Fluxos populacionais e migrações

Imigração haitiana: um estudo sobre o estabelecer do imigrante na cidade no contexto histórico e social de globalização

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Silva, Cinthia Xavier da
Sexo
Mulher
Orientador
Zuin, João Carlos Soares
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Araraquara
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Imigração Haitiana
Globalização
Acolhida Humanitária
São José do Rio Preto
Resumo

A imigração haitiana para o Brasil tem fluxo considerável a partir de 2010 com a crise humanitária em consequência do terremoto que devastou o país. No entanto, a migração haitiana é um fenômeno que ocorre há pelo menos um século, desde a ocupação americana entre 1915 e 1934. O Brasil entra na rota da migração haitiana devido a um fortalecimento dos laços diplomáticos entre Brasil e Haiti e pela presença brasileira na ilha de 2004 a 2017, em que o Brasil teve o comando militar da MINUSTAH. A imigração foi inicialmente por via terrestre, pelas cidades de fronteira, no norte do país, Tabatinga - AM, Brasileia e Assis Brasil - AC. Depois de grave crise de superlotação em abrigos nestas cidades, os migrantes foram enviados por iniciativa do governo do Acre a outros estados sem aviso prévio às autoridades. Apenas em 2015, o governo brasileiro decide aumentar o número de concessão de vistos por razões humanitárias no Haiti, aumentando a entrada por via aérea com destino a outras capitais. Esta pesquisa perpassou o contexto histórico e social desta imigração haitiana para o Brasil, assim como procurou situá-la dentro de um contexto global de migrações potencializadas nas últimas décadas. A internacionalização do mercado, a desregulamentação e desnacionalização de legislações dos estados-nação, a ocupação militar constante em diversos países periféricos e o deslocamento de empresas provocaram um fluxo cada vez maior de migrantes trabalhadores, refugiados e deslocados ambientais. E propõe pensar a migração haitiana a partir do sujeito migrante. Depois que o migrante chega a seu lugar de destino, o que é necessário fazer e como ele age para realizar suas condições de existência neste novo lugar? Pensamos este momento recente posterior à viagem como um período de se estabelecer, ou seja, de buscar meios para se fixar na cidade, resolver questões relacionadas à documentação e regularização de sua condição de migrante, e consolidar uma nova rotina. A pesquisa de campo foi realizada na cidade de São José do Rio Preto - SP. A cidade recebeu entre 2012 e 2015 número significativo de imigrantes haitianos comparado com outras cidades da metade oeste do estado de São Paulo. Além disso, se destaca por ser uma cidade média, especializada no setor de serviços e que durante a década de 1980 recebeu incentivos fiscais, inclusive do Banco Mundial, para desenvolvimento em infraestrutura, atraindo migrantes da região e de outros estados. Acompanhamos uma família de migrantes durante um ano e meio nas suas idas a órgãos públicos, na busca por emprego; a relação com a família no lugar de origem e os projetos para o futuro da família. Nossas conclusões seguem na direção de fornecer dados para pensar uma política pública para a migração, de acordo com as necessidades reais do migrante para a realização de sua condição de vida no lugar de destino. Apesar de ter havido mudanças importantes na legislação brasileira sobre o entendimento da migração no país, ainda há muito que se construir no sentido de perceber o migrante como um cidadão de direitos.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São José do Rio Preto
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/SUCUPIRA/PUBLIC/CONSULTAS/COLETA/TRABALHOCONCLUSAO/VIEWTRABALHOCONCLUSAO.JSF?POPUP=TRUE&ID_TRABALHO=7741281

"É tudo baiano, mas é misturado”: dinâmica migratória em Américo Brasiliense, aspectos de um problema nacional

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Almeida, Iara Lalesca Calazans de
Sexo
Mulher
Orientador
Paoliello, Renata Medeiros
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
Araraquara
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP-ARAR
Idioma
Português
Palavras chave
Dinâmica cultural
Dinâmica migratória interna
Agroindústria
Espaço urbano
Interior paulista
Resumo

O trabalho objetiva colaborar com as reflexões sobre os fluxos migratórios internos. Na pesquisa realizada, a atenção se volta à cidade de Américo Brasiliense, interior do estado de São Paulo, onde a migração nordestina tem predominância. Por intermédio da categoria baiano, articulada pelos moradores de Américo Brasiliense para qualificar a dinâmica migratória do município, estabelecemos que a narrativa hegemônica sobre a migração nordestina – imersa na categoria baiano – seria o ponto de partida para a construção da pesquisa. Percebemos que a migração na cidade não está restringida a valores numéricos e apresenta aspectos de um problema nacional. A migração carrega, em sua funcionalidade e nas narrativas desenvolvidas, sistemas de poder, condicionando paradigmas na construção do outro em que pode levar à estigmas, estereótipos e exclusão, provocando resultados perniciosos aos grupos diretamente atingidos. A invenção do Nordeste e da população deste espaço é um exemplo notável deste problema.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Américo Brasiliense
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2018-2020
Localização Eletrônica
https://agendapos.fclar.unesp.br/agenda-pos/ciencias_sociais/5311.pdf

Vida é milonga: troca e dádiva no ritual-tango

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silva, Cristiana Felippe e
Sexo
Mulher
Orientador
Gouveia, Eliane Hojaij
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Tango (dança)
Ritual urbano
Corpo
Resumo

A presente pesquisa etnográfica analisa o baile de tango como ritual urbano de troca e liminaridade, a partir da antropologia urbana e do corpo, atravessada por uma perspectiva de gênero. O objetivo é resgatar as mulheres milongueiras e outros narradores ocultos da história oficial, em uma reflexão sobre como a dança ressignifica papéis atribuídos nas representações de gênero, étnicas e intergeracionais. A pesquisa bibliográfica documental e de campo com participação observante parte de bailes de tango de São Paulo e passa pelos circuitos e trajetos dos tangueiros nas cidades originárias desse ritmo na região rioplatense de Buenos Aires (Argentina) e Montevidéu (Uruguai). O estudo investiga por meio de entrevistas formais e conversas casuais a corporeidade do baile, com seus códigos e gestual específicos, como organizadores sociais e suas relações de domínio e poder. Por meio de elementos marcantes do tango, como a mirada, o caminhar e o abraço, o baile é analisado como busca de experiência de reciprocidade, sentido e sociabilidade, cujos agentes são protagonistas de trocas e encontros, capazes de transformar os usos da cidade, recriar os espaços urbanos e a si mesmos

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
País estrangeiro
Argentina
Especificação da Referência Espacial
Buenos Aires
Brasil
Habilitado
País estrangeiro
Uruguai
Especificação da Referência Espacial
Montevidéu
Referência Temporal
2014-2016
Localização Eletrônica
https://tede2.pucsp.br/handle/handle/19294

Ser russo em São Paulo: Os imigrantes russos e a (re)formulação de identidade após a Revolução Bolchevique de 1917

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Ruseishvili, Svetlana
Sexo
Mulher
Orientador
Blay, Eva Alterman
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Sociologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Imigração russa
Refugiados
Apátridas
Deslocados de guerra
Estado Novo
Resumo

A presente tese de doutoramento tem como objeto de pesquisa os imigrantes de origem russa no Brasil, principalmente na cidade de São Paulo, na primeira metade do século XX. A Revolução Russa de 1917 e a formação do Estado Soviético ocasionaram grandes mudanças na estrutura social da Rússia e produziram um fluxo emigratório inédito no século XX. As características migratórias dessas populações provocaram grandes debates nos países europeus e resultaram no surgimento de uma nova categoria migratória: o refugiado. No Brasil, os primeiros imigrantes da Rússia pós-­revolução começaram a chegar no começo dos anos 1920, tendo como principais destinos os estados do Sul e do Sudeste do país, principalmente a cidade de São Paulo, que se encontrava em fase de rápido crescimento econômico e urbano. Posteriormente, São Paulo recebeu mais duas grandes levas de imigrantes russos: os deslocados da Segunda Guerra Mundial, no final dos anos 1940, e os imigrantes russos da China, ao longo da década de 1950. Assim, as décadas de 1920 a 1950 foram o período de maior visibilidade dos imigrantes russos na cidade e dos processos mais intensos da estruturação de suas coletividades. Diante disso, a tese se concentra nesse intervalo de tempo. Num segundo momento, a tese se propõe a explorar o que significava ser russo em São Paulo nesse período. O trabalho está fundado na percepção de que nenhuma identidade é uma característica estável, mas um processo contínuo cujos resultados advém de uma complexa teia de interações entre o Estado, a sociedade, o grupo e o indivíduo. A tese, através de uma extensa pesquisa documental em arquivos públicos e particulares e com auxílio de depoimentos orais, busca identificar de que modo as formas de sociabilidade dos imigrantes russos em São Paulo foram fruto de suas concepções coletivas sobre seu pertencimento e sua lealdade nacional. A pesquisa identificou que a falta de homogeneidade nos percursos migratórios, e também nas concepções sobre o próprio pertencimento, resultou em uma comunidade de imigrantes marcada por constantes conflitos internos, com o Estado e com a sociedade no Brasil. Essa dinâmica comunitária, somada à postura repressiva do Estado à época em relação aos imigrantes, ocasionou grandes rupturas entre gerações e entre diferentes levas migratórias de russos na cidade, que impactaram as formas de sociabilidade dos russos na cidade até os dias de hoje.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Primeira metade do século XX
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3827010

Relações interculturais no espaço escolar: estudo etnográfico de alunos bolivianos na rede pública de ensino paulistana

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silva, Janaína
Sexo
Mulher
Orientador
Pinezi, Ana Keila Mosca
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
Guarulhos
Programa
Ciências Humanas e Sociais
Instituição
UFABC
Idioma
Português
Palavras chave
Educação intercultural
diversidade
imigração boliviana
alteridade
Resumo

Na virada do século XX para o XXI, a questão da entrada de imigrantes no Brasil ganhou novamente destaque. Na cidade de São Paulo destaca-se a imigração boliviana, que remonta à década de 1950 com a chegada de bolivianos participantes do Programa de Intercâmbio Cultural Brasil-Bolívia. O aumento da presença estrangeira se dá em todos os espaços sociais e, obviamente, não é diferente no ambiente escolar. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, no ano de 2016 havia quase 3700 alunos estrangeiros matriculados na rede, sendo 2358 bolivianos. Tendo isso em mente e diante da constante presença de crianças bolivianas na rede municipal de São Paulo, o objetivo desta pesquisa foi analisar as relações sociais que acontecem entre elas, seus colegas brasileiros e os educadores no espaço escolar. Em síntese, buscou-se compreender como se dão as relações interculturais no ambiente escolar a partir da presença de estudantes bolivianos no ciclo de alfabetização de uma escola pública paulistana, tendo como fundamentação os princípios da educação intercultural, além das questões da teoria social relacionadas à alteridade e ao processo de construção da identidade. A metodologia utilizada foi o estudo etnográfico, em que realizamos observação participante nas atividades escolares de sete turmas de 1º a 3º ano de uma escola pública municipal, localizada no bairro da Mooca, zona leste da cidade de São Paulo, que possui alunos bolivianos em seu corpo discente. Destas, foram selecionadas duas turmas (1º e 2º anos) e propostas atividades de leitura, roda de conversa e elaboração de ilustrações com o intuito de observar e compreender como os alunos entendem a questão da diversidade em sala de aula. Também foram realizadas entrevistas com cinco professores do ciclo de alfabetização, uma auxiliar de classe e uma das coordenadoras pedagógicas da escola. Os principais pontos que trabalhamos neste estudo foram as questões relacionadas à discriminação e ao preconceito, com exemplos em situações cotidianas e nas falas dos sujeitos da escola. A análise dos dados foi feita à luz da teoria social no que se refere à diversidade, interculturalidade e alteridade e da educação intercultural. Concluímos que é imprescindível que a escola repense seu papel para possibilitar uma socialização adequada e o aprendizado de todos os estudantes.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Zona
Zona Leste
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Mooca
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2014-2016
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3790692

Redes Sociais na Migração: espaços da imigração boliviana em São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Bernardi, Maria Graziele
Sexo
Mulher
Orientador
Baltar, Claudia Siqueira
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
Londrina
Programa
Sociologia
Instituição
UEL
Idioma
Português
Palavras chave
Imigração Boliviana
Espaços de Socialização
Espaços de Migração
Redes Sociais
Resumo

Esta dissertação tem como objetivo analisar as redes sociais na migração. Na perspectiva de que as redes sociais são elementos analíticos para compreender os espaços de socialização. Assim, pretende-se demonstrar o papel das redes sociais na construção de espaços de socialização dos imigrantes bolivianos, na cidade de São Paulo. A hipótese desta pesquisa é de que as redes sociais têm papel central na construção de espaços de socialização, sendo que os espaços de socialização se diferenciam dos espaços migratórios em suas potencialidades de práticas e ações de resistências as discriminações e preconceitos no contexto urbano paulistano. Constatou-se que a organização das redes sociais, apesar de ser percebida como positiva para os imigrantes bolivianos, apresenta alguns fatores que dificultam na construção de espaços de socialização, fazendo com que essas redes sociais estabeleçam relações de resistências, como são os casos das promoções de festas devocionais e as comemorações típicas. A partir desta investigação percebeu-se que a maioria dos debates acadêmicos focam na realidade dos imigrantes bolivianos nas oficinas de costura.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2014-2016
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4650771

Globalização, migração e visto humanitário: a presença do migrante haitiano na Cidade de São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Souza, Andreia Brito de
Sexo
Mulher
Orientador
Stein, Leila de Menezes
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Araraquara
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Haitianos
Migração
Visto humanitário
Globalização
Trabalho
Resumo

A presente dissertação discorre sobre o tema da migração internacional contemporânea no Brasil e direciona o olhar, especialmente, para os imigrantes haitianos acolhidos na Cidade de São Paulo (SP). O deslocamento massivo desse grupo para o brasil iniciado em 2010 após o terremoto ocorrido no Haiti e intensificado após o governo federal, o Conselho Nacional de Imigração (CNIG) e o Comitê Nacional de Refugiados (CONARE) promulgarem a resolução normativa nº 97 que deu origem ao visto humanitário destinado aos nacionais do Haiti, desperta o debate sobre a inserção e integração dessa população na sociedade de um modo geral e nas políticas públicas migratórias desenvolvidas para seu acolhimento no país. Esse recente fluxo migratório incita-nos a pensar sobre esses desafios à sociedade civil, ao governo e também a questionar de que como está sendo recebido esse acolhimento humanitário pelos haitianos. A pesquisa apoia-se na análise de conteúdo de dados colhidos durante o trabalho de campo na Cidade de São Paulo, na literatura normativa sobre migração internacional e a literatura de diversas áreas das ciências sociais sobre migração, trabalho e globalização. Com o propósito de enriquecer o debate e a análise, é levado em consideração a subjetividade da migração haitiana, vista como um ato de resistência e de liberdade, mesmo dentro de todo um contexto de globalização e fatores externos que parece engessa-las. O trabalho de base para inserir os haitianos na sociedade é majoritariamente feito a partir do assistencialismo de instituições de caridade ligadas à igreja católica e à sociedade civil e que o visto humanitário apenas possibilita a inserção dos haitianos no país e a emissão de documentos, mas não os ajudam tanto para os inserirem na sociedade e no trabalho.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
País estrangeiro
Haiti
Referência Temporal
2010-2016
Localização Eletrônica
https://agendapos.fclar.unesp.br/agenda-pos/ciencias_sociais/4299/resumo?clean

Fluxo migratório boliviano na Cidade de São Paulo: as relações no mercado de trabalho sob a ótica das novas migrações

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Ribeiro, Ivan Osvaldo Calderon Arrueta
Sexo
Homem
Orientador
Gaiger, Luiz Inacio Germany
Ano de Publicação
2017
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNISINOS
Idioma
Português
Palavras chave
Movimentos Migratórios
Trabalho e Migração
Bolivianos
Resumo

A presente pesquisa de mestrado descreve e contextualiza o fluxo migratório de bolivianos na Cidade de São Paulo, inquirindo suas características do ponto de vista das teorias das novas migrações e investigando as relações de trabalho impostas a ditos migrantes. O fenômeno dos movimentos migratórios é foco de amplos estudos de diferentes áreas de conhecimento. Para as ciências sociais um de seus desdobramentos consiste na análise de fenômenos relacionais de populações com diversos panoramas e necessidades sociais, econômicas e culturais. O estudo propõe um aprofundamento bibliográfico sobre as teorias migratórias, principalmente as da atualidade e sob a ótica da globalização, bem como as relações entre trabalho e migração, com enfoque na precarização do trabalho. Nesse sentido, são apresentados dados históricos e demográficos da população de imigrantes bolivianos na Cidade de São Paulo com ênfase nas duas últimas décadas e, por fim, é realizada pesquisa de campo com o intuito de descrever as características de chegada dos imigrantes bolivianos, paralelamente a uma análise explicativa do fenômeno da condição e das relações do trabalho que se dão na população estudada, mediante observação participativa e entrevistas.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Anos 2000
Localização Eletrônica
https://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/6886

Deslocamentos laborais, espaços de vida e projetos de autonomia: trajetórias de mobilidade em Santa Lúcia – SP

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Salata, Rosemeire
Sexo
Mulher
Orientador
Ferreira, Darlene Aparecida de Oliveira
Ano de Publicação
2017
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP-ARAR
Idioma
Português
Palavras chave
Deslocamentos Laborais
Mobilidades
Redes sociais
Novos núcleos familiares
Projetos de Autonomia
Resumo

Este trabalho teve como objetivo central a compreensão dos significados das práticas migratórias em um contexto de trabalho reestruturado nos canaviais paulistas. Para tanto, pesquisa empírica foi realizada no pequeno município de Santa Lúcia–SP, inserido na economia canavieira regional e, mais especificamente, no Bairro Nova Santa Lúcia, onde é notável a presença de um “campesinato móvel”, oriundo majoritariamente do município de Gonçalves DIAS–MA. A partir da reconstrução de trajetórias de mobilidade foi possível demonstrar as reconversões laborais e espaciais que ocorreram pari passu às reconfigurações do trabalho canavieiro. Na localidade paulista, reconstruíram-se redes de relações e espaços de vida, conformando um processo de ampliação dos lugares de pertença daqueles que se deslocam. Neste contexto, o principal sentido do qual estão investidas as práticas migratórias é a reprodução da família e da casa. A construção de casas de moradia na localidade paulista foi pensada não apenas em sua materialidade, mas como construtora de relações morais, centradas em novos casais e filhos. A construção de autonomia dos novos núcleos familiares desvelou-se, inclusive, nas práticas de consumo e na valoração positiva atribuída ao trabalho em São Paulo. Para a realização da pesquisa as redes sociais foram importantes operadores metodológicos, orientando o reconhecimento das próprias redes de relações existentes e, deste modo, foram privilegiadas perspectivas teóricas e metodológicas que tivessem nos símbolos e valores correntes entre os migrantes seu ponto partida.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Santa Lúcia
Bairro/Distrito
Bairro Nova Santa Lúcia
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://www.bing.com/ck/a?!&&p=285734806efedcd3JmltdHM9MTcxOTYxOTIwMCZpZ3VpZD0zODdiOTJmOC1mMjU2LTZjNTMtMzA2NS04MTU4ZjMzZjZkZGImaW5zaWQ9NTE5Mw&ptn=3&ver=2&hsh=3&fclid=387b92f8-f256-6c53-3065-8158f33f6ddb&psq=Deslocamentos+laborais%2c+espa%c3%a7os+de+vida+e

Identidade entre fronteiras: migração transgeracional e trajetórias educacionais de mulheres angolanas em São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Rossa, Lya Amanda
Sexo
Mulher
Orientador
Menezes, Marilda Aparecida de
Ano de Publicação
2018
Programa
Ciências humanas e sociais
Instituição
UFABC
Idioma
Português
Palavras chave
Refúgio
Trajetórias Migratórias
Geração
Gênero
Angola
Resumo

O deslocamento da perspectiva sobre o tradicional fluxo migratório Angola-Brasil, visto historicamente como um percurso de vinda de refugiados e estudantes universitários, para um prisma de gênero, despertou a tarefa de pesquisa sobre as vivências de mulheres migrantes angolanas, solicitantes de refúgio e residentes em um centro de acolhida na Zona Leste de São Paulo. Na tentativa de propor alguns pontos de interseção e compreensão desse fluxo migratório, a presente pesquisa apresenta as trajetórias e o perfil de quinze mulheres, chegadas entre 2016 e 2018, que além do local de moradia, possuem em comum o pouco domínio do idioma português, vivências como migrantes e refugiadas na República Democrática do Congo (RDC), a naturalidade em províncias do norte de Angola e o pertencimento ao grupo étnico-linguístico Bakongo.

O contato com as participantes da pesquisa ocorreu pelo método etnográfico, de forma a compreender suas trajetórias migratórias, o que também revelou outros aspectos menos evidentes, mas não menos importantes em suas vidas: a influência dos conflitos coloniais nas suas experiências escolares, a propagação dos efeitos do deslocamento humano através das gerações, a presença de questões sobre estado-nação em seus corpos e linguagens e no seu sentimento de pertencimento e identidade nacional, suas dinâmicas familiares na origem e no Brasil. Da mesma forma, ganham destaque questões de alteridade através do contato com o outro na experiência migratória e o impacto dos marcadores sociais gênero, classe, raça, religião, nacionalidade e categorias migratórias na sua integração no país e na reconfiguração de suas identidades.

Disciplina
Referência Espacial
Zona
Zona Leste
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/SUCUPIRA/PUBLIC/CONSULTAS/COLETA/TRABALHOCONCLUSAO/VIEWTRABALHOCONCLUSAO.JSF?POPUP=TRUE&ID_TRABALHO=6605035