Religiões, rituais e comemorações

Bixiga-Mombaça: entre lugares, percursos e memórias

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Vargas, Fernanda Alves
Sexo
Mulher
Orientador
Menezes, Marilda Aparecida de
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Bernardo do Campo
Programa
Ciências Humanas e Sociais
Instituição
UFABC
Idioma
Português
Palavras chave
Memória
Espaço
Mobilidades
Nordeste
São Paulo
Resumo

O Bixiga (SP) está localizado na região central da cidade de São Paulo, conhecido por ser uma zona de consumo gastronômico e cultural da cidade, especialmente pela boemia e pela migração italiana. Mombaça (CE) é uma cidade do sertão central cearense, com um pouco mais da metade da população vivendo na região rural. Essas regiões têm entre si quase três mil quilômetros de distância, no entanto, apresentam proximidades que nos provocam e nos questionam. Como Mombaça se tece no Bixiga? E como o Bixiga se tece em Mombaça? O Bixiga (assim como a noção de nordeste) é uma invenção, um espaço praticado e imaginado, marcado por fronteiras fluídas, atualizado continuamente, de acordo com os atores sociais e situações em jogo. Procuramos compreender como se desenham as relações entre memórias e narrativas, italianas, negras e nordestinas no Bixiga. A pergunta inicial foi de como os percursos, as memórias e as narrativas de pessoas e famílias vindas do Nordeste são construídas e marcadas nesse mesmo espaço. São muitos os nordestes presentes nessa região, sendo essa palavra generalizadora diante da diversidade de pessoas e locais de origem. Para esta pesquisa, pretendeu-se ir a campo e ver como se apresentava esse território a partir dos citadinos e da pesquisadora. Sentir, ouvir e ver, o que era dito, tanto entre os vindos do Nordeste, como por parte de descendentes de italianos. A etnografia foi nos orientando para três ruas da região. Nestas, a partir dos interlocutores que nos aproximamos, tornou-se marcada a presença de pessoas vindas do Ceará. Foram estabelecidas relações a partir de restaurantes, casas do Norte, bares, casas de show, mercearias e de agências que promovem viagens diretas na rota Ceará-São Paulo. Também nos aproximamos da 92ª Festa Nossa Senhora Achiropita e da 8ª Festa dos Filhos, Familiares e Amigos de Mombaça, assim como, da missa que precedeu a festa, realizada na Igreja Nossa Senhora Achiropita. Ao final foi realizada uma viagem de ônibus do Bixiga até Mombaça com a perspectiva de compreender como os trânsitos, fluxos e redes se relacionam a memória e a espacialidade e mesmo se a mobilidade, poderia ser um lugar de memórias.

Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Bixiga
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Mombaça
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Ceará
Referência Temporal
2017-2019
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7777457

A Igreja Universal do Reino de Deus e a tecnologia de produção de sujeitos: subjetividades heteronormativas e performatividade familiar

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Marchesi, Valeria Barros dos Santos
Sexo
Mulher
Orientador
Rosa, Pablo Ornelas
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Vila Velha
Programa
Sociologia Política
Instituição
UVV
Idioma
Português
Palavras chave
família tradicional
neoconservadorismo
neopentecostalismo
heteronormatividade
Resumo

Esta pesquisa se lança sobre os discursos e práticas pastorais da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) na produção de sujeitos generificados, em uma trama na qual a mulher assume o fulcro familiar, se constituindo como principal alvo de agenciamento. Diante disso, problematizo: estariam e em que medida as técnicas de constituição do comportamento sexual e de modelação do arranjo familiar servindo a uma estratégia de poder que transcende objetivos religiosos? O objetivo é compreender como a IURD orienta seus fiéis, e essencialmente as mulheres, em questões acerca de gênero, sexualidade e a preservação da família heterossexual. A hipótese que tenciono é: a IURD opera como uma tecnologia de poder produtora de sujeitos politicamente dóceis e economicamente úteis, com fins de fortalecer seu projeto de hegemonia conservadora nos costumes, marcada pela família tradicional patriarcal, na política, pela orientação do voto, e no campo econômico, pela TP de orientação neoliberal. Como base teórica metodológica utilizei as noções de Michel Foucault que tencionam acerca dos múltiplos dispositivos e tecnologias de poder que incidem sobre os sujeitos, com fim de modelagem subjetiva dos mesmos, adotando o método etnográfico da observação participante no Templo de Salomão em São Paulo-SP, bem como na maior sede da IURD no Espírito Santo-ES, a Catedral de Vitória. Verificamos que o homem e a mulher têm suas subjetividades definidas como alvo de seus dispositivos pastorais de dominação e imposição de verdades. Assim, a IURD desloca-se de um lugar meramente inscrito na esfera religiosa e emerge como uma tecnologia produtora de sujeitos. A família aqui descrita emerge como modelo de arranjo assaz favorável a um cenário neoconservador e neoliberal, bem como, pelo que tenciono como “pedagogia do voto”, os sujeitos religiosos convertem-se para atuarem também como sujeitos políticos.

Disciplina
Referência Espacial
Zona
Centro
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Brás
Logradouro
Av. Celso Garcia, 605
Localidade
Templo de Salomão da IURD
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Vitória
Localidade
Catedral de Vitória
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Espírito Santo
Referência Temporal
2018-2020
Localização Eletrônica
https://repositorio.uvv.br/handle/123456789/512

A memória ancestral de Pai Pérsio de Xangô: expansão e consolidação do Candomblé paulista

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Eugênio, Rodnei William
Sexo
Homem
Orientador
Bernardo, Teresinha
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Pai Pérsio de Xangô
Candomblé - São Paulo (Estado)
Cultos Afro-brasileiros
Resumo

Reconstituir a memória de uma das principais lideranças do candomblé de São Paulo implica em registrar a voz de um grupo historicamente discriminado e marginalizado. Nosso objetivo é registrar as histórias de vida em um terreiro, recuperando a memória de seu fundador. Ao registrar essas vozes dos membros dessa comunidade, relacionando suas narrativas ao contexto sociocultural, pretende-se compreender o processo de inserção, expansão e consolidação do candomblé em São Paulo. A conversão considerável de umbandistas para o candomblé, um fluxo quase natural entre os anos 1970 e 1980, empresta características muito próprias a essa religião em São Paulo e inaugura o modelo daquilo que poderíamos chamar de “candomblé paulista”, um movimento com personagens marcantes, cuja memória pode auxiliar na compreensão de um momento fundamental no processo de difusão das religiões afro-brasileiras. As profundas relações entre as duas modalidades mais populares de religião afro-brasileira encontram no trânsito de seus adeptos o fomento que as dinamiza. Ao ouvir as histórias de pessoas do candomblé, particularmente aquelas ligadas à trajetória de pai pérsio de xangô, buscamos um diálogo que proporcionasse mais do que a conceituação de um objeto. Ampliamos o campo de questionamento e reflexão para instigar nossos interlocutores a descobrir, eles mesmos, verdades ou conceitos a respeito de relações e fatos vividos, o que implicava considerar o movimento circular da memória. Compreender esse panorama, no qual pais e mães de santo vêm apresentar seus préstimos em outros estados e passam a disputar clientes num mercado religioso, ajuda a traçar as linhas gerais das mudanças que demarcam os nos candomblés de São Paulo e aquilo que os diferencia dos terreiros mais tradicionais. Olhar para as tradições e visões de mundo preservadas no candomblé nos ajuda atingir uma concepção mais completa do que foi e ainda é a realidade do negro no Brasil e a formatar um conceito de memória ancestral.

Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1970-1980
Localização Eletrônica
https://tede2.pucsp.br/handle/handle/22287

Representações sociais de religião e religiosidade dos professores de sociologia do ensino médio

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Viana, Beatriz Pinto
Sexo
Mulher
Orientador
Marzari, Marilene
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Mato Grosso
Programa
Sociologia
Instituição
UFMT
Idioma
Português
Palavras chave
Representação social
Religião
Religiosidade
Professor
Resumo
Este estudo tem como objetivo principal analisar as Representações Sociais de Religião dos Professores de Sociologia que atuam do Ensino Médio das Escolas Estaduais de Cuiabá-MT, as quais, consequentemente, constituíram-se o objeto desta pesquisa. Os objetivos específicos visam: compreender a representação social de religião dos professores de Sociologia; entender o processo de constituição de religião na educação escolar e identificar a concepção de representação social dos professores em relação à religião. Para isso, desenvolvemos o seguinte problema de pesquisa: Qual a representação social de religião dos professores de Sociologia que atuam no Ensino Médio das escolas estaduais de Cuiabá-MT? A fundamentação teórica que norteou os estudos pautou-se em autores da Sociologia, como Émile Durkheim, Max Weber, Anthony Giddens, Georg Simmel entre outros e, em Moscovici, Jodelet, Sá, Guareschi e Jovchelovitch que abordam questões referentes à teoria das representações sociais. A pesquisa qualitativa teve, como procedimentos, levantamento de dados, entrevista semiestruturada e análise de documentos. A entrevista foi realizada com 12 professores licenciados em Ciências Sociais, que atuavam no Ensino Médio, e, por meio dela permitiu-se compreender a construção das representações de religião e religiosidade presentes em cada um desses indivíduos. A análise de documentos, como os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs -, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – DCNs - e as Orientações Curriculares do Estado de Mato Grosso – OCNs - contribuíram para a compreensão da inserção do conteúdo de Religião nas disciplinas de Ensino Religioso e de Sociologia. Outro instrumento utilizado foi o questionário que deu suporte para levantar o perfil dos sujeitos. O material de pesquisa foi tratado com base na Análise de Conteúdo, proposta por Laurence Bardin, e possibilitou levantar elementos comuns que foram agrupados tematicamente por categorias. Os resultados mostram que as representações dos professores a respeito de Religião encontram-se ancoradas na religiosidade, ligadas, principalmente, aos valores religiosos tradicionais e subjetivos, uma vez que evidenciam a presença do cristianismo em suas expressões. Os professores, em sua maioria, consideram a pertinência do conteúdo, mas afirmam que é necessário aprofundar os estudos a respeito da Sociologia das Religiões. A religião e a religiosidade apresentadas pelos professores produzem e reproduzem elementos de suas subjetividades e, consequentemente, não são passíveis de serem desvencilhadas do conjunto de valores, de emoções, de experiências e de práticas sociais internalizadas, ao longo da história de vida e, mesmo inconscientes, acabam interferindo no exercício profissional.
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Cuiabá
Macrorregião
Centro-Oeste
Brasil
Habilitado
UF
Mato Grosso
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://ri.ufmt.br/handle/1/2877

“És o que fomos, serás o que somos”: o processo de ressignificação dos espaços cemiteriais e das práticas funerárias

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Melo, Árife Amaral
Sexo
Homem
Orientador
Schumacher, Aluisio Almeida
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Marília
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Ressignificação
Cemitérios
Práticas funerárias
Racionalização
Resumo

A presente tese pretende interpretar os espaços cemiteriais e as práticas funerárias a eles relacionados, visando compreender a existência de um processo de ressignificação relacionado a ambos. Esse processo se dá a partir do que pode ser observado na maioria dos cemitérios tradicionais: visualmente, é possível observar que nesses cemitérios existe um contraste estético, no qual os jazigos mais antigos apresentam diversos elementos simbólicos e alegóricos relacionados a valores religiosos, ao passo que em jazigos mais novos esses elementos são cada vez mais raros ou simplesmente inexistem. Coube à pesquisa, através de visitas a alguns cemitérios em cidades do Estado de São Paulo e do Paraná, observar e identificar os elementos que permeiam esse contraste. Observou-se que não somente os espaços cemiteriais, mas também as práticas funerárias vinculadas a eles se encontram em constante mudança. Essas mudanças, impulsionadas pela secularização e pela racionalização, afetaram o significado do espaço cemiterial e das atitudes perante a morte, haja vista que até mesmo a visão que se possuía sobre a morte, antes norteada por valores religiosos, aos poucos é subjugada por uma visão de mundo racionalizada. Nesse sentido, surgem “cemitérios de novo tipo”, cuja configuração, de caráter tecnicista e racional, se estende às práticas funerárias, nas quais seu tecnicismo se aprofundou em detrimento dos aspectos ritualísticos religiosos. Como incremento a esse processo, existe a mercantilização das práticas funerárias, que aprofunda as formas de distinção social já existentes anteriormente, criando constantemente produtos e serviços direcionados aos enlutados, tratando-os como consumidores. Essa mercantilização, que se apropria da racionalidade da execução das práticas funerárias, uma vez comercializadas e terceirizadas, passam a coexistir com a religiosidade no que se refere à atenuação da dor da perda.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Paraná
Referência Temporal
2015-2019
Localização Eletrônica
https://repositorio.unesp.br/items/0575357c-6c46-41e1-99a3-ca1f49a556d1

Fazer festa é uma guerra: relações entre vestidos, noivas, anfitriões e convidados na organização de casamentos

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Bueno, Michele Escoura
Sexo
Mulher
Orientador
França, Isadora Lins
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Campinas
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNICAMP
Página Inicial
20
Página Final
245
Idioma
Português
Palavras chave
Casamento
Conflito social
Parentesco
Diferenciação
Consumo
Resumo

Uma festa de casamento não é ocasião qualquer. Organizada sob muita expectativa, cuidado e apreço, uma festa como esta é frequentemente descrita como a realização de um sonho de vida e não raro demanda anos para sua preparação. Extraordinária, feita para ser única, é produto de um intenso engajamento de seus anfitriões e, no Brasil, é também composta em relação direta a um mercado especializado em eventos que, por ano, tem movimentado mais de R$ 17 bilhões. Desde 2015, nessa pesquisa busquei compreender o que circula junto com o dinheiro nesse cenário. Aliando observação participante a entrevistas em profundidade, analisei o processo de organização de celebrações de casamento orçadas entre R$ 20 mil e R$ 300 mil em São Paulo (SP) e Belém (PA). No trabalho de campo, percorri diferentes lojas de vestidos de noivas pelos territórios do mercado paulista e, dali, somei noivas e noivos à minha rede interestadual de interlocutores. Já ao lado dos anfitriões da festa, acompanhei-os na rotina de preparação dos eventos, me inserindo em suas redes familiares e em diferentes ocasiões de interação com outros agentes do mercado. Nessa tese, apresento uma etnografia sobre as relações entre vestidos, noivas, anfitriões e convidados durante o processo de organização de casamentos. Dividido em duas costuras analíticas, o texto é fruto de um experimento antropológico que apostou nos conflitos como caminho de investigação sobre as relações. Cada capítulo persegue um conjunto específico de disputas: o embate entre preços e valores dos vestidos na concorrência do mercado; as fronteiras morais e corporais na produção material da noiva; as brigas entre anfitriões na batalha pelo comando da festa e dos limites da família e, por fim, as expectativas e as dívidas cobradas em retribuições dos convidados. Entre sacrifícios pessoais, financeiros e corporais, aqui evidencio que uma festa de casamento apenas se dá depois de um destacado e conflitivo processo de negociação. Nele, por um lado, as interações comerciais e o consumo de vestidos de noivas provocam reflexões sobre articulação entre gênero, raça e corporalidade em uma materialização de valor e distinção entre coisas e pessoas que se justapõem às dimensões de classe. E, por outro lado, os relatos íntimos sobre os preparativos da festa evidenciam as formas pelas quais as relações pessoais são espessadas ou diluídas em um parentesco feito na prática e por vinculações que são, contudo, permeadas por hierarquias. No tempo investido na preparação do evento, valores de coisas, de pessoas e relações estão sempre sendo reavaliados. E, concomitante à produção da festa, prestígios e reputações são forjados e manejados numa dinâmica em que reciprocidade e aliança não excluem também a produção de desigualdades.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Belém
Macrorregião
Norte
Brasil
Habilitado
UF
Pará
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1088544

Eu vi a face de Deus pichada no muro: considerações sobre a categoria censitária dos sem religião em Araraquara – SP

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silva, Jose Lucas da
Sexo
Homem
Orientador
Peggion, Edmundo Antonio
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Araraquara
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Página Inicial
13
Página Final
82
Idioma
Português
Palavras chave
Religiosidade
Mobilidade religiosa
Sem religião
Teoria antropológica
Resumo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mantém uma série histórica coesa dos censos demográficos desde 1940, apresentando a cada 10 anos um “retrato do Brasil”. A partir dos anos 1980 as comunidades científicas e confessionais tem se interessado pelos resultados deste levantamento quanto ao quesito religião. O IBGE apresenta uma única categoria sobre a religiosidade em seu censo demográfico, “Qual sua religião ou culto?”. Caso a resposta seja negativa, o respondente será categorizado como sem religião. Percebe-se que dentro desta categoria não estão só ateus e agnósticos, mas também pessoas que vivenciam sua vida religiosa de alguma outra forma. Esta pesquisa de mestrado busca encontrar na série histórica da cidade de Araraquara – SP informações sobre essas pessoas. Os desafios teóricos e metodológicos foram e são como lidar com esta população específica tanto do ponto de vista estatístico quanto do ponto de vista empírico. Como preencher o dado numérico de sentido. Para tanto, reconstruímos a mobilidade religiosa da cidade de referência fazendo uma crítica da construção deste número e de como narrar esta categoria ao longo do tempo. Procuramos construir uma aproximação com um local que congregasse estas pessoas sem religião.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Cidade/Município
Araraquara
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1940-2010
Localização Eletrônica
https://repositorio.unesp.br/items/6e89fd2e-837b-4d9a-8ea8-0e36c9fb1470

Músicas e conflitos no bispado de São Paulo (Séculos XVIII - XIX)

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Santos, Antonio Carlos dos
Sexo
Homem
Orientador
Teixeira, Paulo Eduardo
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
Marília
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UNESP
Idioma
Português
Palavras chave
Mestre da Capela
Música de Violinos
Mulheres
Casa de Ópera
Festas
Resumo

Este trabalho objetivou estudar as relações de conflitos na prática musical dos séculos xviii e xix, vividas, sobretudo, a partir da formação do bispado (1745) na cidade de são paulo. Estruturou-se, para tanto, mediante a exploração meticulosa de vasta documentação avulsa, cartas, ofícios e estatutos que forneceram grande quantidade de informações sobre a prática e os conflitos na música, não obstante a presença de novos atores, como mulheres, negros e seus descendentes exercendo a prática musical no cotidiano da cidade. A fundação do bispado na cidade de são paulo provocou transformações perceptíveis ¿ seja pela construção da catedral da sé, seja pela estruturação do culto religioso segundo os preceitos estabelecidos no concílio de trento, que se espelhavam no modelo da sé de lisboa ¿, desse modo, fortalecendo o padroado conservador representado por dom frei manuel da ressurreição, o terceiro bispo da sé (1772-1789). O jogo de poderes eclesiástico e civil, ora unindo-se para realizar e decidir em favor dos seus interesses, ora buscando alternativas para exercer controle sobre a prática da “música de violinos”, representaram algumas das rupturas e desordens no meio musical em tela.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
Séculos XVIII e XIX
Localização Eletrônica
HTTPS://SUCUPIRA.CAPES.GOV.BR/SUCUPIRA/PUBLIC/CONSULTAS/COLETA/TRABALHOCONCLUSAO/VIEWTRABALHOCONCLUSAO.JSF?POPUP=TRUE&ID_TRABALHO=6334644

Redes Sociais na Migração: espaços da imigração boliviana em São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Bernardi, Maria Graziele
Sexo
Mulher
Orientador
Baltar, Claudia Siqueira
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
Londrina
Programa
Sociologia
Instituição
UEL
Idioma
Português
Palavras chave
Imigração Boliviana
Espaços de Socialização
Espaços de Migração
Redes Sociais
Resumo

Esta dissertação tem como objetivo analisar as redes sociais na migração. Na perspectiva de que as redes sociais são elementos analíticos para compreender os espaços de socialização. Assim, pretende-se demonstrar o papel das redes sociais na construção de espaços de socialização dos imigrantes bolivianos, na cidade de São Paulo. A hipótese desta pesquisa é de que as redes sociais têm papel central na construção de espaços de socialização, sendo que os espaços de socialização se diferenciam dos espaços migratórios em suas potencialidades de práticas e ações de resistências as discriminações e preconceitos no contexto urbano paulistano. Constatou-se que a organização das redes sociais, apesar de ser percebida como positiva para os imigrantes bolivianos, apresenta alguns fatores que dificultam na construção de espaços de socialização, fazendo com que essas redes sociais estabeleçam relações de resistências, como são os casos das promoções de festas devocionais e as comemorações típicas. A partir desta investigação percebeu-se que a maioria dos debates acadêmicos focam na realidade dos imigrantes bolivianos nas oficinas de costura.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2014-2016
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4650771

Herança de resistência: terreiros e comunas na pauliceia desvairada... E o samba continua

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Jesus, Edson Roberto de
Sexo
Homem
Orientador
Consorte, Josildeth Gomes
Ano de Publicação
2017
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Identidade
Comunidades
Resistência cultural
Resumo

A Cidade de São Paulo tem assistido, principalmente a partir da última década do século XX, ao surgimento de uma diversidade de agrupamentos – terreiros e comunidades -, que tem o samba e a roda de samba – expressão cultural negra e popular - como elementos centrais às suas atividades e existência. Essa pesquisa tem por objeto compreender como esses lugares de uma prática cultural que propicia situações e momentos de lazer e entretenimento, mas também momentos de reflexão sobre a realidade na qual essa prática cultural e seus praticantes, adeptos e apreciadores estão inseridos, se constituem como lugares de resgate e promoção da memória e tradição do samba, de ressignificação do espaço, constituição de laços comunitários e identitários, num exercício pleno de cidadania e numa ação continua de resistência cultural e de continuação de práticas culturais cujos denominadores culturais comuns remetem as ações empreendida pela população negra nos primórdios do século XX.

Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1990
Localização Eletrônica
https://tede2.pucsp.br/handle/handle/20063