O movimento 150 BPM: técnica, território e a aceleração do andamento no funk carioca
No presente artigo discorro sobre um movimento recente no funk carioca conhecido como 150 BPM. Por meio de descrições históricas e etnográficas pretendo demonstrar como os fatores técnicos e territoriais fomentaram a aceleração do andamento entre DJs desta cena. A história do funk é marcada por cortes geracionais profundamente influenciados por aparatos cuja inserção altera, autoriza ou impele a novos modos de produção e circulação da música. Ao mesmo tempo, o funk carioca tem nos bailes o seu principal circuito, conectando-se assim aos territórios onde estas festas ocorrem. Esta pesquisa é parte de minha tese de doutorado, fruto de um trabalho de campo realizado entre os anos de 2014 e 2020 com DJs e MCs nas favelas do Rio de Janeiro.