Habitação
Licia do Prado Valladares, a convite do IBGE, desenvolve uma pesquisa sobre a situação contemporânea da habitação no Brasil, apoiando-se em dados e estatísticas.
Licia do Prado Valladares, a convite do IBGE, desenvolve uma pesquisa sobre a situação contemporânea da habitação no Brasil, apoiando-se em dados e estatísticas.
Com base em trabalho apresentado em Workshop sobre a pesquisa urbana no Brasil e na Venezuela, o artigo apresenta uma visão panorâmica do passado e do presente dos estudos urbanos em ambos os países, concentrando-se sobre no caso brasileiro. Embora as informações disponíveis não haviam permitido um esforço de ocupação, as autoras procederam à análise contextualizada da literatura e das instituições envolvidas com pesquisa urbana nos dois países. O trabalho aborda ainda os desafios enfrentados pelos pesquisadores do urbano e apresenta sugestões para uma agenda de pesquisa para os próximos anos.
Desde los anos sesenta la investigación urbana ha obtenido un gran impulso en el Brasil, que dio como resultado una producción consolidada que se extiende a multiplicidad de temas y comprende una serie de abordajes en el estudio de la ciudad, del proceso de urbanizacion y de la sociedad urbana. EI amplio conjunto de trabajos publicados en fonna de artículos, libros, tesis, informes de investigaciones, anales de seminarios, nos demuestra, en primer lugar, una, vinculacion muy estrecba entre la investigacion y la propiarealidad urbana, advirtiéndose una "actualidad" de la investigación, o sea, el interes deintentar comprendery analizar las transformaciones por las que viene atravesando el Brasil (especiaImente el Brasil urbane) desde la decada del sesenta. En segundo lugar, el conjuuto de trabajos refleja los distintos enfoques y corrientes que vienen marcaodoel pensamiento urbano y la sociología latinoamericana.
Resenha a produção acadêmica, a partir de 1970, sobre habitação no Brasil. Classifica o material analisado em função das seguintes áreas de interesse: favela, ação governamental no campo da habitação, periferia, loteamentos e autoconstrução, moradia e trabalho, uso do solo, movimentos sociais urbanos ligados à questão da habitação, e texto de natureza geral.
Relata a trajetória dos habitantes das favelas e periferias de diferentes áreas metropolitanas, em luta pela melhoria de suas condições de vida e, mais especificamente, do seu espaço habitacional. O artigo realiza uma investigação de cunho comparativo, pautada em vários estudos de caso, que permitiu inferir as linhas gerais das práticas associativas, em áreas carentes da periferia das grandes cidades brasileiras.
Relacionar ações coletivas a problemas urbanos é uma tendência secular nas ciências sociais, que abrange pontos de vista muito variados, os quais, só para exemplificar, vão desde a obra de reformadores e filantropos, até o conhecido trabalho de Engels (1979) sobre a classe trabalhadora na Inglaterra. Se quisermos incluir a produção brasileira na lista de exemplos, basta lembrar o debate em torno dos “movimentos sociais urbanos”, que ocorreu nos anos 70 e foi responsável por uma imensa literatura inspirada na atualização que, naquele momento, esse tema clássico recebia nos países centrais. Em suma, no tema que me interessa aqui, posso seguir a tese de que “a favela venceu”. Mas e os favelados? O que significa a vitória da favela para os moradores dessas áreas, e que transformações ela provocou na sociabilidade urbana?