Psicologia

Trabalho e Processo de Exclusão/Inclusão Social: um estudo com assistidos-trabalhadores de um centro de triagem de materiais recicláveis implantado por uma instituição assistencial na cidade de São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Nicolau, Stella Maris
Sexo
Mulher
Orientador
Sato, Leny
Ano de Publicação
2003
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Psicologia
Instituição
USP
Página Inicial
1
Página Final
122
Idioma
Português
Palavras chave
Trabalho
Reciclagem
Cooperativa
Pobreza
Resumo

Esta pesquisa aborda o trabalho como instrumento de inclusão social. Apóia-se na experiência de uma instituição assistencial da cidade de São Paulo que implantou um centro de triagem de material reciclável a fim de oferecer oportunidades de trabalho a moradores de rua. A investigação consistiu em acompanhar o cotidiano de trabalho no galpão onde se realiza o processamento do material reciclável, tendo como objetivo destacar elementos que configurem esta experiência como possibilidade de ampliação das redes de apoio socio-familiares e de inserção em formas de trabalho que garantam proteção social. Ressaltamos algumas condições capazes de revelar maiores densidades de inclusão social a partir do engajamento nesta experiência de trabalho, tais como: a ampliação de redes de sociabilidade, a inserção em regimes de trabalho que assegurem proteções frente às situações adversas da existência, a possibilidade de reconhecer-se e ser reconhecido como uni trabalhador. A análise dos dados revelou que esta experiência de trabalho possibilita diversos matizes de inclusão social, que oscilam entre aqueles que mantêm-se em relações de trabalho precárias e não ampliam suas redes de apoio socio-familiares - continuando dependentes da assistência social -, até os que alcançam formas regulamentadas de trabalho, e ampliam significativamente suas redes sociais de suporte.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I

A Violência no Coração da Cidade: um estudo psicanalítico sobre as violências na cidade de São Paulo

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Endo, Paulo Cesar
Sexo
Homem
Orientador
Sato, Leny
Ano de Publicação
2003
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Psicologia
Instituição
USP
Página Inicial
1
Página Final
122
Idioma
Português
Palavras chave
Subjetividade
Espacialização
Desigualdade
Corpo
Resumo

Este trabalho tem como objeto violências que se produzem na cidade, articulando sua argumentação em torno de três eixos fudamentais: o corpo, a violência e a cidade de São Paulo. Esses eixos remetem-se, por sua vez, a três fontes de pesquisa: à Psicanálise, especialmente por meio da contribuição do pensamento freudiano; aos testemunhos dos habitantes da cidade de São Paulo, extraídos preponderantemente de entrevistas diretas ao longo de minha participação nas atividades do Fórum em defesa da vida, contra a violência do Jardim Ângela ou, indiretamente, através de trabalhos de outros pesquisadores; e análises sobre as violências no Brasil e na cidade de São Paulo advindas de outras áreas do conhecimento e com as quais procuramos fazer a Psicanálise dialogar. Nossa intenção é demonstrar como determinadas violências que ocorrem na cidade de São Paulo, hoje uma das cidades mais violentas do mundo, são produto de uma articulação complexa entre os poderes instituídos, os aparatos públicos de segurança e a população da cidade. Desse modo, pretendemos contribuir com um debate que se alastra por toda a cidade acompanhando as violências que o antecedem, e que fazem de cada habitante da metrópole testemunha, ator e vítima da cidade violenta.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://repositorio.usp.br/item/001343704

Trabalho e Reificação: um estudo participante de psicologia social em uma metalúrgica da região do ABC

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Svartman, Bernardo Parodi
Sexo
Homem
Orientador
Gonçalves Filho, José Moura
Ano de Publicação
2004
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Psicologia
Instituição
USP
Página Inicial
1
Página Final
186
Idioma
Português
Palavras chave
Indústria
Capitalismo
Relações De Trabalho
Resumo

O caráter opressivo da produção capitalista não se encontra apenas em seu regime de propriedade ou extração de mais-valia, mas assume incomparável visibilidade na organização mesma do trabalho fabril e na experiência que se tem dele. Este trabalho buscou investigar, através de uma pesquisa de campo em regime de observação participante, as relações entre a organização e a experiência do trabalho numa metalúrgica da região do ABC paulista. Durante dois anos, um dia por semana, o cargo de ajudante geral foi assumido pelo pesquisador. O foco da pesquisa privilegiou a experiência de trabalho na fábrica: as formas de relacionamento dos homens entre si, com as máquinas e a matéria do trabalho. Pelo testemunho de uma experiência pessoalmente assumida e pelo contato e conversas com os trabalhadores, buscamos os episódios e as palavras que nos pareceram melhor descrevê-la. Autores como Simone Weil, Karl Marx, Lucien Goldmann, Ecléa Bosi e José Moura Gonçalves Filho ajudaram a balizar esta investigação. As perguntas que procuramos responder foram, sobretudo as seguintes: 1) a experiência de trabalho ainda se caracteriza, como expôs Simone Weil, pela transformação do homem em um instrumento de trabalho fabril, pelo impedimento da participação na organização e planejamento das atividades? 2) Corno reagem os operários ao trabalho fabril? 3) Desde então, quais transformações da organização do trabalho poderíamos vislumbrar e que seriam favoráveis aos operários? As atividades fabris, tais como realizadas, assumem a figura de um processo maquinal, rápido, esquemático, e não a genuína figura de um trabalho humano. A impossibilidade de participação na organização das tarefas impede que elas sejam vividas com interioridade ou que abriguem formas de aparição pessoal. Ainda assim, os trabalhadores, através das iniciativas e movimentações no chão-de-fábrica, empenham formas de resistir a este esvaziamento de suas atividades.

Disciplina
Referência Espacial
Região
Região do ABC
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
(N/I)

Arouche 2004: uma incursão no território urbano da cidade de São Paulo através de seus personagens. Estudo psicossocial sobre encontros e desencontros entre olhares, imagens e paisagens - diagnóstico para uma intervenção ambiental

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Okamura, Cintia
Sexo
Mulher
Orientador
Tassara, Eda
Ano de Publicação
2004
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Psicologia
Instituição
USP
Página Inicial
1
Página Final
300
Idioma
Português
Palavras chave
Usos Do Espaço
Representação
Relação Com A Cidade
Resumo

O presente trabalho delimitou como território da pesquisa uma região do Centro velho da cidade de São Paulo, onde, através de um "mergulho" no campo, objetivou-se compreender como as pessoas, moradores ou freqüentadores, se relacionavam com aquele território. Nessa incursão, verificou-se a existência de diferentes segmentos sociais a partilhar os espaços públicos, formando diversas comunidades fechadas que, ao delimitarem o seu território, acabavam privatizando esses espaços, produzindo a exclusão do outro, do diferente, configurando, com isso, uma situação de conflito, ocorrendo uma luta pelo território. Essas comunidades apresentavam como traço marcante: o agrupamento de pessoas em função de características identitárias semelhantes. Tendo em vista o constatado, buscou-se representantes das categorias de identidade social identificadas. Estes representantes foram, por estas categorias, chamados de personagens. E assim, foram selecionados 15 personagens, quais sejam: líder comunitária, morador de rua, drag queen, aposentada, menina de rua, invasora, presidente da associação local, travesti, proprietário de restaurante, síndico do prédio, executivo, segurança do bairro, homossexual, advogado e vendedor ambulante. A coleta de dados subjetivos teve como substrato uma entrevista aberta, na qual se solicitava ao sujeito que falasse sobre a sua vida e, mais especificamente, sobre a sua vida no bairro. Pediu-se também que o entrevistado conduzisse uma trilha, ao lado do pesquisador, mostrando, comentando e registrando fotograficamente aquilo que ele considerasse importante no seu território. A análise dos dados obtidos foi efetuada tendo como hipótese que a espacialização da identidade desses grupos poderia ser o substrato desse conflito, na medida em que o sujeito, ao se apropriar do espaço, supõe e tem o território como seu. O estudo apontou que a origem do conflito ancorava-se na estrutura da ordem social, apontando como necessária a desconstrução da realidade, que se apresenta a nós de forma naturalizada, como um modelo hegemônico.

Disciplina
Referência Espacial
Zona
Centro
Cidade/Município
São Paulo
Localidade
Largo do Arouch
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2004
Localização Eletrônica
https://repositorio.usp.br/item/001397583

Vidas Arriscadas: um estudo sobre os jovens inscritos no tráfico de drogas em São Paulo

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Feffermann, Marisa
Sexo
Mulher
Orientador
Mello, Sylvia Leser de
Ano de Publicação
2004
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Psicologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Desigualdade
Violência
Juventude
Ilegalidade
Resumo

Esta pesquisa constitui um estudo dos jovens inscritos no tráfico de drogas na cidade de São Paulo com o objetivo de contribuir para descaracterizar como doentias as infrações realizadas por eles, pois a razão delas se encontra em contexto maior. A pesquisa busca escutar estes jovens a partir da tensão existente entre indivíduo e sociedade e das rupturas e continuidades desta relação, em condições que podem ser consideradas quase irracionais. Procurou-se traçar um percurso para assinalar alguns fios condutores que, ao se entrelaçarem, oferecem uma possibilidade de reflexão para um fenômeno tão intricado como o tráfico de drogas e especificamente em relação aos jovens que "trabalham" vendendo drogas ilícitas. Entre estes fios condutores, trabalhou-se a urbanização da cidade e a relação desse processo com o crescimento do crime; a natureza do crack como multiplicador da violência existente; a ausência e/ou a ineficiência do Estado de cumprir o seu dever. São características que definem a especificidade do tráfico de São Paulo. A complexidade destes discursos permitiu a percepção dessa realidade de vários aspectos, como se segue: o mundo do trabalho, ou seja, a inserção destes jovens nas relações de trabalho de um comércio ilegal de drogas; o contrato social, em que se apresenta as formas que regulam as relações sociais existentes no tráfico; a crueldade como espetáculo: a violência tanto da polícia como do traficante e aquela resultante das relações que envolvem droga denominada por "crack". O último tópico a ser tratado é como estas questões discorridas ao longo do trabalho, marcam as subjetividades destes jovens. A análise das entrevistas também foi apoiada, nos aspectos pertinentes, pela teoria psicanalítica de Freud.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1050278

Redes e vigilância: uma experiência de cartografia psicossocial

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Castro, Rafael Barreto de
Sexo
Homem
Orientador
Pedro, Rosa Maria Leite Ribeiro
Ano de Publicação
2008
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social
Instituição
UFRJ
Página Inicial
1
Página Final
177
Idioma
Português
Palavras chave
vigilância
redes sócio-ténicas
cartografia
Resumo

Partindo da evidência que o ambiente urbano e seus procedimentos de planejamento aglutinam coletivos humanos e não-humanos em suas várias ordens, ressalta-se como questão neste trabalho a presença cada vez maior dos dispositivos tecnológicos de vigilância na dinâmica das cidades. Tomando como eixo o referencial teórico de Redes Sociotécnicas, que se debruça justamente sobre o tema da produção de coletivos híbridos – essas misturas de sociedade, natureza e técnica – investigou-se em que medida este tipo de abordagem poderia contribuir para a compreensão das formas contemporâneas de sociabilidade e subjetividade produzidas como efeito desta rede. Entendendo que cada sujeito traduz a rede diferentemente, buscou-se evidenciar as diferentes versões que compõem especificamente essa controvérsia tecnocientífica e suas ressonâncias. A partir da questão principal da vigilância, foram propostos como eixos temáticos a serem aprofundados as experiências (1) da segurança – que articula questões como a violência, o medo e a confiança; e (2) da visibilidade – e os sentidos propiciados de liberdade, intimidade e privacidade. Como estratégia de pesquisa, propôs-se a escolha de uma dada fração urbana monitorada por câmeras para a realização de uma cartografia segundo três momentos: gênese, situação atual e visão de futuro. O local de realização da pesquisa foi o município de Guarujá, litoral do estado de São Paulo, uma das cidades pioneiras no que se refere à vigilância por câmeras. Como eixos de “coleta de dados”, a pesquisa foi conduzida no sentido de evidenciar as diferentes traduções em dois níveis: práticas e discursos. No âmbito das práticas, observações de caráter etnográfico foram empreendidas. Quanto aos discursos, tentou-se coletá-los através das mais variadas fontes, tais como contribuições científicas e artísticas, reportagens veiculadas na mídia, documentos e, principalmente, entrevistas com os atores da rede. Foram entrevistados moradores do município, visitantes, os responsáveis pelo projeto de monitoramento e seus operadores. Para analisar o material reunido, o método utilizado foi o de “Análise de Controvérsias”, cujo mote é seguir os atores na rede, de modo a evidenciar o jogo de forças envolvido nas diferentes apropriações e no processo de estabilização da rede. Ao final, ficou evidente que as decisões acerca destes dispositivos de vigilância são tão técnicas quanto políticas, o que faz de seu percurso um traçado de constante negociações e embates, nos quais as possibilidades e os papeis jamais estão estabelecidos de antemão.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Guarujá
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
http://objdig.ufrj.br/30/teses/RafaelBarretodeCastro.pdf

O território como desamparo: Estudo de caso de um CAPS III em um território violento

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Santos, Thiago Ferreira dos
Sexo
Homem
Orientador
Delgado, Pedro Gabriel Godinho
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Atenção Psicossocial
Instituição
UFRJ
Idioma
Português
Palavras chave
Violência
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)
Intervenções psicossociais e violência
Saúde mental e violência urbana
Saúde Mental
Resumo

A dissertação a seguir apresenta um estudo exploratório, de abordagem qualitativa, no modelo Estudo de Caso (Case Study), sobre o CAPS III Maria do Socorro Santos, localizado no território da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, tendo como enfoque a assistência em saúde mental e atenção psicossocial frente à violência urbana que desafia a Reforma Psiquiátrica Brasileira. Inicialmente, realizamos uma revisão narrativa não sistemática, articulando e localizando o tema da violência urbana nas suas conexões com o campo da saúde mental e atenção psicossocial, retomando a literatura acadêmica já consolidada. O trabalho segue fazendo um rápido panorama do contexto histórico e territorial do CAPS. Em seguida, na pesquisa de campo, através de grupo focal, entrevistas e observação participante, busca-se descrever as ressonâncias e desafios impostos pela violência para a assistência prestada pelo serviço. Como resultado, pôde-se descrever, a partir do contexto complexo de ações do CAPS no território, diversas estratégias da equipe do CAPS para interpretar, lidar e intervir em situações de violência, tendo em conta seus limites e fragilidades.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Zona
Oeste
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Rocinha
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
2017-2019
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=8069253

Trajetórias juvenis: o trabalho como valor, o valor do trabalho.

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
de Figueiredo, Viviane Giroto Guedes
Sexo
Mulher
Orientador
de Castro, Lucia Rabello
Ano de Publicação
2007
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Psicologia
Instituição
UFRJ
Idioma
Português
Palavras chave
juventude
trabalho
valor
precariedade
Resumo

A presente tese analisa o impacto das novas formas de estruturação produtiva na atual conjuntura do trabalho de jovens pobres; integrando; tanto uma discussão sobre o desafio contemporâneo do não-trabalho; como seus efeitos para esses sujeitos. Foram discutidas as exigências de uma mão de obra hiperqualificada decorrente dos avanços tecnológicos; especialmente nas duas últimas décadas; o que restringiu; significativamente; as oportunidades de inserção para os jovens pobres no Brasil; que em função da baixa e deficitária qualificação de que dispõem; correm o risco de se tornarem involuntariamente desnecessários e descartados do processo produtivo. Por meio de uma investigação empírica envolvendo Grupos de Discussão e Entrevistas Biográficas com jovens que vivem a situação de pobreza e de desigualdade social na cidade de Marília; interior do estado de São Paulo; foi discutido o significado que os jovens manifestaram em relação ao trabalho; quando se evidenciou uma dupla e contraditória mensagem: o valor atribuído ao trabalho é; ao mesmo tempo; grande como expectativa; e distante como realidade (realidade utópica). As expectativas em tornar a realidade do trabalho menos utópica; através de um ensino público de qualidade e cursos profissionalizantes; são enfatizadas; de modo que se possa contar com um diferencial efetivo para atender suas demandas de inserção que se encontram estagnadas; corroendo as esperanças de participação no processo produtivo; e alimentando o medo de ficarem indefinidamente invisíveis dentro desse processo. Os jovens manifestaram; ainda; a carência de espaços onde eles possam se expressar e compartilhar suas dificuldades; bem como contar com suportes sociais; que possam auxiliá-los a ressignificar suas trajetórias adversas no atual universo do trabalho.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Marília
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=132428

Por uma escrita dos restos [sobre assassinatos de travestis?]

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Beatriz Adura Martins
Sexo
Mulher
Orientador
Luis Antonio dos Santos Batista
Ano de Publicação
2015
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Psicologia
Instituição
UFF
Idioma
Português
Palavras chave
Travestis
Restos
Resumo

Esta tese se preocupa com o problema dos assassinatos de travestis no Brasil,  alcançando as mortes pelos recortes de jornais, sejam eles físicos ou virtuais. Os jornais são a principal fonte de contabilização de mortes da chamada população LGBT no país, e até o ano de 2015 não há dados oficiais do Estado sobre esses ocorridos. Quem mapeia é uma organização não governamental. A parte nomeada BOCA apresenta o modo como se conversará com essas mortes e as travestis assassinadas. Aposta­se no silêncio, e não no “tagarela” para acessar histórias? as cidades de Rio de Janeiro e São Paulo começam a se apresentar para a escrita. Na parte chamada ? PELE? , é lançado o modo como serão “catadas” essas mortes e apresenta-­se a experiência da trapeira [Benjamin e Baudelaire] para se lançar sobre  aquilo que é deixado ao esquecimento na cidade. Contar histórias é um gesto que livrará do “medo à falta de efeito” [Brecht] e tensionará os rumos que as respostas para a extinção dos atos de ódio às travestis vêm ganhando no Brasil: criminalizar é a melhor estratégia? A artista plástica Rosângela Rennó nos auxilia com sua  “trapeiragem”. Escrita, corpo e cidade se misturam na parte chamada? VÍSCERAS: a pesquisa é posta em perigo com os assassinatos e passa a entender o “ensaio” como uma experiência de escrita e vida. Pensa­-se e escreve­-se com o corpo. A imaginação é libertada da mente e da pele que isola e transborda pelos poros,  afirmando desvios na produção da tese e do próprio corpo. Na ? CARTILAGEM? ,     mostra-­se a montagem de histórias que são estratégias para uma escrita dos restos da qual se afirmam vidas ensaios. A tese insere­-se na luta literária contra o  assassinato das travestis e dos encarceramentos do corpo, mesmo já estando no ano de 2015

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
2000-2015
Localização Eletrônica
https://app.uff.br/slab/index.php/busca/formulario_completo/569

Ocupações de sem-tetos e psicologia do trabalho: como construir origamis interventivos?

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Patrícia Tomimura
Sexo
Mulher
Orientador
Helder Pordeus Muniz
Ano de Publicação
2007
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Psicologia
Instituição
UFF
Idioma
Português
Palavras chave
Ocupação
Movimentos sociais
Psicologia do trabalho
Resumo

Esta dissertação tem como objetivo compreender as abordagens epistemológicas e metodológicas de intervenção encontradas tanto na psicologia do trabalho quanto nas práxis dos movimentos sociais que podem auxiliar no desenvolvimento do poder de ação dos coletivos de duas ocupações do Movimento dos Sem-Teto no Rio de Janeiro: Zumbi dos Palmares e a Chiquinha Gonzaga. Essa questão central foi pesquisada através da pesquisa bibliográfica acerca desses dois domínios, descreveu-se o pensamento de autores brasileiros acerca da conjuntura que possibilitou o surgimento dos movimentos sociais no Brasil e a práxis utilizada pelo clube das mães, movimento social dos anos 80 de São Paulo. Em seguida, analisou-se como a organização do trabalho se dava nas ocupações e enfocou-se o trabalho nas mesmas como atividade coletiva, através de abordagens da psicologia do trabalho francesa, principalmente a psicodinâmica do trabalho e a clínica da atividade. Estabeleceu-se um fio condutor que ligava os movimentos sociais e a psicologia do trabalho: a questão da experiência. De um lado, as metodologias de pesquisa-intervenção derivadas de Oddone e colaboradores (1986) valorizavam a experiência do trabalhador. Essas pesquisas conduzem o trabalhador a um processo de formação, onde o conhecimento sobre o meio visa identificar as novicidades, ou seja, aquilo que adoece no trabalho, e se organizar, planejar e efetivar lutas e ações contra isso. Por outro lado, a experiência de participar de uma ocupação numa metrópole contemporânea, em que há organização e poder popular, é também um processo de formação política. Essa formação produz um certo tipo de conhecimento e ação sobre o meio, que podemos denominar de política, junto com Eder Sader (1988), pois visa a percepção e análise da novicidade do meio social, a organização coletiva e a efetivação de uma luta para transformar essa novicidade. Desse modo, pode-se considerar que o trabalho de apoio nas ocupações deve se basear na colaboração entre a experiência dos ocupantes e o conhecimento formal dos apoiadores, na construção de dispositivos de produção de conhecimento e transformação: as comunidades ampliadas de pesquisa.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Logradouro
Zumbi dos Palmares
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Logradouro
Chiquinha Gonzaga
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
1980-2007