artigo é analisar a construção de representações críticas sobre a violência da ditadura militar nos anos 1970 diante da consolidação do vocabulário dos direitos humanos. Argumento, a partir de um diálogo crítico com a historiografia, que, no lugar de uma “memória hegemônica”, o que se constituiu no país foi uma gramática que fornece os enquadramentos para se abordar o passado ditatorial.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
década de 1970
Localização Eletrônica
https://www.scielo.br/j/nec/a/SxpGJjJxWXkLYchjyy4jrrn/?lang=pt

ENTRE FACÇÕES E CLÃS: A estruturação do mercado de drogas em Porto Alegre e Córdoba a partir das dinâmicas de suas coletividades criminais

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Cipriani, Marcelli
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Lien, Nicolas Santiago
Santos, Alana Barros
Sexo:
Homem
Sexo:
Mulher
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.25091/S01013300202300010005
Título do periódico
Novos estudos Cebrap
Volume
42
Ano de Publicação
2023
Local da Publicação
Revista online
Página Inicial
81
Página Final
99
Idioma
Português
Palavras chave
mercados ilegais
tráfico de drogas
coletivos criminais
Córdoba
Porto Alegre
Resumo

Relacionamos os processos de estruturação do tráfico de drogas em Porto Alegre e Córdoba, de 2000 a 2015, a partir dos coletivos que os protagonizaram (facções e clãs). Argumentamos que, embora respondendo à mesma demanda por organização de mercados emergentes no início da década, ambos refletem a combinação de elementos que prevaleceram localmente, cujas distinções têm sido dirimidas pela adaptação a pressões do mercado global das drogas.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Porto Alegre
Brasil
Habilitado
UF
Rio Grande do Sul
País estrangeiro
Argentina
Especificação da Referência Espacial
Córdoba
Referência Temporal
2000 a 2015
Localização Eletrônica
https://www.scielo.br/j/nec/a/DvpdhkVmfb97hG6VHhdqbsS/?lang=pt