Pobreza e desigualdade

A atuação do Poder Judiciário nos conflitos de terra: o caso do Pinheirinho

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Filho, Mario Montanha Teixeira
Sexo
Homem
Orientador
Koerner, Andrei
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
Campinas
Programa
Ciência Política
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
PINHEIRINHO
Poder Judiciário
Movimentos Sociais
Propriedade privada
Moradia
Resumo

Este trabalho aborda o funcionamento do Poder Judiciário diante de situações de conflito social. Um dos pontos centrais do debate proposto é a questão da moradia, encarada a partir do estudo de um caso específico: a desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos, interior do Estado de São Paulo, por tropas da Polícia Militar, em janeiro de 2012. O Pinheirinho abrigava cerca de duas mil famílias, apoiadas por entidades ligadas ao movimento sindical e popular. A remoção foi antecedida de controvérsias entre a Justiça Federal e a Justiça Estadual. Quando aconteceu o despejo, essas questões ainda não haviam sido resolvidas. Mesmo assim, o Tribunal de São Paulo, impondo a sua interpretação da norma, autorizou a operação militar. Os acontecimentos que envolvem o Pinheirinho propiciam indagações sobre a estrutura do Estado contemporâneo e sobre os conceitos de propriedade, justiça e direitos constitucionais, com abrangência dos seus elementos políticos e ideológicos. Esses aspectos são tratados na pesquisa, que adota como base teórica algumas correntes do pensamento crítico do direito, numa perspectiva antidogmática. A reconstrução do caso estudado envolveu a análise do conteúdo de matérias publicadas na imprensa e em redes sociais, além de entrevistas com pessoas direta ou indiretamente vinculadas ao movimento de luta por moradia. Os resultados demonstram que os órgãos dotados de jurisdição encontram limitações técnicas e políticas no cumprimento de suas tarefas. Ainda que a Constituição de 1988 tenha dado destaque aos chamados direitos sociais, a utilização do Poder Judiciário como forma de assegurá-los permanece bastante restrita, subordinada a interesses de classe

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São José dos Campos
Bairro/Distrito
Pinheirinho
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2012
Localização Eletrônica
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/972949

Sindicalismo rural e centrais sindicais no Brasil: aproximações e disputas nas primeiras décadas do século XXI

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Correa, Ellen Gallerani
Sexo
Mulher
Orientador
Galvao, Andreia
Ano de Publicação
2018
Programa
Ciência Política
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
centrais sindicais
sindicalismo
movimentos sociais rurais
trabalhadores rurais
Resumo

Esta tese analisa a relação entre sindicatos rurais e centrais sindicais no Brasil nas duas primeiras décadas do século XXI. A chegada do Partido dos Trabalhadores (PT) ao governo federal em 2003 e a Lei de Reconhecimento das Centrais Sindicais aprovada em 2008 desencadearam um movimento de cisão das centrais sindicais existentes até então, fusão de correntes e fundação de novas centrais. Até 2003, existiam seis centrais sindicais no País, número que salta para treze em 2015. Diante desta nova configuração do campo políticosindical, nosso objetivo foi duplo: de um lado, responder como este cenário impactou a representação sindical dos trabalhadores rurais e, de outro, por que os vínculos entre suas organizações e as centrais sindicais foram alterados. Para isso, selecionamos duas das principais organizações de cúpula do sindicalismo rural brasileiro: a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), criada em 1963, e a Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp), criada em 1989. Articulando os conceitos de campo político-sindical, identidades sindicais, classe e fração de classe, argumentamos que o pertencimento construído por estas organizações com as novas centrais sindicais foram motivados mais pela sua relação com seus pares do que pela orientação programática daquelas. Isso porque, no período em questão, vincular-se a uma central sindical se tornou uma forma de obter reconhecimento, prestígio e distinção, capitais simbólicos que podem ser convertidos em poder político.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
século XXI
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6665420

Mobilizando redes e construindo arenas participativas: o trabalho social nas políticas de urbanização de favelas da CDHU

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silveira, Mariana Costa
Sexo
Mulher
Orientador
Marques, Eduardo Cesar Leao
Ano de Publicação
2018
Programa
Ciência Política
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Implementação de políticas públicas
Burocracia - Ativismo Institucional
Urbanização de favelas
Trabalho Social
Resumo

De que forma burocracias e atores não-estatais influenciam o processo de implementação de políticas públicas? No contexto da política em estudo, ou seja, no âmbito do trabalho social em políticas de urbanização de favelas da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), a pergunta de fundo é: como a agência situada de atores implementadores influenciou a criação de arenas participativas, num contexto organizacional-institucional adverso? Partindo desta pergunta, este trabalho analisa os diferentes perfis da burocracia implementadora, considerando suas trajetórias, valores, padrões relacionais e formas de atuação heterogêneas em três territórios urbanizados pela CDHU ao longo dos anos: Projeto Pantanal em São Paulo, Programa Serra do Mar em Cubatão e Projeto Pimentas em Guarulhos. Cada um destes três casos analisados conformou distintos cenários à implementação da política, com seus arranjos organizacionais-institucionais específicos. Os principais achados da pesquisa mostram que a construção de arenas participativas e a concretização de práticas do trabalho social se deram de forma gradual e experimental, a partir da atuação ativista dos diferentes agentes implementadores. Foram identificados quatro padrões de atuação engajada ou ativista da burocracia e oito distintos perfis ou papéis dos burocratas entrevistados. Os resultados também sugerem que a atuação criativa destes agentes é influenciada pelos variados cenários organizacionais-institucionais onde estão inseridos, pois conformam distintas estruturas de oportunidades ou constrangimentos à sua ação. Ainda assim, o que se percebe é que, a despeito do contexto conservador das administrações da CDHU, a burocracia implementadora, junto com atores não-estatais envolvidos na implementação da política, lançou mão de diversas estratégias de atuação no sentido de (i) criar e concretizar arenas participativas funcionais no âmbito da política e de (ii) influenciar a construção de um método de trabalho nas políticas de urbanização de favelas da Companhia, entre as diferentes áreas técnicas da CDHU.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Cubatão
Guarulhos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira-legado.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7589589

O Voto da Fé: comportamento eleitoral e recrutamento partidário dos deputados estaduais evangélicos em São Paulo (2002-2014)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Tanaka, Marcela Gimenes
Sexo
Mulher
Orientador
Meneguello, Rachel
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Campinas
Programa
Ciência Política
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
política subnacional
recrutamento partidário
geografia eleitoral
religião e política
evangélicos
Resumo

O objetivo deste trabalho é compreender a relação entre religião e política no contexto subnacional brasileiro. Em específico, trabalhamos com os deputados estaduais evangélicos eleitos no estado de São Paulo entre 2002 e 2014. Buscamos responder à duas questões que envolvem duas dimensões do fenômeno. A primeira delas é centrada na geografia eleitoral do voto nesses candidatos. Buscamos responder se existiria um ou mais contextos que propiciariam a formação de um voto evangélico. Nossa hipótese é de que contextos com menor escolaridade e renda e maior vulnerabilidade social estariam associados a maiores taxas de votação nesses candidatos. A partir de análises espaciais, mapeadas por município e por região administrativa no caso da capital paulista, concluímos que existe uma característica urbana associada ao voto, além de uma resposta às relações de centro-periferia, na qual a teologia pentecostal teria encontrado terreno fértil para expansão. A segunda dimensão é a da relação entre o processo de seleção interno das candidaturas oficiais e o recrutamento partidário. Nossa hipótese é que a partir de estratégias de recrutamento centrada nos líderes partidários, no modelo de patronagem e nas regras informais do jogo eleitoral, os partidos utilizam-se das “máquinas evangélicas” como atalhos para a seleção de candidatos que possuam apelo eleitoral. A partir de uma metodologia qualitativa, com entrevistas com os deputados eleitos pela 18o legislatura, encontramos que as diferentes denominações recrutam seus candidatos de maneiras distintas. Na Assembleia de Deus, em que pesa o carisma pessoal do candidato com a liderança e na Igreja Universal, em que a força reside no carisma institucional. Para além disso, encontramos que a escolha partidária se dá sob a ótica de um corpo selecionador que detém controle sobre a lista partidária e um conjunto de regras que torna ampla a possibilidade de candidatura.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2002-2014
Localização Eletrônica
https://sucupira-legado.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5760467

Desigualdades e participação improvável: contestando subjetividades subalternas no movimento de moradia de São Paulo

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Ferro, Maria Carolina Tiraboschi
Sexo
Mulher
Orientador
Tatagiba, Luciana Ferreira
Código de Publicação (DOI)
http://dx.doi.org/10.13140/RG.2.2.21894.01605
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Campinas
Programa
Ciência Política
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
desigualdades
participação política
movimentos populares
subjetividade política
Resumo

A presente tese busca enfrentar o desafio de reconectar, no debate acadêmico, a discussão sobre as desigualdades imperantes na realidade brasileira e a participação política, com foco específico nos setores populares. Em linhas gerais, a literatura tem evidenciado que o acesso desigual a recursos materiais, simbólicos e informacionais e, no caso de sociedades hierarquizadas, como a brasileira, as clivagens de classe, gênero e raça afetam dimensões objetivas e subjetivas e impactam, negativamente, as possibilidades de participação dos setores populares. Nesta tese, interessa ressaltar a dimensão subjetiva de impacto das desigualdades. Meu argumento é que a humilhação social vivida, cotidianamente, pelos pobres conforma subjetividades subalternas, para as quais a agência política não parece ser uma condição possível: ela não está dada e precisa ser construída. Denomino, assim, a participação política dos setores populares como “improvável”. Contudo, apesar das desigualdades, alguns sujeitos pobres constroem trajetórias de militância, aqui, denominadas de “trajetórias desviantes”. Ao longo deste trabalho, analisa-se o processo de engajamento militante na luta coletiva, especificamente, no movimento popular, como veículo para a superação das barreiras da participação dos sujeitos pobres. Por fim, uma vez rompido o padrão da participação improvável e ocorrendo o engajamento militante, analisam-se os impactos que essa participação tem sobre as desigualdades. Nesse ponto, o argumento que desenvolvo, teórica e empiricamente, é que a participação em movimentos populares combate desigualdades ao conformar sujeitos políticos que superam a condição de subalternidade, fornecendo condições de agência aos setores historicamente marginalizados. Dito isso, esta tese tem como objetivo central responder a três questões. A primeira, dando centralidade às dimensões subjetivas de impacto, seria indagar como as desigualdades afetam a participação dos setores populares. A segunda visa interpelar como sujeitos pertencentes aos setores populares superam as barreiras impostas pela realidade que tornam sua participação improvável, e constroem trajetórias de desvio ao padrão esperado. A terceira busca analisar como, no plano subjetivo, a participação em movimentos populares contesta desigualdades. Por fim, cabe mencionar que, como referente empírico, a pesquisa analisou a trajetória de vida de lideranças de movimentos de moradia de São Paulo, fazendo uso do método história de vida.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2013-2018
Localização Eletrônica
https://sucupira-legado.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6362000

Linha editorial e atores políticos na produção noticiosa : uma análise de enquadramento da cobertura de Folha e Estadão sobre o uso de crack em São Paulo entre 1991 e 2016

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Fontes, Giulia Sbaraini
Sexo
Mulher
Orientador
Sampaio, Rafael Cardoso
Ano de Publicação
2018
Programa
Ciência Política
Instituição
UFPR
Idioma
Português
Palavras chave
enquadramento
Jornalismo
atores políticos
crack
Resumo

O modo como as empresas de comunicação se utilizam do conteúdo que produzem para atuar politicamente ainda é assunto pouco estudado empiricamente na academia. Buscando contribuir para esta área de pesquisa, a presente dissertação utiliza o conceito de enquadramento de Entman (1993) com o objetivo de compreender o quanto a linha editorial dos periódicos interfere em sua produção noticiosa. Para tanto, tem como objeto a cobertura sobre a droga conhecida como “crack”, apresentando como norteador o seguinte problema de pesquisa: como os textos informativos da versão impressa dos jornais Folha de S. Paulo (FSP) e O Estado de S. Paulo (OESP) enquadraram, entre 1991 e 2016, a questão do crack na capital paulista e em que medida estes frames foram determinados pelos periódicos em questão? Foram levantadas três hipóteses de pesquisa: (1) os enquadramentos das notícias que tratam da questão do crack sofrem mais influência da linha editorial dos periódicos do que dos demais atores políticos envolvidos na questão; (2) ao longo do tempo, os enquadramentos se modificam, acompanhando as mudanças na própria sociedade; e (3) os usuários de crack são associados a matérias de interesse humano. Para testá-las, foram analisadas 716 matérias (327 de FSP e 389 de OESP) a partir da metodologia da análise de enquadramento, combinando técnicas para a identificação de issue-specific frames e de generic frames (DE VREESE, 2005). Após a identificação dos enquadramentos, buscou-se compreender o quanto os quadros sofreram a interferência dos periódicos analisados. Para isso, foram realizados dois modelos de regressão logística multinomial, tendo como variável dependente os enquadramentos (específicos e genéricos) e como variáveis preditoras os periódicos, a ideologia dos governos municipal e estadual de São Paulo e o período de análise. Os resultados permitiram refutar a primeira hipótese, visto que há pouca diferenciação entre a cobertura dos dois periódicos. A segunda hipótese foi parcialmente confirmada, pois foram observadas mudanças ao longo do tempo apenas para os enquadramentos genéricos. Por fim, a terceira hipótese da pesquisa foi confirmada, já que os dependentes químicos aparecem mais do que o esperado em matérias que contêm narrativas ou que são de interesse humano.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1991-2016
Localização Eletrônica
https://sucupira-legado.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6115309

"A cota paulista é mais inteligente": o Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (PIMESP) e o confinamento racial da classe média branca

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Araujo, Danielle Pereira de
Sexo
Mulher
Orientador
Boito Júnior, Armando
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.47749/T/UNICAMP.2019.1102658
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Campinas
Programa
Ciência Política
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Classe média
Meritocracia
Racismo institucional
Cotas Raciais
PIMESP
Resumo

A presente tese analisa o processo que culminou na rejeição, pelos docentes das universidades estaduais paulistas, do Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (PIMESP) em 2013. Gestado pelos reitores das três universidades estaduais de São Paulo (Universidade Estadual de Campinas, Universidade Estadual Júlio de Mesquista, Universidade de São Paulo), em estreita colaboração com o governo do estado de São Paulo, o PIMESP propunha-se a ser um programa inclusivo no ensino superior, mas com o grande diferencial de priorizar o mérito no processo de seleção do público beneficiário. Se, por um lado, o posicionamento contrário à proposta advindo dos docentes das três universidades estaduais paulistas expôs as limitações do PIMESP, por outro, o enquadramento dado ao debate, a partir dos dilemas apresentados pelos docentes como inclusão versus mérito, raça versus classe, políticas universais versus políticas focalizadas, evidenciam a estrutura racista e elitista que informa a prática política daquela fração da classe média branca que ocupa a universidade. Nesse sentido, o principal objetivo na presente tese é evidenciar que a defesa do mérito aliada ao refutamento de políticas de ação afirmativa com recorte étnico-racial, se converteram em estratégias discursivas (re)produzidas pela fração da classe média branca no contexto de avaliação do Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior público paulista e que cumpriu uma dupla função: mascarar a hierarquia do trabalho e naturalizar o racismo institucional. Como objetivo secundário, buscaremos também situar o PIMESP inserido em uma lógica que orientou outras políticas de "inclusão" propostas pelas três universidades paulistas entre os anos de 2004 a 2014. A partir das contribuições da abordagem marxista de classe média e do conceito de racismo institucional (Carmichael & Hamilton, 1967), a presente tese buscará explorar de que forma a narrativa da "inclusão" nas universidades estaduas paulistas naturalizam as hierarquias de classe e raça.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2004-2014
Localização Eletrônica
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1102658

IPTU em São Paulo (1986-2016) arenas, atores, interesses e estratégias

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Minarelli, Guilherme Nascimento
Sexo
Homem
Orientador
Marques, Eduardo Cesar Leão
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.11606/D.8.2019.tde-17112020-124045
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciência Política
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Política Urbana
Política Fiscal
Desigualdade
Progressividade
IPTU
Resumo

Esse trabalho está interessado em compreender quais as condições políticas e institucionais para a produção de reformas de caráter progressivo na política fiscal do IPTU em São Paulo entre 1986-2016. O objetivo é identificar quais são as arenas de veto no processo decisório de aprovação da política fiscal imobiliária municipal, os atores relevantes, seus recursos, interesses e estratégias, de modo a colaborar com o debate urbano e fiscal sobre desigualdades a partir da perspectiva da ciência política. Na primeira parte, são analisadas as propostas das reformas com um intuito de mostrar as principais dinâmicas a respeito da produção e aprovação de leis segundo os poderes, os governos, os partidos, a ideologia, o conteúdo das leis, seus efeitos arrecadatórios, sobre a progressividade tributária e de viés redistributivo. Argumento que o executivo detém grande força na proposição das matérias fiscais mais relevantes do IPTU, que governos de esquerda e direita buscam aumentar sua arrecadação, porém se utilizando de instrumentos diferentes, tendo resultados distintos sobre a progressividade e seu efeito redistributivo. Em seguida, são analisados três casos de processo de aprovação de leis com caráter progressivo, que mostram as estratégias dos governos em buscar ora reivindicar crédito (credit-clamming) por benefícios para grupos concentrados do eleitorado ora evitar sua responsabilização (blame avoidance) por perdas reais ou percebidas pelo seu eleitorado. Nesse processo, destaca-se a importância das estratégias do executivo na produção de coalisões com o legislativo, dos atores organizados contrários às políticas progressivas na busca por barrarem as propostas, utilizando-se de suas oportunidades institucionais específicas. 

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1986-2016
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-17112020-124045/pt-br.php

A vida na rua sob o olhar de seus moradores

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Fioroni, Renata Nogueira
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Brancaleoni, Ana Paula Leivar
Pinto, José Marcelino de Rezende
Sexo:
Mulher
Sexo:
Homem
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
17
Ano de Publicação
2004
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Habitação
Desigualdade
Desenvolvimento urbano
Urbanização
Migração interna
Resumo

A importância de compreender o contexto em que está inserida a cha­mada população de rua e sua forma de vida, bem como de analisar os fato­res que a levaram a usar a rua como moradia, são aspectos fundamentais para que se possa ter uma política pú­blica adequada para esta parcela da população.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Anos 2000
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/723

"A praça é nossa!" Faces do preconceito num bairro paulistano

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Silva, Sidney A.
Sexo
Homem
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
18
Ano de Publicação
2005
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Preconceito
Produção do espaço
Imigração boliviana
Praça Kantuta
Praça do Pari
Resumo

Situada entre o cruzamento de duas ruas movimentadas de um bairro tradicional da capital paulista, encontra-se a praça Padre Bento, conhecida, popularmente, como Praça do Pari. Cercada por algum as casas comerciais, bares e pela imponente Igreja de Santo Antonio, esta praça passou a ser o lugar de encontro para muitos imigrantes bolivianos, últimos a chegarem neste bairro, atraídos pelos empregos oferecidos por outros imigrantes, entre eles judeus e coreanos, que os antecederam nas pequenas confecções da cidade. No início a convivência parecia ser pacífica, já que a ocupação da praça ocorria somente nos domingos à tarde. Entretanto, na medida em que a presença boliviana e de outros imigrantes hispânicos começou a crescer, alguns problemas vieram à tona e os moradores locais, por sua vez, sentiram-se incomodados com estes “invasores” temporários. Este foi o começo de um conflito que culminou na expulsão dos bolivianos da Praça do Pari no ano de 2002, pois no entender dos moradores locais, a praça que estes imigrantes ocuparam “tem dono”, e seus ’’legítimos” frequentadores resolveram restabelecer a “ordem” e a “tranquilidade” perdidas.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Pari
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Anos 2000
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/721