Arte e estética

O palco das elites: o “movimento de renovação teatral” na cidade de São Paulo (1939-1949)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Santos, William Santana
Sexo
Homem
Orientador
Pinheiro Filho, Fernando Antonio
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Sociologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Sociologia da cultura
Teatro brasileiro
Elites
Cacilda Becker
Resumo

Este estudo examina a atividade teatral na cidade de São Paulo na década de 1940. Nesta década, um grupo da elite ilustrada paulistana, insatisfeita com o teatro vigente na cidade, lançou um “movimento de renovação teatral”, que era composto por grupos de teatro amador (o Grupo de Teatro Experimental liderado por Alfredo Mesquita, o Grupo Universitário de Teatro liderado por Décio de Almeida Prado e os Artistas Amadores liderados por Madalena Nicol e Paulo Autran) com o objetivo de “modernizar” a cena teatral, dominada pelas companhias de comédia profissionais consideradas antiquadas. Criaram, para isso, uma nova posição no campo teatral – um “polo amador-moderno-erudito” em oposição ao predominante “polo profissional-popular-comercial”. A historiografia teatral clássica trata esse período como de “modernização” e “surgimento do verdadeiro teatro” em São Paulo, no entanto, o que houve foi uma “elitização” da atividade teatral na cidade. Os primeiros frutos sólidos desse “movimento de renovação” foram duas instituições criadas em 1948 – consideradas marcos do “teatro brasileiro moderno” – o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e a Escola de Arte Dramática (EAD). Além disso, foi analisado de que forma cada um desses polos - microcosmos, microssociedades, epicentros - reagiu materialmente e simbolicamente às transformações socioeconômicas da cidade em curso no plano do real e nas sociedades imaginadas nos palcos e quais foram as estratégias materiais e simbólicas dos agentes envolvidos na atividade teatral. A trajetória de Cacilda Becker será tratada num capítulo à parte: uma trânsfuga de classe na gênese do “teatro de elite” na cidade de São Paulo.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1939-1949
Localização Eletrônica
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-03062021-201956/pt-br.php

Cultura e política no Hip Hop na cidade de São Paulo: redes, sociabilidades e territórios

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Queiroz, André Sanchez
Sexo
Homem
Orientador
Borelli, Silvia Helena Simões
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Fórum Hip Hop MSP
Cultura
Política
Hip-Hop (cultura popular) - São Paulo (cidade)
Resumo

O Hip Hop – uma forma cultural urbana, negra e periférica, consolidada nas periferias das grandes cidades brasileiras e organizada em coletivos, redes, “posses”, grupos de rap, movimentos sociais e demais organizações da sociedade civil – atua por meio de práticas de resistência e, ao mesmo tempo, de negociação nas diferentes formas que seus sujeitos usam os territórios urbanos. Esta pesquisa investigou a rede de produção cultural Fórum Hip Hop MSP (Município de São Paulo), que se formou por uma dinâmica de relações com outros coletivos nas diferentes regiões da cidade de São Paulo. Esse percurso sustentou-se nas seguintes perguntas: quem são os sujeitos que atuam nessa rede? Onde se situam suas práticas e ações político-culturais nas fronteiras entre institucionalidade e autonomia? Em que situações e de que forma os sujeitos resistem e negociam com o Estado e com outras organizações? Como o Fórum se relaciona com as formas culturais residuais, dominantes e emergentes de culturas negras e periféricas? Como incorporam, ao cotidiano, os significados e valores do Hip Hop e as heranças dos movimentos sociais? Quais são as contradições nas apropriações e nos usos do território? Como resistem ao racismo e ao genocídio da juventude negra, pobre e periférica? A metodologia privilegiou técnicas de pesquisa qualitativa, como observação etnográfica, entrevista em profundidade e acompanhamento de redes sociais, e priorizou as narrativas dos sujeitos para compreender as práticas do Fórum Hip Hop que articulam cultura e política. Esta pesquisa baseou-se nos estudos culturais britânicos, em autores como Raymond Williams e Stuart Hall, e suas ressonâncias latino-americanas, em autores como Jesús Martín-Barbero. A hegemonia do Hip Hop paulistano nas políticas públicas é representada, entre outros coletivos/ redes/ grupos, pelo Fórum. Mas a rede procura produzir suas ações político-culturais nas fronteiras entre a institucionalização e as buscas por autonomia. Por meio de suas ações, negocia com os territórios institucionalizados para resistir ao racismo e ao genocídio.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2017-2019
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=8021243

Quando a rua vira point: práticas juvenis e pixadores no centro de São Paulo (2017-2019)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Piaia, Danilo Mendes
Sexo
Homem
Orientador
Frehse, Fraya
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Sociologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Práticas juvenis
Usos da rua
Centro
São Paulo
Pixação
Resumo

A pesquisa que deu origem a esta dissertação se insere no campo dos estudos sobre juventude e cidade, ao tematizar as práticas juvenis nos lugares públicos do centro da cidade de São Paulo em anos recentes (2017-2019). Guiada pela indagação sobre quais são os usos que os protagonistas de práticas ditas juvenis fazem da rua do centro paulistano nos dias de hoje, a investigação teve como foco os usos que os adeptos da prática da pixação – uma forma peculiar de comunicação gráfica no âmbito do grafite de rua – fazem de seu principal ponto de encontro semanal para interação social pública: um trecho específico, o chamado point, da rua Dom José de Barros, no bairro República.

Com base no método etnográfico, que implicou o uso das técnicas de observação participante nos encontros com os pixadores no point, e de entrevistas semiestruturadas com cinco de seus frequentadores, a pesquisa teve como objetivo, de um lado, analisar os padrões de interação verbal e não verbal vigentes no ponto de encontro de pixadores; de outro lado, descobrir traços do perfil social desses frequentadores e as representações que compartilham sobre o lugar onde se dão seus encontros.

Para aquilatar a dimensão social desses dados etnográficos, na segunda parte da dissertação, identifico, na primeira, representações produzidas em outros dois lugares sociais acerca das práticas juvenis na rua do centro paulistano nas últimas quatro décadas: as ciências sociais e a imprensa escrita. Assim, foi possível conhecer sociologicamente as regras de comportamento corporal e de interação social no referido point dos pixadores, além das representações compartilhadas por frequentadores já adultos sobre tal local, a rua, o centro e o espaço público.

As regras de conduta vigentes nas interações sociais ali promovem a acessibilidade de terceiros para fins de sociabilidade entre pares pixadores. Já as representações reveladas a respeito do ponto de encontro o apontam simultaneamente como "lugar" e "momento" de reunião pública dos pixadores, frequentado há anos por esses protagonistas, da adolescência até a fase adulta.

Disciplina
Referência Espacial
Zona
Centro
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2017-2019
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-03032020-175035/publico/2019_DaniloMendesPiaia_VCorr.pdf

A música dos rebeldes: o punk paulistano e a resistência à indústria fonográfica

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Silva, Edson Alencar
Sexo
Homem
Orientador
Mira, Maria Celeste
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Punks
Música gravada
DIY
Industria Fonográfica
Periferia
Resumo

Esta tese foca a música gravada por punks na cidade de São Paulo de 1981 até 2019. Com base nisso, argumentamos que estas produções vinculam-se a cultura mundializada, estabelecidas, portanto à uma forma musical específica, ao movimento punk mundial e à sua ética de grupo Do It Yourself (DIY). Incidindo internamente ao habitus de classe e aos pertencimentos a grupos juvenis espalhados pela periferia da cidade de São Paulo. Essa dinâmica gerou uma série de práticas, entre elas aquelas vinculadas à música gravada no qual vem se apresentando sem interrupções desde 1981. Fizemos um levantamento de produções no qual constatamos 880 produtos fonográficos elaborados punks, sendo a maior parte delas feitas, difundidas e distribuídas pelos próprios punks paulistanos. Neste sentido, a partir do esforço de pesquisa, sugerimos que, para além de um sentido econômico, estas práticas estariam focadas nas redes de sociabilidade, amizade e identidade, partilhadas punks paulistanos. O qual também favoreceu que estes pudessem inserir suas concepções e visões de mundo, via a música gravada, em um contexto de produção musical dominado pelas elites econômicas e culturais do Brasil.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1981-2019
Localização Eletrônica
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/PUC_SP-1_0123a4178699121a5ae1bd30f3ddee0d

A imagem do caipira na obra de Monteiro Lobato

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Santos Junior, Rodolfo Araújo dos
Sexo
Homem
Orientador
Gusmão, Luis Augusto Sarmento Cavalcanti de
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Brasília
Programa
Sociologia
Instituição
UNB
Idioma
Português
Palavras chave
Caipira
Monteiro Lobato
Mundo rural
Jeca Tatu
Primeira República
Resumo

Este trabalho busca analisar e compreender os motivos econômicos, sociais e culturais que permitiram que o personagem Jeca Tatu, de Monteiro Lobato tivesse tamanha receptividade no meio intelectual e urbano da Primeira República. Fixando-se, posteriormente, na memória social brasileira como um tipo social representativo e imprescindível na composição da identidade nacional. A consolidação da produção cafeeira no Oeste Paulista permitiu um desenvolvimento econômico suficiente para que o Estado de São Paulo despontasse como a região mais rica e influente do país. Tal riqueza proporcionou o desenvolvimento material e cultural da capital São Paulo, tornando-se esta, a mais moderna e desenvolvida cidade brasileira. E nesse contexto emerge uma elite intelectual urbana, que passa a refletir sobre as questões nacionais com base na experiência positiva de seu Estado. Procuramos apresentar também como o mundo rural paulista ecoava nas produções culturais da época, posto que a estrutura econômica da empresa do café produzira modos de agir, sentir e pensar característicos do homem interiorano de São Paulo, especificamente, o caipira paulista. Por fim, entendemos que acompanhar a formação intelectual de Monteiro Lobato tornou-se essencial, pois, como representante social da região do Vale do Paraíba, não deixa desse modo, de expressar os valores do mundo rural brasileiro na composição, caracterização e explicação do contexto social e econômico que seu personagem, Jeca Tatu, representa. Como também, sua experiência com a prática jornalística o municiaram com repertório cultural suficiente para ocupar uma posição privilegiada no campo literário brasileiro. Bem como a vida de fazendeiro do interior paulista, que possibilitou a ele um contato direto com a realidade do caboclo brasileiro, de modo a confrontar a realidade com as idealizações produzidas pelos intelectuais urbanos sobre o mundo rural brasileiro. Com, essa pesquisa concluímos que Lobato conseguiu condensar em seu personagem Jeca Tatu hábitos e práticas sociais que representavam as principais características do homem interiorano paulista. Refletindo particularidades profundas da realidade social brasileira Lobato sintetiza, de forma caricatural e descritiva, aspectos da realidade rural do país que, naquele tempo, eram desconhecidos da elite intelectual do Brasil.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Região
Vale do Paraíba
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1882-1948
Localização Eletrônica
https://educapes.capes.gov.br/handle/capes/632585?mode=full

A formação de públicos cinéfilos: circuitos paralelos, museus e festivais internacionais

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Pires, Bianca Salles
Sexo
Mulher
Orientador
Boas, Glaucia Kruse Villas
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Sociologia e Antropologia
Instituição
UFRJ
Idioma
Português
Palavras chave
Públicos de cinema
Cinéfilos
Museus
Mostras de cinema
Festivais de cinema
Resumo

A formação de públicos de cinema nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo é o tema desta tese, que investiga as mostras de cinema como tempo-espaço privilegiados para a expressão de estilos de vida cinéfilos. O caminho adotado para a investigação foi traçar uma sócio-história dos festivais cinematográficos de caráter internacional organizados nas duas cidades, compreendendo de que maneira a promoção de eventos possibilitou a circulação de obras e a formação de públicos para filmografias que não eram exibidas nos circuitos regulares. O movimento impulsionado por críticos de cinema, diplomatas, realizadores e estudantes, promoveu a criação de circuitos paralelos de exibição, que foram incentivados e organizados pela cinemateca do museu de arte moderna do rio de janeiro e pelo departamento de cinema do Museu de Arte de São Paulo, desde o final dos anos de 1950. A partir da pesquisa hemerográfica e da análise de materiais impressos produzidos pelos museus, onde estão disponíveis referências às programações de ciclos retrospectivos, mostras compostas por filmes inéditos e sessões especiais promovidas em salas de cinemas de arte/alternativos nas cidades, compreendemos a abrangência e importância dos eventos programados pelas instituições de arte para a formação dos públicos cinema no decorrer dos anos de 1960 ao início dos anos de 1980. Um dos desdobramentos desses movimentos empreendidos a partir dos museus foi a fundação de festivais internacionais de cinema, que se fixam nos calendários anuais das duas cidades promovendo o tempo-espaço para o encontro anual dos cinéfilos. A partir da etnografia realizada na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no Festival do Rio (2015-2017) me aproximo de algumas das características das culturas cinéfilas contemporâneas.

Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
Final dos anos 1950-2018
Localização Eletrônica
https://minerva.ufrj.br/F/?func=direct&doc_number=000921990&local_base=UFR01

A arte disputa a Bienal de São Paulo: as condições de produção do gosto artístico dominante

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Miraldi, Juliana Closel
Sexo
Mulher
Orientador
Ortiz, Renato José Pinto
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Campinas
Programa
Sociologia
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Bourdieu, Pierre
Bienal de São Paulo
Arte
Globalização
Cultura
Resumo

Esta pesquisa analisa como se estabelecem as condições de produção das Bienais de São Paulo ao longo de sua história e qual sua configuração contemporânea. Compreendendo-a na qualidade de evento, periódico e constante, observamos que a Bienal aparece como efeito objetivo da disputa de poder entre agentes advindos de diferentes campos sociais e do Estado e produz na ordem do discurso a legitimação daquilo que é selecionado pelos agentes envolvidos na disputa como a boa arte contemporânea em cada momento histórico. A fim de identificar como a Bienal acumula tal poder, articulamos nesta tese a investigação sobre a história da instituição com uma análise do desenvolvimento do campo das artes visuais no país, observando as diferentes posições ocupadas pela arte nacional no cenário global. Com isso, explicitamos as relações de poder e os modos de operação que forjam o gosto artístico dominante como um capital de distinção social e apresentamos a Bienal paulista como seu artífice.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1962-2018
Localização Eletrônica
https://www.ifch.unicamp.br/ifch/arte-disputa-bienal-sao-paulo-condicoes-producao-gosto-artistico-dominante-0

"Ô, dá licença mulher preta vai falar": Sarau das Pretas e a poética da liberdade

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Oliveira, Janaina Aparecida Alves de
Sexo
Mulher
Orientador
Fonseca, José Dagoberto
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Araraquara
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Mulheres pretas
Ancestralidade
Cultura
Sarau das Pretas
Resumo

Este trabalho busca compreender o protagonismo de mulheres negras na produção cultural da cidade de São Paulo, tomando como ponto de partida o Sarau das Pretas, que é desenvolvido por e para mulheres pretas. As apresentações do sarau acontecem de modo itinerante pelas regiões da cidade e do estado, fazendo com que mulheres de diferentes periferias e/ou centralidades se encontrem para debater sobre o feminino, a periferia e a ancestralidade. A partir do trabalho de campo foi possível identificar que o grupo tem enquanto propósito a difusão das produções artísticas de mulheres negras, bem como estimular o processo de empoderamento da população negra e periférica. Toda a estética das apresentações é pensada para construir um espaço de representações simbólicas da cultura afro-brasileira. Com base na observação participante e da participação observante, buscamos articular a constituição destes espaços de protagonismo do feminino, seus sentidos e significados. Para tanto o levantamento bibliográfico se pautou em teorias de intelectuais pós coloniais, que nos permitiram compreender o contexto sócio-histórico do Brasil.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2018-2020
Localização Eletrônica
https://repositorio.unesp.br/items/fc91b701-27f7-4926-9318-3e29b4375d1a

Moda e identidade social: um estudo de caso da favela de Paraisópolis em São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Nunes, Carolina Wolff
Sexo
Mulher
Orientador
Borin, Marisa do Espírito Santo
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Moda
Identidade
Consumo
Resumo

Esse trabalho tem como objetivo analisar a moda enquanto identidade do sujeito que a usa e sua relação com o espaço em que está inserido. Para realização deste objetivo foi feita uma pesquisa sobre os hábitos de consumo de moda na periferia da cidade de São Paulo, com foco na favela de Paraisópolis, através de seus moradores, de suas lojas de moda e do projeto "Periferia Inventando Moda" - PIM, localizado no interior desta comunidade. O projeto PIM usa a lógica da moda como um fator de inclusão social, aliado à capacitação profissional. A partir do vestuário e dos espaços que a moda ocupa na vida social, pelo olhar do consumo e das lojas de moda encontradas em Paraisópolis, procura-se identificar elementos constitutivos da cultura, da identidade e da representação social das pessoas que lá vivem. Parte-se da premissa de que a moda é parte importante na construção identitária das pessoas. A metodologia utilizada se apoiou em abordagem qualitativa, especialmente em entrevistas semiestruturadas, com lojistas, moradores, com os dois líderes do referido projeto e seus alunos, assim como, em observação participante, durante os eventos de moda realizados em Paraisópolis pelo PIM.

Referência Espacial
Zona
Zona Sul
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Paraisópolis
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Década de 2010
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoconclusao/viewtrabalhoconclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=8020942

A construção da cultura funk no Brasil e a criminalização da questão social

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Costa, Luana Kelsen Ferreira
Sexo
Mulher
Orientador
Lima, Angela Maria de Sousa
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Londrina
Programa
Sociologia
Instituição
UEL
Idioma
Português
Palavras chave
Cultura Funk
Mídia
Desvio social
Seletividade arbitrária
Questão social
Resumo

A presente pesquisa pretende elucidar, sociologicamente, a trajetória da cultura funk no brasil a partir dos anos 1980 e 1990, concomitantemente com sua demonização por parte da mídia nacional até os dias atuais. Inspirado no hip-hop norte-americano, o funk compartilha de inúmeros elementos comuns às culturas periféricas e marginalizadas, os quais incitam acalorados debates sobre um molde aceitável de cultura por um meio social condicionante e, por vezes, conservador. Portanto, ao longo do trabalho aponta-se como a aversão por essas culturas são na verdade um posicionamento hostil ao perfil de seus sujeitos, ou seja, indivíduos pobres, de maioria negra e moradores de regiões periféricas, demonstrando a partir disso como a mídia e determinados segmentos da sociedade as estigmatizam, no contexto da criminalização da questão social, econômica e racial. Diante desse panorama, por meio de análise bibliográfica e de entrevistas semi-estruturadas, utilizando-se de autores como Adriana Lopes, Hermano Vianna, Adriana Facina, Erving Goffman, Homi Bhabha e Micael Herschmann, expõe-se como as manifestações culturais, a exemplo do movimento funk, são classificadas como próprias ou impróprias para o mercado. Tais achados de pesquisa são experienciados com estudantes egressos e profissionais da educação de uma escola pública de ensino médio, da rede estadual, localizada no município de São Paulo - SP, ilustrados com resultados de entrevistas semiestruturadas. Sabe-se que, partindo da lógica capitalista, de forma arbitrária, tem-se neste processo como instrumento de dissipação a indústria midiática, a qual projeta ao público versões muitas vezes estigmatizadas da população à margem da sociedade. Pelo viés jurídico, apoia-se em autores como Danilo Cymrot e Alessandro Baratta, os quais discutem sobre estudos criminológicos baseados na teoria da criminologia crítica, a qual dispõem da ideia de desvio social, observando os processos de criminalização e procedimentos de rotulação de criminosos. Alessandro Baratta, por exemplo, precursor dos estudos da criminologia crítica, buscou, através de suas análises expor a seletividade arbitrária do sistema penal e as implicações desta na estrutura das desigualdades sociais. Enfim, entre outras hipóteses, defende-se que o movimento funk, por gerações, vêm entretendo e legitimando a existência de um grupo invisibilizado socialmente e abandonado pelo estado, expondo por meio da cultura seu caráter identitário. O fato de manifestar-se culturalmente vai muito além do caráter democrático advindo de revoluções culturais globais do final do século XX, observadas por Stuart Hall, mas permeiam o campo político e jurídico quando o fato de expor seu cotidiano torna-se crime.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Décadas de 1980 e 1990
Localização Eletrônica
https://pos.uel.br/ppgsoc/teses-dissertacoes/a-construcao-da-cultura-funk-no-brasil-e-a-criminalizacao-da-questao-social/