Medicina Social / Saúde Pública

Licenciamento Ambiental de Atividades Industriais na Região Metropolitana de São Paulo: vinte e cinco anos de atuação do Estado

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silva, Ana Claudia Tartalia e
Sexo
Mulher
Orientador
Assunção, João Vicente de
Ano de Publicação
2002
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Saúde Pública
Instituição
USP
Página Inicial
1
Página Final
164
Idioma
Português
Palavras chave
industrialização
intervenção estatal
legislação
Resumo

A industrialização desprovida de planejamento que ocorreu em São Paulo e região gerou a concentração de indústrias e o crescimento desordenado, que causaram impactos ambientais negativos nessa região. Uma das medidas adotadas pelo Estado para minimizar esses impactos foi a criação do licenciamento ambiental em 1976. O objetivo deste trabalho é analisar a evolução desse licenciamento na Região Metropolitana de São Paulo, no período compreendido entre 1976 e 2000. Descreve-se a evolução legal e técnica dos órgãos e departamentos que licenciam atividades industriais. Os indicadores de desempenho foram selecionados com base nos relatórios de qualidade ambiental e nos documentos internos disponíveis. A análise dos dados revelou que o Estado não registrou os ganhos ou danos ambientais decorrentes do licenciamento ambiental, priorizando os registros das ações corretivas; o número de licenças emitidas variou a cada década; a qualidade do ar melhorou, das águas piorou e houve contaminação do solo, sem que fosse possível mensurar a contribuição do licenciamento para esses casos; a licença prévia praticamente não foi incorporada ao licenciamento estudado, exceto para as atividades minerárias; o impacto ambiental de atividades industriais foi analisado de maneira segmentada e incompleta, por diferentes órgãos licenciadores na RMSP.

Referência Espacial
Região
RMSP
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1976-2000
Localização Eletrônica
https://repositorio.usp.br/item/001232190

Alternativas Institucionais para Disposição Final Compartilhada de Resíduos Sólidos Urbanos

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Paiva, Lúcio Gagliardi Diniz de
Sexo
Homem
Orientador
Günther, Wanda Maria Risso
Ano de Publicação
2002
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Saúde Pública
Instituição
USP
Página Inicial
1
Página Final
184
Idioma
Português
Palavras chave
tratamento de resíduos
administração municipal
meio ambiente
poluição
Resumo

O trabalho tem como objetivo analisar as formas que a Administração Pública Municipal pode assumir para lidar com a questão dos resíduos sólidos urbanos, privilegiando soluções compartilhadas entre diferentes Municípios. O universo de estudo constituiu-se das alternativas institucionais para prestação de serviços públicos consagradas pelo Direito Positivo brasileiro, analisando-se, para cada uma delas, conceito, objeto, tipo de instrumento, forma de instituição, titularidade e responsabilidade pela execução dos serviços, propriedade dos ativos, financiamento do capital, formas de arrecadação de receitas e duração. Foram utilizados os dados do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares 2001, do Estado de São Paulo. A disposição final dos resíduos sólidos urbanos pode ser centralizada ou descentralizadamente, de forma direta ou indireta. A alternativa a ser adotada representa uma opção discricionária, cabendo ao administrador público dispor, nos termos da Lei, acerca daquela mais adequada para cada caso, de acordo com o interesse público. Há que se considerar ainda variáveis sociais e políticas intervenientes à questão e superar as dificuldades delas decorrentes, quando do estabelecimento de uma agenda comum de ações.

Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2001
Localização Eletrônica
https://repositorio.usp.br/item/001255317

Análise de Gestão Local e Estadual dos Serviços de Água e Esgoto no Estado de São Paulo, 1996-2000

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Ogera, Rita de Cássia
Sexo
Mulher
Orientador
Philippi Júnior, Arlindo
Ano de Publicação
2002
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Saúde Pública
Instituição
USP
Página Inicial
1
Página Final
181
Idioma
Português
Palavras chave
saneamento
poluição
políticas públicas
infraestrutura
Resumo

A deficiência de saneamento no Brasil está entre os seus cinco maiores problemas de poluição. Tais problemas concentram-se principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Embora as regiões Sul e Sudeste do Brasil apresentem melhores condições em relação ao abastecimento de água e ao esgotamento sanitário, o índice de tratamento de esgotos é baixo em vários municípios. Desde a extinção do PLANASA, o Brasil não conta com políticas publicas nacionais para o saneamento básico, o que leva estados e municípios e políticas públicas próprias. Daí o desafio em analisar a gestão de água e esgoto em alguns municípios de grande porte do Estado de São Paulo, no período de 1996 a 2000. Os municípios selecionados foram Campinas, Santo André, São José dos Campos e Santos. Parte-se da hipótese de que há diferenças na eficiência e na eficácia da gestão desses serviços, no que se refere a esferas de governo, estadual ou municipal e, na existência de políticas publicas e de governo. Os métodos adotados para comprovar a hipótese desta tese foram pesquisa bibliográfica, documental, aplicação de questionários, investigação explicativa fundamentada pela teoria, seguida de análise dos resultados. Políticas públicas e políticas de governo foram tomadas como parâmetros para analisar as diferenças na eficiência e na eficácia da gesto desses serviços. Entre as diferenças na eficiência e na eficácia da gestão municipal e estadual têm-se que: a gestão municipal mostrou-se eficiente nos aspectos analisados em relação a água e esgoto. Essa gestão municipal mostrou-se eficaz nos aspectos analisados em relação a água porem. Ineficaz no aspecto esgoto no que se refere ao índice de tratamento. A gestão estadual mostrou-se eficiente nos aspectos analisados em relação a água e esgoto, à medida em que, os partidos políticos do órgão do município e do órgão gestor desses serviços compartilham com as mesmas questões ideológicas.

Referência Espacial
Cidade/Município
Campinas
Santo André
São José dos Campos
Santos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1996-2000
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-19072005-171629/pt-br.php

Habitação, Meio Ambiente e Saúde: diagnóstico de necessidades dos mutirantes da cidade de São Paulo - Região Leste I

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Malzyner, Carlos
Sexo
Homem
Orientador
Candeias, Nelly Martins Ferreira
Ano de Publicação
2002
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Saúde Pública
Instituição
USP
Página Inicial
1
Página Final
174
Idioma
Português
Palavras chave
conjuntos habitacionais
autogestão
infraestrutura
qualidade de vida
Resumo

Investiga as condições de moradia, meio ambiente e saúde de seis conjuntos construídos pelo sistema de autogestão e de trabalho voluntário, chamado de mutirão autogestionário, na Região Leste 1 da cidade de São Paulo. Seu objetivo é oferecer subsídios para a melhoria da qualidade de vida dos moradores. Foram entrevistados 59 líderes, utilizando um formulário em que se considera as seguintes variáveis: características sócio-demográficas e de lideranças; condições de uso e conservação da moradia e modificações realizadas; conhecimentos e práticas no que diz respeito ao meio ambiente da moradia, do conjunto e da Região Leste 1, e sobre saúde individual e coletiva. Foram também levantadas as opiniões pessoais acerca de projeto educativo para a melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida. Os resultados da pesquisa mostram os conhecimentos e práticas dos mutirantes em relação à moradia e ao conjunto; as percepções dos problemas domésticos, locais e regionais que comprometem a qualidade de vida; as opiniões e atitudes no que diz respeito à saúde pessoal e da comunidade; as sugestões para a melhoria do ambiente, da saúde e da qualidade de vida. As conclusões incluem recomendações aos mutirantes, aos assessores técnicos e às autoridades públicas .

Referência Espacial
Zona
Zona Leste
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-09032020-111352/publico/DR_521_Malzyner_2002.pdf

Efeitos do Desemprego Prolongado na Divisão Sexual do Trabalho: estudo de uma população masculina do ABC - São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Jimenez, Luciene
Sexo
Mulher
Orientador
Lefèvre, Fernando
Ano de Publicação
2002
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Saúde Pública
Instituição
USP
Página Inicial
1
Página Final
176
Idioma
Português
Palavras chave
mercado de trabalho
gênero
subjetividade
exclusão
Resumo

Na última década, o expressivo aumento da taxa e do tempo de desemprego resultou no surgimento de grupos que há mais de um ano se encontram sem nenhum tipo de vínculo empregatício - desemprego prolongado. Os homens em idade produtiva e de baixa e média escolaridade têm sido particularmente atingidos.O trabalho tem por objetivo investigar o lugar ocupado pelo trabalho e pela divisão sexual do trabalho nas subjetividades de homens atingidos pelo desemprego de longa duração.Para tanto, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e individuais, com 15 homens casados e desempregados há mais de um ano, residentes nos municípios de Diadema (SP) e São Bernardo do Campo (SP).

Referência Espacial
Cidade/Município
Diadema
São Bernardo do Campo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2002
Localização Eletrônica
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-581849

Entre o Oficial e o Legítimo: o sub-sistema não-institucional de atenção a saúde em São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Mezzomo, Tania Margarete
Orientador
Daniel, Celso Augusto
Ano de Publicação
1992
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Administração Pública e Governo
Instituição
EAESP/FGV
Página Inicial
1
Página Final
178
Idioma
Português
Palavras chave
Práticas tradicionais
Representação
Saberes populares
Medicina popular
Resumo

O estudo investiga os determinantes para a existência de um subsistema não-institucional de atenção à saúde compondo, juntamente com a medicina oficial, o sistema de saúde das regiões urbanas. Discute criticamente o enfoque dado pela teoria da modernização segundo a qual, ocorrerá desaparecimento das práticas ditas tradicionais com o advento dos processos de urbanização e industrialização. Para esta discussão, destaca a importância da análise do fator cultural nas representações de saúde e doença dos usuários, valendo-se de contribuições teóricas de cunho histórico-cultural.

Referência Espacial
Região
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace;commle/handle/10438/5386

As Parcerias em Programas de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos Domésticos

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Aguiar, Alexandre de Oliveira e
Sexo
Homem
Orientador
Philippi Júnior, Arlindo
Ano de Publicação
1999
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Saúde Pública
Instituição
USP
Página Final
224
Idioma
Português
Palavras chave
Tratamento de resíduos
Parcerias público/privado
Infraestrutura
Resumo

A dissertação tem como objetivo estudar experiências de gerenciamento de resíduos sólidos domésticos envolvendo parcerias, identificando pontos positivos e negativos nas relações inter-institucionais, e verificando a relação entre os dados da bibliografia e constatado nos programas estudados. Foram realizados estudos de caso de programas de coleta seletiva em Goiânia (GO), Campinas (SP), Embú (SP), Santos (SP) e Botucatu (SP). Foram feitas entrevistas e visitas técnicas em entidades envolvidas, incluindo órgãos do governo, empresas e ONGs. Os programas foram analisados nos aspectos sócio-ambiental, operacional, econômica e político-institucional. Conclui-se que as parcerias podem disponibilizar recursos financeiros, equipamentos, materiais diversos e mão-de-obra para a implementação de programas de coleta seletiva e que constituem uma forma eficiente de redução de custos dos programas. Ressalta-se que as iniciativas espontâneas desempenham um papel importante e devem ser incentivadas e que os investimentos em recursos humanos e os incentivos às indústrias locais de reciclagem são fatores-chave do sucesso dos programas. A reciclagem de lixo constitui-se uma alternativa importante de atividade econômica, com geração de emprego e renda.

Autor do Resumo
Base Dedalus
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Goiânia
Macrorregião
Centro-Oeste
Brasil
Habilitado
UF
Goiás
Cidade/Município
Embú
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Campinas
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Botucatu
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Santos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
https://dedalus.usp.br/F/USFGXT7AKPSGJBQNLP58I8T1GU7BTBIEHT1XVXYGSH42JMD8LF-00057?func=direct&doc%5Fnumber=001064717&pds_handle=GUEST

Mudança, uma Causa Compartilhada: do ERSA ao SUS

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Junqueira, Luciano Antonio Prates
Sexo
Homem
Orientador
Seixas, José Carlos
Ano de Publicação
1996
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Saúde Pública
Instituição
USP
Página Final
200
Idioma
Português
Palavras chave
Administração municipal
Descentralização
Saúde pública
Resumo

Tendo como referência o conceito de descentralização e o seu entendimento na literatura político-organizacional recente. Recupera os modelos de saúde no país e as mudanças que determinaram no estado de São Paulo, a partir de 1985. Apreende as mudanças ocorridas na secretaria de estado da saúde de São Paulo, dos ERSAS ao SUS, como consequência do processo de descentralização, tendo em vista a democratização do país. Esse entendimento refere-se as alterações da conjuntura das políticas sociais de saúde nacional e regional e do modelo de saúde - descentralizado, universal, equânime, regionalizado e integrado-gestado pelo movimento sanitário, que determinou novos arranjos organizacionais e novas práticas sociais. Analisa os fatores facilitadores e restritivos a implantação do SUDS-SP como um ponto de inflexão do sistema de saúde e o processo de municipalização, nos diversos momentos de mudança institucional, por que vem passando o setor nessas duas ultimas décadas. Identifica as mudanças como consequência do Sistema Único de Saúde - SUS e aponta tendências e perspectivas da municipalização do estado a partir de uma visão de intersetorialidade da saúde.

Autor do Resumo
Base Dedalus
Método e Técnica de Pesquisa
Métodos mistos
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1985
Localização Eletrônica
https://dedalus.usp.br/F/UPJTMVLHSDLGJH86RF3HGV4V9172C4A684DAGSPU218BYL2P4N-27818?func=direct&doc%5Fnumber=000745348&pds_handle=GUEST

Integração de Sistemas de Gerenciamento de Riscos Ambientais

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Meiches, Luiz Alberto Maktas
Sexo
Homem
Orientador
Rocha, Aristides Almeida
Ano de Publicação
1998
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Saúde Pública
Instituição
USP
Página Final
328
Idioma
Português
Resumo

Conceitua e integra sistemas e tecnologia visando à gestão de riscos, com o objetivo de conhecê-los e preveni-los, de forma a reduzir a possibilidade de que situações perigosas se materializem com consequências danosas ao meio ambiente e ao ser humano; ou, se elas se materializam, que os danos sejam procedimentos geralmente praticados em nosso país, dentro do conceito da utilização otimizada dos recursos naturais e evitando consequências danosas ao meio ambiente e às populações locais e regionais pelo gerenciamento de riscos tecnológicos e naturais. Pretende ser uma referência para a difusão da cultura de Defesa Civil em seu conceito moderno de integração de recursos, promovendo a formação de agentes que possam difundir estas ideias aos diversos segmentos da população que, conhecedores de seus direitos e deveres, poderão participar ativamente deste processo, defendendo seu patrimônio de forma ativa e sem conformismos, inclusive o mais importante que é sua própria vida, em verdadeiro exercício de cidadania. Adota como ecossistema de referência o espaço construído correspondente à cidade de São Paulo, área superpopulada com todos os problemas típicos das maiores metrópoles do mundo. Nela dois riscos ambientais mais frequentemente se manifestam, ambos causados e desencadeados por fenômenos naturais em associação com atividades sem planejamento, sistematização e controle do homem: as enchentes e os deslizamentos de encostas, foco deste trabalho.

Autor do Resumo
Base Dedalus
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
https://dedalus.usp.br/F/197GL3P9L171MTKIHE61A4GTFGT1PC2UAEHNSGQ45SID4LC1FP-43918?func=direct&doc%5Fnumber=001005318&pds_handle=GUEST

Hábitos alimentares da colônia japonesa de Itaquera

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Campos, Maria da Conceição Viard de
Sexo
Mulher
Orientador
Gandra, Yaro Ribeiro
Ano de Publicação
1970
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Saúde Pública
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Práticas coletivas
Etnicidade
Identidade
Hábitos
Resumo

Foram levantados os hábitos alimentares de 139 famílias de origem japonesa, radicadas numa área de expansão cafeeira paulista, há algumas décadas (municípios de Getulina e Guaimbê). O confronto dos dados de menções médias anuais dos alimentos orientais, ocidentais e "comuns aos dois", constatou que os Descendentes não mais consumiam os alimentos orientais, tanto quanto os Isseis, e, a citação de alimentos ocidentais entre os Isseis urbanos foi estatisticamente mais significativa do que entre os rurais. Os dados dos alimentos "comuns aos dois" mostraram-se semelhantes nos dois tipos de famílias. Os Isseis mencionaram acima de 80% ao ano o consumo dos seguintes alimentos orientais e ocidentais: "shoyu", alho, cebola, café e pão; entre 75% a 80% ao ano: "ajinomoto" e pimenta-do-reino; de 40 a 75% ao ano: "misso", "tsuquemono", leite, margarina e chá-mate. Os Descendentes citaram acima de 80% ao ano os alimentos seguintes: "shoyu", alho, cebola, feijão, café, pão e pimenta-do-reino; entre 75% a 80% ao ano: "ajinomoto", leite e margarina; de 40 a 75% ao ano: "misso", banha e chá-mate. Cerca de 66% dos Isseis preferiam preparar os alimentos ao estilo oriental, enquanto que os Descendentes 33% assim o faziam. Os cardápios eram elaborados de acordo com a preferência e ao gosto de chefe de ambos os tipos de famílias. Em relação à alimentação infantil, verificou-se que 84,4% das mães Isseis suspendiam o leite materno após doze meses e as Descendentes decrescendo para 61,3% neste mesmo período. As razões do desmame mais alegadas pelas mães foram a "nova gestação" para as Isseis e a "tradição familiar" para as Descendentes. A introdução de alimentos não lácteos no primeiro ano de vida da criança, as mães Isseis iniciavam tardiamente, com arroz à moda japonesa e sopa de "misso", enquanto que as Descendentes começavam com alimentos infantis ocidentais, mais precocemente. Não foram detectadas diferenças pondo-estaturais entre a população pesquisada, quando comparadas com as estudadas em Sto André, pela Harvard e no Japão. Espera-se encontrar nas famílias Descendentes futuras, crescente modificação de hábitos alimentares do que a constatada neste momento.

Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Itaquera
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
https://dedalus.usp.br/F/KQVIPPPYNNTVDCLS7LAY969IA5QBX71278RSS22CM1L76NISDQ-35344?func=full-set-set&set_number=018901&set_entry=000001&format=999