Esta pesquisa se propôs a investigar a visibilidade da mulher negra inserida nos terreiros de candomblé. A partir do debate sobre racismo, gênero, política e religião de matriz africana, foram pesquisadas as trajetórias de vida das Yalorixás Claudia de Oyá e Luciana de Oyá. O objetivo foi observar e compreender a trajetória de duas mulheres negras que ocupam o cargo de lideranças religiosas. Uma participante da pesquisa atua na divisa entre o município de São Paulo com Diadema, no bairro de Eldorado, e a outra no município de Guarulhos, no bairro do Pimentas, ambos localizados na Grande São Paulo.
A partir da pesquisa de campo, foram verificadas as atuações políticas dessas líderes nas comunidades em que estão inseridas, bem como suas participações em movimentos sociais, fóruns de políticas públicas, conselhos e ONGs. Também foi investigada a relevância da mulher negra como mantenedora da memória e da cultura africanas no contexto da religião de candomblé, alvo antigo e recente de preconceitos, violências e intolerância religiosas no Brasil.