Religiões, rituais e comemorações

Maestrias de mestre pastinha: um intelectual da cidade gingada

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Acuna, Jorge Mauricio Herrera
Sexo
Homem
Orientador
Schwarcz, Lilia Katri Moritz
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Antropologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Saberes
Intelectuais
Capoeira
Marcadores Sociais Da Diferença
Subalternidade
Resumo

Vicente Ferreira Pastinha, mais conhecido como mestre pastinha é a mais importante referência da prática que se convencionou chamar "capoeira angola," e também um de seus principais pensadores. Nascido em Salvador no final do século XIX, sua vida perpassa momentos cruciais da experiência afro-brasileira das classes subalternas de salvador ao longo do século XX. A partir da década de 1940, pastinha leva adiante a proposta de "preservar" um estilo de capoeira, mobilizando um elemento cultural que ainda carregava negativos marcadores sociais de "raça", "cor" e classe. Ao fazê-lo, procura inscrever também uma biografia que silencia aspectos de seu passado em favor de outros, consolidando-se como um importante intelectual da "cidade gingada" - noção que será desenvolvida em oposição à ideia de cidade letrada. As distâncias, aproximações, travessias e tensões entre esses dois universos são os eixos da presente análise, que destaca o ambiente formador da experiência de mestre pastinha no período pós-abolição e seus percursos até 1971. Durante este período, o mestre sai de uma relativa invisibilidade entre os praticantes de capoeira para consolidar o Centro Esportivo de Capoeira Angola (CECA) no pelourinho, alcançando um amplo reconhecimento que o leva a percorrer vários estados do brasil e a visitar a África participando do primeiro festival mundial de artes negras no Senegal. Nesse sentido, nosso objetivo é analisar, por meio da trajetória de Vicente Ferreira Pastinha, quais são as condições de emergência, experimentação, consolidação e reconhecimento de saberes subalternos e racializados na Bahia do século XX. Ao mesmo tempo, procura-se apreender os processos de formação e modificação da subjetividade de pastinha nos "entre lugares" de dois polos dinâmicos de saberes: a ginga e a letra. Subjaz a esta investigação, o suposto de que mestre pastinha contribuiu para a construção de uma versão da "democracia racial" na Bahia e no Brasil, mas, paradoxalmente, para evidenciar alguns dos controversos limites dessa imaginação nacional.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Salvador
Brasil
Habilitado
UF
Bahia
Referência Temporal
1940-1980
Localização Eletrônica
https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/USP_9e74bcf52e7ad8fea72d4b0d466bdc8b

Entre fantasmas, esperanças e crenças : a angústia do “sionismo de esquerda” no Brasil

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Albuquerque Marcossi, Bianca
Sexo
Mulher
Orientador
de Resende Barreto Vianna, Adriana
Ano de Publicação
2018
Programa
Antropologia
Instituição
UFRJ
Idioma
Português
Palavras chave
Crença
Sionismo
Sionismo de esquerda
Esquerda
Israel/Palestina
Resumo

O objeto desta dissertação se vê concentrado na zona de tensão que a própria enunciação do “sionismo de esquerda” movimenta como um problema, um dilema dramático ao mesmo tempo ontológico, político e moral, vivido por fragmentos da população judaica do Rio de Janeiro e de São Paulo, muitos dos quais se identificam como sendo “sionistas de esquerda”. Ser “sionista” e “de esquerda” é, hoje, um trabalho de agonia, que mobiliza explicações, fantasmas e silêncios. Neste esforço, “Palestina”, “palestinos”, “Israel”, “ocupação” e “refugiados” não existem em si, mas são refletidos como sombras dentro de certa doxa do possível, funcionando como categorias à serviço do problema que enfrentam os interlocutores para resolverem a si mesmos e manterem a crença em um Estado nacional “judaico e democrático” na Palestina. Este é um trabalho que tenta compreender, a partir das falas/ações dos interlocutores, os sentidos e as materializações da crença “sionista de esquerda”, a partir da qual os entrevistados se constroem como sujeitos político-morais e cultivam sua esperança.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
http://objdig.ufrj.br/72/teses/864561.pdf

Os mortos estão vivos e mandam lembranças: psicografia de cartas de entes queridos

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Carli, Diana Wiggers De
Sexo
Mulher
Orientador
Saez, Oscar Calavia
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Florianópolis
Programa
Antropologia
Instituição
UFSC
Idioma
Português
Palavras chave
Psicografia
Espiritismo
Espiritualidade
Resumo

Neste trabalho foi feita uma etnografia de eventos onde foram realizadas sessões de psicografia de cartas para entes queridos, em Florianópolis, que não mantêm vínculo com a Federação Espírita Brasileira (FEB). Foram visitados também, em São Paulo, um centro e um grupo espírita, vinculados a FEB, onde também são realizadas sessões de psicografia de cartas. E a partir da observação realizada nestes locais foi possível realizar comparações entre estas sessões apontando semelhanças e divergências, identificando nos eventos uma manifestação variante do espiritismo kardecista tradicional. Um dos interesses foi o de mostrar como acontecem essas diferentes sessões espíritas kardecistas, atentando para a forma como o médium psicógrafo promove o contato entre o plano espiritual e terreno para produzir as cartas. Identificamos assim, dois padrões: o dos eventos e o das casas vinculadas à FEB. Essa distinção possibilitou identificarmos uma “agência psicográfica” advinda de um tradicional sistema religioso espírita kardecista, que organiza-se de forma independente das federações, e que organiza grandes eventos de psicografia abertos ao público.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
Florianópolis
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Santa Catarina
Referência Temporal
2015-2018
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/191272

Cultivando a Casa de Maria: materialidades da Basílica Nacional de Aparecida

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Godoy, Adriano Santos
Sexo
Homem
Orientador
Almeida, Ronaldo Romulo Machado de
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Campinas
Programa
Antropologia Social
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Basílica de Aparecida
Catolicismo
Nacionalismo
Devoções Marianas
Religião Material
Resumo

Esta tese explora algumas das mediações religiosas que são praticadas no contínuo processo de construção da Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida (Aparecida, São Paulo). Em obras desde os anos 1950, e sem um prazo final, demonstro como a cada nova obra anunciada naquele espaço é também materializada uma versão da história e da teologia, que sobrepõem práticas do catolicismo e do imaginário nacional, na busca de projetar um futuro idealizado para ambos a partir de formas presentes. Ao partir de uma etnografia desenvolvida do projeto de ambientação do prédio na década de 2010, mas também recorrendo a documentos historiográficos, a tese é dividida em três seções temáticas que visam explorar os diversos modos de contínuo cultivo da Basílica por parte da Igreja Católica. Demonstro que sem substituir ou excluir formas anteriores por completo, o catolicismo é fabricado junto com as novas camadas arquitetônicas na igreja no seu conjunto plural de materialidades que correlacionam religião, arte e nacionalismo. São desses modos que a Basílica de Aparecida é feita para ser experienciada religiosamente tanto por fora como por dentro, de perto e de longe, com guias ou sem mapas, de maneiras parciais e conjunturais, mas nunca na sua totalidade.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Zona
Zona Central
Cidade/Município
Aparecida
Bairro/Distrito
Centro
Logradouro
Av. Dr. Júlio Prestes, s/n
Localidade
Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Década de 2010
Localização Eletrônica
https://repositorio.unicamp.br/Acervo/Detalhe/1161712

Inspirações sobre o fazer(-se) polític@ entre os guarani-mbya

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Aranha, Aline de Oliveira
Sexo
Mulher
Orientador
Sztutman, Renato
Ano de Publicação
2018
Programa
Antropologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Guarani-Mbya
Liderança
Xamanismo
Diplomacia Cosmopolítica
Mulheres Mbya
Resumo

A intenção aqui é pensar como as transformações nas formas e estratégias mbya de liderança e ação cosmopolítica são mobilizados e produzidos, criativamente, no confronto cada vez mais intenso com a política e modo de ser, pensar e de se comportar jurua (não-indígena), elucidando o (in)tenso trabalho de tradução implicado nessas e em outras amplas redes de relações que compõem o mundo guarani. Há aí toda uma gestão e mobilização dessas relações de aliança e parentesco, em que diferentes domínios e perspectivas demandam diferentes retóricas e ações, e identidades étnicas tornam-se armas políticas, principalmente após a Constituição de 1988, envolvendo então toda uma diplomacia cosmopolítica mbya que parte de uma ética de moderação, xamânica, com vistas à fabricação de pessoas e coletivos saudáveis e alegres nesta terra perecível (tekoaxy), e se acentua ainda mais nesse contexto de constrangimento territorial e superpovoação, que impõe diversos limites ao exercício de sua territorialidade. Estas transformações estão inseridas em contextos como os de luta pela demarcação de terras e salvaguarda de direitos indígenas constitucionais, tal como em projetos de fortalecimento cultural sob a rubrica da "cultura", nos quais o domínio da burocracia passa a corresponder a um maior domínio da arena de batalha e, com isso, afirmação e demarcação da diferença e resistência mbya contra o estado. Retórica esta que passa então a afetar diretamente a produção de enunciados e perspectivas guarani para o futuro de suas lideranças e de sua "comunidade". Estamos também diante de um contexto cada vez maior de valorização e protagonismo público de jovens mulheres mbya (kunhãgue), assim como da abertura e conquista de espaços de fala e atuação política no âmbito da "comunidade", antes majoritariamente ocupados por figuras masculinas ou mais velhas e experientes. A partir disso, buscamos então refletir sobre a complementaridade e fortalecimento mútuo de ambos sujeitos, kunhãgue e avakue (homens mbya), e como suas diferentes capacidades-poderes (-po'aka) se relacionam aos processos mbya de construção e com-posição de pessoas, lideranças e chefias, coletivos, discursos e práticas. A ideia então é alargamos de fato nossas concepções de política e pensar as movimentações desempenhadas pelos diversos sujeitos correspondendo mais a disposições cosmopolíticas diferenciantes e, portanto, relacionais, do que a funções ou (o)posições propriamente ditas ou mesmo fixas, a capacidades singulares de agir, fazer agir, afetar e ser afetado, que contam com diferentes modalidades e estilos de liderança e áreas de atuação, influência e prestígio. Tais figuras políticas podem ainda ser pensadas como tradutoras de mundos ou diplomatas cosmopolíticas, transitando por dife-rentes códigos e agenciando diferentes mundos.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2015-2017
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-19072018-141406/publico/2018_AlineDeOliveiraAranha_VCorr.pdf

Identidade judaica, sexualidade e gênero: uma abordagem das experiências das pessoas que lidam com essas questões na cidade de São Paulo (Brasil)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Robert Grove, Justin
Sexo
Homem
Orientador
Lins Franca, Isadora
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Campinas
Programa
Antropologia
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
LGBT
Judeus LGBT
Gênero
Sexualidade
Trans/Travesti
Resumo

Esta pesquisa trata das intersecções entre identidades LGBTs (lésbicas, gays, bissexual, travestis, mulheres e homens transexuais/transgêneros) e judias no contexto brasileiro, especificamente na cidade de São Paulo. A metodologia é de caráter qualitativo, combinando uma abordagem histórica e etnografia, lançando mão de recursos como observação participante e entrevistas semiestruturadas. O objetivo geral do projeto é compreender as articulações entre identidade judaica e gênero e sexualidade em termos de formação de identidades coletivas e comunidades. Será realizada uma análise "cross-cultural" com o objetivo de compreender as implicações de transnacionalíssimos e da diáspora na formação de uma comunidade imaginada. A pesquisa deve contribuir para uma reflexão sobre as implicações relacionadas à negociação do segredo entre interlocutores auto identificados como judeus LGBT.

 

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://www.ifch.unicamp.br/ifch/identidade-judaica-sexualidade-genero-abordagem-experiencias-pessoas-que-lidam-essas-questoes-cidade

“Vai buscar jongueiro aonde está, com o jongo temos que continuar”: um estudo da continuidade no jongo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Alvarez, Iana Lopes
Sexo
Mulher
Orientador
Andrello, Geraldo Luciano
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Antropologia Social
Instituição
UFSCAR
Idioma
Português
Palavras chave
Jongo
Práticas Tradicionais
Matriz Africana
Antropologia
Resumo

O jongo é uma dança comum na região sudeste do Brasil e realizada por grupos ou comunidades negras - urbanas ou rurais. É reconhecido como uma prática tradicional ao manter o toque dos tambores, o modo de dançar, vestimentas, a forma e articulação dos cantos, e também o vínculo com antepassados - tanto para apropriar-se do conhecimento deles, quanto para saudá-los. O jongo foi tornado patrimônio cultural imaterial do Brasil por possuir as características de "manifestação cultural afro-brasileira, que compreende os elementos: dança de roda ao som de tambores e cantoria com elementos mágico-poéticos" (IPHAN, 2007). A partir de materiais elaborados sobre o jongo, com o dossiê produzido pelo IPHAN, a bibliografia historiográfica e antropológica, retomo alguns temas elaborados, como a aculturação africana e da mestiçagem. Esses estudos trouxeram contribuições importantes para as abordagens da cultura negra no Brasil, e, em geral formularam análises sobre as origens do jongo e de sua relação com a sociedade. Apoiada na comunidade do jongo de piquete, localizada em Piquete - município do estado de São Paulo, proponho colocar em evidência outros agenciamentos dos jongueiros para manutenção do jongo, as relações intrínsecas à sua prática e quais os desencontros com a literatura de referência. Ao longo da reflexão, sugiro que a continuidade é um propósito que conecta famílias, ancestrais e tambores, tão relevantes quanto o vínculo que produzem com o seu entorno. Este trabalho procura contribuir para os debates antropológicos acerca de práticas e comunidades tradicionais. 

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Piquete
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2016-2019
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/12693

Hôxwa e palhaças - o riso e o humor nas relações de alteridade Krahô

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silva, Maurício Caetano da
Sexo
Homem
Orientador
Cohn, Clarice
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Antropologia Social
Instituição
UFSCAR
Idioma
Português
Palavras chave
Hôxwa
Hotxuá
Humor Indígena
Krahô
Resumo

Esse trabalho é uma etnografia sobre a manifestação do humor entre os Krahô-(TO). Serão apresentados alguns momentos da pesquisa realizada nas aldeias Krahô Pedra Branca e Manuel Alves onde o riso se fez presente revelando momentos de alteridade tanto dentro quanto fora do ritual Yetyopj, também conhecido como festa da batata. A figura dos hôxwa tomam o lugar central dessa etnografia por ser a prerrogativa que organiza esse ritual, por serem eles quem fazem a dança cômica em torno da fogueira e por eles despertarem o interesse de artistas cômicos não-indígenas (palhaças). Reconhecendo o humor como uma técnica de compartilhamento de conhecimentos e manutenção da alteridade para os Krahô, serão expostos o ritual Yetyopi de Manuel Alves em 2018, onde estavam presentes palhaças da caravana do povo Parrir, e algumas apresentações cômicas realizadas em unidades do SESC-SP que contou com a presença de alguns hôxwa

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Itacajá
Localidade
Aldeia Pedra Branca; Aldeia Manuel Alves
Macrorregião
Norte
Brasil
Habilitado
UF
Tocantins
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2018
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/13200

Entre o Kalunga grande e o Kalunga pequeno: territórios invisíveis, imagens arquétipas e artes da escuridão

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Ferreira, Lucinea Dos Santos
Sexo
Mulher
Orientador
Olschewski, Luisa Elvira Belaunde
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Antropologia Social
Instituição
UFRJ
Idioma
Português
Palavras chave
Ser/Estar Kalunga
Afroindígena
Autodeterminação
Família Negra
Arte Afro-brasileira
Resumo

O presente trabalho busca compreender o cenário das artes plásticas e artes visuais afro e afroindígena contemporânea, a partir do estudo dos trabalhos artísticos de Josafá Neves (Brasília/DF), Miguel dos Santos (João Pessoa/PB), Dalton Paula (Goiânia/GO) e Rosana Paulino (São Paulo/SP). Para isso, torna-se necessário observar o deslocamento do aspecto religioso da arte afro-brasileira para questionamentos sobre o cotidiano, suas origens o lugar do negro na sociedade brasileira, e a autodenominação afroindígena. Desta forma, pensar a produção das artes negra e afroindígena como instrumento político, como movimento de resistência, mas também como movimento artístico contemporâneo com sua estética e suas entrelinhas sem deixar de ser mágica, crítica e sensível. A ideia é pensar como Josafá Neves, Dalton Paula, Miguel dos Santos e Rosana Paulino, apesar de não se conhecerem e serem oriundos de cidades distintas formam um tripé, em que, o imaginário, a estética e o conhecimento institucional, se fundem à suas experiências de vida como afro ou não, reconstruindo a história diaspórica na cultura brasileira. E não menos importante, compreender a importância da cidade de São Paulo como centro irradiador da arte negra, e tendo, como grande relevância para este acontecimento, Roseane Paulino, ao expor seus objetos e instalações de arte que dão relevo à questões sobre a família negra e o papel da mulher negra na sociedade brasileira: arte Kalunga, arte com Kalunga. 

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Brasília
Macrorregião
Centro-Oeste
Brasil
Habilitado
UF
Distrito Federal
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
João Pessoa
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Paraíba
Cidade/Município
Goiâna
Macrorregião
Centro-Oeste
Brasil
Habilitado
UF
Goiás
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7591864

Guerreiros da avenida: música e competição na escola de samba

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Sierra, Eduardo Guilherme Moraes Ferreira
Sexo
Homem
Orientador
Hikiji, Rose Satiko Gitirana
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.11606/D.8.2019.tde-19112019-172648
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Antropologia Social
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Antropologia da música
Antropologia da performance
Escola de samba
Vai-Vai
Competição
Resumo

Este trabalho procura compreender o fazer musical de uma escola de samba através da lógica da competição que permeia suas atividades. Baseado em uma etnografia de dois anos na escola de samba Vai-Vai a maior campeã da história do carnaval paulista que, em 2019, enfrentou seu primeiro rebaixamento , reflito sobre a forma como a busca pelo título interfere nas práticas musicais da agremiação. A pesquisa se estabelece a partir de uma aproximação teórica entre a antropologia da performance e a antropologia da música e se divide em três capítulos: O Desfile, O Samba e A Comunidade. No primeiro, reflito sobre o momento do desfile e os ensaios, observando de que forma a competição interfere na performance. No segundo, reflito sobre o processo de composição e escolha do samba-enredo, que também ocorre em um contexto competitivo: as eliminatórias. Por fim, mobilizo as discussões dos capítulos anteriores para entender como a vitória e a derrota na competição influenciam na própria constituição da comunidade musical e analiso a crise política que se estabeleceu na escola em função do descenso inédito. Questões recorrentes em estudos sobre as escolas de samba, como a oposição entre a tradição e a modernidade e a capacidade ou incapacidade da festa de promover uma inversão da ordem social são atualizadas neste trabalho ao serem observadas sob o viés da competição.
 

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2017 - 2019
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-19112019-172648/pt-br.php