O objeto desta dissertação se vê concentrado na zona de tensão que a própria enunciação do “sionismo de esquerda” movimenta como um problema, um dilema dramático ao mesmo tempo ontológico, político e moral, vivido por fragmentos da população judaica do Rio de Janeiro e de São Paulo, muitos dos quais se identificam como sendo “sionistas de esquerda”. Ser “sionista” e “de esquerda” é, hoje, um trabalho de agonia, que mobiliza explicações, fantasmas e silêncios. Neste esforço, “Palestina”, “palestinos”, “Israel”, “ocupação” e “refugiados” não existem em si, mas são refletidos como sombras dentro de certa doxa do possível, funcionando como categorias à serviço do problema que enfrentam os interlocutores para resolverem a si mesmos e manterem a crença em um Estado nacional “judaico e democrático” na Palestina. Este é um trabalho que tenta compreender, a partir das falas/ações dos interlocutores, os sentidos e as materializações da crença “sionista de esquerda”, a partir da qual os entrevistados se constroem como sujeitos político-morais e cultivam sua esperança.
Entre fantasmas, esperanças e crenças : a angústia do “sionismo de esquerda” no Brasil
Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Albuquerque Marcossi, Bianca
Sexo
Mulher
Orientador
de Resende Barreto Vianna, Adriana
Ano de Publicação
2018
Programa
Antropologia
Instituição
UFRJ
Idioma
Português
Palavras chave
Crença
Sionismo
Sionismo de esquerda
Esquerda
Israel/Palestina
Resumo
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
http://objdig.ufrj.br/72/teses/864561.pdf