Habitação

São Paulo cidade negra: branquidade e afrofuturismo a partir de lutas por moradia

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Paterniani, Stella Zagatto
Sexo
Mulher
Orientador
Borges, Antonadia Monteiro
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Brasília
Programa
Antropologia
Instituição
UNB
Idioma
Português
Palavras chave
Ontologia Combativa
Relações Raciais
Política Habitacional
Etnografia Popular
Necropolítica
Resumo

Esta tese é uma contribuição para o debate sobre a branquidade na organização e formação da cidade de São Paulo, bem como na produção dos estudos urbanos paulistas, a partir do reconhecimento de que as relações sociais são racializadas. A tese foi feita a partir de minha pesquisa com movimentos de moradia; de minha atuação como pesquisadora no observatório de remoções; e do contato com uma literatura pós-colonial e feminista. Confronto a literatura consolidada sobre os estudos urbanos paulistas, gestada numa matriz essencialmente classista e branca, com o racismo que a ela subjaz, especialmente pela ausência do léxico racial. Apresento, no diálogo com ênfase em uma literatura antropológica recente e a partir de minha pesquisa etnográfica, a proposição de uma noção de espaço afrofuturista, a partir de uma crítica do arcabouço teórico-epistemológico da economia política da urbanização. Nos dois primeiros capítulos, apresento o argumento de que as relações sociais são racializadas, vinculado a uma breve revisão historiográfica sobre São Paulo e sobre a política habitacional e sua orientação de estabilização da casa negra: em quilombo, cortiço, vila operária, conjunto habitacional. Nos dois capítulos seguintes, apresento a contribuição sobre a noção afrofuturista de espaço e as mediações que as pessoas que lutam por um lugar para morar fazem ao se relacionar com a Necropolítica estatal (ou a distopia da política habitacional), como as brincadeiras com a produção de (i)legibilidade do e perante o estado. Concluo retomando os principais pontos de cada capítulo.
 

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
http://icts.unb.br/jspui/handle/10482/35466

Encruzilhada das guerreiras da periferia sul de São Paulo: feminismo periférico e fronteiras políticas

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Oliveira, Danielle Regina de
Sexo
Mulher
Orientador
Castro, Barbara Geraldo de
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Campinas
Programa
Sociologia
Instituição
Unicamp
Idioma
Português
Palavras chave
Feminismo periférico
Periferia
Feminismo
Clubes de mães
Movimento de mulheres
Resumo

Este estudo reflete algumas perspectivas do feminismo periférico tais como: a) noção de feminismo amparado no cotidiano de mulheres da periferia; b) território como relação social que marca experiências femininas atravessando suas relações de classe, raça e gênero; c) ações coletivas baseadas na construção de subjetividades rebeldes. dessa forma, parte-se da experiência de mulheres da periferia da Zona Sul de São Paulo, sendo o coração das análises a produção política-intelectual de ativistas da coletiva fala guerreira, registrada através de entrevistas individuais/coletiva e suas ações promovidas desde o início dos anos 2010, histórias das quais também faço parte. por essa perspectiva, revisitei narrativas do feminismo no Brasil, dos anos 70 e 80, que produziram a dicotomia conceitual “movimento feminista” e “movimento de mulheres”. através da experiência dos clubes de mães da Zona Sul, desse período, organização política de mulheres da periferia, esta dicotomia se mostra insuficiente para analisar experiências políticas de mulheres que não são privilegiadas sociorracialmente no brasil (por exemplo, mulheres rurais, pobres, negras, mestiças, nordestinas, periféricas, sindicalistas etc.). pois, apesar dos clubes de mães serem apresentados como movimento de mulheres, e observados como não-feministas, identifico contradições nessas narrativas que são oriundas, sobretudo, de autoras feministas. assim, debatemos a reivindicação do feminismo periférico em contestar a noção da sujeita política hegemônica do feminismo ao reconhecerem os clubes de mães enquanto historicamente feministas. de outra forma, a categoria mulheres da periferia é retomada para contestar a masculinização de narrativas sobre as periferias urbanas que comumente privilegiam vivências masculinas. nesse sentido, o feminismo periférico problematiza tanto o machismo no movimento cultural das periferias, através da sua articulação política-intelectual de coletividades de mulheres periféricas, quanto introduz vivências das mulheres em situações comumente observadas pelas experiências dos homens da periferia. afinal, o que é ser mulher da periferia e lidar com essas situações? que tipo de luta feminista é articulada tendo esse contexto social? dessa maneira, a periferia urbana é observada para além do seu aspecto geográfico, sendo concebida como relação social urbana. e feminismo como processo social de experiência política das mulheres, isto é, está além de um arsenal conceitual fechado em si mesmo, por isso é movimento de práticas rebeldes de mulheres, que são diversas, desiguais, contextuais.

Disciplina
Referência Espacial
Zona
Zona Sul
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Anos 70 até 2018
Localização Eletrônica
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1097490

Desencajes y bricolajes de la protección social: las familias transnacionales bolivianas en Barcelona y São Paulo

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Cruz, Thales Speroni Pereira da
Sexo
Homem
Orientador
Rosenfield, Cinara Lerrer
Ano de Publicação
2019
Programa
Sociologia
Instituição
UFGRS
Idioma
Espanhol
Palavras chave
Migrações internacionais
Proteção social
Resumo

Como podemos pensar as interfaces entre as migrações internacionais e a proteção social em um mundo marcado por uma divisão internacional de riscos e proteções e por uma combinação entre a transnacionalização da vida social e a perenidade de uma ancoragem nacional dos recursos de proteção social? esta tese é dedicada a essa ampla questão a partir de uma perspectiva transnacional e por meio da etnografia multisituada com as famílias transnacionais bolivianas em São Paulo e Barcelona. nesta pesquisa, é proposto o estudo dos desencaixes e bricolagens da proteção social manifestos nas narrativas biográficas dos migrantes bolivianos e suas famílias. os desencaixes da proteção social podem ser entendidos como os contextos constituídos por mecanismos que distribuem desigualmente fatores de risco e recursos para a proteção social. as bricolagens, por sua vez, aludem aos esforços multisituados de combinação de recursos de proteção, tanto de tipo formal como informal.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
País estrangeiro
Espanha
Especificação da Referência Espacial
Barcelona
Referência Temporal
NI
Localização Eletrônica
https://lume.ufrgs.br/handle/10183/197560

O espaço residencial da “Nova Classe Média” preferências estéticas e práticas distintivas em um condomínio de Santo André

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Ishiki, Ana Florice Prado
Sexo
Mulher
Orientador
Pulici, Carolina Martins
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNIFESP
Idioma
Português
Palavras chave
Espaço Residencial
Nova Classe Média
Preferências Estéticas
Práticas Distintivas
Santo André
Resumo

Inspirada pelos debates acerca da ascensão de milhares de brasileiros ao status de “nova classe média”, esta dissertação tem como objeto de estudo os investimentos materiais e simbólicos no espaço residencial por parte de indivíduos pertencentes a esses segmentos. Com base na análise de 17 entrevistas etnográficas realizadas nos interiores domésticos de um condomínio-clube no município de Santo André, na Região Metropolitana de São Paulo, e de 38 exemplares de revistas de arquitetura doméstica dirigidas a esses estratos sociais, procuramos delinear as preferências estéticas e as práticas distintivas relacionadas ao habitat da chamada “nova classe média”, comprovadamente um grupo cujo acesso ao patrimônio residencial atua como marcador de melhoria de vida.

Disciplina
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Cidade/Município
Santo André
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2016-2017
Localização Eletrônica
https://repositorio.unifesp.br/items/e6790a9a-8c5d-4d88-bb0d-2edb1f79e1b3

De Vidas Secas à vida nova: da função social à financeirização do cooperativismo habitacional no Brasil

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Junqueira, Mario Jorge da Silveira
Sexo
Homem
Orientador
Bogus, Lucia Maria Machado
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Cooperativa habitacional
Déficit habitacional
Políticas habitacionais
Financeirização
Mercado imobiliário
Resumo

A estrutura econômica e social brasileira alterou-se profundamente ao longo do século XX, período no qual o Brasil passou de um país eminentemente rural para um país predominantemente urbano. Essa conversão urbana ocorreu como produto de processos históricos. Como consequência destes processos, houve um crescimento populacional nas médias e grandes cidades, concentrando no espaço urbano não apenas a produção de riqueza como também de vulnerabilidade, segregação e desigualdades sociais. O acesso à moradia passa a se constituir como um dos principais problemas sociais urbanos, sendo objeto de múltiplas e distintas políticas públicas e programas sociais. Ao mesmo tempo, a dificuldade (impossibilidade?) de o mercado capitalista brasileiro permitir o acesso à casa própria às camadas mais subalternas da sociedade faz com que novas formas de produção de moradia surjam e se expandem, através de cooperativas habitacionais. Essa Tese tem como objetivo analisar a evolução do cooperativismo habitacional no Brasil, desde uma perspectiva histórica e social. Conferimos especial atenção à relação entre o cooperativismo habitacional, o déficit habitacional e a transformação do espaço urbano. Os processos estruturais analisados nesta Tese condicionam e são condicionados por relações sociais que envolvem indivíduos, famílias e classes em movimentos. Por tal razão, analisamos a história de vida do Sr. José Aprígio, antes produto das migrações internas (daí a referência à Vidas Secas), e atualmente presidente da Cooperativa Habitacional Vida Nova, maior cooperativa deste ramo produtivo da América Latina. A metodologia desta Tese combina revisão bibliográfica da literatura sobre os temas abordados e pesquisa qualitativa, que envolveu trabalho de campo na cidade de Minador do Negrão – AL, onde nasceu o Sr. Aprígio, e em municípios da Região Metropolitana de São Paulo, como Taboão da Serra, Embu das Artes, Barueri, Cajamar e inclusive São Paulo. Esta Tese objetiva lançar luz sobre os fenômenos urbanos relacionados ao tema da habitação e do cooperativismo.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Minador do Negrão
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Alagoas
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Cidade/Município
Taboão da Serra
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Cidade/Município
Embu das Artes
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Cidade/Município
Barueri
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Cidade/Município
Cajamar
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2016-2020
Localização Eletrônica
https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/23825

O impacto socioeconômico na vida dos beneficiados do programa bolsa família no município de Marechal Cândido Rondon – PR

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Rodrigues, Marli Terezinha
Sexo
Mulher
Orientador
Neres, Geraldo Magella
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Paraná
Programa
Sociologia
Instituição
UNIOESTE
Idioma
Português
Palavras chave
Educação
Renda
Saúde
Desigualdade social
Resumo
O presente estudo buscou analisar o impacto que o Programa Bolsa Família reflete na vida das pessoas beneficiadas do município de Marechal Cândido Rondon. Identificou os valores pagos em cada benefício, sendo possível analisar como este programa de transferência de renda é compreendido e recepcionado pelas pessoas beneficiárias, tendo em vista as condicionalidades na área de educação e saúde como forma de inclusão social. Pôde-se verificar se os objetivos do programa, de combate à fome e de erradicação da pobreza, foram atingidos tanto por meio de dados quantitativos obtidos no site do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, bem como pelos obtidos na aplicação de questionário. Por meio deste, constatou-se se as pessoas estão bem informadas a respeito de seus direitos e obrigações e do seu papel de cidadão e responsável pelo desenvolvimento humano e social da família. Marechal Cândido Rondon possui, atualmente, 455 famílias beneficiárias do Programa, perfazendo um total de 1.783 pessoas. Foram verificados os impactos econômicos e sociais na vida das famílias que recebem o benefício, pois economicamente colaboram na satisfação de necessidades básicas das pessoas, principalmente na alimentação, enquanto que as condicionalidades propiciam o acesso obrigatório à educação e à saúde. Posteriormente, é possível se pensar em impacto social, podendo desenvolver nos indivíduos pensamentos e atitudes críticas com vistas a satisfazer suas necessidades e direitos de cidadãos, além de redesenhar um novo cenário socioeconômico para as futuras gerações, alterando o ciclo geracional das famílias e da sociedade na qual estão inseridas.
Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Marechal Cândido Rondon
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Paraná
Referência Temporal
2004-2017
Localização Eletrônica
https://tede.unioeste.br/handle/tede/3938?mode=full

Casa de mulher: os circuitos cotidianos de cuidado, dinheiro e violência em São Carlos/SP

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Pinho, Isabela Vianna
Sexo
Mulher
Orientador
Feltran, Gabriel de Santis
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Sociologia
Instituição
UFSCAR
Idioma
Português
Palavras chave
Cuidado
Dinheiro
Violência
Vida ordinária
Casa de mulher
Resumo

Esta dissertação nos mostra como estado, gênero, economia, parentesco e família se produzem e se conectam no cotidiano. Aqui, analiso as formas que Maria, Bela, Ana e Rosa habitam a vida ordinária. Moradoras de um bairro promovido pelo programa federal minha casa, minha vida em São Carlos/SP, as quatro mulheres também são (ou foram) titulares do programa bolsa família. A pesquisa mostra que as duas políticas constituem um entre outros universos possíveis de sentido pelos quais as moradoras se movem. O texto está dividido em duas partes. Na primeira, argumento que os processos de vida e de casas, bem como as formas de habitar e viver se emaranham nos cotidianos; também demonstro como o passado se embebe no presente e os eventos extraordinários se embebem no ordinário. Num segundo momento, argumento que a casa só pode ser pensada em configuração, isto é, só existe em relação. Desse modo, nos últimos capítulos descrevo três circuitos cotidianos – de cuidado, dinheiro e violência - que conformam mutuamente a configuração de casas. Ao olhar para tais circuitos, é possível analisar os fluxos de objetos e pessoas, bem como as relações de violência e conflito dentro e entre as casas. Ademais, os circuitos demonstram que existe intersecção entre supostas antinomias como, por exemplo, dinheiro e intimidade; domínio econômico e do afeto; vida e economia; casa e trabalho; reprodução e produção. Como estratégia metodológica e analítica, defendo que uma etnografia de ‘casa de mulher’ em configuração permite enxergar o ‘entre’; ou seja, possibilita captar os fenômenos sociológicos de forma relacional. O que se verá aqui serão linhas que expõem as miudezas postas em prática por Maria, Bela, Ana e Rosa para tornar o mundo reabitável a cada novo acontecimento.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Carlos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2017-2019
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/11734

Ação coletiva e dinâmica urbana: o MTST e o conflito na produção da cidade

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Falchetti, Cristhiane
Sexo
Mulher
Orientador
Braga Neto, Ruy Gomes
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.11606/T.8.2019.tde-27112019-183740
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Sociologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Cidades
Conflitos
Lutas sociais
MTST
Ocupações urbanas
Resumo

Este trabalho aborda a interface entre ação coletiva e a dinâmica urbana, interrogando sobre o lugar da cidade nas lutas sociais. A recente intensificação dos conflitos urbanos e a visibilidade das ocupações urbanas são o ponto de partida da pesquisa, que segue a experiência do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), com especial interesse nas dinâmicas do trabalho e da moradia nos últimos anos na metrópole de São Paulo. Desse modo, por meio da trajetória do MTST e de seus integrantes, percorremos as mudanças decorrentes do neoliberalismo desde os anos 1990, buscando compreender como elas impactaram a vida dos trabalhadores urbanos mais vulneráveis que vivem nas periferias e suas formas de organização. A pesquisa de campo se atém ao território do Jardim Ângela e à ocupação Nova Palestina (MTST), investigando as transformações urbanas e sociais que ajudam a compreender o surgimento da ocupação, bem como a figura dos trabalhadores sem teto. Ao reconstituir os processos de inserção urbana dos trabalhadores, argumento que as ocupações periféricas se inscrevem no contexto de redefinição no modo de produção da cidade, o qual aprofunda a insegurança habitacional. Nesse cenário, o MTST desponta como forma de organização coletiva e resistência aos processos de mercantilização da cidade e da habitação, movendo-se contraditoriamente no terreno da gestão do social que atravessa os territórios periféricos. As ocupações organizadas constituem-se em mediações políticas potentes quando tensionam práticas e relações sociais de dominação e permitem construir espaços outros, porém, se inserem no horizonte encurtado da viração cotidiana e da subjetividade neoliberal.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Jardim Ângela e Ocupação Nova Palestina (MTST)
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1990-2018
Localização Eletrônica
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-27112019-183740/pt-br.php

Mobilidades transnacionais e dinâmicas urbanas - alianças na precariedade

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Charbel, Pedro Ferraracio
Sexo
Homem
Orientador
Telles, Vera da Silva
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Sociologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Mobilidade transnacional
Cidade
Migração
Precariedade
Moradia
Resumo

O objetivo desta pesquisa é observar a formação de alianças entre migrantes transnacionais e outros atores urbanos - “nativos” - em contextos de precariedade, especialmente através das trajetórias de migrantes que passaram por ocupações de moradia em São Paulo. Este esforço só se faz possível através de uma observação sem lentes étnicas prévias e sem o constrangimento às fronteiras e categorias do estado-nação, o que permite, inclusive, que agenciamentos ao redor de identidades étnicas e categorias político-jurídicas sejam analisados. Considerando migrantes como atores urbanos circulantes, torna-se possível observar como sua relação com a cidade opera mudanças tanto nas trajetórias migratórias quanto nas dinâmicas urbanas - seja através de processos neoliberais de subjetivação e reestruturação urbana, seja em formas de contestação às fronteiras que se manifestam e se multiplicam de modo transversal à experiência na cidade. Neste contexto, as ocupações de moradia figuram como potentes conectores urbanos que se configuram como suportes materiais para resistências que são performadas por corpos de diferentes nacionalidades e status migratórios em aliança.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoconclusao/viewtrabalhoconclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7631479

Dinâmicas de uma política urbana: tensões na implantação de um conjunto habitacional na Cidade de Marília

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Valera, Mariana Franzolin
Sexo
Mulher
Orientador
Souza, Luis Antonio Francisco de
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Marília
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Periferia
Educação e Políticas Públicas
Produção do espaço urbano
Políticas habitacionais
Urbanização
Resumo

A presente dissertação analisou o processo de implantação do conjunto habitacional São Bento, na periferia da Zona Sul da Cidade de Marília-SP. Para realizar este estudo, foi necessário compreender o processo de ocupação do solo urbano desde a fundação da cidade, suas características mais importantes, bem como entender o processo de periferização da cidade, sobretudo, a expansão da Zona Sul, desde meados dos anos 1980. A análise percorreu o debate da área de sociologia urbana no que diz respeito aos efeitos perversos das políticas habitacionais no brasil que, ao produzirem o espaço urbano, também constituem espaços de segregação, tão bem definidos pela ideia de enclave fortificado de caldeira (2000). Além disso, a pesquisa demonstrou que as políticas habitacionais na cidade de Marília reforçam o processo de segregação urbana da cidade e são fortemente baseadas no populismo político e no privilégio dado aos interesses dos empresários da construção civil, ignorando, assim, as necessidades por habitação da população da cidade.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Marília
Logradouro
Conjunto Habitacional São Bento
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1980-2000
Localização Eletrônica
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UNSP_9224191dced2ccc81483ef43a767a0aa