O Povo da Caixa e a 25 de Março: memórias da imigração síria e libanesa em São Paulo
O trabalho em questão aborda o processo da imigração síria e libanesa no Brasil, em específico para a cidade de São Paulo, entre o final do século XIX e a década de 1940 do século XX. Interessa-me saber como, com a chegada desse grupo, o espaço da Rua 25 de Março foi se transformando num lugar de identificação de um grupo. A base teórica da pesquisa está construída a partir do conceito de paisagem atrelado ao de memória e ao de lugar, que conseqüentemente se remete à questão cultural. A paisagem é entendida aqui como sendo a representação de uma parte do espaço preenchida de significados dinâmicos, de maneira a tornar-se um espaço atribuído de um determinado imaginário social. Ela é composta não só de praças, monumentos, ruas, mas também, de cores, odores que criam e evocam a lembrança de outros lugares, ou seja, de outros espaços vividos. O entendimento sobre a alteridade é um dos conceitos chaves para entendermos como se constroem as redes sociais e seus processos de representação de inclusão e exclusão social.