Largo 13 de Maio, São Paulo. De início, uma confusão assustadora. Vozerio, música alta, gente andando rapidamente, ônibus, um moleque passa correndo. Seguro a bolsa com mais força. Alguém grita “ a polícia!”. Puxo a bolsa mais perto do corpo. Não acontece nada. Vou andando no meio da multidão. Trombo no sujeito da frente, que para olhando algo, resmunga e continuamos.Servindo de moldura a tudo isso, as barracas. Dezenas. Oferecendo de tudo: artigos eletroeletrônicos, importados, calcinhas, comes, bebes, roupas, jogos ilegais, brinquedos, bolsas. Uma profusão de sons e imagens.
Quem são os ambulantes? Quem são esses comerciantes informais que resistem à formalidade do modo capitalista de produção? Qual sua relação com o grupo e com outros grupos? Qual o pedaço do ambulante? O que esse estudo pretende, na medida do possível, é dar um pouco de luz a estas questões.