Evolução urbana

Estuda a atuação dos arquitetos modernos na cidade de Bauru, com o objetivo de aprofundar o conhecimento da arquitetura moderna realizada no interior do Estado de São Paulo e contribuir para a historiografia da arquitetura moderna brasileira. Apresenta os períodos de desenvolvimento desta cidade para mostrar o porquê de ser aberta para o novo. Investiga as marcas do moderno na década de 50 concebidas pelos arquitetos Zenon Lotufo, Ícaro de Castro Mello, Roberto José Goulart Tibau e Oswaldo Corrêa Gonçalves, e apresenta o redesenho dos projetos originais bem como o levantamento iconográfico e fotográfico. Analisa a trajetória de seus atores, as principais atuações e realizações que identificam suas referências teóricas e projetuais, tecendo um capítulo para cada arquiteto e respectivos projetos idealizados para a cidade. Aborda a visão do desenvolvimento arquitetônico que antecedeu este período e se estendeu até 1970, destacando obras de outros arquitetos como João Cacciola e Fernando Ferreira de Pinho.

Esta pesquisa estuda as mudanças ocorridas no centro de Ribeirão Preto, desde o final do século XIX até o presente. No desenvolvimento do trabalho foram identificados três processos - de expansão, de setorização funcional e setorização social - que caracterizam as transformações ocorridas no centro. O processo de expansão se expressa através da incorporação de novas áreas, através da substituição do uso residencial pelo comercial. O processo de setorização se manifesta, num primeiro momento, através da setorização funcional do comércio diversificado, por um lado, e das atividades vinculadas ao transporte ferroviário, por outro. Num segundo momento, diferenciando-se do anterior, a setorização social constitui a separação do comércio de luxo do comércio popular. Estas dimensões espaciais são parte das transformações econômicas e sociais da região que, por sua vez, estão relacionadas ao processo econômico global. Para o desenvolvimento da pesquisa foram realizados levantamento bibliográfico, levantamento documental envolvendo legislação urbanística, planos e obras viárias, e levantamento de campo para localização das atividades de comércio, de serviços e equipamentos públicos.

Este trabalho tem como objeto a evolução urbanística da Praça da Sé, principal espaço público da cidade de São Paulo. Ao longo do século XX, ela foi objeto de inúmeras intervenções, principalmente de duas grandes reformulações nas décadas de 1910 e 1970. Nessa última intervenção, o local sofreu uma radical transformação com a implantação da estação Sé do Metrô. Esta obra causou grande impacto na cidade, alterando definitivamente seu espaço público mais relevante e subordinando-o às necessidades técnicas de operação do Metrô paulistano. Na evolução da cidade muitas ruas e praças foram subordinadas à fluidez do tráfego e aos elementos de apoio aos transportes. Esta atitude resultou no empobrecimento dos espaços públicos e encontra na reforma da Praça da Sé dos anos 1970, um exemplo paradigmático.

Este estudo discute os espaços livres públicos urbanos pela ótica de seu repertório. Tendo por recorte o primeiro período republicano, entre 1890 e 1930, e por espaço a cidade de São Paulo, identifica a evolução do desenho por períodos definidos e destaca o papel fundamental do repertório vegetal como condutor de mudanças expressivas de significado e incorporação cultural. Dedica-se também a demonstrar o papel das Ciências Naturais na valorização da flora nativa do estado de São Paulo, e de seu estudo, disponibilizando novas opções de repertório para a cidade e ao mesmo tempo qualificando a paisagem urbana como representante de uma paisagem singularmente paulista, num recorte inédito.

O ideário moderno e a reflexão sobre habitação coletiva estão profundamente relacionados aos problemas decorrentes da densidade populacional urbana e do crescimento das grandes cidades durante o século XX. Este ensaio trata sistematicamente da produção da habitação coletiva na cidade de São Paulo, e através de uma visão crítica compõe-se de uma coleção significativa de raciocínios arquitetônicos que demonstrarão a evolução e a transformação da arquitetura moderna paulistana e da cidade no período de 1928 a 1972. O esforço concentra-se em constituir um raciocínio crítico do processo projetual moderno estabelecendo um instrumental tipológico sobre habitação coletiva e também a sua relação com a trajetória do desenvolvimento urbano. A organização das noventa e sete obras selecionadas propõe uma nova possibilidade de abordagem sobre a história recente da cidade de São Paulo. O grande número de projetos estudados enfatiza a visão de conjunto de um elemento urbano por essência coletivo. Através da seleção, sistematização e análise do objeto de estudo dentro deste momento histórico específico, determina-se a existência de quatro períodos distintos na produção da habitação coletiva na cidade de São Paulo. A distribuição temporal proposta parte do princípio hipotético das interferências qualitativa e tipológica, refletidas através das mais distintas legislações urbanas que intervieram na produção da habitação coletiva na cidade de São Paulo no período de 1928 a 1972.

A dissertação traz uma reflexão sobre a edificação residencial urbana na cidade de Rio Claro, Estado de São Paulo, verificando suas características e transformações numa perspectiva histórica. Os "processos de construção" e a "Legislação urbanística" são as principais fontes primárias para a pesquisa dos projetos arquitetônicos e dos memoriais descritivos, porque permite uma análise das moradias sobre documentos originais.

O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo sobre as relações históricas existentes entre os pedestres e espaço urbano, buscando identificar o surgimento de espaços diferenciados para o deslocamento de pedestres e veículos, através da história das cidades. Como estudo de caso, analisamos a evolução da situação dos pedestres na área central da cidade de São Paulo, desde o final do século XIX até os dias atuais, explicitando quais as mudanças ocorridas na relação Pedestre/Cidade.

O objetivo desta dissertação é analisar a festa folclórica do Divino Espírito Santo da cidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo, no contexto da sociedade contemporânea de massas. Visa estabelecer a relação do crescimento desse tipo de expressão da cultura popular com a ação da cultura de massa. Procura entender os motivos pelos quais, nos últimos anos, a festa apresenta participação e envolvimento expressivos de parcela significativa dos habitantes da cidade. Indaga sobre o por que, à entrada do século XXI, quando os signos das modernas tecnologias estão presentes em toda parte e com a redefinição do papel dos poderes público, privado e do cidadão, essa significativa parcela dos habitantes de Mogi das Cruzes procura resgatar e manter vivos valores e tradições de origem no meio rural. Por fim identifica os sentidos da festa na relação entre passado e presente. Para tanto, procura utilizar-se não de técnicas presentes nos estudos folcloristas, mas buscar a sua compreensão à luz das teorias da comunicação em sua relação com diversas ciências como a Antropologia, a Sociologia, a História e a Filosofia.

A dissertação apresenta estudo sobre a expressão artística dos graffitis urbanos, contextualizando-a em seu processo histórico contemporâneo fora e dentro do Brasil, especificamente na cidade de São Paulo. Propõe-se a apontar características particulares desta intervenção, na busca de uma definição do que é o graffiti e seu significado na cultura da cidade. Abordar ainda sua importância como veículo de comunicação urbana, reflete sobre o processo de leitura do graffiti nos espacos da cidade, analisa algumas imagens, identificando-as como uma proposta de obra aberta.

O trabalho tem como objetivo organizar uma percepção dos aspectos físicos, formais, do espaço da área central da cidade de São Paulo a partir de experiências de projetos que foram se acumulando ao longo do tempo. Inicia com a topografia, a escolha do sítio para a construção da antiga cidade, hoje centro da cidade, uma conjugação topográfica de várzea e colina, que permitia tanto condições de acesso pelo Rio Tamanduateí na várzea como de defesa pela posição da cidade em acrópole sobre a colina. Em função de seus acessos perfeitamente definidos por pontes, portas de entrada, se dispõe a estrutura do tecido urbano, ruas e largos, que acolhe os movimentos internos nesta cidadela sobre a colina. A arquitetura define o espaço desta estrutura, calhas de ruas e largos, balizando posições com as edificações religiosas, constituindo um todo coerente entre topografia, percursos, espaços e edificações.