No período que se estende, grosso modo, de 1870 até os anos de 1940, o Brás (incluindo parte do atual Pari), a Moóca e o Belenzinho transformaram-se, de subúrbios de chácaras em bairros industriais e operários. No final do século XIX, quando São Paulo apenas despontava no cenário urbano brasileiro, Brás, Moóca e Belenzinho incluíam-se entre os novos bairros que nasciam na capital pela concentração do contingente crescente de imigrantes que afluía à cidade uma vez iniciada a Grande Imigração, promovida pelo governo brasileiro no quadro de substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre. Destacou-se como maior concentração de imigrantes e de fábricas da cidade e destacou-se como núcleo de intensa vida própria, a ponto de merecer a designação de “ou tra cidade”, frequentemente atribuída ao conjunto até os anos de 1940. Mas, essa “outra cidade”, esse conjunto de bairros, sofreram, na segunda metade do século XX, um processo muito intenso de descaracterização, no sentido da dissolução de sua antiga identidade como bairros de imigrantes que, ao mesmo tempo que os distinguirá na cidade, constituira elemento de redefinição da própria cidade.
Brás, Moóca e Belenzinho: formação e dissolução dos antigos bairros "italianos" além-Tamanduateí
Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Andrade, Margarida Maria de
Sexo
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
13
Ano de Publicação
2000
Local da Publicação
São Paulo
Página Inicial
5
Página Final
10
Idioma
Português
Palavras chave
migração
Brás
Mooca
Belenzinho
bairros de imigrantes
Resumo
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Área Temática
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Mooca
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Brás
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Belenzinho
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1870-2000
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/776