Memória, preservação e patrimônio

"Lá, sendo o lugar deles, é também o meu lugar": pessoa, memória e mobilidade entre os Pankararu

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Lovo, Arianne Rayis
Sexo
Mulher
Orientador
Arruti, José Maurício Paiva Andion
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Campinas
Programa
Antropologia Social
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Pessoa
Memória
Casa
Mobilidade
Índios Pankararu
Resumo

Busco analisar nesta dissertação a noção de pessoa, memória e mobilidade entre os Pankararu, população indígena localizada na TI Pankararu, na aldeia Brejo dos Padres, em Pernambuco, e na favela do Real Parque, em São Paulo. Privilegiando a trajetória de uma história de família que vivenciou durante trinta anos esse “trânsito” entre aldeia e cidade, esse trabalho busca compreender os sentidos que a mobilidade adquire para o grupo. A mobilidade é aqui compreendida como um modo de produção de vida, ou seja, uma maneira específica de habitar o mundo. Ela põe em relação diferentes agentes (Estado, indígenas, não indígenas) e agências (memória, cura, encantados, saberes, sofrimento) produzindo novas territorialidades. Ao mesmo tempo, busco compreender aspectos relevantes da cosmologia e organização social do grupo. Para isso, alguns elementos como a casa, a memória, o asseio e o sofrimento são importantes pois se encontram intimamente interligados, nos dando subsídios para alargar nossa compreensão sobre a noção de pessoa Pankararu.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Tacaratu
Localidade
Aldeia Pankararu Brejo Dos Padres
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Pernambuco
Zona
Zona Oeste
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Morumbi
Localidade
Favela do Real Parque
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2014-2017
Localização Eletrônica
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/983586

Entre o visível e o oculto: a construção do conceito de arte afro-brasileira

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Neto, Helio Santos Menezes
Sexo
Homem
Orientador
Schwarcz, Lilia Katri Moritz
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Antropologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Arte Afro-Brasileira
Arte Negra
Identidade Negra
Museu Afro Brasil
Museu Afro-Brasileiro
Resumo

Essa dissertação versa sobre a noção de arte afro-brasileira, tomando os principais estudos voltados à questão, exposições emblemáticas ao redor do tema e os contextos de fundação e expografia de duas instituições decisivas da área - o museu afro-brasileiro, em salvador, e o museu afro brasil, em São Paulo - como meios privilegiados de acesso às disputas conceituais e políticas que a constituem. Subjaz ao entendimento geral do estudo que as dificuldades de conceituação dessa arte de muitos nomes - negra, afrodescendente, afro-orientada, diaspórica etc. - e os distintos significados que lhe foram sendo atribuídos ao longo do século XX, se relacionam de maneira incerta, porém constante, com muitas das ambiguidades que informam as relações raciais no brasil. Os capítulos que compõem essa dissertação buscam, então, se debruçar sobre esse mosaico de usos, interpretações e definições que dão corpo e sentido, ainda que instável, ao termo. Afinal, quando se faz ou se fala em arte afrobrasileira, do que se está falando e o que se está fazendo? Quando uma exposição ou museu são organizados em torno desse conceito, que critérios e entendimentos são por eles acionados - e, por fim, também criados?

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Localidade
Museu Afro Brasil
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Salvador
Localidade
Museu Afro-brasileiro
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Bahia
Referência Temporal
Século XX
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5307711

A dança das facas: trabalho e técnica em seringais paulistas

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Deus, Eduardo Di
Orientador
Sautchuk, Carlos Emanuel Manzolillo
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Distrito Federal
Programa
Antropologia
Instituição
UNB
Idioma
Português
Palavras chave
Sangradores/as
Trabalho
Seringueira
Ritmo
Resumo

A sangria de seringueiras é a extração do látex destas árvores para a produção de borracha natural. Nas plantações de seringueiras do interior de São Paulo, e ao longo de toda a história da borracha, a extração é um momento crucial. Toda uma rede de relações é gerada a partir dos encontros habilidosos dos sangradores ou seringueiros com as árvores, com a mediação de facas e outros objetos técnicos. Fruto de décadas de fluxos e refluxos globais e tropicais, as pequenas e médias plantações do planalto ocidental de São Paulo respondem por mais da metade da produção de borracha natural no brasil, país de origem da seringueira, que outrora vivenciou ciclos de grande prosperidade do extrativismo deste material na floresta amazônica. O ofício do sangrador é singular, unindo a expertise no trato de uma espécie vegetal cultivada, um ritmo de trabalho e uma rotina similares ao trabalho industrial, com uma habilidade artesanal no manejo de facas específicas para realizar incisões precisas nas cascas das árvores. Trabalho rural, rotina industrial, habilidade artesanal. Este ofício é exemplar das limitações destas categorias classificatórias das atividades humanas. A presente tese apresenta uma antropologia histórica das técnicas de sangria de seringueiras, tendo as plantações do planalto ocidental paulista como ambiente etnográfico. A partir de um entendimento antropológico da técnica e de uma abordagem do trabalho como engajamento nas atividades produtivas, pretende-se compreender os ritmos e fluxos envolvidos nas fundamentais relações entre sangradores e árvores.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://icts.unb.br/jspui/handle/10482/31923?mode=full

Entre a lousa e o altar: a inserção da magia divina de Rubens Saraceni nos terreiros de umbanda no Estado de São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Capelli, Carolina
Sexo
Mulher
Orientador
Andrello, Geraldo Luciano
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Antropologia
Instituição
UFSCAR
Idioma
Português
Palavras chave
Umbanda
Magia Divina
Rubens Saraceni
Literatura Umbandista.
Resumo

A história da umbanda no brasil é marcada desde sua fundação pela intensa publicação de livros doutrinários e literários escritos por diferentes correntes litúrgicas, representantes também de diferentes associações políticas. Seguindo a trajetória de um dos maiores autores atuais da umbanda paulista, a presente dissertação analisa a emergência de uma nova corrente umbandista. Criada por Rubens Saraceni no final dos anos 90, a chamada magia divina insere nos terreiros umbandistas a utilização de mandalas, oferecendo aos antigos símbolos umbandistas uma nova roupagem, ligada aos movimentos esotéricos e modernos urbanos. Alcançando novos públicos, a expansão dessa nova umbanda "energética", mescla no terreiro a sala de aula e o altar. A inserção dos cursos e práticas da magia divina nos terreiros apresenta implicações variadas, como a formação de uma rede de terreiros interligados e o aparecimento de grupos e representantes com intuito de fortalecimento e unidade dentro da umbanda. Este esforço de doutrinação e padronização das práticas ao lado da inserção de uma nova chave de resolução de conflitos, parece nos oferecer pistas a respeito do próprio movimento umbandista contemporâneo, parte do cenário religioso maior do que a própria umbanda.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1990
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/8817

Brasil, terra vermelha: A história da antropologia e o reencontro com Dina Dreyfus

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Magalhaes Portela, Luciana
Sexo
Mulher
Orientador
Resende Fleischer, Soraya
Ano de Publicação
2020
Programa
Antropologia
Instituição
UNB
Idioma
Português
Palavras chave
Dina Dreyfus
Cadernos De Campo
Mulheres
Etnografia
História da antropologia
Resumo

A presente tese trata da trajetória de Dina Dreyfus, com foco no período em que a etnóloga e filósofa franco-italiana atuou no Brasil, entre 1935 e 1938. A partir da constatação do apagamento da participação feminina na história da antropologia, busca-se dar luz ao trabalho etnográfico desenvolvido por ela e refletir sobre os processos que mantêm a hierarquia de prestígio de predominância masculina dentro da disciplina. Com o objetivo de compreender a sua atuação enquanto etnóloga e as suas condições de inserção, bem como as relações sociais que ela teceu no contexto de pesquisas ligadas aos museus, à etnografia e a antropologia, pretende-se reunir e analisar os materiais que documentam a sua atuação no país. Tendo como referência o uso da abordagem biográfica nas ciências sociais, me debrucei sobre o material produzido por ela durante o período. Após formação em filosofia, com um certificado em etnologia, Dina Dreyfus desloca-se da França para a cidade de São Paulo, onde realiza múltiplas atividades: preparou e ministrou um curso de etnografia à pedido do departamento de cultura, elaborou instrumentos de pesquisa junto à sociedade de etnografia e folclore de São Paulo, realizou duas expedições etnográficas no interior do país, reuniu coleções e registrou filmes entre os grupos indígenas Kadiwéu e Bororo no Mato Grosso e elaborou suas experiência em cadernos de campo na ocasião da pesquisa etnográfica entre os Nambikwaras e os Parecis. Dina Dreyfus desempenhou um papel preponderante em atividades de pesquisa, intercâmbio de conhecimentos e práticas e articulação de redes de pesquisadoras não tendo, no entanto, alcançado renome na área. 

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
País estrangeiro
França
Macrorregião
Centro-Oeste
Brasil
Habilitado
UF
Mato Grosso
Referência Temporal
1935-1938
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10342475

O coração sente o que os olhos não veem: Simetrização, agências cósmicas e multiplicidades no candomblé do Ilê Asé Azun Dan

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Burneiko Meira, Thomas Antonio
Sexo
Homem
Orientador
Barbosa, Antonio Carlos Rafael
Ano de Publicação
2020
Programa
Antropologia
Instituição
UFF
Idioma
Português
Palavras chave
Candomblé
Etnografia
Simetrização
Não-humanos
Multiplicidades
Resumo

Na presente tese, contemplo o Ilê Asé Azun Dan, um terreiro de candomblé localizado, hoje, na cidade de Ribeirão Pires, região sudeste da metrópole paulistana, e onde fui iniciado no culto das deidades "afro-brasileiras". Inspirado em certa experiência pessoal, vivida durante uma consulta oracular, na qual o espírito do fundador dali -- falecido em 1994 -- me convocou para estudar e escrever sobre a história da comunidade, meu intuito, aqui, remeteu à confecção de um texto etnográfico sob proposição dita "simetrizante". Encarei o termo como a necessária cautela tomada pelos antropólogos na suspensão dos pressupostos e explicações científicas -- criados na realidade acadêmica --, para se limitarem às descrições do mundo que pretendem honrar, e segundo os seus próprios fundamentos. Da adoção dessa postura espera-se despontar criações conceituais legítimas não apenas nos seus coletivos de origem, mas igualmente passíveis de confronto e desestabilização do arcabouço antropológico, prioritário no desequilíbrio dos poderes implicados na produção das ciências. No âmbito local, incidi a manobra sobre os seres incorpóreos, deslocados, pois, das "crenças" - derivadas, sempre, de alguma outra base mais "real" -, assumidos, então, na sua autonomia e no protagonismo cabidos; ao fazê-lo, as relações, deles, com as pessoas-humanas - na história, nos atuais processos religiosos e no incerto futuro decorrido de trâmites sucessórios - incorrem nas concepções formadas de lógicas permeadas das "multiplicidades". Essas, fundamentais sobre como querem ser entendidos, e potentes no rever dos divisores clássicos, rígidos, do pensamento antropológico - tais quais "natureza" e "cultura"; "verdade" e "representação"; "indivíduo" e "sociedade" etc. -, Insinuados, no texto, em virtualidade.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Ribeirão Pires
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10767572

Quilombo brotas de Itatiba (SP): Significados, interpretações, memórias e consciência quilombola

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Barbosa, Jose Roberto
Sexo
Homem
Orientador
Fernandes, Ricardo Cid
Ano de Publicação
2020
Programa
Antropologia
Instituição
UFPR
Idioma
Português
Palavras chave
Quilombo
Representação Social
Identidade
Ancestralidade
Quilombo
Resumo

Esse trabalho tem como objetivo refletir sobre o quilombo Brotas, comunidade a que pertenço, localizada no município de Itatiba no estado de São Paulo. A pesquisa enfocou a análise das interpretações e as relações dos atuais quilombolas com o que muitas vezes é denominado "os antigos" e "o antigamente". Especial atenção foi dada à memória de Amélia Gomes de Lima Barbosa, mais conhecida como "Vó Mélia", ancestral a partir da qual os quilombolas do quilombo brotas procuram fundamentar sua legitimidade e seu direito ao território. A análise também considera o imaginário de muitas pessoas que visitam e/ou estudam o quilombo brotas sobre a figura de "Vó Mélia" e sobre a estrutura social da comunidade. A partir do quilombo Brotas, a reflexão abarca o fenômeno dos quilombos contemporâneos, as representações sociais sobre quilombos e quilombolas e a forma como estas representações podem afetar a luta das atuais comunidades quilombolas por reconhecimento. A análise inclui, ainda, considerações sobre o desenvolvimento histórico do conceito de quilombo, suas extensões metafóricas e a possibilidade de se pensar uma base para a conceituação de quilombo e quilombola que não se encontre refém das representações, as quais são frequentemente baseadas em estereótipos e idealizações. Por fim, a pesquisa propõe que, devido a seu histórico e particularidades contemporâneas, o quilombo Brotas e seus quilombolas podem ser encaixados em diversos desses conceitos de quilombos desenvolvidos ao longo do tempo.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Itatiba
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10750613

A viola e o caipira no século XXI: O instrumento musical e sua relação nos processos de subjetivação caipira

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Rocha Salgado, Lucas
Sexo
Homem
Orientador
Oliven, Ruben George
Ano de Publicação
2020
Programa
Antropologia
Instituição
UFRGS
Idioma
Português
Palavras chave
Caipira
Cultura Caipira
Globalização
Modas De Viola
Música Brasileira
Resumo

A viola caipira é um instrumento com forte identificação com a cultura caipira e com sua sonoridade. As músicas caipiras tocadas com viola são conhecidas como modas de violas. O interior do estado de São Paulo (Brasil) possui ligação histórica com a cultura caipira, fruto da integração de variadas culturas em contato com a população nativa tupi. Uma cultura relacionada a modos de vida no campo, com um dialeto característico e uma sonoridade musical própria. Ao longo do século XXI com as transformações da vida e do trabalho no campo e com a urbanização do estado de São Paulo, imaginou-se a crise das bases da cultura caipira frente à cidade. Ao mesmo tempo, com o desenvolvimento da indústria fonográfica e do rádio a partir do início daquele século, as modas de viola e o gênero de música caipira se tornaram muito populares por todo o país. Em um cenário hoje em que o estado é quase todo urbanizado, com as transformações da vida no campo e com os fluxos globais de comunicação via smartphones, há a continuidade da cultura caipira como referência aos sujeitos e seus processos de subjetivação. Para pensar esses processos, neste trabalho abordo as emoções e imaginários mobilizados nas modas de viola entoadas pelo grupo de viola morena da fronteira, da cidade de Socorro, SP, com quem tive contato entre 2018 e 2020 - explicitando a materialidade da cultura caipira na relação criada entre violas, violeiros e suas modas. 

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Socorro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9720640

Falas, lugares e transformação: Os Yuhupdeh do baixo rio Tiquié

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Junio Felipe, Henrique
Sexo
Homem
Orientador
Andrello, Geraldo Luciano
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Antropologia
Instituição
UFSCAR
Idioma
Português
Palavras chave
Yuhupdeh
Maku
Xamanismo
Paisagem
Território
Resumo

Esta tese corresponde a uma etnografia acerca dos yuhupdeh do baixo rio Tiquié, povo pertencente à família linguística Nadehup (Maku), localizada no Noroeste Amazônico. Procura-se retomar aqui o tema da mobilidade como fio condutor do relato que se desenvolve nos quatro capítulos da tese, entendendo-o como um traço próprio da sua socialidade, do seu modo de habitar e produzir conhecimento sobre o mundo. Como a experiência etnográfica aqui relatada deverá revelar, os yuhupdeh executam um amplo movimento – a pé e de canoa - no eixo que vai da região da Serra do Bacurau, na cabeceira do Igarapé Ira, local de origem dos clãs yuhupdeh, até a cidade de São Gabriel da Cachoeira e dali, até o Lago de Leite (Rio de Janeiro e demais grandes cidades do país) nos registros escritos e fotográficos de antropólogos e linguistas. Trata-se de um movimento pendular que coincide com o eixo espaciotemporal montante-jusante no qual se deu a viagem da cobra canoa que trouxe para a região os povos que hoje a habitam, mas também em torno do qual se organiza o cosmos e a vida social yuhupdeh. De modo geral, procurar-se-á, aqui, apreender o modo como os yuhupdeh relatam a sua própria história, desde o seu surgimento no tempo mítico até o momento atual em que se frequentam cada vez mais da cidade e tem sua língua e narrativas conduzidas até mais distante, até o Rio de Janeiro, São Paulo e grandes cidades brasileiras. Com efeito, torna-se foco de interesse da análise a compreensão do modo como os yuhupdeh formulam as transformações naquele eixo espaciotemporal, ou seja, do Lago de Leite a Serra do Bacurau e, de modo inverso, da Serra ao Lago.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Gabriel da Cachoeira
Macrorregião
Norte
Brasil
Habilitado
UF
Amazonas
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
2014-2019

Réplicas originais: um estudo sobre futebol nos museus

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Alfonsi, Daniela do Amaral
Sexo
Mulher
Orientador
Magnani, José Guilherme Cantor
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Antropologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Museus
Futebol
Estádios
Cidade
Antropologia Urbana
Resumo

A tese tem como objeto o Museu do Futebol, localizado no Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho no bairro do Pacaembu (São Paulo - SP) e inaugurado em 29 de setembro de 2008, pela fundação Roberto Marinho, prefeitura e governo do estado de São Paulo. Esse museu despontou no cenário cultural brasileiro sob o atributo de ser "inovador", especialmente por abrir mão de coleções materiais em detrimento do uso de conteúdos audiovisuais em suas exposições. Figura no rol das instituições museológicas mais visitadas no país, com uma média de 300 mil visitantes por ano e constante inserção em veículos de imprensa. Embora não seja o único a tratar do tema futebol, constitui-se, pelos números alcançados, o de maior interesse de público e de mídia, nacional e internacional, especialmente no contexto do que a literatura cunhou como "década esportiva" brasileira: período que vai de 2006 a 2016, englobando diferentes megaeventos esportivos ocorridos em território nacional. O museu do futebol passou a ser considerado um modelo a ser seguido em diferentes projetos para novos museus, relacionados ou não à temática dos esportes. O objetivo desse trabalho é compreender como são criadas, transformadas e postas em disputa, seja pelas exposições ou por outros locais de ação desse museu, acepções sobre museu, sobre futebol e sobre o que deveria ser um acervo sobre esse tema. O modo escolhido para seguir essa questão é etnografar encontros, processos curatoriais e seus documentos e o próprio espaço expositivo do museu do futebol e seus visitantes. Dividida em três capítulos, o primeiro desvela o processo de se criar um museu novo, seja pelos mecanismos jurídico-legais, seja pela escolha de um local na cidade e todo o processo curatorial de seleção e redução do tema aos limites de uma exposição. O segundo centra-se no cotidiano de um museu em funcionamento, quando o encontro com diferentes públicos põe em disputa as acepções formuladas por curadores, especialistas e outros profissionais envolvidos no processo de se fazer um museu. O terceiro capítulo é um deslocamento da autora por outros museus sobre o tema, de modo a pôr em perspectiva comparativa aquilo que é etnografado "de perto e de dentro" do museu do futebol. 

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Zona
Zona Oeste
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Pacaembu
Logradouro
Praça Charles Miller
Localidade
Museu do Futebol
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2008-2017
Localização Eletrônica
https://www.oasisbr.ibict.br/vufind/Record/BRCRIS_44caf4852454f3e4df94f6ba76f7a8a2