Este artigo focaliza o Saara, situado na área central da cidade do Rio de Janeiro e reconhecido, pelos cariocas, como um dos locais de comércio mais popular da cidade. Esta denominação é datada de 1962, quando a Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega - SAARA - foi criadapor um grupo de comerciantes, estabelecidos entre o quadrilátero formado pela avenida Presidente Vargas, Praça da República (Campo de Santana), rua Buenos Aires e rua dos Andradas e as transversais avenida Tomé de Sousa, ruas Regente Feijó e Gonçalves Ledo, avenida Passos e rua da Conceição.
Os comerciantes atestam que a fundação da SAARA foi uma das formas de proteger seus empreendimentos das intervenções urbanísticas projetadas pelo poder público que, na época, em nome da “modernização” daquele espaço, pretendia desapropriar imóveis e construir uma via expressa naquela parte da cidade. No entanto o que é hoje o Saara constitui-se, há quase um século, local repleto de significados para um grupo de imigrantes e seus descendentes que consolidaram, ali, uma experiência urbana única no Rio de Janeiro. Fundando a SAARA, além de defenderem seus interesses econômicos e comerciais, ajudaram a preservar fisicamente o local e, possibilitaram a preservação também de sua cultura e identidade no país emigrado.
O texto tratará como Saara o espaço geográfico que respeita os limites desta Sociedade, e que desta forma ficou conhecido popularmente.