Poder local e gestão urbana

Por que caem? O fenômeno da cassação de prefeitos pela câmaras municipais

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Pessoa, Bruno Martins
Sexo
Homem
Orientador
Speck, Bruno Wilhelm
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.11606/D.8.2019.tde-30072019-141641
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciência Política
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Câmara Municipal
Cassação de Prefeito
Cassação por via política
Interrupção de mandato
Presidencialismo
Resumo

Qual o nível de conflito que torna uma crise intratável e resulta na cassação do mandato eletivo do prefeito pela Câmara Municipal? A literatura que se dedica a explicar esse fenômeno se divide em duas perspectivas: 1) variáveis sociais forçam os parlamentares a agir contra o incumbente e as variáveis políticas agem de forma complementar e, 2) fatores políticos levam os legisladores a forçar a saída do cargo do incumbente, com fatores sociais agindo de forma complementar. Em comum a essas duas perspectivas há o papel desempenhado pelo Legislativo como fator chave para a interrupção do mandato do chefe do Executivo. Esta pesquisa investiga sobre as causas determinantes da remoção dos prefeitos pelo parlamento municipal. Portanto, busca-se revelar são as variáveis institucionais e não institucionais que influenciam na motivação dos parlamentares que, diante de uma crise não assimilável, optam por cassar o mandato eletivo do prefeito a mantê-lo no cargo. A pesquisa utiliza dados coletados de 335 câmaras municipais paulistas sobre processos de cassação no período de 1992 a 2012 para trazer informações sobre a dinâmica do fenômeno no interior do Legislativo. Foram utilizados também dados do TSE e Seade das eleições municipais referentes a esse período. Essa base de dados original permite que testemos as principais explicações fornecidas pela literatura. O tema se insere dentro da literatura sobre remoção de presidentes, como um subgrupo desse fenômeno. Resultados das análises estatísticas descritivas apontam que o quadro de variáveis extraído dessa literatura apresenta um comportamento semelhante, em decorrência do desenho institucional do município que é simétrico ao ente federal, por força constitucional. Em conclusão, este estudo contribui com o debate que elucida os fatores que levam à ocorrência do fenômeno em questão, que pode ser entendido como um subgrupo da literatura que trata da remoção de membros do Executivo em diferentes instâncias.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1992-2012
Localização Eletrônica
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-30072019-141641/pt-br.php

Operação Lava Jato: aprendizado institucional e ação estratégica na Justiça Criminal

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Rodrigues, Fabiana Alves
Sexo
Mulher
Orientador
Arantes, Rogério Bastos
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.11606/D.8.2020.tde-14022020-163817
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Accountability
Aprendizado institucional
Corrupção
Operação Lava Jato
Voluntarismo político
Resumo

A literatura sobre a rede de instituições de accountability no Brasil, que apontava um diagnóstico de ineficiência do controle criminal da corrupção, passou a identificar o protagonismo das instituições de justiça e alguns resultados promissores. A operação Lava Jato leva esse debate a outro patamar, seja pelos impressionantes resultados atingidos, com a prisão de políticos de alto escalão e grandes empresários, seja pelas controvérsias que tem suscitado sobre seletividade política, novas formas e estratégias de aplicação do direito processual penal e efeitos sobre as instituições políticas e a própria democracia. Como explicar tais resultados depois dos recorrentes diagnósticos que apontavam a ineficiência na fase de punição da corrupção de alto escalão? Pretendo contribuir com esse debate ao abordar a Lava Jato a partir de dois fatores que, combinados, nos permitem compreender como foi possível alcançar esses resultados: a dimensão institucional e o voluntarismo político dos atores envolvidos. As escolhas metodológicas envolvem essencialmente abordagens qualitativas sobre o sistema de Justiça Criminal, o que inclui process tracing e fluxo do sistema de justiça. Os resultados da pesquisa que apresento abrangem as mudanças de ordem internacional, legal, organizacional e tecnológica que ocorreram no país nos anos que precederam a Lava Jato e que foram relevantes para a produção de seus resultados, o que se agrega a um processo de aprendizado institucional. Por outro lado, mostro que os resultados atingidos contaram com altas doses de voluntarismo dos atores do sistema de Justiça Criminal, especialmente da Justiça Federal, que fez uso de uma gestão estratégica sobre o tempo de tramitação dos processos criminais, amparada em margens de discricionariedade e autonomia administrativa. Os resultados que apresento mostram que o voluntarismo político dos atores do sistema de justiça permitiu a atuação altamente seletiva do controle criminal da corrupção, o que sugere a necessidade de cautela na defesa do envolvimento do judiciário no combate à corrupção. 

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
Anos 2010
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-14022020-163817/pt-br.php

A crise na coalizão e o impeachment de Dilma Rousseff

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Rambourg Junior, Ribamar Cezar
Sexo
Homem
Orientador
Limongi, Fernando de Magalhaes Papaterra
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.11606/D.8.2019.tde-20112020-212122
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciência Política
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Impeachment
Ministérios
Orçamento
Partidos
Presidencialismo de coalizão
Resumo

O trabalho se dispõe a analisar a relação da chefe do Poder Executivo com os partidos membros da coalizão de governo durante o mandato de Dilma Rousseff. Embora a presidente tenha sido reeleita e governado com apoio de uma coalizão amplamente majoritária no Congresso Nacional, ela foi afastada por meio de impeachment. Sem adentrar no mérito do processo, o trabalho avaliará o esfacelamento da coalizão que, em circunstâncias adversas, a tornou suscetível de ser destituída pelo Poder Legislativo. Em outras palavras, a presidente não conseguiu construir escudo legislativo para lhe proteger em momentos de crise. Conforme será apresentado na dissertação, o apoio congressual ao governo caiu de forma contínua ao longo do tempo. Desde que tomou posse, Dilma Rousseff optou por não cultivar uma relação próxima com os partidos da coalizão, o que pode ser explicitado, sobretudo, pela desproporção na composição ministerial entre os partidos da coalizão e por conflitos permanentes existentes entre a presidente e seus aliados. Em relação à composição ministerial, será avaliado o orçamento total de investimento que os partidos conseguem empenhar por meio dos ministros indicados para compor o gabinete - uma vez que investimentos trazem maior visibilidade, podendo suscitar ganhos políticos aos agentes e partidos envolvidos. Assim, em meio a dificuldades políticas, quando a crise econômica e os escândalos de corrupção levaram milhões de pessoas às ruas pedindo sua destituição, Dilma Rousseff não resistiu. No auge de sua impopularidade e na ausência de escudo legislativo, o impeachment tornou-se inevitável.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
2011-2016
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-20112020-212122/pt-br.php

Contato com a polícia e legitimidade policial na cidade de São Paulo

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Teixeira, Frederico Castelo Branco
Sexo
Homem
Orientador
Moises, Jose Alvaro
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciência Política
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Polícia
Legitimidade
Segurança Pública
Resumo

O contato de cidadãs e cidadãos com a polícia é um dos momentos mais paradigmáticos da relação fundamental entre indivíduo e Estado. Afinal de contas, é quando o indivíduo está diante das autoridades a quem é delegado o poder que fundamenta o pretendido e requerido monopólio do uso da força para a aplicação da lei e garantia da ordem dentro de determinado território. Sendo a pretensão de legitimidade por parte das agências policiais importante para governos democráticos – pois implicaria em maior adesão e cooperação para com as autoridades – a presente tese investiga o impacto do contato com a polícia sobre a legitimidade da polícia aos olhos dos cidadãos. Com base em dados de pesquisa de opinião conduzida com habitantes de São Paulo em 2015, a tese revela os efeitos dos julgamentos (positivos e negativos) da experiencia vivida com a autoridade policial sobre as percepções acerca da atividade policial – justiça procedimental, eficácia e legalidade – e sobre a legitimidade da polícia. O destaque fica para por conta dos indicativos de que as experiências negativas têm um impacto maior em diminuir as percepções de legitimidade da polícia do que as interações julgadas como positivas. A partir dos resultados reforça-se a ideia de que a avaliação da atividade policial e das políticas de segurança devem levar em conta a dimensão da interação com os cidadãos. Ainda que o contato com a autoridade policial, seja só um aspecto dentre os muitos apontados pela literatura que tem impacto e contribuição para informar a noção da legitimidade da autoridade, o estudo reforça o entendimento de que vale a pena, que gestores públicos e governos, tenham mais atenção a interação que seus agentes estabelecem com a população nas ruas no dia-a-dia.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2015
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9233071

Política de gestão urbana e mobilidade intrametropolitana a migração como estratégia de inserção no mercado habitacional na região do Distrito Federal e entorno

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Caiado, Maria Célia Silva
Sexo
Mulher
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.48213/travessia.i50.710
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
17
Ano de Publicação
2004
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Administração pública
Gestão urbana
Brasília
Resumo

Entre as grandes cidades e metrópoles nacionais, Brasília destaca-se não tanto pelas especificiidades relacionadas ao seu processo de criação e construção, mas principalmente pelas possi­bilidades de gestão urbana geradas pela quase inexistência de antecedentes relacionados à ocupação territorial urbana e pela propriedade pública de grande parte da terra destinada à nova capital.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Brasília
Macrorregião
Centro-Oeste
Brasil
Habilitado
UF
Distrito Federal
Referência Temporal
1975-2000
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/710

Os desafios de reconstrução de pedaços da cidade por meio dos conselhos participativos municipais das subprefeituras de São Paulo

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Coelho, Rony Gleison da Silva
Sexo
Homem
Orientador
Dagnino, Evelina
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Campinas
Programa
Ciência Política
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Participação política
Instituições participativas
Gestão urbana
Conselhos distritais
Conselhos Participativos Municipais
Resumo

Adotando uma perspectiva histórica e processual, esta pesquisa investigou a participação política institucional, territorial e local, e a descentralização intramunicipal na cidade de São Paulo, tomando como referenciais empíricos os Conselhos Participativos Municipais (CPMs). Conhecidos também como conselhos distritais, tais órgãos foram "constitucionalizados" quando se elaborou a Lei Orgânica do Município, em 1990, sendo que naquela ocasião foram denominados de Conselhos de Representantes. Contudo, eles só vieram a ser implementados, após diversas tentativas fracassadas, 23 anos depois, durante a gestão de Haddad (PT), em 2013. Tendo isso em vista e que nas duas últimas décadas o país passou pela experiência de ter adotado uma ampla gama de mecanismos de participação, com destaque para os conselhos em diversas áreas de políticas públicas, foram elaborados dois conjuntos principais de perguntas de pesquisa. Em primeiro lugar, questionou-se se existiriam novidades no desenho institucional dos órgãos implementados nas subprefeituras e quais seriam os fatores que as explicariam. Em segundo, quais seriam os potenciais e os limites desses órgãos diante dos desafios de gestão de uma metrópole e, não obstante, o que eles produziram nesses primeiros anos de funcionamento (2014-6). Quais seriam seus outputs? Em relação ao primeiro conjunto de questões, sustenta-se que os CPMs foram criados contendo originalidades em seu desenho institucional que propiciaram a ampliação dos perfis de atores que deles participam em relação ao que normalmente se verifica nos demais conselhos e em relação aos formatos institucionais que foram propostos no passado. Entre os fatores que ajudam a entender tais inovações estão o acúmulo, a sedimentação e a consolidação das experiências de conselhos ao longo do tempo no país, os novos atores que se fizeram presentes nos processos de aprovação e implementação dessa instância e as disputas dos partidos políticos em torno das concepções e práticas de participação, dadas em uma dinâmica pluripartidária de construção de consensos e resistências. No tocante ao segundo conjunto de indagações, sustenta-se que os CPMs têm desempenhado a função de fornecer diagnósticos dos problemas de escala microterritorial, vivenciados no cotidiano dos moradores das diversas - e internamente heterogêneas - regiões da cidade, perfazendo assim um significativo papel em meio a uma "cidade em pedaços", qual seja, o de identificar e priorizar, coletivamente em um espaço público, os problemas cruciais e urgentes para a melhoria das condições e da qualidade de vida no nível local no dia-a-dia dos moradores, a despeito dos limites inerente a esses espaços, associados, sobretudo, às fragilidades próprias das subprefeituras. Essas são decorrentes de um processo de descentralização longo, descontínuo, disruptivo e não consensual entre as distintas gestões executivas municipais encabeçadas pelos diferentes partidos que administraram a cidade; um processo, portanto, errático em suas dimensões política, administrativa e financeira

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2014-2016
Localização Eletrônica
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/986629

O voto na bancada da bala estudo de geografia eleitoral na cidade de São Paulo (2012/2016)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Faganello, Marco Antonio
Sexo
Homem
Orientador
Freitas, Andrea Marcondes
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Campinas
Programa
Ciência Política
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Comportamento eleitoral
Eleição municipal
Ideologia securitizadora
Bancada da Bala
Geografia eleitoral
Resumo

Este trabalho buscou investigar o processo de formação da decisão do voto em candidatos da bancada da Bala na cidade de São Paulo. Para isto, analisamos a votação dos candidatos a vereador Cel. Telhada, Conte Lopes e Cel. Camilo em 2012; e de Major Olímpio a prefeito em 2016, entre outros. Os candidatos são ex-oficiais da polícia militar e adotam um discurso político securitizador, defendendo um papel maior dos dispositivos penais como ferramentas adequadas para lidar com o problema da segurança pública, bem como a defesa da liberalização do porte de arma e outras medidas conservadoras. A pesquisa se apoia sobre um ponto de vista teórico que pressupõe que os elementos da perspectiva geográfica contextual são imprescindíveis para o entendimento dos determinantes do voto, e que os pressupostos da escola sociológica não se sustentam empiricamente sem que se leve em conta a dimensão do contexto. O trabalho busca traçar hipóteses sobre os determinantes do voto nos candidatos da Banca da Bala através de uma análise geográfica, buscando assim agregar novos conceitos usados em trabalhos recentes ligados à geografia eleitoral contextual. Ao mesmo tempo, propomos uma nova unidade de análise da distribuição territorial do voto, que permita a associação entre características sociodemográficas e taxas eleitorais. Pudemos concluir que mesmo um fenômeno aparentemente unívoco, calcado sobre uma mesma ideologia e bandeiras muito parecidas, entre candidatos com perfis similares, apresenta características eleitorais dinâmicas. As distribuições de voto entre cada candidato apresentam desenhos próprios, sendo dependente de aspectos sociodemográficas, elementos territoriais e aspectos próprios de cada campanha

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2012-2016
Localização Eletrônica
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/986682

Da união para os municípios? Os desafios da intersetorialidade na gestão e implementação local do Programa Bolsa Família (estado São Paulo/ 2006-2013)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Cagnin, Isabela Fagundes
Sexo
Mulher
Orientador
Justo, Carolina Raquel Duarte de Mello
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Ciência Política
Instituição
UFSCAR
Idioma
Português
Palavras chave
Bolsa Família
Gestão
São Paulo
Implementação
Resumo
Essa pesquisa tem como objetivo analisar os fatores que influenciam uma gestão da intersetorialidade do Programa Bolsa Família (PBF) com elevados índices de desempenho nos municípios do estado de São Paulo. Foram construídas três hipóteses: a primeira é referente ao alcance de altos valores do IGDM a partir da institucionalização da intersetorialidade por meio dos documentos oficiais (decretos, normas operacionais e portarias) do PBF. A segunda hipótese, na qual levantamos que o desempenho da gestão do PBF pode ser resultado da inovação na gestão local. A terceira hipótese, destacamos que as condições socioeconômicas como porte populacional e índice de Gini (concentração de renda) refletiriam no resultado do IGDM. Hipótese testada através da comparação entre o IGDM e o IDHM (medido em 2000 e 2010) dos municípios pesquisados, a fim de observar se aqueles que possuem altos valores de IDHM também possuiriam altos valores para o IGDM. Os resultados da pesquisa apontam que a institucionalização em si da intersetorialidade não acarreta com que todos os municípios obtenham uma gestão no mesmo patamar de qualidade. Nesse sentido a atuação dos gestores locais e das características municipais, principalmente o porte do município e concentração de renda afetam mais no resultado de uma gestão considerada mais satisfatória em detrimento dos demais resultados alcançados de gestão.
Disciplina
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2006-2013
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/9279?show=full

A geografia do voto em eleições municipais no sistema eleitoral de lista aberta um estudo a partir de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Gelape, Lucas de Oliveira
Sexo
Homem
Orientador
Reis, Bruno Pinheiro Wanderley Reis
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Belo Horizonte
Programa
Ciência Política
Instituição
UFMG
Idioma
Português
Palavras chave
Geografia eleitoral
Sistema eleitoral de lista aberta
Vereadores
Concentração-dispersão
Dominância-compartilhamento
Resumo
Esta dissertação investiga a distribuição espacial dos votos dos vereadores eleitos nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, nas eleições de 2008 e 2012. Seu objetivo principal é identificar padrões de votações desses políticos, apresentando uma discussão acerca dos principais meios apontados pela literatura para tal caracterização. Assim, o trabalho oferece contribuições a três correntes de estudos da ciência política: (1) geografia eleitoral; (2) funcionamento do sistema eleitoral de lista aberta; e (3) política em nível municipal. Inicialmente, realiza-se uma revisão dos principais estudos concernentes à dissertação, assentando as bases teóricas do trabalho. Em seguida, apresenta-se o desenho da pesquisa, ressaltando-se que a estratégia adotada para a identificação de padrões de votação é a classificação dos vereadores segundo a tipologia proposta por Barry Ames, que consiste em classificar os candidatos em quatro tipos, de acordo com duas dimensões (horizontal e vertical) da distribuição espacial dos votos: (1) concentrados-dominantes; (2) concentrados compartilhados; (3) dispersos-compartilhados; e (4) dispersos-dominantes. São discutidos ainda os índices utilizados pela literatura para a classificação dos candidatos nos tipos indicados. Por fim, são relatados os resultados empíricos encontrados na pesquisa, destacando-se a escolha feita pelo autor acerca de quais índices e modos de classificação parecem ser os mais adequados para a mensuração de cada dimensão nos casos estudados. Os resultados encontrados indicam uma estabilidade do número de vereadores de cada tipo, em um mesmo município, entre os dois pleitos analisados; e ainda uma predominância do tipo disperso-compartilhado em todos os municípios e eleições analisadas.

 

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Cidade/Município
Belo Horizonte
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Minas Gerais
Referência Temporal
2008-2012
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/BUOS-AQGERZ

Pentecostalismo, eleições e representação política no Brasil contemporâneo

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Silva, Fabio Lacerda Martins da
Sexo
Homem
Orientador
Ricci, Paolo
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciência Política
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Candidatos
Eleições
Evangélicos
Legislativo
Pentecostais
Resumo

Esta tese investiga a recente mobilização política dos evangélicos no Brasil. Seu objetivo é analisar certas suposições encontradas na literatura sobre o crescimento evangélico (sobretudo pentecostal) e seu impacto político na América Latina e, em particular, no Brasil. Essas suposições dizem respeito à relação estabelecida entre político evangélico e eleitor; ao crescimento da presença evangélica nos legislativos brasileiros; à força eleitoral dos candidatos evangélicos e das igrejas pentecostais; e ao apoio de eleitores evangélicos a candidatos que sinalizam a mesma religião. Para realizar esse objetivo, a tese se apoia em revisão da literatura relevante, na construção de um novo banco de dados de candidaturas evangélicas para o legislativo no Brasil (1998-2014) e na realização de um experimento de survey com estudantes universitários da cidade de São Paulo. Os dados são analisados por meio de estatística descritiva, modelos de regressão OLS e logística. Os resultados revelam um quadro mais complexo sobre a atuação política evangélica do que a literatura costuma supor. As afirmações sobre a suposta atuação clientelista dos deputados evangélicos, conquanto não necessariamente equivocadas, não encontram apoio na produção de leis do estado de São Paulo. Entre 1998 e 2014, o número de candidaturas evangélicas para a Câmara dos Deputados e para as Assembleias Legislativas aumentou em termos absolutos, mas se manteve estável em termos relativos. O número de evangélicos eleitos aumentou no período, mas permanece inferior à proporção de evangélicos na população brasileira. Os deputados evangélicos são, cada vez mais, provenientes de igrejas pentecostais que adotam o modelo de representação corporativa. O apoio dessas igrejas a seus candidatos oficiais produz um efeito positivo sobre seu desempenho eleitoral mesmo controlando por fatores como gasto de campanha, incumbência, partido, entre outros. Porém, a despeito das suposições de apoio irrestrito dos fiéis a candidatos de suas igrejas, o sucesso eleitoral das igrejas pentecostais é menor do que se assevera. Por fim, o uso de pistas religiosas por parte de candidatos evangélicos só tem efeito positivo sobre os eleitores evangélicos condicionado ao tamanho da oferta de candidatos. Por outro lado, tem efeito negativo sobre outros grupos religiosos, sobretudo num cenário com apenas dois candidatos.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1998-2014
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-02062017-103551/pt-br.php